Diocese de Guarulhos

SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

Pesquisar

EM PARCERIA COM TSE, CNBB ASSINA TERMO DE COOPERAÇÃO EM PROL DO DIÁLOGO E DA PAZ NAS ELEIÇÕES 2022

Em busca do diálogo saudável e do livre trânsito de ideias e propostas dentro do processo eleitoral das Eleições 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) procura canais de diálogo com as mais diversas instituições públicas e privadas do país.

Para dar seguimento a esse objetivo, o TSE e representantes de diversas entidades religiosas, entre elas a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), assinaram nesta segunda-feira, 6 de junho, acordos de cooperação para realizar ações e projetos no sentido de preservar a normalidade e o caráter pacífico do pleito de outubro.

Na ocasião, o presidente do TSE, ministro Luiz Edson Fachin, saudou a todos os presentes pela pronta disposição em colaborar de maneira a “irmanar com uma causa fundamental e urgente relacionada com a preservação do clima de serenidade e de natureza não conflituosa das eleições que se aproximam, a fim de que o  rito da cidadania se possa cumprir e acatar”.

Segundo o ministro, o acordo de cooperação visa a divulgação dos ideais de respeito, de solidariedade e de harmonia social como forma de debelar a perspectiva de conflitos durante e após a vontade popular, no contexto das eleições 2022.

Ao assinar o termo de cooperação, as entidades parceiras declararam, entre outras coisas, a intenção de promover, em prédicas, debates, declarações públicas, publicações ou por qualquer outro meio, ações de conscientização relacionadas com a tolerância política, a legitimação do pensamento divergente e a consequente exclusão da violência, como aspectos indispensáveis à preservação da paz social.

Da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participou do ato de assinatura o secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado.

Dom Joel agradeceu o serviço prestado por todos os presentes por cumprir uma missão que é condição indispensável para a democracia. “A CNBB trazendo aqui a voz dos católicos manifesta a sua alegria e esperança em poder se unir aos irmãos e irmãs de diversas denominações religiosas e na união expressar o compromisso já vivenciado por paz e tolerância nas eleições seja nas próximas eleições ou em todas as eleições”.

Dom Joel relembrou que em vários momentos de sua história a CNBB se manifestou sobre o processo eleitoral, e que inclusive divulgou uma nota recente, em abril, em apoio às instituições da República e aos servidores públicos alertando contra a manipulação religiosa dos processos inerentes à democracia.

“Com os pés no chão firmamos o nosso compromisso pela paz em todas as instâncias, incluindo o convite que essa Casa nos fez hoje à paz nas eleições. A CNBB não enxerga esse convite como uma questão apenas pontual. Estamos sem dúvida diante de uma questão específica e desafiadora – o processo eleitoral de 2022 -, mas nós podemos com essa questão específica ratificar nosso irrenunciável compromisso por respeito mútuo e por tudo mais que está subdjacente à paz”, enfatizou dom Joel em seu discurso.

 

CNBB – https://www.cnbb.org.br/

Confira abaixo o Protocolo do TSE e o Termo de Cooperação Oficial:

Apresentação e criação de novo grupo do Movimento Mães que oram pelos filhos

No dia 20 de maio, na Paróquia São Roque Cecap, tivemos um encontro para a apresentação do Movimento das Mães que Oram pelos Filhos, para as mães da comunidade local.

Tivemos uma boa participação as mães da Comunidade paroquial e também de mães de grupos já existentes em nossa diocese.

Agradecemos ao Padre Fernando  pela abertura das portas de sua Paróquia para o Movimento, nossos votos de que seja mais uma Paróquia a receber o Movimento para ajudar ainda mais no crescimento espiritual das mães.

Confira as fotos da apresentação abaixo:

Criação do Movimento na Paróquia Santa Cruz - Pres. Dutra

Com imensa alegria que anunciamos  a criação de mais um grupo  do Movimento Mães que oram pelos filhos em nossa diocese, no dia 07 de junho aconteceu o primeiro Encontro na Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora Aparecida no Jd. Presidente Dutra.

Com uma boa participação as mães da Comunidade paroquial e também de mães de grupos já existentes em nossa diocese.

Nesse encontro tivemos a participação do nosso Diretor Espiritual Diácono Aderivon  que nos presenteou com um breve momento de adoração e Benção do Santíssimo, revigorando ainda mais  a nossa caminhada.

Agradecemos ao Padre Cristiano pela abertura das portas de sua Paróquia para o Movimento, nossos votos de que seja mais um grupo para o crescimento espiritual de vossa Paróquia.

Confira as fotos da criação do movimento abaixo:

Venha fazer parte desse grande exército de Mães que se reúnem semanalmente, nas seguintes paróquias:

  • Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Jd. Tranquilidade: se reúnem às terças às 18h.
  • Paróquia São Judas Tadeu na Comunidade Nossa Senhora Aparecida –  Jd. Jacy: se reúnem as Terças às  19h30.
  • Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora Aparecida – Jd. Presidente Dutra: se reúnem as Terças às 
  • Paróquia Santa Luzia – Pq. Alvorada: se reúnem às quartas-feiras às 19h30.
  • Paróquia Santa Mena na Comunidade São Judas Tadeu: se reúnem às quartas às 20h.

“Quero de joelhos ver meus filhos de pé, Deus me sustenta e aumenta a minha fé.”

“Deus mantenha meus filhos de pé.”

 

Priscila Mendonça 

Coord. Diocesana do Movimento Mães que Oram pelos Filhos.

 

Diácono Aderivon  de Sousa Viana

Assessor diocesano do Movimento Mães que Oram pelos Filhos.

84ª Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 – Conversão pastoral e centralidade bíblica

A partir da apresentação de Dom Odilo Scherer sobre os 15 anos da Conferência de Aparecida, os bispos, reunidos em Indaiatuba (SP), refletiram os desafios pastorais do tempo presente e a necessidade da organização de Comissões de Animação Bíblica nas dioceses paulistas.

O segundo dia da 84ª Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada no Mosteiro de Itaici, em Indaiatuba (SP), foi marcado pela apresentação central do evento: os 15 anos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, conhecida também como Conferência de Aparecida.

A reflexão da primeira sessão foi conduzida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo. Durante sua fala, o prelado destacou as questões mais importantes no Documento de Aparecida, avaliou o que já caminhou na vida e missão da Igreja, a partir da Conferência de Aparecida, e discerniu com os presentes sobre o que ainda precisa ser retomado e colocado em prática.

A reflexão abordou também as novas questões que desafiam a vida e a missão eclesiais depois da Conferência e afirmou que, no texto de Aparecida, “é marcante o encontro pessoal com Jesus Cristo e seu Evangelho. A partir disso, também a renovação missionária”.

Assim, Dom Odilo Scherer ressaltou que, na Conferência, há um forte chamado à missão para que a Igreja consiga “reconhecer a necessidade da conversão, não apenas em sua dimensão moral, mas também nos métodos que não estão sendo adequados para o verdadeiro anúncio do Evangelho, assim como nos ensina o Papa Francisco”.

Para o Pe. João Victor Fransoia Bonzanini, coordenador diocesano de pastoral de Itapeva (SP), que participa pela primeira vez da Assembleia, a reflexão do Cardeal Scherer foi ao encontro da realidade eclesial, para que as dioceses possam renovar a vida pastoral e, com isso, todo o povo de Deus, “se abra ao encontro com o Senhor na missão da qual todos fazemos parte pelo Batismo”, disse o jovem padre.

CONVERSÃO PASTORAL

Os trabalhos de hoje também contaram com a assessoria do bispo diocesano de Barretos (SP), Dom Milton Kenan Júnior, referencial da Comissão de Animação Bíblica da Pastoral no Regional Sul 1 da CNBB.

Em sua fala, Dom Milton tratou a necessidade de uma organização mínima nas dioceses para fazer da animação bíblica um eixo transversal da pastoral. Ele também ressaltou que a formação, o anúncio do Evangelho e a oração compõem os três eixos propostos pela Conferência Episcopal como indicações para todas as atividades pastorais.

“O Documento de Aparecida nos diz que a conversão pastoral exige dar à Sagrada Escritura a sua centralidade, desencadeando processos de formação dos discípulos missionários à luz da Palavra de Deus”, explicou o bispo referencial ao afirmar que, na renovação da pastoral, “somente a Palavra de Deus torna-se o elemento que permite um discernimento lúcido, capaz de compreender a ação do Espírito Santo no nosso tempo que nos interpela pelos desafios dentro e fora da Igreja”.

Diante das afirmações de Dom Milton, o Pe. Thiago Reis, secretário da Sub-região pastoral Ribeirão Preto II (RP II), o cenário atual, refletido também pelo Cardeal Scherer, na primeira sessão, “é uma grande oportunidade para redescobrirmos a força da Palavra de Deus na ação evangelizadora”.

Segundo ele, “a organização das comissões bíblico-catequéticas nas dioceses serão uma grande oportunidade dos cristãos fazerem a experiência com a Palavra de Deus”.

A apresentação do relatório econômico e reuniões reservadas dos bispos e dos padres coordenadores diocesanos de pastoral também fizeram parte da programação na Assembleia.

O último dia do encontro dos bispos paulistas, reunidos desde a última terça, dia 7, contou com a reflexão sobre o Ensino Religioso assessorada pelo bispo auxiliar de São Paulo (SP), Dom Carlos Lema Garcia.

“Saímos daqui com mais entusiasmo para ampliarmos a reflexão na Assembleia das Igrejas Particulares com a presença de nossos leigos e leigas”, considerou Dom Pedro Luiz Stringhini, presidente do Regional Sul 1 da CNBB, ao anunciar próximo encontro do episcopado paulista no encerramento da 84ª edição da Assembleia Regional.

Fonte e fotos: Comunicação Regional Sul 1

POVO DE DEUS DA DIOCESE DE GUARULHOS CELEBRA PRESENCIALMENTE A ORDENAÇÃO DIACONAL

A Diocese de Guarulhos está em festa pela ordenação diaconal dos seminaristas: Aderivon de Sousa Viana, Douglas Fernando da Silva, Lucas Kauan Soares da Silva e Ricardo Teixeira Monteiro. O rito de ordenação diaconal foi presidido por Dom Edmilson Amador Caetano, no dia 04 de junho de 2022 às 9h30, na paróquia São Judas Tadeu, Jardim Alice, com a presença de centenas de fiéis depois de dois longos anos de cerimonias restritas.

Estes nossos irmãos ingressaram na ordem clerical, com a missão de ser ícone de Cristo Servidor, através da ação litúrgica, da evangelização e da caridade. Receberam o sinal indelével, conferido pelo dom do Espírito Santo, e fortalecidos pela graça sacramental que lhes vem pelo sacramento da ordem. Roguemos ao Senhor para que sejam homens de oração e humildade, respondendo a cada dia, o chamado do Senhor Jesus. A ordenação destes nossos irmãos é motivo de alegria para os seus familiares e todo o povo de Deus.

Pascom – Diocese de Guarulhos

Fotos: Pascom São Judas – Jd. Alice e Diocese de Guarulhos

Confira as fotos Oficiais da Ordenação:

Ordenação Diaconal - 04/06/2022

Missa paroquial das Comunicações – Santo Alberto Magno

No domingo, 05 de Junho, na Igreja Matriz Santo Alberto Magno e Nossa Senhora das Graças aconteceu a Missa paroquial das Comunicações às 7h da manhã, onde os agentes da Pascom foram responsáveis pela liturgia da Solenidade de Pentecostes; os agentes também foram apresentados à comunidade juntamente com o seu novo coordenador paroquial, Antonio Henrique Pinheiro. O Pároco, Pe. César, ao final da Santa Missa abriu a oportunidade para que o grupo falasse à assembleia sobre o trabalho feito da Pascom, suas responsabilidades, e também a missão de contar a história da Igreja e da comunidade. A Pastoral da Comunicação em Santo Alberto Magno e Nossa Senhora das Graças está em atividade há 20 anos, ou seja, desde 2002 levando o Evangelho e a mensagem da Igreja de Guarulhos aos fiéis.

Pascom – Santo Alberto Magno e Nossa Senhora das Graças

Confira as fotos da celebração:

Missa paroquial das Comunicações - Santo Alberto Magno

Provisão de Vigário Paroquial

Provisão 003/2022

Nós, Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist. por Mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo Diocesano de Guarulhos,

Fazemos saber que devendo atender às necessidades espirituais e ao bem temporal da PARÓQUIA SANTA CRUZ E NOSSA SENHORA DO CARMOTaboão – Forania Aparecida da Diocese de Guarulhos, havemos por bem nomear e provisionar na qualidade de VIGÁRIO da mesma, o Revmo. Padre BRUNO OTENIO, cuja prudência, doutrina e demais qualidades o tornaram idôneo para a cura das almas.

Pelo que declaramos instituído, com todos os direitos e faculdades que competem ao encargo, na forma do Direito Canônico e de acordo com os usos e costumes desta Diocese. Esta provisão é válida enquanto não determinarmos o contrário.

Dado e passado nesta Cúria Diocesana de Guarulhos, no primeiro dia do mês de junho do ano de dois mil e vinte e dois, memória de São Justino, mártir.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.

Bispo Diocesano de Guarulhos

Provisão de Administrador Paroquial

Provisão 002/2022

Nós, Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist., por Mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo Diocesano de Guarulhos,

Considerando o Cân. 519 sobre a função do pároco, como pastor própria de uma Paróquia, responsável pela cura das almas dos fiéis, que formam está comunidade estável;

Considerando que o Revmo. Padre Gildarte Abílio Costa, recebeu o encargo de pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em 09 de outubro de 2018, e destacou-se pelo zelo pastoral e fidelidade em suas funções, mesmo com limites impostos por enfermidade;

Considerando que o Cân. 539 prescreve que “ficando … impedido o pároco de exercer a função pastoral na paróquia, por motivo de … doença ou qualquer outra causa, seja nomeado quanto antes pelo Bispo diocesano um administrador paroquial, isto é, um sacerdote que substitua o pároco de acordo com o Cân. 540”.

Considerando todas as disposições canônicas, de forma especial o Cân. 540§1: “o Administrador paroquial tem os mesmos deveres e os mesmos direitos que o pároco, salvo determinação contrária do bispo diocesano”;

Fazemos saber que devendo atender às necessidades espirituais e ao bem temporal da PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – Jardim Aracília – Forania Fátima da Diocese de Guarulhos, havemos por bem nomear e provisionar na qualidade de ADMINISTRADOR PAROQUIAL da mesma, o Revmo. Padre GILBERTO PEREIRA DE MATTOS, cuja prudência, doutrina e demais qualidades o tornaram idôneo.

Pelo que declaramos instituído, com todos os direitos e faculdades que competem ao encargo, na forma do Direito Canônico e de acordo com os usos e costumes desta Diocese. Esta provisão é válida ad beneplacitum nostrum.

Dado e passado nesta Cúria Diocesana de Guarulhos, no primeiro dia do mês de junho do ano de dois mil e vinte e dois, memória de São Justino, mártir.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.

Bispo Diocesano de Guarulhos

MISSA DIOCESANA DA PASTORAL DA COMUNICAÇÃO

No domingo da Solenidade da Ascensão do Senhor, 29 de Maio, Dom Edmilson Amador Caetano, presidiu a missa diocesana pelo 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Além da santa missa, os agentes da pascom participaram de um almoço organizado e oferecido pela Paróquia Santa Rita de Cássia, Jardim Cumbica, como é tradição na Diocese de Guarulhos. Dom Edmilson, antes de iniciar a santa missa, saudou a assembleia, acolheu a imagem de Nossa Senhora da Comunicação e dedicou um tempo a reflexão sobre a mensagem do Papa Francisco: “Escutar com o ouvido do coração”. As equipes presentes receberam das mãos do bispo, o selo de participação e gratidão pelo serviço ao setor de comunicação da Igreja.

O assessor diocesano da Pastoral da Comunicação, Pe Marcos Vinícius, agradece a todos os agentes da pascom pela participação, de maneira especial ao Pe Paulo Leandro, pároco e os agentes da pascom, liturgia e eventos local pela acolhida e organização.

Pascom – Diocese de Guarulhos

Fotos: Pascom São Francisco de Assis – Uirapuru e Pascom N. Sra. Aparecida – Jd. América

Confira as fotos da Missa especial das Comunicações:

7ª Missa Diocesana da Comunicação

MENSAGEM DO PAPA PARA O 56º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

“Escutar com o ouvido do coração”

Queridos irmãos e irmãs!

No ano passado, refletimos sobre a necessidade de «ir e ver» para descobrir a realidade e poder narrá-la a partir da experiência dos acontecimentos e do encontro com as pessoas. Continuando nesta linha, quero agora fixar a atenção noutro verbo, “escutar”, que é decisivo na gramática da comunicação e condição para um autêntico diálogo.

Com efeito, estamos a perder a capacidade de ouvir a pessoa que temos à nossa frente, tanto na teia normal das relações quotidianas como nos debates sobre os assuntos mais importantes da convivência civil. Ao mesmo tempo, a escuta está a experimentar um novo e importante desenvolvimento em campo comunicativo e informativo, através das várias ofertas de podcast e chat audio, confirmando que a escuta continua essencial para a comunicação humana.

A um médico ilustre, habituado a cuidar das feridas da alma, foi-lhe perguntada qual era a maior necessidade dos seres humanos. Respondeu: “O desejo ilimitado de ser ouvidos”. Apesar de frequentemente oculto, é um desejo que interpela toda a pessoa chamada a ser educadora, formadora, ou que desempenhe de algum modo o papel de comunicador: os pais e os professores, os pastores e os agentes pastorais, os operadores da informação e quantos prestam um serviço social ou político.

Escutar com o ouvido do coração

A partir das páginas bíblicas aprendemos que a escuta não significa apenas uma perceção acústica, mas está essencialmente ligada à relação dialogal entre Deus e a humanidade. O “shema’ Israel – escuta, Israel” (Dt 6, 4) – as palavras iniciais do primeiro mandamento do Decálogo – é continuamente lembrado na Bíblia, a ponto de São Paulo afirmar que “a fé vem da escuta” (Rm 10, 17). De facto, a iniciativa é de Deus, que nos fala, e a ela correspondemos escutando-O; e mesmo este escutar fundamentalmente provém da sua graça, como acontece com o recém-nascido que responde ao olhar e à voz da mãe e do pai. Entre os cinco sentidos, parece que Deus privilegie precisamente o ouvido, talvez por ser menos invasivo, mais discreto do que a vista, deixando consequentemente mais livre o ser humano.

A escuta corresponde ao estilo humilde de Deus. Ela permite a Deus revelar-Se como Aquele que, falando, cria o homem à sua imagem e, ouvindo-o, reconhece-o como seu interlocutor. Deus ama o homem: por isso lhe dirige a Palavra, por isso «inclina o ouvido» para o escutar.

O homem, ao contrário, tende a fugir da relação, a virar as costas e “fechar os ouvidos” para não ter de escutar. Esta recusa de ouvir acaba muitas vezes por se transformar em agressividade sobre o outro, como aconteceu com os ouvintes do diácono Estêvão que, tapando os ouvidos, atiraram-se todos juntos contra ele (cf. At 7, 57).

Assim temos, por um lado, Deus que sempre Se revela comunicando-Se livremente, e, por outro, o homem, a quem é pedido para sintonizar-se, colocar-se à escuta. O Senhor chama explicitamente o homem a uma aliança de amor, para que possa tornar-se plenamente aquilo que é: imagem e semelhança de Deus na sua capacidade de ouvir, acolher, dar espaço ao outro. No fundo, a escuta é uma dimensão do amor.

Por isso Jesus convida os seus discípulos a verificar a qualidade da sua escuta. «Vede, pois, como ouvis» (Lc 8, 18): faz-lhes esta exortação depois de ter contado a parábola do semeador, sugerindo assim que não basta ouvir, é preciso fazê-lo bem. Só quem acolhe a Palavra com o coração «bom e virtuoso» e A guarda fielmente é que produz frutos de vida e salvação (cf. Lc 8, 15). Só prestando atenção a quem ouvimos, àquilo que ouvimos e ao modo como ouvimos é que podemos crescer na arte de comunicar, cujo cerne não é uma teoria nem uma técnica, mas a «capacidade do coração que torna possível a proximidade» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 171).

Ouvidos, temo-los todos; mas muitas vezes mesmo quem possui um ouvido perfeito, não consegue escutar o outro. Pois existe uma surdez interior, pior do que a física. De facto, a escuta não tem a ver apenas com o sentido do ouvido, mas com a pessoa toda. A verdadeira sede da escuta é o coração. O rei Salomão, apesar de ainda muito jovem, demonstrou-se sábio ao pedir ao Senhor que lhe concedesse “um coração que escuta” ( 1 Rs 3, 9). E Santo Agostinho convidava a escutar com o coração (corde audire), a acolher as palavras, não exteriormente nos ouvidos, mas espiritualmente nos corações: “Não tenhais o coração nos ouvidos, mas os ouvidos no coração» [1]. E São Francisco de Assis exortava os seus irmãos a “inclinar o ouvido do coração” [2].

Por isso, a primeira escuta a reaver quando se procura uma comunicação verdadeira é a escuta de si mesmo, das próprias exigências mais autênticas, inscritas no íntimo de cada pessoa. E não se pode recomeçar senão escutando aquilo que nos torna únicos na criação: o desejo de estar em relação com os outros e com o Outro. Não fomos feitos para viver como átomos, mas juntos.

A escuta como condição da boa comunicação

Há um uso do ouvido que não é verdadeira escuta, mas o contrário: o espionar. De facto, uma tentação sempre presente, mas que neste tempo da social web parece mais assanhada, é a de procurar saber e espiar, instrumentalizando os outros para os nossos interesses. Ao contrário, aquilo que torna boa e plenamente humana a comunicação é precisamente a escuta de quem está à nossa frente, face a face, a escuta do outro abeirando-nos dele com abertura leal, confiante e honesta.

Esta falta de escuta, que tantas vezes experimentamos na vida quotidiana, é real também, infelizmente, na vida pública, onde com frequência, em vez de escutar, «se fala pelos cotovelos». Isto é sintoma de que se procura mais o consenso do que a verdade e o bem; presta-se mais atenção à audience do que à escuta. Ao invés, a boa comunicação não procura prender a atenção do público com a piada foleira visando ridicularizar o interlocutor, mas presta atenção às razões do outro e procura fazer compreender a complexidade da realidade. É triste quando surgem, mesmo na Igreja, partidos ideológicos, desaparecendo a escuta para dar lugar a estéreis contraposições.

Na realidade, em muitos diálogos, efetivamente não comunicamos; estamos simplesmente à espera que o outro acabe de falar para impor o nosso ponto de vista. Nestas situações, como observa o filósofo Abraham Kaplan [3], o diálogo não passa de duólogo, ou seja um monólogo a duas vozes. Ao contrário, na verdadeira comunicação, o eu e o tu encontram-se ambos “em saída”, tendendo um para o outro.

Portanto, a escuta é o primeiro e indispensável ingrediente do diálogo e da boa comunicação. Não se comunica se primeiro não se escutou, nem se faz bom jornalismo sem a capacidade de escutar. Para fornecer uma informação sólida, equilibrada e completa, é necessário ter escutado prolongadamente. Para narrar um acontecimento ou descrever uma realidade numa reportagem, é essencial ter sabido escutar, prontos mesmo a mudar de ideia, a modificar as próprias hipóteses iniciais.

Com efeito, só se sairmos do monólogo é que se pode chegar àquela concordância de vozes que é garantia duma verdadeira comunicação. Ouvir várias fontes, «não parar na primeira locanda» – como ensinam os especialistas do oficio – garante credibilidade e seriedade à informação que transmitimos. Escutar várias vozes, ouvir-se – inclusive na Igreja – entre irmãos e irmãs, permite-nos exercitar a arte do discernimento, que se apresenta sempre como a capacidade de se orientar numa sinfonia de vozes.

Entretanto para quê enfrentar este esforço da escuta? Um grande diplomata da Santa Sé, o cardeal Agostinho Casaroli, falava de “martírio da paciência”, necessário para escutar e fazer-se escutar nas negociações com os interlocutores mais difíceis a fim de se obter o maior bem possível em condições de liberdade limitada. Mas, mesmo em situações menos difíceis, a escuta requer sempre a virtude da paciência, juntamente com a capacidade de se deixar surpreender pela verdade – mesmo que fosse apenas um fragmento de verdade – na pessoa que estamos a escutar. Só o espanto permite o conhecimento. Penso na curiosidade infinita da criança que olha para o mundo em redor com os olhos arregalados. Escutar com este estado de espírito – o espanto da criança na consciência dum adulto – é sempre um enriquecimento, pois haverá sempre qualquer coisa, por mínima que seja, que poderei aprender do outro e fazer frutificar na minha vida.

A capacidade de escutar a sociedade é ainda mais preciosa neste tempo ferido pela longa pandemia. A grande desconfiança que anteriormente se foi acumulando relativamente à “informação oficial”, causou também uma espécie de “info-demia” dentro da qual é cada vez mais difícil tornar credível e transparente o mundo da informação. É preciso inclinar o ouvido e escutar em profundidade, sobretudo o mal-estar social agravado pelo abrandamento ou cessação de muitas atividades económicas.

A própria realidade das migrações forçadas é uma problemática complexa, e ninguém tem pronta a receita para a resolver. Repito que, para superar os preconceitos acerca dos migrantes e amolecer a dureza dos nossos corações, seria preciso tentar ouvir as suas histórias. Dar um nome e uma história a cada um deles. Há muitos bons jornalistas que já o fazem; e muitos outros gostariam de o fazer, se pudessem. Encorajemo-los! Escutemos estas histórias! Depois cada qual será livre para sustentar as políticas de migração que considerar mais apropriadas para o próprio país. Mas então teremos diante dos olhos, não números nem invasores perigosos, mas rostos e histórias de pessoas concretas, olhares, expetativas, sofrimentos de homens e mulheres para ouvir.

Escutar-se na Igreja

Também na Igreja há grande necessidade de escutar e de nos escutarmos. É o dom mais precioso e profícuo que podemos oferecer uns aos outros. Nós, cristãos, esquecemo-nos de que o serviço da escuta nos foi confiado por Aquele que é o ouvinte por excelência e em cuja obra somos chamados a participar. “Devemos escutar através do ouvido de Deus, se queremos poder falar através da sua Palavra” [4]. Assim nos lembra o teólogo protestante Dietrich Bonhöffer que o primeiro serviço na comunhão que devemos aos outros é prestar-lhes ouvidos. Quem não sabe escutar o irmão, bem depressa deixará de ser capaz de escutar o próprio Deus [5].

Na ação pastoral, a obra mais importante é o “apostolado do ouvido”. Devemos escutar, antes de falar, como exorta o apóstolo Tiago: “cada um seja pronto para ouvir, lento para falar” (1, 19). Oferecer gratuitamente um pouco do próprio tempo para escutar as pessoas é o primeiro gesto de caridade.

Recentemente deu-se início a um processo sinodal. Rezemos para que seja uma grande ocasião de escuta recíproca. Com efeito, a comunhão não é o resultado de estratégias e programas, mas edifica-se na escuta mútua entre irmãos e irmãs. Como num coro, a unidade requer, não a uniformidade, a monotonia, mas a pluralidade e variedade das vozes, a polifonia. Ao mesmo tempo, cada voz do coro canta escutando as outras vozes na sua relação com a harmonia do conjunto. Esta harmonia é concebida pelo compositor, mas a sua realização depende da sinfonia de todas e cada uma das vozes.

Cientes de participar numa comunhão que nos precede e inclui, possamos descobrir uma Igreja sinfónica, na qual cada um é capaz de cantar com a própria voz, acolhendo como dom as dos outros, para manifestar a harmonia do conjunto que o Espírito Santo compõe.

Roma, São João de Latrão, na Memória de São Francisco de Sales, 24 de janeiro de 2022.

 

Papa Francisco

24ª Festa de Nossa Senhora das Vocações

No dia 7 de maio ocorreu a 24ª Festa em honra a Nossa Senhora das Vocações no Seminário Diocesano.  Após dois anos de realização sem a presença do público, foi de grande alegria o comparecimento novamente dos Zeladores, Amigos do Seminário e de diversos fiéis para os louvores a Deus pela intercessão da Virgem Maria nos sustentos das vocações.

Na Santa Missa do período da tarde, com a presença de Dom Edmilson Amador Caetano, foram instituídos nove seminaristas no ministério de leitorado – sendo eles, Bruno Conti, Bruno Santana, Daniel Felipe, Edson Vitor, Guilherme Rodrigo, João Edson, José Iran, Ricardo Valério e William Júnior –, realizando um passo a mais no processo vocacional.

Gostaríamos de agradecer a Deus e à Nossa Senhora das Vocações pela realização da Festa desse ano, em que abriu-se solenemente o Jubileu da chegada de seu ícone em nossa Diocese, como também a todos aqueles que nela colaboraram.

Sem. Edson Vitor – 3º ano de Teologia

 

Confira algumas fotos da festa: