Diocese de Guarulhos

SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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Concluem-se os trabalhos da 61ª Assembleia Geral da CNBB

A maior Conferência Episcopal do mundo se reuniu na Capital Mariana da Fé durante 10 dias, para rezar, refletir e discutir em torno do tema central — A realidade da Igreja no Brasil e a atualização de suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora — e outros assuntos em 27 sessões, durante a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Três os temas prioritários: Sínodo dos Bispos 2021-2024; Jubileu 2025; e Juventude. Também foram tratados assuntos em razão da previsão estatutária da Conferência (Doutrina da Fé, Liturgia, Relatório anual da presidência, relatório econômico, Textos Litúrgicos – CETEL).

O número de bispos no país é de 482, dos quais 316 estão no exercício do governo pastoral de uma Igreja Particular (dioceses e arquidioceses) e outros 166 são bispos eméritos.

Cada bispo trouxe na bagagem suas vivências pastorais, conquistas e dificuldades para serem partilhadas com os demais. Entre as plenárias, reuniões e debates de temas importantes para a Igreja Católica e para a sociedade, os bispos ainda participaram de um retiro e celebração ecumênica.

A Assembleia teve início com a participação do Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, que conduziu o retiro aos bispos do Brasil com o tema: “Caminho Sinodal” e as meditações sobre a “Comunhão, participação e missão”.  Também houve a participação do presidente da Conferência Episcopal de Burkina Faso e Níger, dom Laurent Dabiré, que contou sobre o drama do terrorismo que aflige o seu país

Nestes dias de trabalhos os bispos brasileiros experimentaram a metodologia da “Conversa no Espírito”, realizada em mesas sinodais para discernir as decisões da Igreja no Brasil, em sintonia com o Sínodo dos Bispos realizado em outubro de 2023 e que terá continuidade em outubro próximo no Vaticano. Os prelados divulgaram quatro mensagens (ao Papa, ao prefeito do Dicastério para os Bispos, ao povo brasileiro e ao povo católico). Todos os dias o encontro com os jornalistas em coletivas de imprensa sobre os temas abordados na Assembleia.

Há 13 anos o Santuário Nacional hospeda o principal encontro da maior Conferência Episcopal do mundo, com uma estrutura completa com as sessões realizadas no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho.

Diversos setores da Casa da Mãe e da CNBB trabalharam com muita fé e dedicação durante os dias da Assembleia Geral, mostrando que a Rainha e Padroeira do Brasil intercede por cada um de nós e também pelos 486 bispos e devotos de Aparecida, para a tomada das decisões importantes da Igreja em nosso país.

Em declarações a A12 dom Jaime Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil disse:

“Na Casa da Mãe tem afago, tem ternura! Um motivo de alegria e satisfação, mas também a Mãe segue dizendo para nós: ‘Faça tudo o que meu Filho vos disser’. A Mãe é Intercessora, e isso repercute de uma forma toda especial e nos inspira nestes dias aqui no Santuário Nacional de Aparecida”.

Agora os bispos retornam às suas dioceses levando na bagagem o calor e a esperança desse encontro na Casa da Mãe, um encontro que no próximo ano irá dar as diretrizes para o caminho futuro da nossa Igreja Católica, presente no Brasil.

Com informações: A12.com

 

Confira abaixo alguns registros da CNBB e enviados pela correspondente e também participante da Assembleia – Célia Soares da CNLB de Guarulhos.

(Fotos com participantes relacionados à Diocese de Guarulhos)

61ª Assembleia Geral da CNBB
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Retiro Espiritual da Pastoral da Comunicação da Diocese de Guarulhos: Um Encontro Profundo com a Espiritualidade

No último dia 14 de abril, o Seminário Diocesano Imaculada Conceição, em Guarulhos, foi palco de um momento marcante no calendário anual da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Diocese de Guarulhos: o retiro espiritual. Sob a orientação e inspiração da renomada irmã Nilza Silva, do Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt, cerca de 80 participantes se reuniram para uma jornada de reflexão e conexão espiritual.

Com uma vasta experiência como jornalista e assessora nacional de comunicação do Movimento Apostólico de Schoenstatt, irmã Nilza trouxe uma abordagem única e inspiradora ao tema central do retiro: “Vida de Oração”. Esta temática se revela como um dos pilares fundamentais da Pascom, evidenciando a importância de nutrir a espiritualidade para fortalecer o trabalho de comunicação dentro da Igreja.

Ao longo do dia, os participantes tiveram a oportunidade de explorar reflexões mais profundas sobre o papel da Pascom. Em um ambiente de acolhimento e partilha, foram abordados diversos tópicos relacionados à comunicação, desde a importância da escuta atenta até a responsabilidade ética no compartilhamento da mensagem cristã.

Além disso, vivenciaram um momento de intensa espiritualidade diante do Santíssimo Sacramento, conduzido com maestria pelo Diácono Permanente José Célio, que proporcionou um espaço de recolhimento e comunhão espiritual.

O ápice do retiro se deu com a celebração da Santa Missa, presidida pelo Padre Marcos Vinicius, assessor diocesano da Pascom de Guarulhos. Sob a luz das velas e a atmosfera de serenidade proporcionada pelo ambiente, os participantes puderam renovar seus votos de serviço à comunicação evangelizadora, fortalecidos pela experiência espiritual compartilhada ao longo do dia.

Este retiro espiritual não apenas fortaleceu os laços entre os membros da Pascom, mas também reacendeu o compromisso com a missão de comunicar a mensagem do Evangelho com autenticidade e fervor.

Que os ensinamentos e as vivências deste dia possam ecoar em cada coração, impulsionando-os a continuar sendo instrumentos de comunicação e amor ao próximo em suas comunidades.

 

Pascom Diocesana

 

Confira as fotos do Retiro:

Retiro Espiritual da Pascom
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Cardeais apresentam as quatro mensagens aprovadas pelo episcopado brasileiro

Seguindo a tradição das Assembleias Gerais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, quatro cardeais brasileiros durante a coletiva desta quinta-feira, 17 de abril, tornaram conhecidos o processo de construção e o conteúdo das quatro mensagens aprovadas pelo episcopado brasileiro: ao Papa Francisco, ao prefeito do Dicastério para os Bispos, cardeal Robert Francis Prevost, ao povo brasileiro e aos cristãos católicos. Esta última, uma das novidades desta edição da assembleia.

Segundo o arcebispo de Brasília (DF), cardeal Paulo Cezar Costa, na carta ao Papa Francisco o episcopado brasileiro manifesta a comunhão com o Santo Padre, apresentou os temas gerais da assembleia e um agradecimento pela riqueza de seu pontificado, aquilo que ele propõe à Igreja nesse momento: a paz, a justiça, as migrações e das pessoas que morrem no mar.

Carta aos cristãos católicos do Brasil

Pela primeira vez se faz uma mensagem da Assembleia às comunidades católicas, enfatizou o arcebispo de São Paulo, cardeal Pedro Odilo Scherer, que trata da vida das comunidades. A mensagem inicia agradecendo “por tudo aquilo que de bom e belo existe para a missão”, por tudo o que é vivido e realizado nas comunidades. Igualmente o texto ressalta a santidade, com um número de “processos de beatificação e canonização como nunca houve antes”.

A carta dirige uma palavra de encorajamento sobre algumas questões, tendo como pano de fundo a sinodalidade: o diálogo, o respeito pelos outros, saber divergir sem brigar, insistindo em que “nossa fé não deve dividir, mas deve ser um elemento que ajuda a criar comunidade”.

A mensagem ressalta a necessária comunhão com o Papa e com os bispos e faz um convite a não desanimar diante das dificuldades presentes e à participação ativa na vida das comunidades e da sociedade. Finalmente, um chamado à preparação ao Jubileu 2025. De acordo com dom Odilo, trata-se de uma carta que pretende “encorajar, orientar, apoiar, respaldar a nosso povo católico”.

Acesse a Mensagem aos cristãos católicos do Brasil 

Carta ao Dicastério para os Bispos

Sobre a carta ao prefeito do Dicastério para os Bispos, o arcebispo de Rio de Janeiro, cardeal Orani Tempesta, disse que é reservada ao cardeal Prevost e trata sobre o que está sendo feito na 61ª Assembleia Geral da CNBB. A mensagem “coloca os problemas que nós estamos enfrentando enquanto Igreja no Brasil, coloca as soluções que a nossa assembleia está propondo e agradece ao prefeito pelas indicações ao Santo Padre para as 20 nomeações episcopais para a Igreja do Brasil desde a última assembleia”, enfatizou dom Orani.

Mensagem ao Povo Brasileiro

A Mensagem ao Povo Brasileiro, “um texto em certo sentido longo”, segundo o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, dada “a necessidade de abordarmos alguns elementos importantes”, pretende ser uma mensagem de esperança, de futuro, da realidade política e climática, que aborda as eleições que se aproximam, lembrando os 60 anos de início da Ditadura e incentivando a cuidar da Democracia e combater a violência no país e as guerras.

Dom Leonardo pediu a ajuda dos meios de comunicação para que essas mensagem cheguem e ajudem diante da situação de tensão, de conflitos e de muita violência que a sociedade brasileira vive, provocada pelas drogas, as facções e pelas as palavras. Trata, segundo dom Leonardo, de uma mensagem que faz um chamado à paz, também na floresta, para os povos indígenas, ameaçados pelo Marco Temporal.

Baixe a íntegra da Mensagem ao Povo Brasileiro

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Pastoral de Fé e Política realiza encontros foraneos na Diocese

A pastoral de Fé e Política está realizando encontros foraneos na Diocese de Guarulhos em formato de roda de conversa, objetivando apresentar a pastoral.

Os encontros foraneos aconteceram nos dias: 16/03 na Forania Fatima, 23/03 na Forania Bonsucesso, 13/04 na Forania Aparecida. E ainda acontecerão nos dias: 20/04 na Forania Rosario e 27/04 na Forania Imaculada, sempre das 9hs às 12hs.

Agradecemos aos padres que estão nos acolhendo, paroquias, a participação de todos e todas que estão contribuindo com nossas ações e convidamos a todos e todas para o ENCONTRO DIOCESANO – FÉ E POLÍTICA que ocorrerá em 11 de maio de 2024, das 8h às 17h, na paróquia Santa Mena.

O encontro diocesano tem como principal objetivo organizar a nossa igreja para o envolvimento na elaboração do projeto popular para cidade de Guarulhos, além de outros encaminhamentos para desenvolvimento do plano pastoral de 2024.

Inscrições: (11) 94336-5098 – Katia, ou (11) 95404-9633 – Fernando.

Até lá!!!!

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10º Encontro Nacional e 3º Encontro Internacional – Movimento Mães que Oram pelos Filhos

Aconteceu em Cachoeira Paulista, no Centro de Evangelização da Canção Nova, de 11/04 a 14/04, o 10º Encontro Nacional e 3º Encontro Internacional do Movimento Mães que Oram pelos Filhos, com o tema: Mães clamando a Santíssima Trindade.

Angela Abdo fundadora do Movimento, com toda a sua equipe, para que tudo pudesse sair certo e de acordo com a moção do Espírito Santo, contou com a presença de alguns pregadores: Paula Guimarães, Nelsinho Corrêa, Pe. Renato Criste, Eliana Ribeiro, Pe. Alexandre Fernandes, Irmã Maria Raquel, Pe. Vicente de Paula, Pe. Wagner Ferreira, Pe. Reginaldo Manzotti entre outros.

As pregações tinham por objetivo fazer as mães através do Espírito Santo viverem sua vida, mostrando que quando colocamos Deus como o centro de nossa vida, aprendemos a clamar pelo Espírito Santo em todas as situações, tarefas diárias do dia a dia, preocupações, turbulências, mas também a silenciar e ouvir o que Deus quer de nós, é assim que vamos trilhar o nosso Caminho de Santidade.

Houve vários momentos especiais, Adorações, Missas, Procissão com Nossa Senhora de La Satelle, Luau, Noite Oracional.

Na quinta-feira, um momento muito emocionante foi Nelsinho Correa em sua pregação, cantou pela primeira vez a música que fez para o movimento a pedido da Angela Abdo a três anos atrás: “Mães que Oram pelos Filhos, nem sempre rezam com palavras, muitas vezes são só gemidos, Jesus entendi a sua oração, tão acostumado a ouvir a voz de mãe, Jesus atende uma oração de mãe, pedi a mãe que o Filho atende, basta confiar e Nele esperar, não tire os olhos Dele, o milagre está por vir…”. Na sexta, na Basílica de Aparecida, teve a missa celebrada por Dom Jaime Spengler (Presidente da CNBB), onde estava acontecendo a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; a noite missa presidida pelo Padre Marcelo Rossi e após um Luau com Brais Oss. Já no sábado, lançamento do livro “Na Cruz a Reconciliação”, ajuda a mãe a se reconciliar com Deus, consigo mesma, com a família, com os outros e com as coisas. Teve missa presidida por Dom Frei Rubens Sevilha; Procissão de La Salette com Dom Mário Marquez e terminando com a Noite Oracional/ Clamor de Mãe: Pe. Bruno Costa, Pe. Vicente de Paula, Salette Ferreira, Eliana Ribeiro e AMO Vox. Domingo último dia teve pregação com Padre Reginaldo Manzotti e a missa de encerramento também celebrada por ele.

A Diocese de Guarulhos esteve representada com aproximadamente 350 mães de todos os Grupos, durante os quatro dias de encontro.

Texto: Marina Z. de J. Vaitekunas

 

Confira algumas fotos do encontro e caravanas de nossa Diocese:

10º Encontro Nacional e 3º Encontro Internacional - Movimento Mães que Oram pelos Filhos
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Retiro dos Cristãos Leigos e Leigas da Diocese de Guarulhos (CNLB Guarulhos)

Momento muito rico de troca de experiências e partilha. Pela manhã o acolhimento aconteceu com a Celebração Eucaristia presidida pelo Padre Carlos e destacou a missão dos cristãos Leigos e Leigas de estar na barca com Jesus e ter coragem de seu seguimento.
 
No salão paroquial houve o café da manhã e a dinâmica da caminhada do “profeta” conduzindo a “testemunha” onde pode experimentar o cuidado com o outro e a confiança naquele que conduz.
 
No momento da reflexão da manhã Peterson conduziu os trabalhos com as três palavras norteadores do encontro: Profecia, testemunho e Reino de Deus. E importante denunciar propor novos caminhos, a boa nova, anunciar o Reino de Deus com alegria.
 
O Almoço teve início com a reflexão da Ellen que com a leitura dos discípulos de Emaús lembrou que Cristo de revela na mesa com os amigos, na partilha do pão. Padre Carlos abençoou os alimentos.
 
A tarde a reflexão conduzida por Claúdio tratou sobre o cuidado conosco, com nosso corpo, a aproximação necessária de caminhamos próximos de Jesus e de Maria e pedir ajuda sempre que necessário.
 
Encerrou o encontro com a partilha e avaliação de todos. Um momento único de esperança e de cuidado com nossos irmãos e irmãs.
 
Viva as leigas e leigos de nossa Diocese de Guarulhos.
 
 
Confira algumas fotos do retiro:
Retiro de Cristãos Leigos e Leigas da CNLB
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A experiência do Lava-pés na vivência da amizade social na Fundação Casa

“Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo.” (Mateus 28,26-27)

Em um tempo de constante transformação social as relações entre as pessoas passaram a ser norteadas pelas mídias sociais que determinam o que pensar e sentir, o homem parece esquecer o mandamento do amor – “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22,39). Cada vez mais estamos nos enrolando em torno de nós mesmos e daqueles que amamos. Não conseguimos perceber a dor e os gritos daqueles que estão ao nosso redor pedido socorro.

Sei que estamos vivendo um tempo atípico onde alguns que se dizem cristão semeiam ódio, preconceito e exclusão, precisamos voltar “a viver a beleza da fraternidade humana aberta a todos, para além dos nossos gostos, afetos e preferências”, como nos propõem a reflexão da Campanha da Fraternidade 2024, precisamos voltar constantemente para a última Ceia para aprender com Mestre como Amar, Acolher e Perdoar. É preciso despojar do Orgulho pessoal e nos abaixar para lavar os pés uns dos outros, lavar a poeira da vida, da história pessoal e dar ao nosso próximo a oportunidade de recomeçar, fazê-lo sentir-se amado por nós, para juntos construirmos uma sociedade mais fraterna, humana e entender que só teremos uma nação saudável quando nos reconhecermos como irmãos.

A experiência* vivida na Fundação Casa foi uma oportunidade única de viver de forma mais profunda o mistério do Lava-pés e experimentar o amor vivido pelo Cristo ao lavar os pés daqueles homens tão humanos, tão chagados pelas feridas causadas pela vida e pela história pessoal.

Que não permitamos deixar cair no esquecimento a proposta do reino: “Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”. (Mateus 28,28)

Padre Fábio Herculano

Padre Administrador da Área Pastoral São José

Assessor da Pastoral do Menor – Diocese de Guarulhos

 

*Foram três celebrações seguidas na F. Casa Guarulhos e Serra, de joelhos o padre lavou e beijou mais de 50 pés.

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61ª Assembleia Geral da CNBB

Está se aproximando a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que se realiza em Aparecida (SP). Neste ano, o evento será realizado dos dias 10 a 19 de abril, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional, em Aparecida (SP).

Neste ano, o evento tem como tema central a realidade da Igreja no Brasil e a atualização de suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE). “Constatou-se que por causa da pandemia não foi possível aplicar todas as indicações que as diretrizes traziam. Portanto, decidiu se ampliá-las mais, considerando também o processo do Sínodo dos Bispos. Decidiu-se aprovar novas diretrizes em 2025”, explicou o presidente da Comissão do Tema Central da 61ª AG CNBB, Dom Leomar Brustolin.

Segundo Dom Leomar, a partir de uma escuta realizada nos regionais e (arqui)dioceses, foi elaborado um texto mártir, que será apresentado aos bispos na 61ª Assembleia da CNBB para refletir o caminho até 2025.

Confira a explicação de Dom Leomar sobre o assunto:

Dia de oração pela Assembleia

Nos dois primeiros dias da Assembleia, dias 10 e 11 de abril, após a sessão de abertura, orientados pelo Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, os bispos do Brasil entrarão em retiro espiritual.

Em comunhão com esse momento, a CNBB promove na data de abertura o Dia de Oração pela Assembleia (DOA). “Será um momento especial para rezarmos juntos, à base das Sagradas Escrituras. Buscaremos ouvir os apelos de Deus e de seu Espírito, pedindo as luzes do Ressuscitado para o nosso caminho como Igreja no Brasil”, afirmou o Secretário-Geral da entidade, Dom Ricardo Hoepers.

Dom Ricardo ainda pede que, neste ano de oração pelo Jubileu 2025, os fiéis e comunidades dediquem parte de seu tempo e entrem em comunhão espiritual com os bispos reunidos em assembleia, rezando por seus pastores e pelo bom andamento da 61ª Assembleia Geral. Saiba mais aqui.

Sobre a 61ª Assembleia da CNBB

Além do tema central, a 61ª Assembleia abordará mais três que serão prioritários, sendo eles: Sínodo dos Bispos 2021-2024, Jubileu 2025 e Juventude. Para ajudar na reflexão sobre o tema central, o episcopado brasileiro utilizará a metodologia da “conversação espiritual”, com a organização das mesas sinodais, tal como no Sínodo dos Bispos.

Para ajudar a reunir as informações sobre o evento, a Assessoria de Comunicação da CNBB publicou no portal da entidade um hotsite da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Na página estarão disponíveis conteúdos em diversos formatos, como matérias, entrevistas, vídeos e spots para rádios, TVs e redes sociais.

Acesse aqui: https://www.cnbb.org.br/61agcnbb/

Texto: CNBB/Adaptado

Imagem: CNBB

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Páscoa e Ressignificação

Quando o homem velho dá lugar ao homem novo.

Revendo a nossa história de vida, muitas vezes nos deparamos com experiências tristes que nos fazem pensar: Como seria bom se tivéssemos uma borracha que apagasse os nossos erros do passado, as lembranças dolorosas, os traumas e também nossas culpas. Teríamos a oportunidade de começar vida nova com um novo sentido, uma nova oportunidade. Infelizmente essa borracha não existe da maneira como imaginamos, mas a boa notícia é que podemos construir uma nova estrada, sem destruir aquela que já existia; podemos nos tornar pessoas novas e o nome dessa estrada é Ressignificação.

Ressignificar é mudar o significado dos acontecimentos através de uma postura compassiva e autocompassiva. Não é o mesmo que autoindulgência onde nos desculpamos pelos nossos erros com a tradicional atitude evasiva, representada pela frase: Errei, mas quem não erra. Ressignificar é compreender de forma profunda o nosso passado, avaliar as circunstâncias que envolveram, o nosso grau de consciência e, a partir disso, nossa vontade genuína de querer fazer diferente. A história de Saulo que passou de perseguidor de cristãos à homem piedoso e convertido, é um exemplo bíblico de tantas experiências que ocorrem em nosso meio.

Considerando a possibilidade da Ressignificação, ninguém está forçado a viver um destino manchado por um passado negativo e vergonhoso. Seja um dependente químico, um criminoso, um pervertido, etc. Não importa o quão errado você foi no passado, você pode se reconduzir à uma nova vida dando a si mesmo uma nova chance. Muitas vezes não é a sociedade que julga e sim, nós mesmos que através de uma postura crítica e pesada, condenamo-nos a viver dentro de um enredo trágico e negativo, acreditando na falsa ideia de que não podemos mudar.

Este mês de abril em que celebramos a Páscoa de Jesus poderíamos buscar força e inspiração para começar esse trabalho, uma vez que Páscoa tem a ver com mudança, transformação e renascimento. Se ampliarmos esse significado e trazê-lo para a nossa realidade, podemos dizer que Páscoa é sair de um estado de prisão para alcançar a liberdade através da Ressignificação. Então, mais do que chocolates e bombons, que a sua Páscoa seja recheada de paz, harmonia, gratidão e compaixão. Celebre esse momento deixando que morra no seu coração o homem velho ligado ao passado e ao sofrimento para dar lugar ao homem novo, pois Páscoa é vida nova.

 

Romildo R. Almeida

Psicólogo clínico

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O sonho é viver num jardim, mas há violência entre irmãos

São inúmeros os textos bíblicos que justificam e esclarecem o tema da Campanha da Fraternidade desde ano: Fraternidade e Amizade Social. O lema: Somos todos irmãos foi escolhido das páginas do evangelho de Mateus, 23,8. No contexto, Jesus procura explicar aos discípulos que seu projeto é servir. Esclarece que entre os discípulos, só Deus deve ser chamado de mestre, eis o motivo que nos tratarmos e vivermos como irmãos e irmãs.

O caso de Caim e Abel é um episódio esclarecedor, quando se está em debate o projeto de vivermos como irmãs e irmãos, como deseja o próprio Deus, para toda a humanidade. Depois de ser expulso do paraíso criado por Deus, o homem se encontra diante do fenômeno da morte. Nos meandros desse fratricídio bíblico esconde-se um jogo de interesses entre grupos rivais. Pastores e agricultores se digladiam na saga pelo poder.

A narrativa bíblica não esconde que, uma vez fora dos desígnios de Deus, o ser humano é capaz de derramar o sangue do próprio irmão sobre a terra por ele cultivada (v.8) e, após o assassinato, desprezar a pergunta do Criador: “onde está teu irmão?” (v. 9).

O projeto de Deus do ser humano viver no Jardim e na mais bela sintonia com a natureza, com os animais e com os seres humanos, é desprezado. Da prática do bem, para o conhecimento do bem e do mal; da vivência do amor, para o reinado da “ira” (v. 5). A violência chega ao ponto do ser humano não se sentir responsável nem mesmo pela vida do próprio irmão. “Por acaso sou eu o guardo do meu irmão” (v. 10).

            Há três genealogias presentes no texto. Essa forma literária foi composta em torno dos personagens: Caim e Abel (Gn 4,1-16), a descendência de Caim (Gn 4,17-24) e a terceira genealogia, indicando a substituição do irmão Abel assassinado garantida a Set (Gn 4,25-26). Na apresentação das genealogias, visualizamos no texto a seguinte forma:

  • Gn 4,1-2: vemos a primeira genealogia apresentando os irmão Caim e Abel. O primeiro trabalha como “cultivador do solo” e o segundo, “pastor de ovelhas”.
  • Gn 4,17: nesta genealogia, Caim é visto na base das cinco gerações e inserido na origem das cidades, onde atuam as mais diferentes profissões: construtores de cidades, artesãos de tendas, pastores, tocadores de lira, charamela e laminadores em cobre e ferro (vv. 17,20-22).
  • Gn 4,25: trata-se da genealogia apresentada em substituição a Abel. Desta geração, após o nascimento de Set, aparecerá a origem da invocação do nome do Senhor. “O primeiro a invocar o nome do Senhor” (v. 26).

Caim surge como personagem principal. Seu nome, citado 13 vezes  na narrativa, liga-se ao clã dos Quenitas. Um clã que, embora não tenha  ligação direta com as doze tribos de Israel, será, por sua vez, portador e  defensor do nome do Senhor (Js 15,57). Por outro lado, Abel, liga-se ao “sopro, fumaça”, algo sem muito valor.

No confronto entre os “irmãos”, acompanhamos o conflito entre os agricultores da terra e os pastores. A busca da superação deste conflito irá determinar a quem pertencerá o campo, as terras que oferecem a base de alimentação e o poder

O texto não esconde essa consciência de Caim frente a sentença recebida da parte do Senhor e ressalta a fragilidade de sua conduta e de uma cultura baseada na violência. Sem asilo nem proteção, sua vida está em perigo (v. 14). Mas Deus é fiel ao seu projeto. Não criou o homem para que este reproduza o sistema de violência. Semelhante a Gn 3,21, ele vem em auxílio à sua criatura, abrandando sua pena e colocando em Caim “um sinal’ (v. 15). Tal sinal, conhecido como tatuagem, identificará Caim como participante de um clã, em que a morte de sangue é vingada sete vezes.

 

Pe. Antonio C. Frizzo

acfrizzo@uol.com.br