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Área Pastoral São Francisco Xavier realiza Tríduo em honra a Santa Paulina

Realizamos com grande alegria o Tríduo em honra a Santa Paulina entre os dias 6 e 8 de julho, encerrando com a festa da padroeira no dia 9 de julho

Primeiro dia (06/07/2025) – Padre Bruno Batista

Segundo dia (07/07/2025) – Padre Felipe Batista (Arquidiocese de São Paulo)

Terceiro dia (08/07/2025) – Padre Alberto (Capelão Base Área)

Dia da Padroeira (09/07/2025) – Padre Francisco Veloso (Reitor do seminário)
 

Fraternalmente, Giovana Moraes

Vice coordenadora da Pascom Área Pastoral São Francisco Xavier

Confira alguns registros do tríduo e festa:

Tríduo em honra a Santa Paulina
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Artigos Falando da Vida

De Baby Boomers à Geração Z

Como serão as próximas gerações?

Existe uma forma interessante de classificar as pessoas de acordo com a época em que elas nasceram, cresceram e se tornaram adultas. Desde 1900 passou a ser um hábito muito utilizado em diversas áreas do conhecimento principalmente nas ciências sociais. A geração em que uma pessoa se desenvolveu, diz muito sobre quem ela é, pois, os fatos marcantes ocorridos naquele período, de certa forma, influenciaram sua formação. Os períodos que definem uma geração são contados geralmente de 20 a 30 anos e o nome de uma geração está relacionado com os fatos históricos ocorridos naquela época.

Baby boomers, por exemplo, que são os nascidos entre 1946 e 1964, está relacionado ao período em que houve muita natalidade de bebês, por isso ganhou esse nome. É uma geração que se dedicou muito ao trabalho e hoje a maioria são aposentados que formam a terceira idade. Logo em seguida, vem a geração X que são os nascidos de 1965 a 1981. Os nascidos nessa época, tiveram o privilégio de crescerem em melhores condições em termos de ofertas de produtos e tecnologias, portanto, são mais independentes e autossuficientes em comparação com os Baby boomers.

A geração Y ou millennials são os nascidos entre 1981 e 1996; aqui percebemos um maior nível de consciência e de valores em relação às outras gerações. Foi nessa época que o mundo despertou para os problemas globais. Valorizam mais a qualidade de vida do que bens materiais, embora apresentem mais insegurança e ansiedade em relação ao futuro. Entre 1997 e 2010, nasce a geração Z que assim como os millennials, desfrutam das possibilidades oferecidas pelas redes sociais com as suas vantagens e desvantagens. É a geração do home office, compras online, cursos e até relacionamentos online.

Como serão as próximas gerações? A expectativa é que as gerações Alpha, que são os nascidos a partir de 2010 e a geração Beta que começou em 2025, passem menos tempo nas telas de computadores. Vários países estão proibindo o uso de smartphones em sala de aula e os efeitos positivos, já podem ser observados. Espera-se uma melhora nas relações humanas e uma valorização das amizades reais em detrimento das conexões virtuais. Vale a pena relembrar um dos últimos ensinamentos do Papa Francisco que pregava: “Rezemos para que o uso das novas tecnologias não substitua as relações humanas, mas respeite a dignidade das pessoas”. Que as futuras gerações aprendam a cultivar relações verdadeiras baseadas na empatia, no respeito e no amor ao próximo. Só assim construiremos a paz.

 

Romildo R. Almeida

Psicólogo clínico

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Artigos Vocação e Seminário

A vocação e a Sagrada Escritura

A Semana Diocesana de Formação tem como temática neste ano a Palavra de Deus. Não tem melhor forma de tratar sobre vocação do que se inspirar nas páginas das Sagradas Escrituras e ver como Deus nunca cessou de chamar o ser humano para a sua vocação: a santidade, o caminho de estar em plena comunhão com o próprio Deus. Pelo nosso Batismo, somos convocados a assumir um modo de viver mais intimamente com Deus, configurando-se em alguém que assume a sua missão: não somos chamados para algum desfrute pessoal, mas é em vista de uma missão a ser realizada como resposta aquilo que Deus quer.

O chamado vocacional tem seu fundamento nos contextos do pensamento bíblico: nós lemos nas Escrituras que uma pessoa que se sente chamada na escolha divina a convocou para uma missão no plano da salvação. Em sua origem, a vocação está fundada, portanto, em uma eleição divina, que tem como finalidade em uma vontade a ser cumprida. A vocação impele o indivíduo a responder conscientemente a (re)significação de sua existência na resposta ao apelo contido no Coração de Deus.

Nos vocacionados do Antigo Testamento encontramos a iniciativa de Deus em chamar os eleitos para a formação de um povo e prepará-lo para a vinda do Messias. Conhecemos figuras vocacionais as pessoas de Abraão, Moisés, Amós e Isaías, por exemplo. Já no Novo Testamento, a iniciativa do chamado se centra na pessoa de Jesus. Na configuração vocacional de Jesus, Ele é aquele que chama e confia a missão ao chamado às pessoas, fazendo-as serem convidadas a segui-Lo no modo de viver e na missão a ser realizada.

Nas Escrituras, Jesus quer congregar um novo Povo de Deus – a Igreja – para herdar a realização definitiva das promessas feitas outrora e viver, já no mundo, as virtudes do Reino. O vocacionado de Jesus tem, pois, por missão de “ir pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15) e testemunhar esse amor de Deus por nós!

As Sagradas Escrituras possuem diversas outras figuras e personagens que assumiram plenamente a sua vocação. O caminho de estar em plena comunhão com o próprio Deus levá-los a ver nas pessoas bíblicas a nossa própria história de vida. Convidamos a todos a escrever as novas páginas na história da salvação com a nossa resposta ao chamado de Deus. Com certeza, será a mais bela iniciativa que podemos realizar.

 

Padre Edson Vitor

Coordenador SAV/PV

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Artigos Bíblia

O Documento Final do Sínodo deve ser acolhido como magistério pontifício

O Documento Final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, aprovado pelo Papa Francisco em 26 de outubro passado, “participa do Magistério ordinário do Sucessor de Pedro e, como tal, peço que seja acolhido”. O Papa, na Nota de acompanhamento do Documento, assinada no domingo, 24 de novembro, Solenidade de Cristo Rei do Universo, e divulgada na segunda-feira (25/11), reafirma, como disse na ocasião da aprovação, que o documento “não é estritamente normativo” e que “sua aplicação exigirá diversas mediações”. Porém, “isso não significa que não comprometa desde já as Igrejas a fazer escolhas coerentes com o que nele está indicado”. De fato, o documento em si “representa uma forma de exercício do ensinamento autêntico do Bispo de Roma, que traz traços de novidade”, mas corresponde ao que foi afirmado por Francisco em outubro de 2015 sobre a sinodalidade, que é “o quadro interpretativo adequado para compreender o ministério hierárquico”.

Comunhão, participação e missão

O Pontífice confirma que o caminho do Sínodo, iniciado por ele em outubro de 2021, no qual a Igreja, ouvindo o Espírito Santo, foi chamada a “ler sua própria experiência e identificar os passos a serem dados para viver a comunhão, realizar a participação e promover a missão que Jesus Cristo lhe confiou”, prossegue nas Igrejas locais, aproveitando-se precisamente do Documento Final. Um texto que foi “votado e aprovado pela Assembleia em todas as suas partes”, e que também o Papa Francisco aprovou e, ao assiná-lo, ordenou sua publicação, “unindo-me ao ‘nós’ da Assembleia”.

Os temas confiados aos dez grupos de estudo

Recordando o que foi declarado em 26 de outubro, o Papa reitera que “é necessário tempo para chegar a escolhas que envolvam toda a Igreja”, e que “isso vale especialmente para os temas confiados aos dez grupos de estudo, aos quais outros poderão ser acrescentados, tendo em vista as decisões necessárias”. E enfatiza novamente, citando o que escreveu na Exortação pós-sinodal Amoris laetitia, que “nem todas as discussões doutrinárias, morais ou pastorais precisam ser resolvidas com intervenções do magistério”. Assim como “em cada país ou região, podem ser buscadas soluções mais inculturadas, atentas às tradições e aos desafios locais”.

As indicações que já podem ser acolhidas nas Igrejas locais

Francisco acrescenta que o Documento Final contém indicações que “já podem ser acolhidas agora nas Igrejas locais e nos agrupamentos de Igrejas, levando em conta os diferentes contextos, o que já foi feito e o que ainda resta a fazer para aprender e desenvolver cada vez melhor o estilo próprio da Igreja sinodal missionária”. A partir de agora, escreve o Pontífice, “na relação prevista para a visita ad limina, cada bispo cuidará de relatar quais escolhas foram feitas na Igreja local a ele confiada em relação ao que é indicado no Documento Final, quais dificuldades foram encontradas, e quais foram os frutos”.

As palavras compartilhadas devem ser acompanhadas por ações

A tarefa de acompanhar esta “fase de implementação” do caminho sinodal, conclui o Papa Francisco, é confiada à Secretaria Geral do Sínodo junto com os Dicastérios da Cúria Romana. E ele reafirma ainda, como disse em 26 de outubro, que o caminho sinodal da Igreja Católica “precisa que as palavras compartilhadas sejam acompanhadas por ações”. O Espírito Santo, dom do Ressuscitado, é sua oração final: “sustente e oriente toda a Igreja neste caminho”.

Encontro de Dom Edmilson com os membros das paróquias e comunidades da  Diocese

Entre os dias 26 e 30 de maio nosso Bispo, Dom Edmilson Amador Caetano esteve reunido com os membros de comunidades e CPP’s das paróquias de todas as Foranias da Diocese, para explanar um pouco sobre a implantação do Sínodo dos Bispos em nossa Diocese e realização de algumas questões a serem tratadas em cada comunidade/paróquias e suas realidades.
Confira as questões a serem tratadas pelas paróquias na íntegra:
1.  Quais os itinerários de Iniciação Cristã (e formação permanente na fé) temos em nossa comunidade, além da catequese para a recepção dos Sacramentos? Em qual deles está a minha experiência pessoal?
2.   Quais elementos da espiritualidade sinodal estão presentes em nossa comunidade quais estão deficientes ou ausentes?
3.   O que temos em nossas comunidades que nos faz estar juntos e decidir juntos a vivência da missão da Igreja?
4.   O que falta em nossas comunidades que nos faz estar juntos e decidir juntos a vivência da missão da Igreja?
5.  Evangelizar é a missão essencial da Igreja. Evangelizar “todos, todos, todos”. De quem desses “todos” não estamos tão próximos?
6.   O que temos em nossas comunidades que nos faz estar próximos dos mais pobres e dos excluídos na obra da evangelização?
7.  O que não temos em nossas comunidades que estão impedindo de estar mais próximos dos pobres e excluídos na obra da evangelização?
Confira o Documento Final na íntegra:
diocesedeguarulhos.org.br/subsidios-diocesanos/
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Artigos CNBB Vida Presbiteral

Papa Leão XIV concede bênção e impõe Pálio a 54 arcebispos; entre eles cinco brasileiros

“Serei sempre fiel e obediente ao Bem-aventurado Apóstolo Pedro, à Santa e Apostólica Igreja de Roma, a ti, Sumo Pontífice, e a teus legítimos sucessores. Assim me ajude Deus Onipotente”.

Este foi o juramento feito no domingo, 29 de junho, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, pelos arcebispos metropolitanos nomeados ao longo do último ano, aos quais o papa Leão XIV concedeu a bênção e impôs o pálio.

Ao todo, 54 arcebispos receberam o paramento litúrgico que simboliza a comunhão com a Igreja de Roma, entre eles cinco brasileiros: dom Ângelo Ademir Mezzari, r.c.i., arcebispo de Vitória (ES); dom Odelir José Magri, m.c.c.j., arcebispo de Chapecó (SC); dom Francisco Carlos Bach, arcebispo de Joinville (SC); dom Vítor Agnaldo de Menezes, arcebispo de Vitória da Conquista (BA); e dom Antônio Emídio Vilar, s.d.b., arcebispo de São José do Rio Preto (SP).

O arcebispo dom Antônio Emílio Vilar foi recebido nos estúdios da Rádio Vaticano para falar sobre a entrega do palio e o crescimento da arquidiocese de São José do Rio Preto. Na ocasião, dom Vilar destacou que “é muito bonito receber o Pálio neste domingo, e também nesse momento novo, como arquidiocese de São José do Rio Preto, em que toda a nossa Igreja do Brasil também está colhendo os frutos desse crescimento, da evangelização e também da estruturação das nossas dioceses e arquidioceses”.

Origem

O pálio — do latim pallium, manto de lã — é uma veste litúrgica da Igreja Católica, composta por uma faixa de lã branca colocada sobre os ombros dos arcebispos. Simboliza a ovelha que o pastor carrega nos ombros, representando a missão pastoral do bispo. É também sinal da jurisdição dos arcebispos metropolitanos em comunhão com a Santa Sé.

O pálio tem origem no manto usado por filósofos e aparece na arte paleocristã vestindo Jesus e os apóstolos. Foi adotado pela Igreja com função semelhante ao omoforion das tradições orientais. Inicialmente, era uma tira de pano enrolada nos ombros, usada por todos os bispos, como mostram ícones de santos como Santo Ambrósio e São João Crisóstomo. O primeiro registro de sua concessão formal é de 513, quando o Papa Simmaco o entregou a São Cesário de Arles. No século IX, ganhou o formato atual de “Y”, passando a ser exclusivo dos arcebispos metropolitanos. Em ocasiões especiais, como no Jubileu de 2000, o Papa João Paulo II utilizou um modelo semelhante ao antigo omoforion.

Confecção

Dois cordeiros, criados pelos monges trapistas da Abadia de Tre Fontane, fornecem a lã. Eles são abençoados em 21 de janeiro, festa de Santa Inês, e levados ao Papa. As freiras do convento de Santa Cecília, em Trastevere, tecem e costuram os pálios, que ficam guardados na Basílica de São Pedro, junto ao túmulo do apóstolo.

Como é o Pálio

O pálio atual é uma faixa de lã branca, com cerca de 5 cm de largura, curvada para os ombros, com duas abas pretas pendentes na frente e nas costas, formando um “Y”. Possui seis cruzes negras (lembrando as chagas de Cristo) e três alfinetes que remetem ao antigo modo de fixá-lo. No pontificado de Bento XVI, Piero Marini restaurou o uso de um modelo mais longo, inspirado no formato antigo. Contudo, desde 2008, o Papa voltou a usar um pálio em “Y”, semelhante ao dos arcebispos, mas maior e com cruzes vermelhas, destacando a jurisdição singular do Bispo de Roma.

 

Fonte: CNBB.org.br

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Artigos Liturgia

Censo 2022 do IBGE: Em Guarulhos, 43% são católicos e 30% são evangélicos

Divulgado nesta sexta-feira (6), o Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que a Igreja Católica Apostólica Romana segue com o maior número de adeptos em Guarulhos com 43,37%, e 30,08% se declararam evangélicos. A pesquisa destaca o resultado entre os 1.123.377 moradores da cidade acima de 10 anos.

O Censo 2022 destaca os dados sobre os moradores de Guarulhos que são adeptos de alguma outra fé ou de nenhuma: 27.804 (2,48%) disseram ser espíritas, 21.223 (1,89%) se declararam da Umbanda ou Candomblé. Outros 172.421 (15,35%) afirmaram não ter religião, 73.893 (6,58%) eram adeptos de outras religiosidades, 493 (0,04%) acreditavam em tradições indígenas, 551 (0,05%) afirmaram não saber a religião e 1.944 (0,17%) não declararam.

Novo recorte do Censo aponta mudança

Os católicos eram 52,84% da população da cidade no Censo 2010 e agora são 43,37%. Já os evangélicos, eram 28,35% dos guarulhenses e agora são 30,08%.

No Brasil

No Brasil, o Censo apontou que 56,7% da população brasileira se declarou católica e 26,9% afirmou ser evangélica. O catolicismo continua sendo a religião com maior número de fiéis no país, mas atingiu o menor percentual desde 1872, quando era a preferida de 99,7% dos brasileiros. Já o número de evangélicos é o maior já registrado pelo IBGE, mas o ritmo de crescimento está diminuindo em relação aos Censos anteriores.

Pessoas sem religião são 9,3% dos brasileiros; maioria são homens

O Censo 2022 mostrou que a população que se declara sem religião continua aumentando, passando de 7,9% em 2010, para 9,3% em 2022, chegando a 16,4 milhões neste último Censo. A maioria são homens, que representam 56,2% ou 9,2 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade.

A Região Sudeste, com 10,6% de sua população declarada como sem religião, foi a única com proporção acima da média do país, representando 7,9 milhões de pessoas. A menor proporção estava na Região Sul, 7,1%.

Entre as unidades da federação, as maiores proporções de pessoas sem religião estavam em Roraima e Rio de Janeiro (ambas com 16,9%); as menores estavam no Piauí (4,3%), Ceará (5,3%) e Minas Gerais (5,7%).

Fonte: IBGE e Jornal Click Guarulhos
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Artigos Enfoque Pastoral

Aspergido pelo Preciosíssimo Sangue de Jesus (conf. 1Pd 1,2-4)

O mês de julho é dedicado à devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos pecados. Como nos recorda o Papa Francisco, “o Sangue de Cristo é a prova do amor infinito de Deus por cada um de nós, um amor que se dá por completo para nos salvar.” São Pedro nos ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe 1,2). Roguemos ao Senhor para que, neste mês de julho, sejamos animados e restaurados na comunhão com Ele pelo seu preciosíssimo Sangue.

Em foco pastoral neste mês está a Semana Diocesana de Pastoral, que ocorrerá no fim de julho com o tema: “A Palavra de Deus na vida e missão da Igreja“. Será um momento formativo e oracional para toda a nossa Igreja diocesana. O Papa Francisco sempre nos exortava a ter a Palavra de Deus como “a bússola que nos orienta no caminho da fé”. A Palavra de Deus é o alicerce sobre o qual a Igreja se edifica e a força que impulsiona sua missão no mundo. Ela não é apenas um conjunto de textos antigos, mas a voz viva de Deus que ressoa em cada tempo e lugar, iluminando os caminhos da fé e guiando os passos dos fiéis. Na vida da Igreja, a Palavra é alimento para a alma, fonte de discernimento para as decisões pastorais e inspiração para a oração e a liturgia. Na sua missão, ela se torna o principal instrumento de evangelização, as sementes que, lançadas em terreno fértil, germinam e transformam corações, anunciando a Boa Nova da salvação e convidando todos à comunhão com Cristo e com a comunidade eclesial.

Também teremos neste mês a Semana Missionária, promovida pelo seminário diocesano, que ocorrerá de 21 a 26 de julho na Paróquia Santo Antônio do Gopouva. Os seminaristas da Teologia, Filosofia e do Propedêutico estarão visitando as casas da paróquia, fazendo o anúncio da Boa Nova e, ao mesmo tempo, contribuindo com sua formação por meio de uma forte experiência missionária.

Em julho, nossos padres farão seu retiro anual. Que este tempo seja favorável para o abastecimento da graça na vida dos nossos sacerdotes. O Papa Francisco disse que “o sacerdote é um homem que se doa, que se consome pelo povo de Deus”. E São João Paulo II disse: “O sacerdote é, antes de tudo, um servidor, um servidor de Jesus Cristo no Evangelho e na Eucaristia”. Peço ao povo de Deus que reze por nós para que sejamos banhados e santificados no Preciosíssimo Sangue de Jesus.

Roguemos à Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, para que, inspirados nela, confiemos no Senhor e na sua providência.

Coragem!

Pe. Marcelo Dias Soares 

Coordenador Diocesano de Pastoral 

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Artigos Voz do Pastor

Ano Santo Jubilar e as Indulgências

Ao falar aqui de maneira simples sobre as Indulgências, espero não estar “pecando” através da linguagem.

Quando pecamos, ferimos a nossa existência. Quanto mais pecamos, a nossa existência vai se amoldando às consequências do pecado em nós. Com o passar do tempo, nódoas profundas, como uma sujeira impregnante, vão se acumulando como a sujeira numa piscina: por cima tudo pode estar limpo, mas no fundo está a sujeira.

O Sacramento da Penitência, sim, perdoa os nossos pecados. O Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo nos remiu de todo pecado. No entanto, as chamadas penas temporais (consequências) continuam aí. Faz-se necessário uma profunda conversão em toda a nossa existência para que as manchas sejam retiradas. Precisamos de purificação. Caso não tenhamos em nossa existência terrena esta purificação, o amor de Deus, por quem fizemos opção fundamental, irá nos purificar após a nossa peregrinação terrena. É o que a Igreja ensina sobre o Purgatório. Quem “está” no Purgatório não está condenado, está salvo, mas necessita desta atenção amorosa de Deus.

As Indulgências que a Igreja ordinariamente nos oferece, em certas ocasiões, nos ajudam na libertação destas penas temporais do pecado em nós. As Indulgências especiais concedidas no Ano Santo Jubilar, como este que estamos celebrando, são uma grande oportunidade de purificação para todos nós. Com as Indulgências “a Igreja, esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado.”  (Papa Francisco, Misericordiae Vultus 22). Podemos assim experimentar a ilimitada misericórdia de Deus. Atenção: não só para conosco, mas em algumas circunstâncias, para as almas do Purgatório, em virtude da fé que professamos “creio na comunhão dos santos”. A Igreja peregrina está em comunhão, não somente com a “Igreja celeste”, mas também, como se dizia, com a “Igreja padecente”.

A Penitenciaria Apostólica ao falar sobre a concessão das Indulgências para este Jubileu declara: “Durante o Jubileu Ordinário de 2025, permanecem em vigor todas as outras concessões de Indulgência. Todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, excluindo qualquer apego ao pecado, que forem movidos por um espírito de caridade e que, no decurso do Ano Santo, purificados pelo Sacramento da Penitência e revigorados pela Sagrada Comunhão, rezarem segundo as intenções do Sumo Pontífice, estes poderão obter, do tesouro da Igreja, pleníssima Indulgência, remissão e perdão dos seus pecados, que se pode aplicar às almas do Purgatório sob forma de sufrágio.

Estejamos atentos: não se trata de fazer simplesmente as coisas exteriores prescritas: peregrinações e visitas pessoais aos lugares sagrados do Jubileu, realizar as obras de misericórdia e penitência, participar de missões populares, encontros de formação sobre o Concílio Vaticano II, visita aos doentes e idosos, redescobrir o valor penitencial das sextas-feiras etc. etc. Primeiramente é preciso sentir em nós a dor do pecado. Depois ter um verdadeiro arrependimento. Em seguida, buscar o Sacramento da Penitência (sem o qual não se pode lucrar as Indulgências). Realizar os modos de lucrar as Indulgências com todo sentimento de desapego ao pecado.

Assim sendo, o sermos Peregrinos de Esperança, vai transformando o nosso ser à medida em que espelhamos em nós a vida nova que nos vem do Cristo.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist.

Bispo diocesano

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Artigos Editorial

Conhecer a riqueza das propostas da Igreja para viver em comunhão, participação e missão.

Caríssimos irmãos e irmãs, ouvintes e proclamadores da Palavra de Deus!

Depois de um longo semestre com tantas atividades previstas e imprevistas, por misericórdia divina chegamos ao segundo semestre do ano da graça do Senhor de 2025. Nesta edição o tema central é a importância da Palavra de Deus, ontem, hoje e sempre na vida do cristão e da Igreja. Diz a exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini: “Na história da Igreja, não faltam recomendações dos Santos sobre a necessidade de conhecer a Escritura para crescer no amor de Cristo. Trata-se de um dado particularmente evidente nos Padres da Igreja.  São Jerônimo, grande “enamorado” da Palavra de Deus, interrogava-se: “Como seria possível viver sem o conhecimento das Escrituras, se é por elas que se aprende a conhecer o próprio Cristo, que é a vida dos crentes?” (VD, n. 72).

A semana diocesana de formação realizada nas Foranias, propõe o aprofundamento do conhecimento sobre a Sagrada Escritura, além de promover o encontro de irmãos e irmãs das diversas paróquias e área pastoral para a partilhar ideias; recordar histórias de vida pessoal e comunitária, portanto, trata-se de uma enorme riqueza da Diocese de Guarulhos. Por falar em riqueza, confira também nesta edição o artigo de Dom Edmilson que esclarece sobre a questão das indulgências neste tempo jubilar, vale a pena buscar compreender melhor para bem viver a proposta da Igreja.

Outra riqueza alimentada de geração em geração na Igreja é a utilização dos sinais e ritos para manter a unidade universal da Igreja Católica Apostólica Romana, como a criação de arquidioceses e nomeação de arcebispos que recebem das mãos do Santo Padre, a imposição do pálio sinal de serviço ao Povo de Deus. De novo repito, é necessário conhecer os ritos para melhor colaborar com a proposta da Igreja.

Muitas vezes em cursos que administro sobre o Magistério da Igreja, percebo que os fiéis desconhecem as riquezas dos ritos e sinais da Igreja. Por isso convido você a se questionar: Eu de fato conheço a Igreja que pertenço? Dependendo da resposta aproveite o artigo deste mês e se atualize pelo menos sobre a cerimoniaria de entrega do Palio realizada no último dia 29 de junho na Basílica de São Pedro.

Por falar em atualização, saiba que iniciamos o período de Implantação do Sínodo dos Bispos nas Dioceses, aqui em Guarulhos, Dom Edmilson reuniu os membros do Conselho Pastoral Paroquial (C.P.P) de todas as paróquias e área pastorais das Foranias para apresentar o documento final do Sínodo e iniciar o processo de Implantação através de questões a serem refletidas sob a ação do Espírito Santo em cada paróquia, que somadas as reflexões de tantas outras, servirão como instrumento de trabalho para a Comissão Diocesana de Implantação do Sínodo.

É importante lembrar que o Papa Francisco morreu, porém o Sínodo continua vivo e deve ser eficaz, pois não é uma proposta do Papa, mas inspiração divina convocada pelo Papa Francisco. Procure se atualizar sobre esta etapa tão importante para toda a Igreja no presente e no futuro. Essa atualização deve levar em consideração também o resultado do último Censo de 2022 que ressalta a diminuição do número de fiéis católicos na cidade de Guarulhos.

O resultado de uma pesquisa que não deve nos assustar, mas serve como um convite à reflexão sobre a diferença entre a quantidade e qualidade dos cristãos católicos. Será que houve de fato um avanço dos evangélicos? Será que a Igreja Católica está de fato perdendo fiéis ou estes nunca foram de fato católicos? Creio que algumas respostas surgem da compreensão sobre as mudanças em cada geração de Baby boomers à geração Z ao longo da história, porém não podemos ser indiferentes como Igreja Católica.

Ufa…quantos questionamentos e oportunidade de reflexão em uma só edição. Desejo a todos uma excelente leitura e não esqueça de compartilhar o conteúdo com familiares, amigos e seguidores de sua rede de convívio social seja digital ou presencial. Fique com o pensamento de Santo Agostinho: “A tua oração é a tua palavra dirigida a Deus. Quando lês, é Deus que te fala; quando rezas, és tu que falas a Deus” e participe ativamente da Semana Diocesana de Formação para promover a comunhão, alimentar a participação e fortalecer a missão conforme a vocação de cada cristão.

Padre Marcos Vinicius Clementino
Jornalista e Diretor Geral
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Destaques Diocese Movimentos Diocesanos

Peregrinação Jubilar do Movimento Sacerdotal Mariano

No último dia 29 de junho, o Movimento Sacerdotal Mariano da Diocese de Guarulhos fez sua peregrinação em decorrência do ano jubilar.

O encontro ocorreu no Santuário São Judas Tadeu, um dos locais de peregrinações na Diocese, onde foi celebrada a Santa Missa, Adoração, procissão e oração com os fiéis participantes.

Estavam presentes: membros do Movimento da Diocese, Padre Bruno Conti – Coordenador do Movimento e Soni Regina – Assessora do Movimento na Diocese.

Salve Maria!!

Peregrinação Movimento Sacerdotal Mariano