Como serão as próximas gerações?
Existe uma forma interessante de classificar as pessoas de acordo com a época em que elas nasceram, cresceram e se tornaram adultas. Desde 1900 passou a ser um hábito muito utilizado em diversas áreas do conhecimento principalmente nas ciências sociais. A geração em que uma pessoa se desenvolveu, diz muito sobre quem ela é, pois, os fatos marcantes ocorridos naquele período, de certa forma, influenciaram sua formação. Os períodos que definem uma geração são contados geralmente de 20 a 30 anos e o nome de uma geração está relacionado com os fatos históricos ocorridos naquela época.
Baby boomers, por exemplo, que são os nascidos entre 1946 e 1964, está relacionado ao período em que houve muita natalidade de bebês, por isso ganhou esse nome. É uma geração que se dedicou muito ao trabalho e hoje a maioria são aposentados que formam a terceira idade. Logo em seguida, vem a geração X que são os nascidos de 1965 a 1981. Os nascidos nessa época, tiveram o privilégio de crescerem em melhores condições em termos de ofertas de produtos e tecnologias, portanto, são mais independentes e autossuficientes em comparação com os Baby boomers.
A geração Y ou millennials são os nascidos entre 1981 e 1996; aqui percebemos um maior nível de consciência e de valores em relação às outras gerações. Foi nessa época que o mundo despertou para os problemas globais. Valorizam mais a qualidade de vida do que bens materiais, embora apresentem mais insegurança e ansiedade em relação ao futuro. Entre 1997 e 2010, nasce a geração Z que assim como os millennials, desfrutam das possibilidades oferecidas pelas redes sociais com as suas vantagens e desvantagens. É a geração do home office, compras online, cursos e até relacionamentos online.
Como serão as próximas gerações? A expectativa é que as gerações Alpha, que são os nascidos a partir de 2010 e a geração Beta que começou em 2025, passem menos tempo nas telas de computadores. Vários países estão proibindo o uso de smartphones em sala de aula e os efeitos positivos, já podem ser observados. Espera-se uma melhora nas relações humanas e uma valorização das amizades reais em detrimento das conexões virtuais. Vale a pena relembrar um dos últimos ensinamentos do Papa Francisco que pregava: “Rezemos para que o uso das novas tecnologias não substitua as relações humanas, mas respeite a dignidade das pessoas”. Que as futuras gerações aprendam a cultivar relações verdadeiras baseadas na empatia, no respeito e no amor ao próximo. Só assim construiremos a paz.
Romildo R. Almeida
Psicólogo clínico