SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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"O Senhor fez em mim maravilhas." (Lc 1,49)

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Artigos Falando da Vida

Educando Crianças

Como elogiar uma criança sem prejudicá-la?

Imagine que o seu chefe fez um elogio dizendo que você é muito inteligente e tem grande potencial para crescer na empresa. Claro que você se sentiria feliz, mas talvez isso aumentaria a sua responsabilidade e afetaria a sua segurança em aceitar novos desafios. Se elogios dirigidos à pessoa afetam a vida de um adulto, imaginem o que fazem na mente de uma criança. O problema não está no ato de elogiar e sim na maneira como ele é feito; como veremos, o correto é elogiar o esforço e não o resultado.

Crianças educadas na presença de adultos, normalmente recebem muitos elogios dentro da família. São tratadas como as mais lindas, mais inteligentes, mais capazes, etc. Quem elogia, faz na boa intenção de aumentar a autoestima incentivando a busca de bons resultados. Mas a Psicologia demonstra que os elogios podem ter efeito contrário gerando comportamentos de insegurança e esquiva. A Psicóloga americana Carol Dweck, da Universidade Stanford, aplicou um teste de inteligência em 400 crianças onde a metade delas recebeu elogio pessoal com a frase: Parabéns, você é muito inteligente e as demais com a frase impessoal: Parabéns pelo seu esforço.

Num segundo teste, aqueles que receberam elogio pessoal apresentaram resultado 20% inferior ao outro grupo. O estudo mostrou que faz muita diferença elogiar o processo ao invés da pessoa. A criança super estimulada positivamente tende a ficar insegura e a evitar novos desafios, pois teme não conseguir repetir as façanhas que renderam elogios anteriores. Faz sentido, pois ninguém quer ter frustrações, sobretudo considerando que vivemos sob a Ditadura da felicidade que prega que temos que estar felizes o tempo todo.

Uma educação que visa o equilíbrio e o bem-estar, precisa levar em conta que a tristeza e o fracasso fazem parte da vida e são importantes no processo de amadurecimento. As experiências negativas, nos ajudam a refletir e aceitar as coisas como elas são e não como gostaríamos que fossem. A melhor maneira de elogiar é focalizar o processo ao invés do resultado. Que tal se no lugar de frases como: Parabéns você é o melhor, disséssemos: Fiquei muito feliz com o seu esforço? Sem dúvida, sairia um peso muito grande dos ombros de quem ouve e uma frase muito mais honesta da boca de quem elogia.

 

Romildo R.Almeida – Psicólogo clínico

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Artigos Movimentos Diocesanos

Projeto Roda de Conversa com o Padre – Pastoral do Menor

O “Projeto Roda de Conversa com o Padre” no âmbito das unidades da Fundação CASA* foi retomado com Dom Edmilson no mês de maio. De lá para cá, mensalmente um dos padres da nossa diocese visitou as Casas Guarulhos e Guaiy.

Além da Casa Serra da Cantareira também solicitar o projeto, recebemos relatos da direção das unidades, cujos mencionam que as visitas dos leigos e membros de nossa pastoral é de considerável importância para esse momento de reestruturação psicossocial dos adolescentes, entretanto, nada se compara quando um de nossos sacerdotes, sejam seminaristas, diáconos ou padres visitam os meninos.

A aproximação e o respeito por esta “autoridade” religiosa são de uma espiritualidade indescritível, nos fazendo crer, ainda mais, que o amor tudo pode, tudo vence e tudo supera, assim como S. Paulo nos traz em uma de suas mais belas cartas.

Estiveram na F. Casa recentemente os Padres Alex, Salvador, Fábio Herculano, Bruno Batista, Weber e já confirmada a presença do Padre Rodrigo, além de termos cadastrado como membro ativo o recém ordenado Diácono Jair,                   os prés- diáconos José Célio e Silvio (divinos presentes).

Que Nossa Senhora renove o SIM de todos membros da Pastoral do Menor e abençoe todos os religiosos da nossa diocese que colaboram com esta missão.

Um abraço caloroso a irmã Maria das Virgens que sempre se recorda de nós e usando as palavras do Padre Salvador: “Expresso a minha alegria por esta experiência excepcional de ENCONTRO E DE ESCUTA”. Assim como foi pontuado por ele na benção que nos enviou através de áudio por Wattsapp é importante a presença da MÃE igreja nesses locais, que faz os adolescentes se sentirem confiados e esperançados.

E se você que nos lê, quiser conhecer esse trabalho, fazer parte do grupo em ação e oração faça contato com a Pastoral do Menor.

* A Fundação CASA é uma autarquia do governo do estado de São Paulo que desenvolve programa sócio – educativo para adolescentes privados de liberdade

João Rafael, Heitor Manuel e Luiz Gabriel (colaboradores mirins leigos) com a Irmã Maria das Virgens

 

 

 

 

 

Bruna de Melo Souza TeixeiraPastoral do Menor

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Artigos Bíblia

Quatro Grupos, Quatro Tradições e uma só Fé

Hoje em dia os judeus formam um grupo racial homogêneo, ligado à linhagem de sangue e preocupados com sua unidade racial e religiosa. Entretanto, o povo de Deus do Antigo Testamento foi formado pela união de quatro grupos distintos:

Mosaico: grupo dos ex-escravos do Egito; sobressaiu-se sobre os outros (hegemonia); chegaram em 1200 a.E.C. em Canaã, instalando-se nas montanhas;

– Sinaítico/beduínos: associou-se ao Grupo Mosaico no deserto do Sinai (grupo de Raguel/Jetro, sogro de Moisés – ver Ex 18, 1-27). Pertenciam a grupos nômades do Oriente e eram originários de Seir e Edom

Nômades (Abraâmico): remanescentes dos patriarcas, itinerantes arameus, que viviam nas estepes, desertos e montanhas;

– Hapirus: camponeses escravos fugitivos, rebeldes e excluídos das cidades-estado cananéias; viviam nas montanhas e estepes da Palestina. Às vezes, aparecem como um bando de homens e mulheres que vendem sua liberdade, colocando-se a serviço dos reis das cidades-estado, ora como bandos armados e hostis aos reis de Canaã e, portanto, ao Faraó. Constitui-se uma classe social em meio a diversos povo e não uma etnia. Sendo camponeses escravos fugitivos ou excluídos das cidades-estado, saqueavam territórios de reis cananeus. Da palavra hapirus se originou a palavra hebreus (descendentes de Heber, antepassado de Abraão (ver Gn 10, 24).

Esses grupos se miscigenaram entre si e formaram o antigo Israel da Bíblia, unindo suas histórias, tradições e elementos da fé. Ex: o sacrifício de animais vem da tradição dos pastores (grupo abraâmico), as tradições do Êxodo vêm do grupo mosaico 9que se tornou hegemônico) e a adoração a um único Deus (monoteísmo) veio do grupo sinaítico.

Do mesmo modo, ao lermos os textos bíblicos do Antigo Testamento, acreditamos terem sido escritos de uma só vez. A formação de cada texto do Antigo Testamento demorou muito tempo para que chegássemos ao texto final que lemos hoje.

Temos três etapas básicas para a formação de um texto bíblico:

fase dos fatos: o cenário histórico e o contexto de cada fato narrado, fruto de acontecimentos;

– fase oral: as informações sobre os fatos fundamentais da história do povo eram contadas de geração em geração de forma oral; neste processo, havia um “filtro” que selecionava os fatos principais e mais importantes;

– fase redacional (escrita): nesta etapa, os textos começam a ser escritos, mas também selecionados por um “filtro” que estabelecerá os escritos mais importantes para a fé do povo; surgem textos provisórios, que, depois sofrerão acréscimos ou supressões até o texto final, que lemos hoje.

 

Com isso, podermos começar a entender a origem dos escritos bíblicos, que compreende basicamente quatro tradições literárias, desenvolvidas ao longo do tempo, cuja redação final se deu no período pós-exílico (538 – 320 a. C.).

É importante compreender que a consolidação e união das quatro tradições se deu no  Pentateuco e em alguns Livros Históricos do Antigo Testamento. Por isso, o Pentateuco sofre acréscimos, ampliações, reinterpretações e repetições até sua redação final.

As quatro tradições literárias são: a Javista, a Eloísta, a Deuteronomista e a Sacerdotal.

 

TRADIÇÃO JAVISTA(J): remonta do ano 1000 a.C.; surge no Sul (Judá); coloca interesse maior nos patriarcas, de modo especial em Abraão; episódios marcantes: Adão e Eva, Abel e Caim, Dilúvio, Torre de Babel, Sodoma e Gomorra, etc.; uso do nome JAVÉ, como se fosse o nome mais antigo de Deus; no auge da monarquia davídica, faz-se a redação das tradições sobre Abraão em Hebron/Judá: ver Gn 13, 14 – 18; 18 – 19; destaca-se a ação heróica de Judá na história de José: 37, 26; 43, 1 – 2;  em Gn 38 apresenta a genealogia de Davi; defesa da monarquia (Gn 49, 8 – 12; Nm 24, 7.17); importância dada às mulheres e preferência pelos pequenos(caçula); desprezo pelos cananeus e promessas a Abraão.

 

TRADIÇÃO ELOÍSTA(E): No ano 900 a.C., surge no Norte (Israel); seu interesse maior é o tema Aliança; diferenças “acidentais” em relação a J = o essencial é quase o mesmo (mesma fé, patriarcas, etc); evidência maior: José e Raquel(mãe); santuários: Siquém e Betel;

uso da palavra Elohim para falar de Deus; Horeb para falar do Monte Sinai; Jetro (sogro de Moisés, em vez de Raguel ou Hobab, como em J); estilo popular e incisivo; evita antropomorfismo: Deus é “mais distante” do ser humano; referência maior ao Profetismo (Gn 20, 7; Ex 15, 20; Moisés)

 

TRADIÇÃO DEUTERONOMISTA(D): Surge no na de 722 a.C. – questões: a terra e a monarquia; não foi fundido a J e E – apenas justaposta; apresenta um código legislativo e pregações atribuídas a Moisés (sermões); o livro do Deuteronômio funciona como apêndice (conclusão) do Pentateuco; anuncia o amor de Deus através da história de Israel e a Aliança – idéia implícita em toda a JEP.

 

TRADIÇÃO SACERDOTAL(P): Surgiu durante o Exílio da Babilônia (587 – 538 a.C); interesse nos temas: leis, genealogias, cifras, etc.; ênfase maior na Lei e Liturgia, de linha legalista e litúrgica (ver Levítico); idéia transcendente de Deus; estilo obscuro, redundante e abstrato; fundiu as três tradições (J, E e P) numa só obra literária; aproveitou bem o status de redator final; (Ex 25 – Nm 10 +Lv); acréscimos: Nm 13, 15; 17 – 19; 25 – 31; 33 – 36)= 87 capítulos!!!; deixou-nos alguns Salmos: 19, 8 – 15; 85; 96 – 98; 113; 116; 118; 119.

 

Pe. Éder Aparecido Monteiro – Vigário Paroquial – Paróquia Sta. Cruz Pres. Dutra

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Artigos Movimentos Diocesanos

A Fé em Jesus Cristo testemunhada numa Perspectiva Missionária

A fé em Jesus Cristo, testemunhada numa perspectiva missionária, configura a comunidade cristã, mais “perfeitamente” ao Mistério Trinitário!

Todos nós que recebemos por adoção, o Selo do Espírito Santo Vivificante de Jesus Cristo no batismo, temos a possibilidade de sermos uma feliz e generosa resposta de amor a Deus, na obra da evangelização. Somente a Igreja e seus filhos, revestidos da virtude da fé, podem oferecer em todos os tempos, aquela grande Esperança, Jesus Cristo, que nenhuma criatura humana, pode oferecer para “restituir a alegria e a esperança dos corações!

A fé em Cristo, nos proporciona sermos todos Nele, encontrados e irmanados; no Amor de Jesus, somos recebidos e reencaminhados como comunidades embaixadoras da esperança e da salvação. Vivenciando a alegria da fé, nesta perspectiva da animosidade missionária, seremos curados de muitos males: nossas vitimizações próprias, a síndrome da desgraça do desânimo, onde já somos derrotados antes mesmo de tentarmos algo.

Exatamente neste cenário de vida, que o amor a Jesus Cristo e aos irmãos, nos solicitam a sermos luz e esperança de Deus; cada um de nós deve perguntar-se? Minha existência, tem esperançado o mundo?  Tenho sido esperança de Deus, aos outros?  O Papa Francxisco na Frattelli Tutti, afirma: “ ao passarmos por este mundo, devemos deixa-lo um pouco melhor ás futuras gerações, do que nós o encontramos; o que você tem feito com a sua existência, de modo que esse mundo seja mais bonito e mais esperançoso? ”.

Cada cristão é importante neste processo de animadores da esperança cristã; chamados a sair de dentro dos escombros escuro do nosso “Eu”, egoísmo, para fora, para os outros, para a vida; se estiveres longe, faça-se perto. Talvez, que nosso maior problema não seja a fé; temos fé e cremos, porém, o problema consiste na crise do seguimento”; sua fé o leva seguir Jesus Cristo até qual estação da vida?

A cura do egoísmo é possível mediante o antídoto da fé; vivendo a experiência da fé, a experiência de Deus, nesta perspectiva de nos dispor a contribuir no processo de “reconfiguração” e revitalização missionária, de modo a recuperarmos o dinamismo pastoral na evangelização e o rosto das nossas pastorais, de modo que a pastoralidade diocesana exprima a verdadeira alegria beleza do Evangelho de Jesus Cristo.

Estamos oportunamente favoráveis a evangelização, onde a Igreja tem a voltar a missão de “humanizar a humanidade”! Precisamos voltar a aprender a conviver e a nos socializar; ajudar as pessoas ir ao encontro do Mistério de Deus; de modo que passemos a olhar mais, para o Cristo, e menos para o tamanho do peso da cruz de cada dia. Viver não é uma cruz, é um dom maravilhoso.

Se nossas pastorais e movimentos, não se tornam efetivamente instrumentos dinamizadores na evangelização, em vã, é nossa existência cristã. A vida cristã se torna “pacata”, não atrativa! A começar pela linguagem que nós usamos em nossa maneira de evangelizar hoje.  As pastorais e movimentos, cada batizado, somos individualmente uma “ energia divina”, que unidos ao corpo de Cristo (a Igreja), ao nosso pastor diocesano, dom Edmilson, formando uma única “sinergia” com mais potência, para sermos Igreja luz, em toda a nossa imensa cidade de Guarulhos. Manifestando a todos, a gloriosa esperança redentora de nosso Senhor Jesus Cristo.

Neste ano, estamos celebrando o ano jubilar missionário, comemorando os 50 anos de campanhas de animação missionárias que tem animado a Igreja no brasil e, despertado uma consciência mais missionária da fé; este ano com o tema: “A Igreja é Missão” o lema: “Vós sereis minhas testemunhas” (atos 2,).

Façamos bem essa novena missionária uma oportunidade para sermos reanimados na evangelização. Motivemos os gestos concretos da campanha; nas mídias sociais das Pontifícias Obras missionárias estão disponíveis, vídeos curtos com testemunhos para cada dia da novena, que nos ajuda e certamente nos encoraja na animação missionária.

Deus abençoe nossa diocese e todas suas comunidades. Deus abençoe todos quantos, evangelizam neste solo sagrado da cidade de Guarulhos. Deus recompense a entrega, a dedicação e sacrifício dos nossos catequistas e de cada irmão irmã evangelizador.

 

 Pe. Salvador Maria Rodrigues de Brito – Pároco Paróquia Nossa Sra. Guadalupe!

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Artigos Liturgia

O preceito dominical (Parte I)

O católico é obrigado a participar das missas aos domingos?

Instituído para amparo da vida cristã, o domingo adquire, naturalmente, também um valor de testemunho e anúncio. Dia de oração, de comunhão e alegria, ele repercute sobre a sociedade, irradiando sobre ela energias de vida e motivos de esperança. O domingo é o anúncio de que o tempo, habitado por Aquele que é o Ressuscitado e o Senhor da história, não é o túmulo das nossas ilusões, mas o berço de um futuro sempre novo, a oportunidade que nos é dada de transformar os momentos fugazes desta vida em sementes de eternidade. O domingo é convite a olhar para diante, é o dia em que a comunidade cristã eleva para Cristo o seu grito: ‘Maranatha: Vinde, Senhor!’ (1Cor 16,22). Com esse grito de esperança e expectativa, ela se faz companheira e sustentáculo da esperança dos homens. E domingo a domingo, iluminada por Cristo, caminha para o domingo sem fim da Jerusalém celeste, quando estiver completa em todas as suas feições a mística Cidade de Deus, que ‘não necessita de Sol nem de Lua para a iluminar, porque é iluminada pela glória de Deus, e a sua luz é o Cordeiro’” (Ap 21,23) (São João Paulo II, Dies Domini, n. 84).

A participação da Santa Missa aos domingos é um compromisso de particular importância em nossa experiência de fé. O Catecismo da Igreja Católica ensina-nos que a celebração da Eucaristia dominical, do Dia do Senhor, está no coração da vida da Igreja. “O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito”. (Catecismo da Igreja Católica, n. 2177)

No entanto, antes de ser uma obrigação para nós católicos, a participação da Santa Missa aos domingos é uma exigência que está inscrita na essência da vida cristã. Por isso, na Igreja nascente, não havia o preceito dominical, já que os fiéis tinham a assembleia dominical como o ponto mais alto e importante da vida espiritual.

Na Igreja antiga a participação da missa dominical era uma obrigação de consciência, que tem sua razão der ser na necessidade interior que os cristãos dos primeiros séculos sentiam tão intensamente, assim a Igreja Católica nunca deixou de afirmar, embora, no início, não julgou ser necessário prescrevê-la.

Mas, com o tempo, devido à tibieza ou à negligência de alguns, a Igreja teve de explicitar aos fiéis o dever da participação na Missa aos domingos. Na maior parte das vezes, fez isso sob a forma de exortação, mas, às vezes, também recorreu a disposições canônicas concretas.

O primeiro e o mais importante mandamento da Igreja determina que somos obrigados a participar da Santa Missa aos domingos e nas solenidades de preceito: “No domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis têm obrigação de participar na Missa” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2180). Cumprimos esse preceito se participarmos da Santa Missa celebrada em rito católico, no próprio dia festivo ou na tarde do dia anterior.

 

Pe. Fernando Gonçalves – Comissão Diocesana de Liturgia

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Artigos Vocação e Seminário

Vocação e Seminário

“Que alegria quando ouvi que me disseram: ‘Vamos à Casa do Senhor!’” (Sl 121/122,1).

Aproveitamos o espaço aqui disponibilizado para um grande convite a todos da Diocese: é de grande alegria para nós, do Seminário Imaculada Conceição, a presença dos fiéis em nossa Casa de Formação para a participação da Santa Missa!

Todas as quintas-feiras às 19h30 o Seminário abre as suas portas para receber os fiéis das paróquias para celebrarmos juntos o Santo Sacrifício de Cristo. “A Eucaristia, presença salvífica de Jesus na comunidade dos fiéis e seu alimento espiritual, é o que de mais precioso pode ter a Igreja no seu caminho ao longo da história” expressa São João Paulo II na Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia. De fato, não pode existir uma vida espiritual sem a participação na Eucaristia – é ela que motiva e impulsiona a comunidade na vida da missão e da santidade.

O Papa Francisco, recentemente na Carta Apostólica Desiderio desideravi, relembra que “não poderíamos ter outra possibilidade de um verdadeiro encontro com Jesus senão na comunidade que celebra”. Por isso, reiteramos o convite do Seminário: venha participar de nossas Santas Missas às quintas-feiras às 19h30 – se chegar mais cedo, às 18h30, temos Adoração ao Santíssimo Sacramento. Aproveite venha também no primeiro sábado de cada mês, às 9h, para a Santa Missa dos Amigos do Seminário. É uma alegria termos a sua presença conosco na Casa do Senhor no Coração da Diocese.

 

Sem. Edson Vitor – 3º ano de Teologia

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Artigos Vida Presbiteral

O Sacerdócio Consagrados pelo Reino – VI

Continuamos nossa caminhada na fascinante aventura de descoberta da vocação até a sua concretização segundo a vontade de Deus. No mês anterior falamos sobre o primeiro grau da ordem e nesta edição falaremos sobre o segundo grau da ordem: “Ordo presbyterorum”.  Mas porque este sacramento recebe o nome de Sacramento da Ordem? Talvez, no mês anterior, já devíamos ter falado sobre isto mas, se não aconteceu, é porque teria que ser neste mês mesmo. Então vamos lá.

A segunda parte do Catecismo da Igreja Católica, se não leu ainda, fazemos um apelo para lê-lo, nos coloca diante da celebração do mistério cristão e nos apresenta os sete sacramentos da Igreja. O artigo 6 nos apresenta o sacramento da ordem. “Ordem na antiguidade designava um corpo constituído”. Ordenação é a integração em uma ordem. A ordem dos presbíteros.

Mas de onde nasceu o sacerdócio católico? Sabemos que no Antigo Testamento havia uma tribo responsável pelo oferecimento do sacrifício e serviço litúrgico.  Sabemos também que o povo do Senhor é um povo sacerdotal. Mas, o sacerdócio hierárquico católico nasceu em uma quinta-feira, a Quinta-feira Santa. Era noite, Jesus se reuniu com seus apóstolos, o Eterno Sacerdote quis ali instituir o sacerdócio para perpetuar sua presença. “E tomando o pão, deu graças, o partiu e o distribuiu dizendo: – Isto é o meu corpo, que é entregue por vós. Fazei isto em minha memória”(Lc 22,19). São quatro relatos que testemunham este acontecimento. Os três relatos sinóticos e a Carta aos Coríntios. Nela os gestos e as palavras de Jesus  revelam o núcleo sacramental.

Jesus não tomou o pão e disse comam, mas Ele disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo… não disse: bebam, mas disse: Tomai, bebei, este é o cálice do meu sangue… aqui estava instituído o sacramento de sua presença perpétua, mas e quem faria? Quem ofereceria o sacrifício? Ele instituiu o sacerdócio dizendo: Fazei isto em memória de mim. Aqui estava apresentado o núcleo do sacerdócio. Sim, ali na última ceia, Jesus ordena os apóstolos. E inaugura um novo sacerdócio. Não mais como no Antigo Testamento.

Eis como o ritual de ordenação reza: “Senhor, Pai santo, […] já na Antiga Aliança se desenvolveram funções sagradas que eram sinais do sacramento novo. A Moisés e a Aarão, que pusestes à frente do povo para o conduzirem e santificarem, associastes como seus colaboradores outros homens também escolhidos por Vós. No deserto, comunicastes o espírito de Moisés a setenta homens prudentes, com o auxílio dos quais ele governou mais facilmente o vosso povo. Do mesmo modo, as graças abundantes concedidas a Aarão. Vós as transmitistes a seus filhos, a fim de não faltarem sacerdotes, segundo a Lei, para oferecer os sacrifícios do templo, sombra dos bens futuros…”. Mas, para que o sacerdócio ministerial? “O sacerdócio ministerial está a serviço do sacerdócio comum, ordena-se ao desenvolvimento da graça batismal de todos os cristãos. É um dos meios pelos quais Cristo não cessa de construir e guiar a sua igreja. E é por isso que é transmitido por um sacramento próprio, o Sacramento da Ordem.”(CIC 1547).

Pela santa ordenação, o presbítero é configurado a Cristo cabeça e age como “In Persona Christi”. Sabemos, porém, que o sacerdote é um homem sujeito às fraquezas humanas. Deus o escolheu dentre os homens e não dentre os anjos. “Mas trazemos este tesouro em vaso de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus” (2 Cor 4,7). E o sacramento fica prejudicado quando o sacerdote não é santo? Quando não age segundo as exigências do seu ministério, do seu estado de vida? O Catecismo lembra que, mesmo que o sacerdote não tenha uma vida exemplar, o sacramento por ele celebrado tem sua validade e eficácia.

Sabemos que, assim como o sacramento do batismo, o sacramento da ordem confere um caráter indelével. Quem o recebe, o recebe uma vez para sempre. Feito ministro de Cristo “para servir de instrumento em favor da sua Igreja. Pela ordenação recebe-se a capacidade de agir como representante de Cristo, cabeça da Igreja

Que grande graça é ser chamado a este ministério. Trata-se de uma eleição mesma de Deus. Não sabemos os critérios dos quais Ele se utiliza para o chamado. O certo é que, é uma vocação! E os que são chamados devem estar conscientes de que sua vida não mais lhes pertence. A vida deve ser também sacrificada junto ao Grande Sacrifício do altar.  Um sacerdote deve ser hóstia também imolada. Sua vida, como incenso oferecido na Santa Missa, se queima para perfumar a vida dos fiéis. Em síntese, o padre é feito tudo para todos. tornei-me tudo para todos, para de alguma forma salvar a muitos.(1 Cor 9,22)

Em sua paróquia tem um sacerdote? Louve e agradeça a Deus. Ele não é o melhor sacerdote do mundo? Seja compreensível e reze para que seja santo. Os sacerdotes carecem de orações, carecem de pessoas que se interessem por suas vidas e por suas dores. Carecem de amigos que lhe ofereçam ombros para chorar suas dores. Ofereça orações e colabore também com seu padre em sua paróquia.

Senhor, enviai muitas e santas vocações sacerdotais para nossa Igreja. Sacerdotes segundo o Teu coração.

 

Padre Cristiano Sousa – Representante dos Presbíteros

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Artigos Enfoque Pastoral

Testemunhos Missionários da Diocese de Guarulhos

Queridos irmãos e irmãs, missionários e missionárias, “sereis minhas testemunhas”, esse é o convite do mês das missões 2022, com base no texto bíblico de Atos dos Apóstolos. É fundamental recordar que todos que receberam o batismo são convidados ao compromisso missionário como Igreja nas diversas realidades do mundo, pois a Igreja é missão. O principal objetivo da Folha Diocesana é manifestar em cada edição as ações evangelizadoras da Igreja como estado permanente de missão através da comunicação. Nesta edição de modo especial destacamos a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões que se detém em três expressões-chave que resumem os três fundamentos da vida missionária dos discípulos: “Sereis minhas testemunhas”; “até os confins do mundo”; e “recebereis a força do Espírito Santo”. O ano jubilar missionário e a motivação para a Coleta Missionária como força do projeto de Igrejas irmãs como sinal da manifestação de unidade da Igreja e testemunho da prática do bem comum. A diversidade e riqueza missionária é notável nesta edição que você lê, curte e compartilha, vejamos alguns destaques:

A realização dos Conselhos Pastorais nas Foranias conduzida pelo bispo para ouvir as comunidades e refletir sobre o resultado da Assembleia Diocesana.  A visita Ad Limina dos bispos do regional Sul 1 ao Papa Francisco que demonstra através dos registros fotográfico e artigos, a força de uma Igreja simples e acolhedora capaz de revigorar a missão episcopal, mesmo diante dos enormes desafios presentes em cada realidade arquidiocesana e diocesana. A proximidade, simplicidade e acolhida do Papa Francisco, marca o encontro com os bispos e renova o convite para que sejam “evangelizadores que contraem o cheiro de ovelha e estas escutem sua voz”.

Um outro ato de alegria missionária foi a cerimônia de mais sete ordenações de diáconos permanentes que unidos aos já ordenados, marca a história da Diocese de Guarulhos e a força da Igreja povo de Deus, unida na diversidade dos ministérios, assim denominada no Concílio Vaticano II: “Para apascentar e aumentar sempre o povo de Deus, Cristo Senhor instituiu na sua Igreja vários ministérios, que tendem ao bem de todo o Corpo.” ( LG 273) Essa dimensão foi ressaltada com ênfase, como um desabafo, por Dom Edmilson Amador Caetano logo após a saudação inicial, como resposta as críticas negativas de alguns, em relação a necessidade da ordenação diaconal permanente. Que o clero, comunidades, pastorais, movimentos e organismos, acolham com humildade os diáconos permanentes, as esposas e familiares e valorizem esse dom para fortalecer a ação evangelizadora no mundo.

A evangelização da juventude também é destaque através da realização do Viva-a-Vida com excelente organização e participação. Enfim, desejo a todos que o mês missionário revigore o ânimo missionário e que juntos possamos alcançar o que rezamos na Oração do Criador escrita na carta encíclica Fratelli Tutti

“…infundi nos nossos corações um espírito de irmãos. Inspirai-nos o sonho de um novo encontro, de diálogo, de justiça e de paz. Estimulai-nos o sonho de um novo encontro, de diálogo, de justiça e de paz. Estimulai-nos a criar sociedades mais sadias e um mundo mais digno, sem fome, sem pobreza, sem violência, sem guerras. Que o nosso coração se abra a todos os povos e nações da terra, para reconhecer o bem e a beleza que semeastes em cada um deles, para estabelecer laços de unidade, de projetos comuns, de esperanças compartilhadas.”

 

Pe. Marcos Vinicius ClementinoJornalista e Diretor Geral

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As Comunidades Eclesiais Missionárias

Em nossa diocese estamos vivendo o pós Assembleia Diocesana de Pastoral, que aconteceu no mês de março. Estamos levando mais tempo que no passado para traçar ações concretas. O motivo é que se optou por incrementar o nosso modo “sinodal” de ser Igreja. Foi dado mais tempo para a escuta.  Após a Assembleia foram ouvidos os coordenadores diocesanos das Pastorais e Movimentos. Tivemos também a escuta do Conselho Diocesano de Pastoral. Entre os meses de agosto e setembro foi o momento de o bispo ouvir os Conselhos Forâneos de Pastoral. Este grande tempo de escuta para aplicação das prioridades escolhidas na XI Assembleia Diocesana de Pastoral, está chegando a seu término.

Entretanto, uma das coisas que mais clamam em nossa pastoral, é a vivência do pilar da missionariedade através das “pequenas” Comunidades Eclesiais Missionárias (CEM), que necessitamos restaurar na diocese e, ao mesmo tempo, neste retomar, mesmo em tempos de pandemia, precisamos deixar explícito que somos uma Igreja em saída. Na escuta das foranias percebe-se que há um anseio de ir ao encontro das pessoas. O mundo cada vez mais urbano, onde angústia o individualismo e a solidão, é uma porta para o Evangelho. Temos realmente que nos preocupar com a existência de tantas pessoas que vivem sem força – e situação agravada pela pandemia – encontram-se deprimidos, precisando de uma restauração pelo anúncio do Evangelho. Quanta coisa boa pudemos experimentar durante o tempo mais rígido da pandemia através das novas tecnologias de comunicação. No entanto, não somos e nunca seremos uma Igreja virtual. Somos a Igreja do encontro e da comunhão.

Uma das ações concretas vamos começar a realizar neste mês de outubro, mês das missões. No dia 08/10 iremos ter uma formação diocesana do Ministério da Visitação, que é uma forma de expressarmos o ser “Igreja em saída”. Um Ministério que deverá em primeiro lugar tocar o coração das pessoas com o anúncio explícito de Jesus Cristo, como Senhor e Salvador. Um anúncio que leve as pessoas, a partir de suas próprias casas, a um encontro pessoal com Jesus Cristo. Aqui, são competentes, os irmãos e irmãs que experimentaram e experimentam, a partir das CEM, esta vivência. Irmãos e irmãs sustentados pelos pilares da Palavra e do Pão.  Não é um modo técnico de fazer. É algo que brota do âmago da missionariedade inscrita no coração de cada discípulo de Jesus.

Em segundo lugar, é preciso também deixar claro e de maneira inequívoca, que o seguimento de Jesus, o discipulado, não se faz individualmente e de maneira solitária. O seguimento de Jesus só é possível em comunidade, na CASA. Ligado a este segundo lugar, vem o terceiro lugar: a missionariedade da Igreja só será forte e perseverante continuidade, com o multiplicar-se das Comunidades Eclesiais Missionárias pelo território da nossa diocese. Portanto, o Ministério da Visitação, tem esta finalidade: Anunciar – Realizar Comunhão – Congregar – Enviar para Anunciar.

Estas CEM devem possuir as mais variadas expressões, conforme o Espírito Santo de Deus vai nos concedendo ser. Podem nascer a partir dos Grupos de rua. Podem multiplicar-se com a já consagrada ação das CEBs.  Podem ser oriundas da diversidade e experiência de Jesus Cristo, a partir dos mais variados Movimentos. Podem nascer a partir dos mais variados espaços celebrativos que possamos ter em nossas paróquias.  Não há como limitar a “criatividade” do Espírito Santo. Nem queiramos limitar a ação do Espírito.

As CEM não podem ser um “gueto proselitista e espiritualista”, pelo contrário, devem estar abertas a todas as realidades circundantes. Toda vivência eclesial deve também abrir-se para a dimensão sociotransformadora do Evangelho. Esta dimensão, sabemos, é expressa pela sustentação do pilar da caridade.

 

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist.Bispo diocesano

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Missa na UniNove de Guarulhos

Na quinta-feira dia 13 de outubro, foi celebrada a primeira Missa no campus II – UNINOVE, para os estudantes da faculdade de medicina. Trata-se de um pedido dos próprios alunos que, entusiasmados, e inspirados pela sede da oração e pela importância da espiritualidade em âmbito médico, viabilizaram a realização da Missa.

A Celebração foi presidida pelo Pe. Leonardo Henrique , vigário da Catedral, que fará o serviço de capelania no local, com a celebração da Missa semanal e atendimento dos alunos.

Fotos: Pascom Catedral

Confira as fotos da primeira Missa na Universidade:

Missa na UniNove de Guarulhos