Diocese de Guarulhos

SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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Salomão: (+ ou – 970 – 931 a.C.; texto: 1Rs 3-11)

Continuação…

Retomando nosso estudo sobre Salomão, vejamos as características gerais do seu reinado:

– As preocupações principais eram criar um exército permanente, fixar uma capital política e religiosa, Jerusalém, e selecionar uma elite a serviço do rei;

– Acumulação: poder, terras, privilégios e luxo na corte (1Rs 5, 2 – 3; 7, 1 – 8; 10, 14 – 23)

– Tributação abusiva: o luxo da corte, a estrutura do Estado e as guerras exigiam muito dinheiro;

– Exploração sobre os agricultores e a corveia (1Rs 5, 27 – 32; 12, 4): isso vai criar a resistência dos trabalhadores;

– União com princesas estrangeiras e adoção de cultos estranhos à fé do povo (1Rs 11, 1 – 8);

– Concentração de riquezas nas mãos do rei e dos seus auxiliares;

– Uso da religião para manipular o povo (ver 1Rs 8, 1 – 13; 6 – 7)

Mais uma vez, o povo elevou seu clamor, como na escravidão do Egito. O rei se distanciava cada vez mais do povo e da periferia (Am 6, 1 – 6). A elite vai criando ideologias para oprimir ainda mais o povo, como ocorre na literatura sapiencial, por exemplo, na qual a pobreza é considerada fruto da preguiça e, portanto, uma maldição, e a riqueza, uma bênção de Deus (ver Pr 10, 4; 10, 15; 13, 18).

O resultado disso tudo era a discriminação ao pobre e desprezo ao seu clamor (Ecl 9, 13 – 16; Eclo 13, 3 – 4). Na época de Salomão, portanto, houve um retrocesso: a volta à escravidão semelhante à escravidão vivida no Egito!

 

Salomão morreu em 931 a.C.; após sua morte, houve um cisma político e surgiram dois reinos:

– no NORTE – Reino de Israel, composto pelas DEZ tribos, que se rebelaram contra Roboão, filho sucessor de Salomão (1Rs 12, 10 – 12);

– no SUL – Reino de Judá, composto pelas tribos de Judá e Benjamim, fiéis a Roboão (descendente de Davi, filho de Salomão).

 

As causas dessa divisão do Reino de Salomão foram:

  1. Impostos abusivos:

– taxas do santuário: aspecto sagrado, desde Moisés – dois tipos:

– obrigatórias: dízimo anual e tributo anual por pessoa;

– eventuais (casos especiais): taxa pelo pecado e resgates de pessoas ou bens consagrados a Deus (comutação) Ver Lv 4; 5, 15 – 16; 27, 30 – 33; Dt 14, 22 – 29.

– impostos “do rei”: meios de se apossar dos bens de seus súditos – diversas formas de exploração; Samuel já prevenira o povo desse risco: 1Sm 8, 11 – 17; Tipos:

– dízimo do rei – ver 1 Rs 10, 15; 21;Am 7, 1;

– impostos por vassalagem – ver 2Rs 15, 19 – 20; 23, 33 – 35 = casos de Manaém e Joacaz;

outros impostos: tributo territorial, tributo por pessoa e pedágios (Esd 4, 13).

  1. Violência e opressão:

– política de Salomão: cruel e opressora (corveia = trabalhos forçados);

– manipulação religiosa;

– surgimento de dois inimigos: Síria (Aram) e Edom;

– tributos para manter um exército forte e bem equipado (1Rs 11, 14 – 25);

– riqueza do rei ao lado da miséria do povo do Norte.

  1. Influências do paganismo:

– Casamentos de Salomão – número exagerado de esposas = gastos excessivos na corte;

– Inserção da IDOLATRIA no Templo de Jerusalém (deuses);

– Pactos comerciais e políticos com outros países.

  1. Escravidão: o povo do Norte tornou-se mercadoria de barganha política e econômica (1Rs 5, 20 – 25; 9, 10 – 14) e colocado como escravo do rei (1Rs 5, 27; 11, 26).

         Dois fatos marcaram o fim da era de Salomão:

1º- A rebelião contra Roboão, apoiada pelo profeta Aías, de Silo (1Rs 11, 29 – 32.37 – 38; 12, 4 – 11). O povo foi suplicar a Roboão o alívio às imposições de seu pai Salomão, mas Roboão não ouviu os clamores do povo.

2º – Jeroboão: tornou-se rei das tribos do Norte, uma espécie de “Davi do Norte”; porém, a dinastia de Jeroboão não cumpriu o ideal que Aías propôs (1Rs 11, 37 – 38), porque Jeroboão estava afeito à idolatria.

 

Pe. Éder Aparecido Monteiro

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Artigos Destaques Diocese Movimentos Diocesanos

Imagem Peregrina do Terço dos Homens percorre a Forania Fátima

Em Novembro de 2022 a Diocese de Guarulhos foi escolhida para receber a Imagem peregrina do Terço dos Homens da Rede Século XXI, em Valinhos / SP.

O primeiro grupo a acolher a imagem foi a Paróquia Santa Luzia – Alvorada, seguindo às paróquias: Santo Antonio – Pimentas; São Judas Tadeu – Alice; Sagrado Coração de Jesus; São Francisco – Nações; Nsa. Sra. de Fátima – Aracília; São Francisco – Uirapuru. Encerrando a peregrinação na Paróquia Santa Rita – Jd. Cumbica, na celebração do 7o aniversário do grupo. A imagem peregrina visitou os grupos dos homens do Terço das respectivas paróquias, além dos grupos de oração, enfermos e demais pastorais.

Os párocos e vigários acolheram a imagem nas Santas Missas realizando a benção de envio, em suas homilias ressaltaram o espírito de oração que a presença da Mãe Aparecida proporcionou aos homens e familiares. A peregrinação da Mãe Aparecida, realiza uma integração entre os grupos diocesanos, trás a presença de Deus, proporcionando momentos de oração, e leva não somente a Deus, mas a tantos outros, a nossa experiência de Oração.

No mês de Junho a Imagem estará nas foranias Bonsucesso e Aparecida.

Salve Maria!

“Com o Terço nas mãos, joelhos no chão e Deus no coração”! 

Pe. Johnny BernardoAssessor Diocesano do Terço dos Homens

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Artigos Falando da Vida

Os perigos da Inteligência Artificial

Até aonde a tecnologia pode evoluir sem ferir nossa liberdade?

   Em 1940, em plena segunda guerra mundial, o matemático britânico Alan Turing construiu uma máquina eletromecânica, que decifrou os códigos dos navios de guerra da Alemanha. Essa invenção não só ajudou os aliados a derrotarem os nazistas, como também criou as bases teóricas da computação que permitiram o surgimento da Inteligência Artificial “A.I”. Em novembro de 2022 foi criado o ChatGPT, uma ferramenta de pesquisa e produção de conteúdos que é derivada direto dessa inteligência e o seu uso está sendo muito discutido atualmente. Quais as consequências positivas ou negativas que o uso da A.I. provocará na sociedade?

Inteligência Artificial é o conjunto de ciências, teorias e técnicas que visa imitar as habilidades cognitivas de um ser humano. A Revolução Industrial, no início do século, facilitou a vida das pessoas, mas teve um alto custo representado pela degradação do meio ambiente e o surgimento de doenças. Desta vez, estamos vivendo uma nova revolução tecnológica que pode trazer mais eficiência na execução de tarefas, mas ao mesmo tempo, muitos perigos. Programas inteligentes como o ChatGPT, podem assumir o lugar das pessoas e influenciar decisões mudando o rumo da sociedade.

O ChatGPT seria capaz de elaborar artigos científicos e até de escrever livros. Nas artes, poderia compor peças teatrais, roteiros de filmes e músicas. Mas o maior perigo está no campo social: softwares inteligentes poderiam criar informações falsas e manipular imagens trazendo risco à privacidade dos indivíduos. A foto do Papa Francisco vestindo um casaco branco, publicada por inúmeros sites, é um exemplo claro desse perigo. Não é à toa que na Itália o ChatGPT está proibido e outros países da Europa estão criando leis para seu uso.

Por trás das questões éticas que envolvem o desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial, está um mercado avaliado em centenas de bilhões de dólares. Curiosamente, os maiores líderes desse setor escreveram um documento com mais de 1000 assinaturas solicitando uma pausa de seis meses no desenvolvimento dessa nova tecnologia. O documento alerta para “riscos profundos para a sociedade e para a humanidade”.

Resumindo, se até os maiores interessados estão preocupados com as consequências dessa nova tecnologia, deveríamos nos preocupar mais ainda. Afinal, nenhum progresso vale a pena se perdermos a condição sagrada de sermos pessoas livres e conscientes, capazes de fazer nossas escolhas. Que a Inteligência Artificial, ainda que mais avançada, esteja sob o domínio da inteligência humana, para que possamos honrar e dignificar nossa identidade de filhos de Deus.

 

Romildo R. Almeida – Psicólogo clínico

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Artigos Voz do Pastor

Corpus Christi: Memorial da ceia do Senhor

Neste mês de junho celebramos a Solenidade de Corpus Christi. Ao longo dos séculos, por vários fatores, foi-se concretizando na Igreja a necessidade de celebrar de modo especial o Sacramento da Eucaristia numa solenidade, colocando em relevo a presença real do Senhor no Santíssimo Sacramento do Altar. Esta solenidade não ofusca de modo algum a Instituição da Eucaristia que já celebramos na quinta-feira santa e muito menos a solenidade com que celebramos, de modo especial no domingo, a Páscoa semanal.

A relevância que se dá à presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar, coloca em relevo que o MEMORIAL DA CEIA DO SENHOR não é somente uma recordação ou significação, mas a realização da promessa do Senhor que está conosco todos os dias e a real atualização do mistério pascal em nossa existência cristã e no mundo. Não pode ser uma presença passageira ou meramente significante. Se fosse somente assim, na realidade, seria insignificante. A solene procissão litúrgica que fazemos nesta solenidade quer ser expressão da nossa fé nesta presença real e efetiva.

Estamos vivendo na Igreja no Brasil neste ano o III Ano Vocacional. A Eucaristia está no centro e no ápice da nossa vocação cristã.  A Eucaristia faz a Igreja. Ela coroa toda a Iniciação Cristã e é necessária em toda a caminhada cristã em qualquer vocação que somos chamados a viver na Igreja e no mundo. Participar da Eucaristia é manifestar concretamente que nossa vocação é graça e missão. A Celebração Eucarística é ponto de chegada e ponto de partida para a missão da Igreja. Ela marca a nossa identidade vocacional no ficar com Cristo e estar com Ele para uma vivência autêntica da fé cristã na pureza da verdade desta fé, sem sincretismos que ofuscam a identidade cristã.

Podemos dizer que a Eucaristia é o que temos de mais sagrado. As exigências para a plena participação na Eucaristia não são simplesmente legalismos “puritanos”, mas consciência do quão grandioso é aproximar-se do banquete do Senhor.

Subjetivamente não podemos julgar a consciência dos que se aproximam para comungar o Corpo e Sangue do Senhor. Objetivamente, diante de circunstâncias públicas e concretas, podemos dizer às pessoas que não podem ser admitidas à comunhão eucarística. Por outro lado, não é atitude respeitosa e caridosa retirar as pessoas, como que à força, da mesa da comunhão quando somos sabedores das circunstâncias públicas e concretas que não permitem que comunguem. O diálogo fraterno e a instrução, num momento individual ou formativo, é o melhor caminho.

Na Tradição antiga da Igreja os pecadores públicos (apostasia, adultério, homicídio) não eram admitidos à Celebração da Eucaristia, sem a devida penitência e reconciliação. Nem mesmo os simpatizantes da fé cristã ou catecúmenos eram admitidos à Liturgia Eucarística, pois há necessidade de plena comunhão com Cristo e a Igreja para participar da Ceia do Senhor. É o que de mais sagrado temos.

Atualmente as portas das nossas comunidades estão abertas a todos que querem acorrer à Celebração da Eucaristia. Todos são bem-vindos e acolhidos. Esta receptividade, no entanto, não deve ser identificada como permissão de plena participação. Apesar de ser necessário dar grande valor ao ecumenismo e ao diálogo interreligioso, não significa admissão à Ceia Eucarística. Isso não  é descriminação e nem coibição à liberdade religiosa. Como todos, temos o direito de viver e expressar a nossa fé sem deixarmo-nos levar por sincretismos. Devemos respeitar a vivência e as expressões religiosas dos outros em seus ambientes próprios, assim como temos o direito ao mesmo em nossos ambientes.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.Bispo diocesano

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Artigos Enfoque Pastoral

Junho com alegria e tradição!

No mês de Junho, em nossas comunidades acompanhamos a disponibilidade e alegria dos agentes de pastoral e muitos leigos que se juntam para a realização das quermesses nas comunidades. Um serviço simples, mas muito valoroso! Os recursos gerados nestas festas vão para construção e manutenção de nossas Igrejas e de outros espaços essenciais para a evangelização. As quermesses são festas que podem ser realizadas em várias épocas do ano nas igrejas, mas acontecem, principalmente, em junho. A palavra, em sua origem (flamenga), significa feira de igreja ou feira beneficente e teve origem como festa do padroeiro de paróquias, ou até, no aniversário da igreja.

As festas juninas que também nasceram em berço católico, na Europa, são uma forma de homenagem aos santos do mês: Santo Antônio, São João e São Pedro. Ambas as festas tomaram grande proporção, por todo o mundo, e possuem várias formas de entretenimento. As festas nas comunidades não é mero evento cultural ou apenas uma ação entre amigos, mas sim expressão da presença do Espírito Santo que na unidade se desvela nas ações da Igreja de Jesus como momento de graça. O leigo é convidado a viver esse período de festas na Alegria do Evangelho, buscando a compreensão e a fraternidade, servindo e se colocando como porta aberta aos demais membros da comunidade eclesial.

Neste mês, no dia 8 de junho, também viveremos o dia de Corpus Christi. Esta data é celebrada anualmente 60 dias depois da Páscoa, sempre na quinta-feira seguinte ao Domingo da Santíssima Trindade. A celebração de Corpus Christi é marcada por procissões nas ruas em torno de nossas paróquias e comunidades, onde as pessoas podem testemunhar e adorar o Corpo e Sangue de Cristo.

Realizemos com zelo e amor os diversos trabalhos que o Espírito Santo nos ilumina a fazer em nossas Igrejas e no mundo. Sempre na certeza de que “o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que Ele nos deu” (Rom. 5,5). Inspirados em Maria, Mãe de Deus e da Igreja, possamos bendizer a Deus por sua bondade e misericórdia manifestadas em nós quando servimos com amor e alegria o Seu Reino.

 

Pe. Marcelo Dias Soares – Coordenador Diocesano de Pastoral

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Artigos Vocação e Seminário

25 ANOS DE GRAÇA EM NOSSO SEMINÁRIO

Este ano celebramos um momento muito especial em nossas vidas em nosso Seminário Diocesano Imaculada Conceição – o 25º aniversário da entronização do ícone de Nossa Senhora das Vocações.

Há 25 anos, a imagem de Nossa Senhora das Vocações foi trazida para nosso Seminário como um sinal de esperança e inspiração para aqueles que procuravam discernir sua vocação. Ao longo dos anos, essa imagem tornou-se um símbolo de fé e devoção para toda a Diocese de Guarulhos, lembrando-nos constantemente da importância de escutar a voz de Deus em nossas vidas e seguir o caminho que Ele nos chama a trilhar.

Olhamos para trás com gratidão pelos muitos frutos que Nossa Senhora tem produzido em nosso Seminário ao longo dos anos. Vimos muitos jovens responderem ao chamado de Deus para a vida sacerdotal, assim como muitos outros certamente  descobriram suas vocações na vida matrimonial, consagrada, profissional e de serviço à comunidade.

Neste ano especial, renovamos nosso compromisso de continuar a ouvir a voz de Deus em nossas vidas e seguir os caminhos que Ele nos chama a trilhar. Rezamos para que Nossa Senhora das Vocações continue a inspirar e guiar nosso Seminário nos próximos anos, à medida que procuramos discernir a vontade de Deus para nossas vidas.

Que Nossa Senhora das Vocações interceda por nós e nos ajude a sempre ouvir a voz de Deus e seguir os caminhos que Ele traça para nós.

Padre Francisco VelosoReitor do Seminário Diocesano

 

VIVA NOSSA SENHORA DAS VOCAÇÕES!

A devoção à Nossa Senhora das Vocações completa 25 anos de piedade e intercessão na Diocese de Guarulhos. É uma grande alegria celebrarmos essa data e realizar uma ação de graças por todo chamamento, sustento e santificação das vocações dadas pela mediação da Virgem das Vocações. Desde o advento de sua devoção até aos dias de hoje, é notável como que a presença de Nossa Senhora, juntamente com a fé e preces de inúmeros fiéis, foi determinante para o aumento do número de vocações sacerdotais em nossa Diocese.

Atualmente, o Seminário Diocesano Imaculada Conceição contém a presença de 14 seminaristas do estágio da Teologia; 6 do estágio da Filosofia; e 6 do estágio propedêutico. São, basicamente, 8 anos de formação para o desenvolvimento das dimensões espirituais, intelectuais, comunitárias e pastorais dos candidatos ao sacerdócio. Para a providência das vocações em Guarulhos, além da já mencionada oração, o Seminário conta com o projeto dos “Amigos do Seminário”, com a finalidade de auxiliar financeiramente as despesas que a formação exige e de se reunir em oração pelo amparo aos vocacionados sob a proteção da Virgem Maria.

Muitos são os motivos para celebrar esse ano jubilar de Nossa Senhora das Vocações em nossa Diocese. Convidamos a você a unir-se à essa corrente de oração pelas vocações. Nosso muito obrigado a cada prece e contribuição dada pelos diversos “Amigos e Zeladores do Seminário” que ao longo desses anos, pela intercessão da Mãe de Deus, colaboraram para o aumento e santificação do clero. Deus abençoe!

 

Edson Vitor – 4º ano de Teologia

 

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Artigos Vida Consagrada

Congregação das Irmãs da Divina Vontade

A Congregação das Irmãs da Divina Vontade, fundada em 1865, em Bassano Del Grappa, Vicenza-Itália, é chamada por carisma a anunciar com a vida que a caridade é o cumprimento da Vontade de Deus.

Gaetana Sterni, com uma personalidade rica de fascínio e feminilidade, nasce em Cassola (VI), aos 26 de junho de 1827 e vive em Bassano. Provada por graves acontecimentos familiares, casa-se muito jovem e logo fica viúva e sozinha. Forte na fé e fascinada por Deus se confia decididamente a Ele: na adesão amorosa à sua vontade, nos seus diversos estados de vida nas condições de esposa, mãe, viúva e depois religiosa, indica um modo exemplar de viver o evangelho da caridade como cumprimento da vontade de Deus. O desejo intenso de comprazer em tudo ao Senhor a torna disponível à voz de Deus no intimo do coração e através das necessidades dos pobres e dos sofredores. Com grande confiança se abandona à vontade de Deus, único absoluto de sua vida. Esta humilde disponibilidade a leva a empenhar-se toda si mesma a serviço dos pobres do Albergue de Bassano, (instituição com mais de 100 pessoas) onde vivendo como religiosa dá início, em 1865, a uma pequena comunidade de mulheres consagradas à vontade de Deus no ministério a caridade. Em 1875 o Bispo Diocesano de Vicenza aprova a nascente Congregação com o nome de “Filhas da Divina Vontade”, nome interiormente sugerido a Gaetana, para ela e para as jovens que a seguem, e que indica aquilo que deve caracteriza-las: “Uniformidade em tudo à Divina Vontade, no Santo Zelo pelo bem do Próximo dispostas a tudo sacrificar a fim de ajudá-los”.  Em 1934, o Papa Pio XI reconhece a Congregação de direito pontifício com o nome de “Irmãs da Divina Vontade”. Madre Gaetana morre em Bassano Del Grappa,  aos 26 de novembro de 1889. Foi beatificada em 04 de novembro de 2001 por João Paulo II. Estamos trabalhando pela sua canonização.

Seguimos hoje nos passos da Bem Aventurada Gaetana Sterni que se fez próxima aos necessitados, como presença de amor, capacidade de partilha da própria vida, de compaixão, de fraternidade, para transformar o mal em bem. Segundo as indicações da Fundadora, as Irmãs da Divina Vontade “cuidam do próximo necessitado, especialmente dos mais pobres” e exercitam este ministério da caridade com obras diversas segundo as necessidades, os tempos e os lugares.  Hoje estamos presentes na Italia, Albania, Brasil, Equador, Colombia, na Africa em Camarões e Benin e com uma nova comunidade no Timor Leste. Aqui no Brasil estamos em Feira de Santana-BA, Guiratinga-MT, Ilha do Marajó,PA, Belo Horizonte-MG, Fartura, Guarulhos, Região Santana-SP Em todas estas realidades as Irmãs são principalmente empenhadas no anuncio do Evangelho da caridade, com serviços, na dimensão da promoção humana e evangelização, que de maneiras diversas expressam a solicitude da Igreja para com os mais pobres. Nas diversas realidades nos empenhamos também no cuidado da divulgação do carisma e espiritualidade de Madre Gaetana junto aos leigos que formam os grupos da fraternidade na vivencia do carisma e espiritualidade da Beata Gaetana e no cuidado pelas vocações no incentivo e ajuda aos jovens que desejam discernir na própria vida os caminhos da Vontade de Deus.

Com madre Gaetana pedimos com toda a nossa Diocese de Guarulhos: “SEJA FEITA, AMADA, LOUVADA E ADORADA A SANTISSIMA VONTADE DE DEUS EM TUDO E SEMPRE”.

Missão da congregação na Ilha do Marajó junto aos jovens
Missão da congregação junto aos idosos e doentes em Guiratinga MT

 

 

 

 

 

Ir. Tereza Rosa de Almeida

Irmãs da  Divina Vontade

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Artigos CNBB

Eleições da nova Presidência da CNBB

PRESIDENTE DA CNBB – Biografia e trajetória eclesial

Dom Jaime Spengler – Foto: Comunicação 60ª AG CNBB

Dom Jaime Spengler nasceu em 6 de setembro de 1960, em Gaspar (SC). Ingressou na Ordem dos Frades Menores, também conhecida por Ordem de São Francisco (Franciscanos) em 20 de janeiro de 1982, pela admissão no Noviciado na cidade de Rodeio (SC). Cursou Filosofia no Instituto Filosófico São Boaventura, de Campo Largo (PR), e Teologia no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ), concluindo-o no Instituto Teológico de Jerusalém, em Israel.

Foi ordenado sacerdote em 17 de novembro de 1990, na sua cidade natal. Fez doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma, e atuou dentro da Ordem dos Frades Menores em diversas missões e cidades do país até 2010, quando foi nomeado pelo Papa Bento XVI como bispo auxiliar da arquidiocese de Porto Alegre. A ordenação episcopal, presidida por dom Lorenzo Baldisseri, núncio apostólico no Brasil na ocasião, ocorreu dia 5 de fevereiro de 2011, na paróquia São Pedro Apóstolo, em Gaspar.

Dom Jaime Spengler é arcebispo metropolitano de Porto Alegre desde 18 de setembro de 2013, quando foi nomeado pelo Papa Francisco que, concomitantemente, recebeu o pedido de renúncia de dom Dadeus Grings. Escolheu como seu lema episcopal “Gloriar-se na Cruz” (Cl 6,14) – In Cruce Gloriari.

 

1º VICE-PRESIDENTE DA CNBB – Biografia

Dom João Justino – Foto: Comunicação 60ª AG CNBB

Dom João Justino de Medeiros Silva nasceu no dia 22 de dezembro de 1966, em Juiz de Fora (MG). Ingressou no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, em Juiz de Fora, em 1984, onde cursou Filosofia e Teologia. Graduou-se em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora e em Pedagogia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF). É doutor e mestre em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma.

Foi ordenado padre em 13 de dezembro de 1992.

O Papa Bento XVI o nomeou bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte no dia 21 de dezembro de 2011.

 

2º VICE PRESIDENTE DA CNBB – Biografia

Dom Paulo Jackson – Foto: Comunicação 60ª AG CNBB

Dom Paulo Jackson nasceu em São José de Espinharas, na Paraíba, no dia 17 de abril de 1969. Estudou Filosofia no Instituto de Teologia do Recife (1987-1989) e Teologia no Seminário Imaculada Conceição, em João Pessoa (1990-1992). Foi ordenado presbítero no dia 17 de dezembro de 1993. É mestre em Exegese Bíblica pelo Instituto Bíblico de Roma (1997-2000) e doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (2007-2010).

No dia 20 de maio de 2015 foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo da diocese de Garanhuns, no Pernambuco. Sua ordenação episcopal ocorreu no dia 18 de julho de 2015, no Largo Dom Gerardo Andrade Ponte, ao lado da Catedral de Nossa Senhora da Guia, diocese de Patos (PB). A ordenação foi presidida pelo arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, e teve como bispos coordenantes dom Eraldo Bispo da Silva, bispo de Patos (PB), e dom Manoel dos Reis de Farias, bispo de Petrolina (PE).

 

SECRETARIO GERAL DA CNBB – Biografia

Dom Ricardo Hoepers – Foto: Comunicação 60ª AG CNBB

Dom Ricardo Hoepers. Nascido em 16 de dezembro de 1970, dom Ricardo ingressou no Seminário Arquidiocesano São José, em Curitiba, aos 15 anos. Foi ordenado presbítero em 1999, após ter cursado Filosofia na Universidade Federal do Paraná e Teologia no Studium Theologicum, da Faculdade Claretiana de Teologia, ambas na capital paranaense.

Em 2016, foi nomeado bispo de Rio Grande (RS) e recebeu a Ordenação Episcopal pelas mãos do arcebispo de Curitiba (PR), dom José Antonio Peruzzo, no dia 14 de maio daquele ano.

Fonte: Portal cnbb.org.br

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Artigos Movimentos Diocesanos

O Legionário e o Corpo Místico de Cristo

Na caminhada espiritual temos grandes alegrias que fazem o nosso coração inflamar de amor pela pertença a Jesus Cristo e por sermos instrumentos de suma importância no edifício espiritual que é a Igreja do Senhor. Dentre as grandes graças recebidas de Deus, temos um presente amável que é a companhia de Maria como Mãe do Corpo Místico de Cristo. Nas muitas devoções marianas encontramos oportunidades de nos unir a Nossa Senhora para que ela nos ensine, com sua adesão à Palavra e prontidão à missão, como sermos autênticos discípulos encorajados pela força do Espírito ao testemunho das maravilhas de Deus em nossa vida.

A Legião de Maria, como Associação universal de fiéis, é chamada a ser uma presença na Igreja e no mundo que manifeste o amor maternal de Deus pelos seus filhos queridos. Em nossas comunidades, frequentemente, ouvimos falar da existência de legionários, mesmo que de maneira tímida e quase despercebida. Nesta caminhada de pouco mais de cem anos de existência da Legião, são inúmeros os feitos realizados por homens e mulheres que, no olhar para Nossa Senhora, buscaram se entender como Igreja e como viver a missão batismal.

Cada legionário, como bom cristão, unido ao Corpo de Cristo tem a sua finalidade, a sua função especial; mas todos dependendo uns dos outros, como verdadeiros membros deste Corpo Vivo. “Maria desempenha um papel único e sem igual… ela preenche, entre os membros do Corpo Místico, um lugar à parte – o primeiro depois da Cabeça. Como diz S. Bernardo, Maria se assemelha ao pescoço, pois liga a cabeça aos membros do corpo” (cf. Manual da Legião, cap. 9, item 1).

Neste ano vocacional que estamos vivendo, somos chamados pelo Senhor a reavivar em nós esse ardor pela Missão, desejosos de fazer arder o coração para que os nossos pés não vacilem em meio ao apostolado, mas sempre a caminho, com uma fé firme e inabalável como a rocha, levemos o nome de Jesus ao mundo por intercessão e pelo exemplo de Maria, a grande discípula-missionária de Seu Filho Jesus.

 

Pe. Thiago Ramos dos Santos

Diretor Espiritual Diocesano – Legião de Maria

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O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA E DA RECONCILIAÇÃO (Parte 3)

A necessidade da conversão e da penitência também após o batismo

São Paulo nos ensina:  «Vós fostes lavados, fostes santificados, fostes justificados pelo nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus» (1 Cor 6, 11). Por isso é preciso tomar consciência da grandeza do dom de Deus que nos foi concedido nos sacramentos da iniciação cristã, coisa que não admite mais o pecado. Porém, o apóstolo São João diz também: «Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós» (1 Jo 1, 8). O Senhor mesmo nos ensinou a rezar: «Perdoai-nos as nossas ofensas» (Lc 11, 4 ),

A conversão a Cristo, o novo nascimento do Batismo, o dom do Espírito Santo, o corpo e sangue de Cristo recebidos em alimento, tornaram-nos «santos e imaculados na sua presença» (Ef 1, 4), tal como a própria Igreja, esposa de Cristo, é «santa e imaculada na sua presença» (Ef 5, 27). No entanto, a vida nova recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação para o pecado.

Jesus chama à conversão. Tal apelo é parte essencial do anúncio do Reino: «O tempo chegou ao seu termo, o Reino de Deus está próximo: convertei-vos e acreditai na boa-nova» (Mc 1, 15). Na pregação da Igreja, este apelo dirige-se, em primeiro lugar, àqueles que ainda não conhecem Cristo e o seu Evangelho. Por isso, o Batismo é o momento principal da primeira e fundamental conversão. É pela fé na boa-nova e pelo Batismo que se renuncia ao mal e se adquire a salvação, isto é, a remissão de todos os pecados e o dom da vida nova.

Ora, o apelo de Cristo à conversão continua a fazer-se ouvir na vida dos cristãos. Esta segunda conversão é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja, que «contém pecadores no seu seio» e que é, «ao mesmo tempo, santa e necessitada de purificação, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e de renovação». Este esforço de conversão não é somente obra humana. É o movimento do «coração contrito» atraído e movido pela graça, para responder ao amor misericordioso de Deus, que nos amou primeiro.

A conversão de Pedro, depois de três vezes ter negado o seu mestre, é um testemunho disso. O olhar infinitamente misericordioso de Jesus provoca-lhe lágrimas de arrependimento e, depois da ressurreição do Senhor, a tríplice afirmação do seu amor para com Ele. A segunda conversão tem, também, uma dimensão comunitária. Isto aparece no apelo dirigido pelo Senhor a uma Igreja inteira: «Arrepende-te!» (Ap 2, 5-16).

Santo Ambrósio diz, a respeito das duas conversões que, na Igreja, «existem a água e as lágrimas: a água do Baptismo e as lágrimas da Penitência»

O coração do humano é pesado e endurecido. É necessário que Deus dê ao homem um coração novo. A conversão é, antes de mais, obra da graça de Deus, a qual faz com que os nossos corações se voltem para Ele: «Convertei-nos, Senhor, e seremos convertidos» (Lm 5, 21). Deus é quem nos dá a coragem de começar de novo. É ao descobrir a grandeza do amor de Deus que o nosso coração é abalado pelo horror e pelo peso do pecado, e começa a ter receio de ofender a Deus pelo pecado e de estar separado d’Ele. O coração humano converte-se, ao olhar para Aquele a quem os nossos pecados trespassaram.

O mesmo Espírito Santo, que desmascara o pecado, é o Consolador que dá ao coração do homem a graça do arrependimento e da conversão.

 

(fonte: Catecismo da Igreja Católica nn. 1425 a 1433)

 

Pe. Antonio Bosco da Silva