Diocese de Guarulhos

SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

Pesquisar
Categorias
Artigos Movimentos Diocesanos

Escola da Palavra – Forania Rosário

O estudo da Palavra de Deus é uma das prioridades da Diocese de Guarulhos.

A Escola da Palavra é um trabalho realizado nas foranias que visam atender essa prioridade, aproximando o povo de Deus da Sua Palavra.

Na Forania Rosário esse trabalho se iniciou em 2017 com o estudo da Primeira Carta aos Tessalonicenses. Nesse início de trabalho, contamos com o apoio e incentivo da equipe de assessores da Forania Aparecida e com ela caminhamos até o ano de 2021.

Em 2022, passamos a caminhar com autonomia no intuito de fazer a forania assumir identidade própria e preparar novos agentes para realização deste trabalho.

A equipe da Escola da Palavra é formada por cristãs leigas que se dedicam ao estudo da Palavra, fazendo cursos diversos e participando de formações específicas para depois,  partilhar com os grupos os estudos do livro escolhido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispo do Brasil), para o mês da Bíblia.

Este ano o livro estudado foi Josué, que nos apresenta a questão da partilha da Terra como dom e herança de Deus para todos.

Os encontros duram em média 2 meses e acontecem 1 vez por semana. Anualmente, convidamos um estudioso da Bíblia ou um teólogo para a aula inaugural e fechamos os encontros com a missa de encerramento.

Os participantes são incentivados a aprofundar o texto, que para ser compreendido necessita que conheçamos quando, por quê, onde, como, pra quem e por quem foi escrito. Conhecer o contexto é essencial para entender o texto, afinal, texto sem contexto é pretexto.

Nos encontros, a equipe apresenta o texto bíblico, faz uma breve contextualização e convida os participantes a conversarem e refletirem em grupos sobre as ideias principais apresentadas no texto. Concluída essa fase, eles são convidados a trazer o texto para nossa realidade e a fazer um compromisso com a Palavra refletida.

Tudo isso é feito sem que esqueçamos de rezar para dar início ao encontro e pedir a luz do Espírito Santo e encerrá-lo louvando e agradecendo a Deus pelos momentos tão importantes de encontro comunitário, de escuta e partilha da Palavra de Deus.

Equipe da Escola da Palavra da Forania
Categorias
Artigos Liturgia

O preceito dominical (Parte II)

Por que ir à Missa aos domingos?

“Não é suficiente responder que é um preceito da Igreja; isto ajuda a preservar o seu valor, mas sozinho não basta. Nós, cristãos, temos necessidade de participar na Missa dominical, porque só com a graça de Jesus, com a sua presença viva em nós e entre nós, podemos pôr em prática o seu mandamento, e assim ser suas testemunhas credíveis” (Papa Francisco).

A Santa Missa, aos domingos, fundamenta e confirma toda a prática cristã. Por isso, temos a obrigação de participar da Santa Missa nos dias de preceito, especialmente no domingo, a menos que estejamos justificados por algum motivo sério como, por exemplo, doença, ou sejamos dispensados pelo nosso pároco. Se deliberadamente faltamos a essa obrigação, cometemos um pecado grave.

A participação na celebração comum da Eucaristia dominical é um testemunho de pertença e fidelidade a Cristo e à sua Igreja. Ao participarmos da Missa dominical, atestamos a nossa comunhão na fé e na caridade; damos testemunho da santidade de Deus e da nossa esperança na salvação; e reconfortamo-nos mutuamente, sob a ação do Espírito Santo.

Nos domingos temos a plenitude da missa pois na Eucaristia, realiza-se a plenitude de culto que a humanidade deve a Deus, incomparável com qualquer outra experiência religiosa. Uma expressão particularmente eficaz dessa plenitude verifica-se precisamente quando, no domingo, toda a comunidade congrega-se, em obediência à voz do Ressuscitado.

Ele a convoca para lhe dar a luz da sua Palavra e o alimento do seu Corpo, como fonte sacramental perene de redenção. A graça, que emana dessa fonte, renova a nossa vida, a nossa história. Como nos ensina o Papa: “sem Cristo estamos condenados a ser dominados pelo cansaço do dia a dia, com as suas preocupações, e pelo medo do amanhã. O encontro dominical com o Senhor dá-nos a força para viver o presente com confiança e coragem, e para progredir com esperança. Por isso nós, cristãos, vamos encontrar-nos com o Senhor aos domingos, na celebração eucarística”.

O Espírito Santo está presente, ininterruptamente, em cada dia da Igreja. Entretanto, na assembleia dominical reunida para a celebração semanal da Páscoa, a Igreja Católica coloca-se especialmente à escuta d’Ele e com Ele tende para nosso Senhor Jesus Cristo, no desejo ardente do Seu regresso glorioso: “O Espírito e a Esposa dizem: ‘Vem!’” (Ap 22, 17).

Nós, cristãos, vamos à Missa aos domingos para encontrar o Senhor Ressuscitado, ou melhor, para nos deixarmos encontrar por Ele, ouvir a sua palavra, alimentar-nos à sua mesa e assim tornar-nos Igreja, isto é, seu Corpo místico vivo no mundo.

 

Padre Fernando – Comissão Diocesana de Liturgia

Categorias
Artigos Vida Presbiteral

O Episcopado: fazer presente a Igreja de Jesus – VII

Progredimos em nossa jornada na explicitação da vocação ao ministério ordenado e em seus graus. Nas últimas matérias falamos sobre o grau do diaconado e presbiterado. Agora é a vez do último grau do sacramento da ordem. Em nossas catequeses, quando falamos sobre este sacramento, as pessoas nem imaginam sua importância e abrangência. A Igreja, zelosa em nos fazer conhecer a verdade manifestada por Cristo, apresenta o sacramento da ordem. Vejamos mais uma vez o que diz o catecismo: “a Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos tempos: é, portanto, o sacramento do ministério apostólico. E compreende três graus: o episcopado, o presbiterado e o diaconado”.

Mas quem é o bispo? Recorramos à língua latina e grega. A palavra bispo em latim é escrita “episcopus” e em grego “Episkopien”, atribuída aos apóstolos e a seus sucessores. Tomemos cuidado com os muitos que, por aí, se dizem bispos e bispas. Saibamos discernir e compreender a fé que professamos. Na Igreja de Cristo, a Igreja Católica, os bispos são escolhidos após criteriosa consulta e sagrados para o exercício deste ministério tão excelso. Não se autoproclamam. Recebem de Deus este encargo.

A função do bispo é o cuidado com o rebanho de Cristo e o fazer presente a Igreja de Cristo. O grande doutor Agostinho de Hipona já nos disse: “Onde está o bispo, aí está a Igreja”. É grande a tarefa e árdua ao mesmo tempo, o exercício de fazer presente a Igreja de Cristo. O múnus laborioso precisa ser acompanhado com nossas preces e súplicas. Não esqueçamos de rezar por nosso bispo.

Como sucessor dos apóstolos, o bispo deve zelar, com solicitude pastoral, pelo rebanho que lhe foi confiado. Dom Pedro Carlos Cipolini, Diocese de Santo André, em artigo no site da CNBB, respondendo à pergunta quais as tarefas e ofícios dos bispos, diz: “É o próprio Jesus Cristo que age na Igreja através de seus ministros. Para isso os bispos recebem a efusão dos dons do Espírito Santo, mediante a imposição das mãos (desde os tempos apostólicos) na ordenação episcopal (cf. At 1,8; Jo 20,22-23; 2Tm 1, 6-7). O bispo recebe a plenitude do sacramento da Ordem para ser ministro de Cristo e dispensador dos mistérios de Deus e garantia da unidade de sua Igreja (cf. 1Cor 4,1); dar testemunho do Evangelho pela pregação (cf. Rm 15,16), administrar a justiça e o Espírito (cf. 2Cor 3,8-9). A sagração episcopal confere ao bispo a tarefa de santificar, ensinar e governar a Igreja que lhe é confiada. O Concílio Vaticano II assim se expressa: “Os Bispos, pois com seus auxiliares, os presbíteros e diáconos, receberam o encargo de servir a comunidade, presidindo no lugar de Deus ao rebanho do qual são pastores, como mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado e ministros do governo (LG n. 20).”

É, pois, um sacramento conferido àquele que foi eleito por Deus e nomeado para tal ministério. Ministério que, como vimos, é responsável pelo múnus de santificar, governar e ensinar. O decreto Christus Dominus de São Paulo VI, sobre o múnus pastoral dos bispos na Igreja, define com clareza o tríplice múnus:

Sobre o múnus de Ensinar: “No exercício do seu múnus de ensinar, anunciem o Evangelho de Cristo aos homens, que é um dos principais deveres dos Bispos, (2) chamando-os à fé com a fortaleza do Espírito ou confirmando-os na fé viva. Proponham-lhes, na sua integridade, o mistério de Cristo, isto é, aquelas verdades que não se podem ignorar sem ignorar o mesmo Cristo. E ensinem-lhes o caminho que Deus revelou para ser glorificado pelos homens e estes conseguirem a bem-aventurança eterna (3).

Mostrem, além disso, que as coisas terrestres e as instituições humanas no plano de Deus Criador se ordenam também para a salvação dos homens e podem, por conseguinte, contribuir não pouco para a edificação do Corpo de Cristo.

Ensinem, por isso, quanto, segundo a doutrina da Igreja, valem a pessoa humana, com a sua liberdade e a própria vida corpórea; a família e a sua unidade e estabilidade, a procriação e a educação dos filhos; a sociedade civil, com as suas leis e profissões; o trabalho e o descanso, as artes e a técnica; a pobreza e a riqueza. Exponham, por fim, os princípios com que se hão de resolver os problemas gravíssimos da posse, do aumento e da justa distribuição dos bens materiais, da paz e da guerra, e da convivência fraterna de todos os povos (4)”.

Sobre o múnus de Santificar: “No exercício do seu múnus de santificar, lembrem-se os Bispos que foram escolhidos dentre os homens e constituídos a favor dos homens nas coisas que se referem a Deus, para oferecerem dons e sacrifícios pelos pecados. Na verdade, os Bispos têm a plenitude do sacramento da Ordem, e deles dependem, no exercício do seu poder, quer os presbíteros — que são consagrados verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento para serem cooperadores providentes da ordem episcopal — quer os diáconos, ordenados para servir o Povo de Deus em união com o Bispo e com o seu presbitério; os Bispos são, portanto, os principais dispensadores dos mistérios de Deus, como também ordenadores, promotores e guardas da vida litúrgica na igreja a si confiada (8).

Não se poupem, por isso, a esforços para que os fiéis, por meio da Eucaristia, conheçam e vivam cada vez mais perfeitamente o mistério pascal, de modo a formarem um corpo bem compacto na unidade da caridade de Cristo; (9) «insistindo na oração e no ministério da palavra» (Act. 6, 4) esforcem-se por que todos aqueles que estão entregues aos seus cuidados sejam unânimes na oração (10), e, por meio da recepção dos sacramentos, cresçam na graça e sejam testemunhas fiéis do Senhor.

Como santificadores, procurem os Bispos promover a santidade dos seus clérigos, dos religiosos e dos leigos, segundo a vocação de cada um (11), lembrando-se da obrigação que têm de dar exemplo de santidade pela caridade, humildade e simplicidade de vida. Santifiquem de tal modo as igrejas que lhes estão confiadas, que nelas brilhe plenamente o modo de sentir de toda a Igreja de Cristo. Por isso, promovam o mais possível as vocações sacerdotais e religiosas, e de modo particular, as missionárias”.

Sobre o múnus de Governar:No exercício do seu múnus de pais e pastores, comportem-se os Bispos no meio dos seus como quem serve (12), como bons pastores que conhecem as suas ovelhas e por elas são conhecidos como verdadeiros pais que se distinguem pelo espírito de amor e de solicitude para com todos, de modo que todos se submetam facilmente à sua autoridade recebida de Deus. Reúnam à sua volta a família inteira da sua grei e formem-na de tal modo que todos, conscientes dos seus deveres, vivam e operem em comunhão de caridade.”

Numa sucessão ininterrupta que liga diretamente aos 12 escolhidos por Jesus, os bispos continuam a trazer e fazer presente a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo. A solicitude pastoral do pastor e o zelo por suas ovelhas manifestam o Cristo Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Rezemos para que não falte ao rebanho a solicitude do pastor e nem ao pastor a obediência do rebanho.

 

Padre Cristiano Sousa – Representante dos Presbíteros

Categorias
Artigos CNBB Enfoque Pastoral

Mensagem da Presidência da CNBB – Conclusão do processo eleitoral 2022

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou no dia 31 de outubro, uma mensagem sobre a conclusão das Eleições 2022.  O momento, segundo a mensagem, “convoca-nos, ainda mais, para a reconciliação, essencial ao novo ciclo que se abre”.

A presidência da CNBB aponta o caminho que todos os brasileiros, indistintamente, precisam trilhar: acompanhar, exigir e fiscalizar aqueles que alcançaram êxito nas urnas. “O exercício da cidadania não se esgota com o fim do processo eleitoral”, diz o documento.

Em um trecho da mensagem, a CNBB cumprimenta candidatos eleitos, deputados, senadores, governadores e presidente da República e “parabeniza ainda o Tribunal Superior Eleitoral por sua atuação no zelo de todo o processo democrático”.

“Todos possam caminhar unidos para a construção da política melhor, aquela que está a serviço do bem comum, conforme define o nosso amado Papa Francisco. São os votos da CNBB. É o que suplicamos em preces para o nosso país”.

Conheça a íntegra da mensagem abaixo:

PRESIDÊNCIA DA CNBB: “O EXERCÍCIO DA CIDADANIA NÃO SE ESGOTA COM O FIM DO PROCESSO ELEITORAL”

Saúde e paz!

A conclusão das Eleições 2022 convoca-nos, ainda mais, para a reconciliação, essencial ao novo ciclo que se abre. Agora, todos, indistintamente, precisam acompanhar, exigir e fiscalizar aqueles que alcançaram êxito nas urnas. O exercício da cidadania não se esgota com o fim do processo eleitoral.

A CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – cumprimenta candidatos eleitos, deputados, senadores, governadores e presidente da República. Parabeniza ainda o Tribunal Superior Eleitoral por sua atuação no zelo de todo o processo democrático.

Todos possam caminhar unidos para a construção da política melhor, aquela que está a serviço do bem comum, conforme define o nosso amado Papa Francisco. São os votos da CNBB. É o que suplicamos em preces para o nosso país.

Com a materna intercessão de Nossa Senhora Aparecida – Rainha e Padroeira do Brasil, Deus muito abençoe a sua vida e a sua família.

Fraterno abraço, com apreço.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

Categorias
Artigos Voz do Pastor

Celebrar, Encantar, Avançar

Achei interessante o tema da Assembleia Ordinária do CNLB Sul 1 que acontece neste primeiro final de semana de novembro: “Celebrar, Encantar, Avançar”.

Neste momento em que escrevo, não aconteceram ainda as eleições do 2º. Turno para o nosso País e Estado. Que fique bem claro! Independentemente do resultado das urnas, é preciso “celebrar, encantar, avançar.”

“Celebrar” faz parte de dois pilares das Comunidades Eclesiais Missionárias: Palavra e pão. Celebrar é atualizar em nossas vidas o mistério pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo (de modo especialíssimo na Celebração Eucarística). Nunca poderíamos avançar sem celebrar. Pela Palavra e os Sacramentos somos gestados na fé. A nossa fé vence o mundo. Ao mesmo tempo que o “mundo” (mundanismo) precisa ser vencido, precisamos com a nossa fé ser presença no coração do mundo. Estamos a serviço da salvação do mundo. É na missão que a Igreja precisa “avançar” para águas mais profundas (cf. Lc 5,4).

Fica difícil avançar sem se “encantar” ou se “reencantar”.

Em nossa diocese – que bom! – temos tido, em geral, boa participação em nossas celebrações. Infelizmente, a resposta ativa do que é celebrado, tem ficado a desejar na obra da evangelização. Alguns dos nossos agentes de pastoral estão desencantados. Outros estão se confundindo nas polarizações políticas e partidárias. Outros, ainda, abertamente declararam que não estão mais disponíveis para os serviços pastorais que estavam realizando antes da pandemia. Desta forma os pilares da caridade e da missionariedade ficam rachados. A Comunidade Eclesial Missionária não pode assim se sustentar.

Para “encantar”, é necessário primeiramente a conversão pessoal no seguimento de Jesus Cristo. Este seguimento de Jesus só pode ser realizado em comunidade. Foi assim desde os tempos apostólicos. A Igreja é por natureza missionária. O discípulo de Jesus é discípulo missionário. A conversão pessoal verdadeira faz brotar o desejo de anunciar aos outros a obra salvadora de Jesus. Nossas pastorais e movimentos precisam se “reencantar” com o ardor missionário. Temos falado tanto em ser Igreja em saída e agora estamos precisando também ser “Igreja em entrada”. Sem entrada não há saída. Recobremos no Senhor a nossa força missionária!

Nunca irei me cansar de dizer que o anúncio do Evangelho possui uma dimensão sociotransformadora. Aqui está o pilar da caridade, que se concretiza na prática das nossas Pastorais Sociais e Defesa da vida, da concepção até a morte natural. Não é trabalho assistencialista e muito menos uma ONG. É vivência do Evangelho. O resultado das eleições pode ter desanimado a alguns, animado a outros, mas a necessidade de vivenciar os valores do Reino de Deus em nossa sociedade para que possa se tornar mais justa, fraterna e solidária não depende das urnas, depende do testemunho dos discípulos de Jesus. Quem não está “encantado” com o Evangelho pode acabar refém do mundanismo. Quem não está “encantado” com o mistério pascal de Jesus Cristo pode acabar se deixando instrumentalizar e deixar que instrumentalizem a nossa própria fé.

Em novembro temos os encontros sobre a vocação laical. Desejo que os grupos de rua e reflexão possam ir trabalhando com este material colocado aqui na Folha Diocesana. Na solenidade de Cristo Rei será aberto o 3º Ano Vocacional no Brasil. Que possamos redescobrir a nossa vocação cristã e o serviço ao qual o Senhor nos chama para vivenciá-la. Ainda no mês de novembro, antes do início do Advento, teremos a abertura nas foranias da Novena do Natal de 2022, sobre a família. Este é um ótimo momento missionário para as nossas comunidades retomarem a esperança e a alegria do Evangelho.

Sejamos construtores da paz!

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist. – Bispo diocesano

Categorias
Artigos Falando da Vida

Educando Crianças

Como elogiar uma criança sem prejudicá-la?

Imagine que o seu chefe fez um elogio dizendo que você é muito inteligente e tem grande potencial para crescer na empresa. Claro que você se sentiria feliz, mas talvez isso aumentaria a sua responsabilidade e afetaria a sua segurança em aceitar novos desafios. Se elogios dirigidos à pessoa afetam a vida de um adulto, imaginem o que fazem na mente de uma criança. O problema não está no ato de elogiar e sim na maneira como ele é feito; como veremos, o correto é elogiar o esforço e não o resultado.

Crianças educadas na presença de adultos, normalmente recebem muitos elogios dentro da família. São tratadas como as mais lindas, mais inteligentes, mais capazes, etc. Quem elogia, faz na boa intenção de aumentar a autoestima incentivando a busca de bons resultados. Mas a Psicologia demonstra que os elogios podem ter efeito contrário gerando comportamentos de insegurança e esquiva. A Psicóloga americana Carol Dweck, da Universidade Stanford, aplicou um teste de inteligência em 400 crianças onde a metade delas recebeu elogio pessoal com a frase: Parabéns, você é muito inteligente e as demais com a frase impessoal: Parabéns pelo seu esforço.

Num segundo teste, aqueles que receberam elogio pessoal apresentaram resultado 20% inferior ao outro grupo. O estudo mostrou que faz muita diferença elogiar o processo ao invés da pessoa. A criança super estimulada positivamente tende a ficar insegura e a evitar novos desafios, pois teme não conseguir repetir as façanhas que renderam elogios anteriores. Faz sentido, pois ninguém quer ter frustrações, sobretudo considerando que vivemos sob a Ditadura da felicidade que prega que temos que estar felizes o tempo todo.

Uma educação que visa o equilíbrio e o bem-estar, precisa levar em conta que a tristeza e o fracasso fazem parte da vida e são importantes no processo de amadurecimento. As experiências negativas, nos ajudam a refletir e aceitar as coisas como elas são e não como gostaríamos que fossem. A melhor maneira de elogiar é focalizar o processo ao invés do resultado. Que tal se no lugar de frases como: Parabéns você é o melhor, disséssemos: Fiquei muito feliz com o seu esforço? Sem dúvida, sairia um peso muito grande dos ombros de quem ouve e uma frase muito mais honesta da boca de quem elogia.

 

Romildo R.Almeida – Psicólogo clínico

Categorias
Artigos Movimentos Diocesanos

Projeto Roda de Conversa com o Padre – Pastoral do Menor

O “Projeto Roda de Conversa com o Padre” no âmbito das unidades da Fundação CASA* foi retomado com Dom Edmilson no mês de maio. De lá para cá, mensalmente um dos padres da nossa diocese visitou as Casas Guarulhos e Guaiy.

Além da Casa Serra da Cantareira também solicitar o projeto, recebemos relatos da direção das unidades, cujos mencionam que as visitas dos leigos e membros de nossa pastoral é de considerável importância para esse momento de reestruturação psicossocial dos adolescentes, entretanto, nada se compara quando um de nossos sacerdotes, sejam seminaristas, diáconos ou padres visitam os meninos.

A aproximação e o respeito por esta “autoridade” religiosa são de uma espiritualidade indescritível, nos fazendo crer, ainda mais, que o amor tudo pode, tudo vence e tudo supera, assim como S. Paulo nos traz em uma de suas mais belas cartas.

Estiveram na F. Casa recentemente os Padres Alex, Salvador, Fábio Herculano, Bruno Batista, Weber e já confirmada a presença do Padre Rodrigo, além de termos cadastrado como membro ativo o recém ordenado Diácono Jair,                   os prés- diáconos José Célio e Silvio (divinos presentes).

Que Nossa Senhora renove o SIM de todos membros da Pastoral do Menor e abençoe todos os religiosos da nossa diocese que colaboram com esta missão.

Um abraço caloroso a irmã Maria das Virgens que sempre se recorda de nós e usando as palavras do Padre Salvador: “Expresso a minha alegria por esta experiência excepcional de ENCONTRO E DE ESCUTA”. Assim como foi pontuado por ele na benção que nos enviou através de áudio por Wattsapp é importante a presença da MÃE igreja nesses locais, que faz os adolescentes se sentirem confiados e esperançados.

E se você que nos lê, quiser conhecer esse trabalho, fazer parte do grupo em ação e oração faça contato com a Pastoral do Menor.

* A Fundação CASA é uma autarquia do governo do estado de São Paulo que desenvolve programa sócio – educativo para adolescentes privados de liberdade

João Rafael, Heitor Manuel e Luiz Gabriel (colaboradores mirins leigos) com a Irmã Maria das Virgens

 

 

 

 

 

Bruna de Melo Souza TeixeiraPastoral do Menor

Categorias
Artigos Bíblia

Quatro Grupos, Quatro Tradições e uma só Fé

Hoje em dia os judeus formam um grupo racial homogêneo, ligado à linhagem de sangue e preocupados com sua unidade racial e religiosa. Entretanto, o povo de Deus do Antigo Testamento foi formado pela união de quatro grupos distintos:

Mosaico: grupo dos ex-escravos do Egito; sobressaiu-se sobre os outros (hegemonia); chegaram em 1200 a.E.C. em Canaã, instalando-se nas montanhas;

– Sinaítico/beduínos: associou-se ao Grupo Mosaico no deserto do Sinai (grupo de Raguel/Jetro, sogro de Moisés – ver Ex 18, 1-27). Pertenciam a grupos nômades do Oriente e eram originários de Seir e Edom

Nômades (Abraâmico): remanescentes dos patriarcas, itinerantes arameus, que viviam nas estepes, desertos e montanhas;

– Hapirus: camponeses escravos fugitivos, rebeldes e excluídos das cidades-estado cananéias; viviam nas montanhas e estepes da Palestina. Às vezes, aparecem como um bando de homens e mulheres que vendem sua liberdade, colocando-se a serviço dos reis das cidades-estado, ora como bandos armados e hostis aos reis de Canaã e, portanto, ao Faraó. Constitui-se uma classe social em meio a diversos povo e não uma etnia. Sendo camponeses escravos fugitivos ou excluídos das cidades-estado, saqueavam territórios de reis cananeus. Da palavra hapirus se originou a palavra hebreus (descendentes de Heber, antepassado de Abraão (ver Gn 10, 24).

Esses grupos se miscigenaram entre si e formaram o antigo Israel da Bíblia, unindo suas histórias, tradições e elementos da fé. Ex: o sacrifício de animais vem da tradição dos pastores (grupo abraâmico), as tradições do Êxodo vêm do grupo mosaico 9que se tornou hegemônico) e a adoração a um único Deus (monoteísmo) veio do grupo sinaítico.

Do mesmo modo, ao lermos os textos bíblicos do Antigo Testamento, acreditamos terem sido escritos de uma só vez. A formação de cada texto do Antigo Testamento demorou muito tempo para que chegássemos ao texto final que lemos hoje.

Temos três etapas básicas para a formação de um texto bíblico:

fase dos fatos: o cenário histórico e o contexto de cada fato narrado, fruto de acontecimentos;

– fase oral: as informações sobre os fatos fundamentais da história do povo eram contadas de geração em geração de forma oral; neste processo, havia um “filtro” que selecionava os fatos principais e mais importantes;

– fase redacional (escrita): nesta etapa, os textos começam a ser escritos, mas também selecionados por um “filtro” que estabelecerá os escritos mais importantes para a fé do povo; surgem textos provisórios, que, depois sofrerão acréscimos ou supressões até o texto final, que lemos hoje.

 

Com isso, podermos começar a entender a origem dos escritos bíblicos, que compreende basicamente quatro tradições literárias, desenvolvidas ao longo do tempo, cuja redação final se deu no período pós-exílico (538 – 320 a. C.).

É importante compreender que a consolidação e união das quatro tradições se deu no  Pentateuco e em alguns Livros Históricos do Antigo Testamento. Por isso, o Pentateuco sofre acréscimos, ampliações, reinterpretações e repetições até sua redação final.

As quatro tradições literárias são: a Javista, a Eloísta, a Deuteronomista e a Sacerdotal.

 

TRADIÇÃO JAVISTA(J): remonta do ano 1000 a.C.; surge no Sul (Judá); coloca interesse maior nos patriarcas, de modo especial em Abraão; episódios marcantes: Adão e Eva, Abel e Caim, Dilúvio, Torre de Babel, Sodoma e Gomorra, etc.; uso do nome JAVÉ, como se fosse o nome mais antigo de Deus; no auge da monarquia davídica, faz-se a redação das tradições sobre Abraão em Hebron/Judá: ver Gn 13, 14 – 18; 18 – 19; destaca-se a ação heróica de Judá na história de José: 37, 26; 43, 1 – 2;  em Gn 38 apresenta a genealogia de Davi; defesa da monarquia (Gn 49, 8 – 12; Nm 24, 7.17); importância dada às mulheres e preferência pelos pequenos(caçula); desprezo pelos cananeus e promessas a Abraão.

 

TRADIÇÃO ELOÍSTA(E): No ano 900 a.C., surge no Norte (Israel); seu interesse maior é o tema Aliança; diferenças “acidentais” em relação a J = o essencial é quase o mesmo (mesma fé, patriarcas, etc); evidência maior: José e Raquel(mãe); santuários: Siquém e Betel;

uso da palavra Elohim para falar de Deus; Horeb para falar do Monte Sinai; Jetro (sogro de Moisés, em vez de Raguel ou Hobab, como em J); estilo popular e incisivo; evita antropomorfismo: Deus é “mais distante” do ser humano; referência maior ao Profetismo (Gn 20, 7; Ex 15, 20; Moisés)

 

TRADIÇÃO DEUTERONOMISTA(D): Surge no na de 722 a.C. – questões: a terra e a monarquia; não foi fundido a J e E – apenas justaposta; apresenta um código legislativo e pregações atribuídas a Moisés (sermões); o livro do Deuteronômio funciona como apêndice (conclusão) do Pentateuco; anuncia o amor de Deus através da história de Israel e a Aliança – idéia implícita em toda a JEP.

 

TRADIÇÃO SACERDOTAL(P): Surgiu durante o Exílio da Babilônia (587 – 538 a.C); interesse nos temas: leis, genealogias, cifras, etc.; ênfase maior na Lei e Liturgia, de linha legalista e litúrgica (ver Levítico); idéia transcendente de Deus; estilo obscuro, redundante e abstrato; fundiu as três tradições (J, E e P) numa só obra literária; aproveitou bem o status de redator final; (Ex 25 – Nm 10 +Lv); acréscimos: Nm 13, 15; 17 – 19; 25 – 31; 33 – 36)= 87 capítulos!!!; deixou-nos alguns Salmos: 19, 8 – 15; 85; 96 – 98; 113; 116; 118; 119.

 

Pe. Éder Aparecido Monteiro – Vigário Paroquial – Paróquia Sta. Cruz Pres. Dutra

Categorias
Artigos Movimentos Diocesanos

A Fé em Jesus Cristo testemunhada numa Perspectiva Missionária

A fé em Jesus Cristo, testemunhada numa perspectiva missionária, configura a comunidade cristã, mais “perfeitamente” ao Mistério Trinitário!

Todos nós que recebemos por adoção, o Selo do Espírito Santo Vivificante de Jesus Cristo no batismo, temos a possibilidade de sermos uma feliz e generosa resposta de amor a Deus, na obra da evangelização. Somente a Igreja e seus filhos, revestidos da virtude da fé, podem oferecer em todos os tempos, aquela grande Esperança, Jesus Cristo, que nenhuma criatura humana, pode oferecer para “restituir a alegria e a esperança dos corações!

A fé em Cristo, nos proporciona sermos todos Nele, encontrados e irmanados; no Amor de Jesus, somos recebidos e reencaminhados como comunidades embaixadoras da esperança e da salvação. Vivenciando a alegria da fé, nesta perspectiva da animosidade missionária, seremos curados de muitos males: nossas vitimizações próprias, a síndrome da desgraça do desânimo, onde já somos derrotados antes mesmo de tentarmos algo.

Exatamente neste cenário de vida, que o amor a Jesus Cristo e aos irmãos, nos solicitam a sermos luz e esperança de Deus; cada um de nós deve perguntar-se? Minha existência, tem esperançado o mundo?  Tenho sido esperança de Deus, aos outros?  O Papa Francxisco na Frattelli Tutti, afirma: “ ao passarmos por este mundo, devemos deixa-lo um pouco melhor ás futuras gerações, do que nós o encontramos; o que você tem feito com a sua existência, de modo que esse mundo seja mais bonito e mais esperançoso? ”.

Cada cristão é importante neste processo de animadores da esperança cristã; chamados a sair de dentro dos escombros escuro do nosso “Eu”, egoísmo, para fora, para os outros, para a vida; se estiveres longe, faça-se perto. Talvez, que nosso maior problema não seja a fé; temos fé e cremos, porém, o problema consiste na crise do seguimento”; sua fé o leva seguir Jesus Cristo até qual estação da vida?

A cura do egoísmo é possível mediante o antídoto da fé; vivendo a experiência da fé, a experiência de Deus, nesta perspectiva de nos dispor a contribuir no processo de “reconfiguração” e revitalização missionária, de modo a recuperarmos o dinamismo pastoral na evangelização e o rosto das nossas pastorais, de modo que a pastoralidade diocesana exprima a verdadeira alegria beleza do Evangelho de Jesus Cristo.

Estamos oportunamente favoráveis a evangelização, onde a Igreja tem a voltar a missão de “humanizar a humanidade”! Precisamos voltar a aprender a conviver e a nos socializar; ajudar as pessoas ir ao encontro do Mistério de Deus; de modo que passemos a olhar mais, para o Cristo, e menos para o tamanho do peso da cruz de cada dia. Viver não é uma cruz, é um dom maravilhoso.

Se nossas pastorais e movimentos, não se tornam efetivamente instrumentos dinamizadores na evangelização, em vã, é nossa existência cristã. A vida cristã se torna “pacata”, não atrativa! A começar pela linguagem que nós usamos em nossa maneira de evangelizar hoje.  As pastorais e movimentos, cada batizado, somos individualmente uma “ energia divina”, que unidos ao corpo de Cristo (a Igreja), ao nosso pastor diocesano, dom Edmilson, formando uma única “sinergia” com mais potência, para sermos Igreja luz, em toda a nossa imensa cidade de Guarulhos. Manifestando a todos, a gloriosa esperança redentora de nosso Senhor Jesus Cristo.

Neste ano, estamos celebrando o ano jubilar missionário, comemorando os 50 anos de campanhas de animação missionárias que tem animado a Igreja no brasil e, despertado uma consciência mais missionária da fé; este ano com o tema: “A Igreja é Missão” o lema: “Vós sereis minhas testemunhas” (atos 2,).

Façamos bem essa novena missionária uma oportunidade para sermos reanimados na evangelização. Motivemos os gestos concretos da campanha; nas mídias sociais das Pontifícias Obras missionárias estão disponíveis, vídeos curtos com testemunhos para cada dia da novena, que nos ajuda e certamente nos encoraja na animação missionária.

Deus abençoe nossa diocese e todas suas comunidades. Deus abençoe todos quantos, evangelizam neste solo sagrado da cidade de Guarulhos. Deus recompense a entrega, a dedicação e sacrifício dos nossos catequistas e de cada irmão irmã evangelizador.

 

 Pe. Salvador Maria Rodrigues de Brito – Pároco Paróquia Nossa Sra. Guadalupe!

Categorias
Artigos Liturgia

O preceito dominical (Parte I)

O católico é obrigado a participar das missas aos domingos?

Instituído para amparo da vida cristã, o domingo adquire, naturalmente, também um valor de testemunho e anúncio. Dia de oração, de comunhão e alegria, ele repercute sobre a sociedade, irradiando sobre ela energias de vida e motivos de esperança. O domingo é o anúncio de que o tempo, habitado por Aquele que é o Ressuscitado e o Senhor da história, não é o túmulo das nossas ilusões, mas o berço de um futuro sempre novo, a oportunidade que nos é dada de transformar os momentos fugazes desta vida em sementes de eternidade. O domingo é convite a olhar para diante, é o dia em que a comunidade cristã eleva para Cristo o seu grito: ‘Maranatha: Vinde, Senhor!’ (1Cor 16,22). Com esse grito de esperança e expectativa, ela se faz companheira e sustentáculo da esperança dos homens. E domingo a domingo, iluminada por Cristo, caminha para o domingo sem fim da Jerusalém celeste, quando estiver completa em todas as suas feições a mística Cidade de Deus, que ‘não necessita de Sol nem de Lua para a iluminar, porque é iluminada pela glória de Deus, e a sua luz é o Cordeiro’” (Ap 21,23) (São João Paulo II, Dies Domini, n. 84).

A participação da Santa Missa aos domingos é um compromisso de particular importância em nossa experiência de fé. O Catecismo da Igreja Católica ensina-nos que a celebração da Eucaristia dominical, do Dia do Senhor, está no coração da vida da Igreja. “O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito”. (Catecismo da Igreja Católica, n. 2177)

No entanto, antes de ser uma obrigação para nós católicos, a participação da Santa Missa aos domingos é uma exigência que está inscrita na essência da vida cristã. Por isso, na Igreja nascente, não havia o preceito dominical, já que os fiéis tinham a assembleia dominical como o ponto mais alto e importante da vida espiritual.

Na Igreja antiga a participação da missa dominical era uma obrigação de consciência, que tem sua razão der ser na necessidade interior que os cristãos dos primeiros séculos sentiam tão intensamente, assim a Igreja Católica nunca deixou de afirmar, embora, no início, não julgou ser necessário prescrevê-la.

Mas, com o tempo, devido à tibieza ou à negligência de alguns, a Igreja teve de explicitar aos fiéis o dever da participação na Missa aos domingos. Na maior parte das vezes, fez isso sob a forma de exortação, mas, às vezes, também recorreu a disposições canônicas concretas.

O primeiro e o mais importante mandamento da Igreja determina que somos obrigados a participar da Santa Missa aos domingos e nas solenidades de preceito: “No domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis têm obrigação de participar na Missa” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2180). Cumprimos esse preceito se participarmos da Santa Missa celebrada em rito católico, no próprio dia festivo ou na tarde do dia anterior.

 

Pe. Fernando Gonçalves – Comissão Diocesana de Liturgia