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Artigos Falando da Vida

De Baby Boomers à Geração Z

Como serão as próximas gerações?

Existe uma forma interessante de classificar as pessoas de acordo com a época em que elas nasceram, cresceram e se tornaram adultas. Desde 1900 passou a ser um hábito muito utilizado em diversas áreas do conhecimento principalmente nas ciências sociais. A geração em que uma pessoa se desenvolveu, diz muito sobre quem ela é, pois, os fatos marcantes ocorridos naquele período, de certa forma, influenciaram sua formação. Os períodos que definem uma geração são contados geralmente de 20 a 30 anos e o nome de uma geração está relacionado com os fatos históricos ocorridos naquela época.

Baby boomers, por exemplo, que são os nascidos entre 1946 e 1964, está relacionado ao período em que houve muita natalidade de bebês, por isso ganhou esse nome. É uma geração que se dedicou muito ao trabalho e hoje a maioria são aposentados que formam a terceira idade. Logo em seguida, vem a geração X que são os nascidos de 1965 a 1981. Os nascidos nessa época, tiveram o privilégio de crescerem em melhores condições em termos de ofertas de produtos e tecnologias, portanto, são mais independentes e autossuficientes em comparação com os Baby boomers.

A geração Y ou millennials são os nascidos entre 1981 e 1996; aqui percebemos um maior nível de consciência e de valores em relação às outras gerações. Foi nessa época que o mundo despertou para os problemas globais. Valorizam mais a qualidade de vida do que bens materiais, embora apresentem mais insegurança e ansiedade em relação ao futuro. Entre 1997 e 2010, nasce a geração Z que assim como os millennials, desfrutam das possibilidades oferecidas pelas redes sociais com as suas vantagens e desvantagens. É a geração do home office, compras online, cursos e até relacionamentos online.

Como serão as próximas gerações? A expectativa é que as gerações Alpha, que são os nascidos a partir de 2010 e a geração Beta que começou em 2025, passem menos tempo nas telas de computadores. Vários países estão proibindo o uso de smartphones em sala de aula e os efeitos positivos, já podem ser observados. Espera-se uma melhora nas relações humanas e uma valorização das amizades reais em detrimento das conexões virtuais. Vale a pena relembrar um dos últimos ensinamentos do Papa Francisco que pregava: “Rezemos para que o uso das novas tecnologias não substitua as relações humanas, mas respeite a dignidade das pessoas”. Que as futuras gerações aprendam a cultivar relações verdadeiras baseadas na empatia, no respeito e no amor ao próximo. Só assim construiremos a paz.

 

Romildo R. Almeida

Psicólogo clínico

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Artigos Vocação e Seminário

A vocação e a Sagrada Escritura

A Semana Diocesana de Formação tem como temática neste ano a Palavra de Deus. Não tem melhor forma de tratar sobre vocação do que se inspirar nas páginas das Sagradas Escrituras e ver como Deus nunca cessou de chamar o ser humano para a sua vocação: a santidade, o caminho de estar em plena comunhão com o próprio Deus. Pelo nosso Batismo, somos convocados a assumir um modo de viver mais intimamente com Deus, configurando-se em alguém que assume a sua missão: não somos chamados para algum desfrute pessoal, mas é em vista de uma missão a ser realizada como resposta aquilo que Deus quer.

O chamado vocacional tem seu fundamento nos contextos do pensamento bíblico: nós lemos nas Escrituras que uma pessoa que se sente chamada na escolha divina a convocou para uma missão no plano da salvação. Em sua origem, a vocação está fundada, portanto, em uma eleição divina, que tem como finalidade em uma vontade a ser cumprida. A vocação impele o indivíduo a responder conscientemente a (re)significação de sua existência na resposta ao apelo contido no Coração de Deus.

Nos vocacionados do Antigo Testamento encontramos a iniciativa de Deus em chamar os eleitos para a formação de um povo e prepará-lo para a vinda do Messias. Conhecemos figuras vocacionais as pessoas de Abraão, Moisés, Amós e Isaías, por exemplo. Já no Novo Testamento, a iniciativa do chamado se centra na pessoa de Jesus. Na configuração vocacional de Jesus, Ele é aquele que chama e confia a missão ao chamado às pessoas, fazendo-as serem convidadas a segui-Lo no modo de viver e na missão a ser realizada.

Nas Escrituras, Jesus quer congregar um novo Povo de Deus – a Igreja – para herdar a realização definitiva das promessas feitas outrora e viver, já no mundo, as virtudes do Reino. O vocacionado de Jesus tem, pois, por missão de “ir pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15) e testemunhar esse amor de Deus por nós!

As Sagradas Escrituras possuem diversas outras figuras e personagens que assumiram plenamente a sua vocação. O caminho de estar em plena comunhão com o próprio Deus levá-los a ver nas pessoas bíblicas a nossa própria história de vida. Convidamos a todos a escrever as novas páginas na história da salvação com a nossa resposta ao chamado de Deus. Com certeza, será a mais bela iniciativa que podemos realizar.

 

Padre Edson Vitor

Coordenador SAV/PV

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Artigos Bíblia

O Documento Final do Sínodo deve ser acolhido como magistério pontifício

O Documento Final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, aprovado pelo Papa Francisco em 26 de outubro passado, “participa do Magistério ordinário do Sucessor de Pedro e, como tal, peço que seja acolhido”. O Papa, na Nota de acompanhamento do Documento, assinada no domingo, 24 de novembro, Solenidade de Cristo Rei do Universo, e divulgada na segunda-feira (25/11), reafirma, como disse na ocasião da aprovação, que o documento “não é estritamente normativo” e que “sua aplicação exigirá diversas mediações”. Porém, “isso não significa que não comprometa desde já as Igrejas a fazer escolhas coerentes com o que nele está indicado”. De fato, o documento em si “representa uma forma de exercício do ensinamento autêntico do Bispo de Roma, que traz traços de novidade”, mas corresponde ao que foi afirmado por Francisco em outubro de 2015 sobre a sinodalidade, que é “o quadro interpretativo adequado para compreender o ministério hierárquico”.

Comunhão, participação e missão

O Pontífice confirma que o caminho do Sínodo, iniciado por ele em outubro de 2021, no qual a Igreja, ouvindo o Espírito Santo, foi chamada a “ler sua própria experiência e identificar os passos a serem dados para viver a comunhão, realizar a participação e promover a missão que Jesus Cristo lhe confiou”, prossegue nas Igrejas locais, aproveitando-se precisamente do Documento Final. Um texto que foi “votado e aprovado pela Assembleia em todas as suas partes”, e que também o Papa Francisco aprovou e, ao assiná-lo, ordenou sua publicação, “unindo-me ao ‘nós’ da Assembleia”.

Os temas confiados aos dez grupos de estudo

Recordando o que foi declarado em 26 de outubro, o Papa reitera que “é necessário tempo para chegar a escolhas que envolvam toda a Igreja”, e que “isso vale especialmente para os temas confiados aos dez grupos de estudo, aos quais outros poderão ser acrescentados, tendo em vista as decisões necessárias”. E enfatiza novamente, citando o que escreveu na Exortação pós-sinodal Amoris laetitia, que “nem todas as discussões doutrinárias, morais ou pastorais precisam ser resolvidas com intervenções do magistério”. Assim como “em cada país ou região, podem ser buscadas soluções mais inculturadas, atentas às tradições e aos desafios locais”.

As indicações que já podem ser acolhidas nas Igrejas locais

Francisco acrescenta que o Documento Final contém indicações que “já podem ser acolhidas agora nas Igrejas locais e nos agrupamentos de Igrejas, levando em conta os diferentes contextos, o que já foi feito e o que ainda resta a fazer para aprender e desenvolver cada vez melhor o estilo próprio da Igreja sinodal missionária”. A partir de agora, escreve o Pontífice, “na relação prevista para a visita ad limina, cada bispo cuidará de relatar quais escolhas foram feitas na Igreja local a ele confiada em relação ao que é indicado no Documento Final, quais dificuldades foram encontradas, e quais foram os frutos”.

As palavras compartilhadas devem ser acompanhadas por ações

A tarefa de acompanhar esta “fase de implementação” do caminho sinodal, conclui o Papa Francisco, é confiada à Secretaria Geral do Sínodo junto com os Dicastérios da Cúria Romana. E ele reafirma ainda, como disse em 26 de outubro, que o caminho sinodal da Igreja Católica “precisa que as palavras compartilhadas sejam acompanhadas por ações”. O Espírito Santo, dom do Ressuscitado, é sua oração final: “sustente e oriente toda a Igreja neste caminho”.

Encontro de Dom Edmilson com os membros das paróquias e comunidades da  Diocese

Entre os dias 26 e 30 de maio nosso Bispo, Dom Edmilson Amador Caetano esteve reunido com os membros de comunidades e CPP’s das paróquias de todas as Foranias da Diocese, para explanar um pouco sobre a implantação do Sínodo dos Bispos em nossa Diocese e realização de algumas questões a serem tratadas em cada comunidade/paróquias e suas realidades.
Confira as questões a serem tratadas pelas paróquias na íntegra:
1.  Quais os itinerários de Iniciação Cristã (e formação permanente na fé) temos em nossa comunidade, além da catequese para a recepção dos Sacramentos? Em qual deles está a minha experiência pessoal?
2.   Quais elementos da espiritualidade sinodal estão presentes em nossa comunidade quais estão deficientes ou ausentes?
3.   O que temos em nossas comunidades que nos faz estar juntos e decidir juntos a vivência da missão da Igreja?
4.   O que falta em nossas comunidades que nos faz estar juntos e decidir juntos a vivência da missão da Igreja?
5.  Evangelizar é a missão essencial da Igreja. Evangelizar “todos, todos, todos”. De quem desses “todos” não estamos tão próximos?
6.   O que temos em nossas comunidades que nos faz estar próximos dos mais pobres e dos excluídos na obra da evangelização?
7.  O que não temos em nossas comunidades que estão impedindo de estar mais próximos dos pobres e excluídos na obra da evangelização?
Confira o Documento Final na íntegra:
diocesedeguarulhos.org.br/subsidios-diocesanos/
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Artigos CNBB Vida Presbiteral

Papa Leão XIV concede bênção e impõe Pálio a 54 arcebispos; entre eles cinco brasileiros

“Serei sempre fiel e obediente ao Bem-aventurado Apóstolo Pedro, à Santa e Apostólica Igreja de Roma, a ti, Sumo Pontífice, e a teus legítimos sucessores. Assim me ajude Deus Onipotente”.

Este foi o juramento feito no domingo, 29 de junho, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, pelos arcebispos metropolitanos nomeados ao longo do último ano, aos quais o papa Leão XIV concedeu a bênção e impôs o pálio.

Ao todo, 54 arcebispos receberam o paramento litúrgico que simboliza a comunhão com a Igreja de Roma, entre eles cinco brasileiros: dom Ângelo Ademir Mezzari, r.c.i., arcebispo de Vitória (ES); dom Odelir José Magri, m.c.c.j., arcebispo de Chapecó (SC); dom Francisco Carlos Bach, arcebispo de Joinville (SC); dom Vítor Agnaldo de Menezes, arcebispo de Vitória da Conquista (BA); e dom Antônio Emídio Vilar, s.d.b., arcebispo de São José do Rio Preto (SP).

O arcebispo dom Antônio Emílio Vilar foi recebido nos estúdios da Rádio Vaticano para falar sobre a entrega do palio e o crescimento da arquidiocese de São José do Rio Preto. Na ocasião, dom Vilar destacou que “é muito bonito receber o Pálio neste domingo, e também nesse momento novo, como arquidiocese de São José do Rio Preto, em que toda a nossa Igreja do Brasil também está colhendo os frutos desse crescimento, da evangelização e também da estruturação das nossas dioceses e arquidioceses”.

Origem

O pálio — do latim pallium, manto de lã — é uma veste litúrgica da Igreja Católica, composta por uma faixa de lã branca colocada sobre os ombros dos arcebispos. Simboliza a ovelha que o pastor carrega nos ombros, representando a missão pastoral do bispo. É também sinal da jurisdição dos arcebispos metropolitanos em comunhão com a Santa Sé.

O pálio tem origem no manto usado por filósofos e aparece na arte paleocristã vestindo Jesus e os apóstolos. Foi adotado pela Igreja com função semelhante ao omoforion das tradições orientais. Inicialmente, era uma tira de pano enrolada nos ombros, usada por todos os bispos, como mostram ícones de santos como Santo Ambrósio e São João Crisóstomo. O primeiro registro de sua concessão formal é de 513, quando o Papa Simmaco o entregou a São Cesário de Arles. No século IX, ganhou o formato atual de “Y”, passando a ser exclusivo dos arcebispos metropolitanos. Em ocasiões especiais, como no Jubileu de 2000, o Papa João Paulo II utilizou um modelo semelhante ao antigo omoforion.

Confecção

Dois cordeiros, criados pelos monges trapistas da Abadia de Tre Fontane, fornecem a lã. Eles são abençoados em 21 de janeiro, festa de Santa Inês, e levados ao Papa. As freiras do convento de Santa Cecília, em Trastevere, tecem e costuram os pálios, que ficam guardados na Basílica de São Pedro, junto ao túmulo do apóstolo.

Como é o Pálio

O pálio atual é uma faixa de lã branca, com cerca de 5 cm de largura, curvada para os ombros, com duas abas pretas pendentes na frente e nas costas, formando um “Y”. Possui seis cruzes negras (lembrando as chagas de Cristo) e três alfinetes que remetem ao antigo modo de fixá-lo. No pontificado de Bento XVI, Piero Marini restaurou o uso de um modelo mais longo, inspirado no formato antigo. Contudo, desde 2008, o Papa voltou a usar um pálio em “Y”, semelhante ao dos arcebispos, mas maior e com cruzes vermelhas, destacando a jurisdição singular do Bispo de Roma.

 

Fonte: CNBB.org.br

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Artigos Liturgia

Censo 2022 do IBGE: Em Guarulhos, 43% são católicos e 30% são evangélicos

Divulgado nesta sexta-feira (6), o Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que a Igreja Católica Apostólica Romana segue com o maior número de adeptos em Guarulhos com 43,37%, e 30,08% se declararam evangélicos. A pesquisa destaca o resultado entre os 1.123.377 moradores da cidade acima de 10 anos.

O Censo 2022 destaca os dados sobre os moradores de Guarulhos que são adeptos de alguma outra fé ou de nenhuma: 27.804 (2,48%) disseram ser espíritas, 21.223 (1,89%) se declararam da Umbanda ou Candomblé. Outros 172.421 (15,35%) afirmaram não ter religião, 73.893 (6,58%) eram adeptos de outras religiosidades, 493 (0,04%) acreditavam em tradições indígenas, 551 (0,05%) afirmaram não saber a religião e 1.944 (0,17%) não declararam.

Novo recorte do Censo aponta mudança

Os católicos eram 52,84% da população da cidade no Censo 2010 e agora são 43,37%. Já os evangélicos, eram 28,35% dos guarulhenses e agora são 30,08%.

No Brasil

No Brasil, o Censo apontou que 56,7% da população brasileira se declarou católica e 26,9% afirmou ser evangélica. O catolicismo continua sendo a religião com maior número de fiéis no país, mas atingiu o menor percentual desde 1872, quando era a preferida de 99,7% dos brasileiros. Já o número de evangélicos é o maior já registrado pelo IBGE, mas o ritmo de crescimento está diminuindo em relação aos Censos anteriores.

Pessoas sem religião são 9,3% dos brasileiros; maioria são homens

O Censo 2022 mostrou que a população que se declara sem religião continua aumentando, passando de 7,9% em 2010, para 9,3% em 2022, chegando a 16,4 milhões neste último Censo. A maioria são homens, que representam 56,2% ou 9,2 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade.

A Região Sudeste, com 10,6% de sua população declarada como sem religião, foi a única com proporção acima da média do país, representando 7,9 milhões de pessoas. A menor proporção estava na Região Sul, 7,1%.

Entre as unidades da federação, as maiores proporções de pessoas sem religião estavam em Roraima e Rio de Janeiro (ambas com 16,9%); as menores estavam no Piauí (4,3%), Ceará (5,3%) e Minas Gerais (5,7%).

Fonte: IBGE e Jornal Click Guarulhos
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Artigos Enfoque Pastoral

Aspergido pelo Preciosíssimo Sangue de Jesus (conf. 1Pd 1,2-4)

O mês de julho é dedicado à devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos pecados. Como nos recorda o Papa Francisco, “o Sangue de Cristo é a prova do amor infinito de Deus por cada um de nós, um amor que se dá por completo para nos salvar.” São Pedro nos ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe 1,2). Roguemos ao Senhor para que, neste mês de julho, sejamos animados e restaurados na comunhão com Ele pelo seu preciosíssimo Sangue.

Em foco pastoral neste mês está a Semana Diocesana de Pastoral, que ocorrerá no fim de julho com o tema: “A Palavra de Deus na vida e missão da Igreja“. Será um momento formativo e oracional para toda a nossa Igreja diocesana. O Papa Francisco sempre nos exortava a ter a Palavra de Deus como “a bússola que nos orienta no caminho da fé”. A Palavra de Deus é o alicerce sobre o qual a Igreja se edifica e a força que impulsiona sua missão no mundo. Ela não é apenas um conjunto de textos antigos, mas a voz viva de Deus que ressoa em cada tempo e lugar, iluminando os caminhos da fé e guiando os passos dos fiéis. Na vida da Igreja, a Palavra é alimento para a alma, fonte de discernimento para as decisões pastorais e inspiração para a oração e a liturgia. Na sua missão, ela se torna o principal instrumento de evangelização, as sementes que, lançadas em terreno fértil, germinam e transformam corações, anunciando a Boa Nova da salvação e convidando todos à comunhão com Cristo e com a comunidade eclesial.

Também teremos neste mês a Semana Missionária, promovida pelo seminário diocesano, que ocorrerá de 21 a 26 de julho na Paróquia Santo Antônio do Gopouva. Os seminaristas da Teologia, Filosofia e do Propedêutico estarão visitando as casas da paróquia, fazendo o anúncio da Boa Nova e, ao mesmo tempo, contribuindo com sua formação por meio de uma forte experiência missionária.

Em julho, nossos padres farão seu retiro anual. Que este tempo seja favorável para o abastecimento da graça na vida dos nossos sacerdotes. O Papa Francisco disse que “o sacerdote é um homem que se doa, que se consome pelo povo de Deus”. E São João Paulo II disse: “O sacerdote é, antes de tudo, um servidor, um servidor de Jesus Cristo no Evangelho e na Eucaristia”. Peço ao povo de Deus que reze por nós para que sejamos banhados e santificados no Preciosíssimo Sangue de Jesus.

Roguemos à Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, para que, inspirados nela, confiemos no Senhor e na sua providência.

Coragem!

Pe. Marcelo Dias Soares 

Coordenador Diocesano de Pastoral 

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Artigos Voz do Pastor

Ano Santo Jubilar e as Indulgências

Ao falar aqui de maneira simples sobre as Indulgências, espero não estar “pecando” através da linguagem.

Quando pecamos, ferimos a nossa existência. Quanto mais pecamos, a nossa existência vai se amoldando às consequências do pecado em nós. Com o passar do tempo, nódoas profundas, como uma sujeira impregnante, vão se acumulando como a sujeira numa piscina: por cima tudo pode estar limpo, mas no fundo está a sujeira.

O Sacramento da Penitência, sim, perdoa os nossos pecados. O Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo nos remiu de todo pecado. No entanto, as chamadas penas temporais (consequências) continuam aí. Faz-se necessário uma profunda conversão em toda a nossa existência para que as manchas sejam retiradas. Precisamos de purificação. Caso não tenhamos em nossa existência terrena esta purificação, o amor de Deus, por quem fizemos opção fundamental, irá nos purificar após a nossa peregrinação terrena. É o que a Igreja ensina sobre o Purgatório. Quem “está” no Purgatório não está condenado, está salvo, mas necessita desta atenção amorosa de Deus.

As Indulgências que a Igreja ordinariamente nos oferece, em certas ocasiões, nos ajudam na libertação destas penas temporais do pecado em nós. As Indulgências especiais concedidas no Ano Santo Jubilar, como este que estamos celebrando, são uma grande oportunidade de purificação para todos nós. Com as Indulgências “a Igreja, esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado.”  (Papa Francisco, Misericordiae Vultus 22). Podemos assim experimentar a ilimitada misericórdia de Deus. Atenção: não só para conosco, mas em algumas circunstâncias, para as almas do Purgatório, em virtude da fé que professamos “creio na comunhão dos santos”. A Igreja peregrina está em comunhão, não somente com a “Igreja celeste”, mas também, como se dizia, com a “Igreja padecente”.

A Penitenciaria Apostólica ao falar sobre a concessão das Indulgências para este Jubileu declara: “Durante o Jubileu Ordinário de 2025, permanecem em vigor todas as outras concessões de Indulgência. Todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, excluindo qualquer apego ao pecado, que forem movidos por um espírito de caridade e que, no decurso do Ano Santo, purificados pelo Sacramento da Penitência e revigorados pela Sagrada Comunhão, rezarem segundo as intenções do Sumo Pontífice, estes poderão obter, do tesouro da Igreja, pleníssima Indulgência, remissão e perdão dos seus pecados, que se pode aplicar às almas do Purgatório sob forma de sufrágio.

Estejamos atentos: não se trata de fazer simplesmente as coisas exteriores prescritas: peregrinações e visitas pessoais aos lugares sagrados do Jubileu, realizar as obras de misericórdia e penitência, participar de missões populares, encontros de formação sobre o Concílio Vaticano II, visita aos doentes e idosos, redescobrir o valor penitencial das sextas-feiras etc. etc. Primeiramente é preciso sentir em nós a dor do pecado. Depois ter um verdadeiro arrependimento. Em seguida, buscar o Sacramento da Penitência (sem o qual não se pode lucrar as Indulgências). Realizar os modos de lucrar as Indulgências com todo sentimento de desapego ao pecado.

Assim sendo, o sermos Peregrinos de Esperança, vai transformando o nosso ser à medida em que espelhamos em nós a vida nova que nos vem do Cristo.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist.

Bispo diocesano

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Artigos Editorial

Conhecer a riqueza das propostas da Igreja para viver em comunhão, participação e missão.

Caríssimos irmãos e irmãs, ouvintes e proclamadores da Palavra de Deus!

Depois de um longo semestre com tantas atividades previstas e imprevistas, por misericórdia divina chegamos ao segundo semestre do ano da graça do Senhor de 2025. Nesta edição o tema central é a importância da Palavra de Deus, ontem, hoje e sempre na vida do cristão e da Igreja. Diz a exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini: “Na história da Igreja, não faltam recomendações dos Santos sobre a necessidade de conhecer a Escritura para crescer no amor de Cristo. Trata-se de um dado particularmente evidente nos Padres da Igreja.  São Jerônimo, grande “enamorado” da Palavra de Deus, interrogava-se: “Como seria possível viver sem o conhecimento das Escrituras, se é por elas que se aprende a conhecer o próprio Cristo, que é a vida dos crentes?” (VD, n. 72).

A semana diocesana de formação realizada nas Foranias, propõe o aprofundamento do conhecimento sobre a Sagrada Escritura, além de promover o encontro de irmãos e irmãs das diversas paróquias e área pastoral para a partilhar ideias; recordar histórias de vida pessoal e comunitária, portanto, trata-se de uma enorme riqueza da Diocese de Guarulhos. Por falar em riqueza, confira também nesta edição o artigo de Dom Edmilson que esclarece sobre a questão das indulgências neste tempo jubilar, vale a pena buscar compreender melhor para bem viver a proposta da Igreja.

Outra riqueza alimentada de geração em geração na Igreja é a utilização dos sinais e ritos para manter a unidade universal da Igreja Católica Apostólica Romana, como a criação de arquidioceses e nomeação de arcebispos que recebem das mãos do Santo Padre, a imposição do pálio sinal de serviço ao Povo de Deus. De novo repito, é necessário conhecer os ritos para melhor colaborar com a proposta da Igreja.

Muitas vezes em cursos que administro sobre o Magistério da Igreja, percebo que os fiéis desconhecem as riquezas dos ritos e sinais da Igreja. Por isso convido você a se questionar: Eu de fato conheço a Igreja que pertenço? Dependendo da resposta aproveite o artigo deste mês e se atualize pelo menos sobre a cerimoniaria de entrega do Palio realizada no último dia 29 de junho na Basílica de São Pedro.

Por falar em atualização, saiba que iniciamos o período de Implantação do Sínodo dos Bispos nas Dioceses, aqui em Guarulhos, Dom Edmilson reuniu os membros do Conselho Pastoral Paroquial (C.P.P) de todas as paróquias e área pastorais das Foranias para apresentar o documento final do Sínodo e iniciar o processo de Implantação através de questões a serem refletidas sob a ação do Espírito Santo em cada paróquia, que somadas as reflexões de tantas outras, servirão como instrumento de trabalho para a Comissão Diocesana de Implantação do Sínodo.

É importante lembrar que o Papa Francisco morreu, porém o Sínodo continua vivo e deve ser eficaz, pois não é uma proposta do Papa, mas inspiração divina convocada pelo Papa Francisco. Procure se atualizar sobre esta etapa tão importante para toda a Igreja no presente e no futuro. Essa atualização deve levar em consideração também o resultado do último Censo de 2022 que ressalta a diminuição do número de fiéis católicos na cidade de Guarulhos.

O resultado de uma pesquisa que não deve nos assustar, mas serve como um convite à reflexão sobre a diferença entre a quantidade e qualidade dos cristãos católicos. Será que houve de fato um avanço dos evangélicos? Será que a Igreja Católica está de fato perdendo fiéis ou estes nunca foram de fato católicos? Creio que algumas respostas surgem da compreensão sobre as mudanças em cada geração de Baby boomers à geração Z ao longo da história, porém não podemos ser indiferentes como Igreja Católica.

Ufa…quantos questionamentos e oportunidade de reflexão em uma só edição. Desejo a todos uma excelente leitura e não esqueça de compartilhar o conteúdo com familiares, amigos e seguidores de sua rede de convívio social seja digital ou presencial. Fique com o pensamento de Santo Agostinho: “A tua oração é a tua palavra dirigida a Deus. Quando lês, é Deus que te fala; quando rezas, és tu que falas a Deus” e participe ativamente da Semana Diocesana de Formação para promover a comunhão, alimentar a participação e fortalecer a missão conforme a vocação de cada cristão.

Padre Marcos Vinicius Clementino
Jornalista e Diretor Geral
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Artigos Falando da Vida

Falando sobre as bonecas ‘Reborn’

Pensando bem, os verdadeiros Bonecos somos nós.

É difícil abrir qualquer página na Internet que não tenha algum conteúdo sobre bebês reborn. As discussões envolvendo as bonecas hiper-realistas, têm gerado manifestações contra e a favor e motivou até a elaboração de novo projeto de lei que prevê multa de até 20 salários mínimos para quem tentar obter qualquer tipo de benefício, como atendimento preferencial, utilizando bebês reborn. Todavia, as postagens envolvendo essas bonecas, são duvidosas, a maioria delas, não passam de fake news e tem mais a ver com encenações produzidas por pessoas que buscam visualizações nas redes sociais, do que qualquer outra coisa.

A utilização de bonecos simbólicos é um recurso muito usado na Psicologia com o intuito de ajudar pessoas que passam por situações de luto. Eles fornecem suporte emocional, principalmente às mulheres, ajudando-as a elaborar sofrimento relativo à maternidade. Mas por trás dos excessos e fantasias envolvendo essa questão, há uma realidade que precisa ser discutida, ou seja, existe um mercado que está obtendo altos lucros à custa da dor emocional de pessoas, especialmente das mulheres.

Por outro lado, é interessante observar a postura agressiva e até violenta exercida por parte da sociedade, contra mulheres que exibem essa prática, enquanto que, comportamento similar por parte dos homens, são tolerados. Muitos homens são aficionados por objetos que representam suas fixações infantis como figurinhas, camisas de clubes de futebol, troféus e não são ridicularizados por isso. Não há como não ver nessa diferença de tratamento, um viés machista fruto de um patriarcado ainda vigente na nossa sociedade.

É impressionante a velocidade com que os algoritmos da Internet geram informações a partir de notícias falsas ou verdadeiras e determinam tendências na sociedade. Esses algoritmos alimentados por Inteligência Artificial, analisam grandes volumes de dados em tempo real identificando padrões de comportamento e preferências dos usuários como eu e você. Cada visualização ou encaminhamento de uma mensagem alimenta o algoritmo que vai viralizar aquela informação criando fenômenos como o das bonecas reborn.

O problema é que, enquanto disseminamos preconceito nas redes e políticos legislam sobre bonecas, a “boiada” vai passando, como a atual PL do licenciamento ambiental, recentemente aprovada. Sob o pretexto de desburocratizar as grandes obras e levar progresso para algumas regiões, o congresso, na prática, está autorizando o desmatamento, destruição de biomas e florestas. Isto coloca em risco o nosso futuro, sobretudo, quando o planeta passa por mudanças climáticas e aquecimento global. Essa discussão não é sobre direita ou esquerda, pois natureza, não tem partido. Fica a pergunta: Quem são os verdadeiros bonecos nessa história? Sem dúvida, somos nós.

 

Romildo R. Almeida

Psicólogo clínico

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Artigos Vida Presbiteral

O Novo Papa – Robert Francis Prevost

HABEMUS PAPAM!  (Temos um Papa!)

A corrida de Pedro

Uma bela palavra é usada para indicar o objeto que os atletas passam de mão em mão durante a corrida de revezamento: o bastão. E é uma bela imagem, o revezamento, para dizer o que é a Igreja. Uma corrida de revezamento que se desenrola, desenrolando-se, há vinte séculos, ao longo de todas as estradas do mundo. Uma história de amizade contagiante. Um contágio feito de encontros e, de fato, de testemunhos.

Como uma pedra que, caindo na água, causa uma série infinita de ondas que se sucedem e se alargam continuamente, assim a Páscoa do Senhor Ressuscitado e suas aparições aos seus amigos, os apóstolos (“enviados”), é como o Big Bang que recriou o mundo, determinando este movimento ondulatório que, por dois milênios, envolveu nosso mundo humano, “até os confins da terra” (Atos 1:8).

Renda-se Àquele que guia a Igreja

A diocese de Roma tem seu Bispo, a Igreja universal tem seu pastor. Com uma rapidez que pode surpreender apenas aqueles acostumados a ler os eventos eclesiais com a lente da política, o conclave designou o Sucessor de Pedro. Obrigado, Santo Padre, por ter aceitado. Obrigado por ter dito “sim” e por ter se rendido Àquele que guia a Igreja.

“A paz esteja com todos vocês!… Gostaria que esta saudação de paz entrasse em seus corações, chegasse às suas famílias, a todas as pessoas, onde quer que estejam, a todos os povos, a toda a terra… Deus nos ama, Deus ama a todos vocês, e o mal não prevalecerá! Estamos todos nas mãos de Deus.

Portanto, sem medo, unidos de mãos dadas com Deus e entre nós, sigamos em frente.”

 

Primeiras palavras de Prevost em sua apresentação

O Novo Papa – Robert Francis Prevost

O primeiro Papa agostiniano, ele é o segundo Pontífice americano depois de Francisco; mas, ao contrário de Bergoglio, o americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, nasceu no norte do continente. Ele foi então pároco no sul do mesmo, antes de ser chamado por seu Predecessor a Roma como prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina. Afinal, ele passou quase trinta anos como missionário no Peru, oito e meio dos quais como bispo.

O novo Pontífice escolheu o nome de Leão XIV, mais de um século depois do Papa Pecci, lembrado pela encíclica Rerum novarum, pedra angular da doutrina social da Igreja.

Ele nasceu em 14 de setembro de 1955 em Chicago, Illinois, filho de Louis Marius Prevost, de origem francesa e italiana, e Mildred Martínez, de origem espanhola. Ele tem dois irmãos, Louis Martín e John Joseph. Passou a infância e a adolescência nos Estados Unidos, estudando primeiro no seminário menor dos Padres Agostinianos e depois na Universidade Villanova, na Pensilvânia, onde, em 1977, obteve o diploma em Matemática e estudou Filosofia. Em 1º de setembro do mesmo ano, em Saint Louis, ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho (OSA), na província de Nossa Senhora do Bom Conselho de Chicago, e emitiu sua primeira profissão em 2 de setembro de 1978. Em 29 de agosto de 1981, pronunciou seus votos solenes.

Recebeu sua educação na União Teológica Católica de Chicago, graduando-se em Teologia. E, aos 27 anos, foi enviado por seus superiores a Roma para estudar Direito Canônico na Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino – Angelicum. Em Roma, foi ordenado sacerdote em 19 de junho de 1982, no Colégio Agostiniano de Santa Mônica, por Monsenhor Jean Jadot, pró-presidente do Pontifício Conselho para os Não Cristãos, atual Dicastério para o Diálogo Inter-religioso.

Prevost obteve sua licenciatura em 1984 e, no ano seguinte, enquanto preparava sua tese de doutorado, foi enviado à missão agostiniana de Chulucanas, em Piura, Peru (1985-1986). Foi em 1987 que ele discutiu sua tese de doutorado sobre “O papel do prior local da Ordem de Santo Agostinho” e foi nomeado diretor de vocações e missões da Província Agostiniana Madre do Bom Conselho em Olympia Fields, Illinois.

No ano seguinte, chegou à missão de Trujillo, sempre no Peru, como diretor do projeto de formação comum dos aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Ao longo de onze anos, ocupou os cargos de prior da comunidade (1988-1992), diretor da formação (1988-1998) e professor dos agostinianos professos (1992-1998) e, na arquidiocese de Trujillo, de vigário judicial (1989-1998) e professor de Direito Canônico, Patrística e Moral no Seminário Maior de San Carlos e San Marcelo. Ao mesmo tempo, foi-lhe confiado o cuidado pastoral de Nossa Senhora Mãe da Igreja, posteriormente erigida como paróquia com o título de Santa Rita (1988-1999), na periferia pobre da cidade, e foi administrador paroquial de Nossa Senhora de Monserrat de 1992 a 1999.

Em 1999, foi eleito prior provincial da Província Agostiniana de Madre do Bom Conselho (Chicago) e, dois anos e meio depois, no capítulo geral ordinário da Ordem de Santo Agostinho, seus irmãos o escolheram como Prior Geral, confirmando-o em 2007 para um segundo mandato. Nesse mesmo ano, recebeu Bento XVI em uma visita ao Túmulo de Santo Agostinho em Pavia.

Em 28 de agosto de 2013, recebeu o Papa Francisco na Basílica Romana de Santo Agostinho, em Campo Marzio, na conclusão de seu mandato como superior da ordem. Em outubro de 2013, Prevost retornou à sua Província Agostiniana em Chicago e foi diretor de Formação no Convento de Santo Agostinho, primeiro conselheiro e vigário provincial; cargos que ocupou até que o Papa Francisco o nomeou, em 3 de novembro de 2014, bispo titular de Sufar e administrador apostólico da diocese peruana de Chiclayo. Em 7 de novembro, ingressou na diocese, na presença do núncio apostólico James Patrick Green, que o ordenou bispo pouco mais de um mês depois, em 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, na Catedral de Santa Maria.

Seu lema episcopal é In Illo uno unum, palavras que Santo Agostinho pronunciou em um sermão, a Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que “embora nós, cristãos, sejamos muitos, em um só Cristo somos um”.

Em 26 de setembro de 2015, o Pontífice argentino o transferiu para a sede residencial de Chiclayo e, em março de 2018, foi eleito segundo vice-presidente da Conferência Episcopal do Peru, na qual também é membro do Conselho Econômico e presidente da Comissão para a Cultura e Educação.

Em 2019, Francisco o nomeou entre os membros da Congregação para o Clero e, no ano seguinte, entre os da Congregação para os Bispos. No mesmo ano de 2020, em 15 de abril, chegou também a nomeação pontifícia como administrador apostólico da diocese peruana de Callao.

Em 30 de janeiro de 2023, o Papa o chamou a Roma como prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, promovendo-o arcebispo. E no Consistório de 30 de setembro do mesmo ano, criou-o e publicou-o cardeal, designando-lhe a diaconia de Santa Mônica. Na ocasião, Prevost dirigiu suas saudações a Francisco como o primeiro dos novos cardeais. Tomou posse do diaconato em 28 de janeiro de 2024 e, como chefe do dicastério, participou das últimas viagens apostólicas do Papa Francisco e da primeira e segunda sessões da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre Sinodalidade, realizadas em Roma de 4 a 29 de outubro de 2023 e de 2 a 27 de outubro de 2024, respectivamente. Uma experiência adquirida nas assembleias sinodais no passado como Prior dos Agostinianos e representante da União dos Superiores Gerais (USG).

Enquanto isso, em 4 de outubro de 2023, Francisco o incluiu entre os membros dos Dicastérios para a Evangelização, Seção para a Primeira Evangelização e as Novas Igrejas Particulares; para a Doutrina da Fé; para as Igrejas Orientais; para o Clero; para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica; para a Cultura e Educação; para Textos Legislativos; da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano.

Em 6 de fevereiro deste ano, finalmente, pelo Pontífice argentino, foi promovido à ordem dos cardeais-bispos, obtendo o Título da Igreja Suburbicariana de Albano.

 

Fonte: Diário Romano – Vatican News