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“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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"A Esperança não decepciona" (Rm 5,5)

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Artigos Falando da Vida

Gratidão e Ciência

Por que é importante cultivar a gratidão?

É normal ouvir falar sobre gratidão nos ambientes religiosos, pois ela tem tudo a ver com os princípios que norteiam a maioria das religiões. A gratidão é vista como uma forma de agradecer as coisas boas da vida, as bênçãos e reconhecer a bondade presente nas outras pessoas. Ela é um ponto central no Cristianismo e aparece muito no Judaísmo, Islamismo, Hinduísmo, Espiritismo e principalmente, no Budismo. Em todas essas crenças, ser grato é algo ativo, que se manifesta em orações, rituais e ajuda ao próximo.

Todavia o tema gratidão tem recebido cada vez mais atenção da ciência, sobretudo na Psicologia, devido aos seus inúmeros benefícios para o bem-estar físico e mental. A partir da perspectiva psicológica, a gratidão é vista como um sentimento que envolve o reconhecimento e apreciação pelo que sentimos, através de experiências internas ou externas. Estudos mostram que pessoas que praticam a gratidão regularmente tendem a experimentar níveis mais elevados de felicidade, menor incidência de depressão, além de uma maior resiliência diante de adversidades.

Do ponto de vista neurocientífico, a prática da gratidão ativa áreas do cérebro relacionadas à dopamina e à serotonina, neurotransmissores ligados ao sentimento de prazer e bem-estar. Essa resposta neuroquímica reforça o impacto positivo dessa emoção no cérebro, criando um ciclo de reciprocidade emocional. Por fim, a psicologia aponta que desenvolver a gratidão não é apenas uma atitude momentânea, mas uma habilidade que pode reconfigurar o cérebro e gerar um padrão positivo de saúde mental.

Existe uma área da Psicologia, chamada de Psicologia Positiva, que se concentra no estudo do bem-estar humano e segundo essa abordagem, cultivar a gratidão ajuda a mudar o foco da mente, saindo do modelo tradicional de remediação de problemas, para o modelo positivo que busca as condições que nos fazem efetivamente felizes. Técnicas como registros diários de gratidão, onde a pessoa escreve coisas pelas quais é grata, têm se mostrado eficazes na promoção de emoções positivas e na redução do estresse.

Para concluir, aqui vai uma prática simples que ajuda a cultivar gratidão reconfigurando o cérebro para um modelo positivo: Faça uma retrospectiva de sua vida no decorrer deste ano e enumere todos os acontecimentos pelos quais você é grato. Avalie o processo mais que o resultado, reconheça o quanto você se empenhou em cada tarefa e deixe emergir dentro de si, um sentimento puro de gratidão. Eu, por exemplo, sou grato por todos os artigos que escrevi nessa revista no decorrer do ano e por todos os leitores que, através dessa coluna, se conectaram comigo formando um ciclo maravilhoso de dar e receber.

Romildo R. Almeida

Psicólogo clínico

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Artigos CNBB Liturgia

Declaração Final – COP 30

Conversão ecológica, resistência às falsas soluções e compromisso com a justiça socioambiental
“Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão saciados”. Mt5.6

Reunidos em Belo Horizonte, Minas Gerais, no Colégio Marista Dom Silvério, entre os dias 25 e 27 de julho de 2025, representantes dos Regionais Leste 1, Leste 2, Leste 3 e Sul 1 da CNBB, abrangendo os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, assumimos coletivamente o chamado à conversão ecológica, à resistência às falsas soluções climáticas e à construção de um compromisso profético em preparação à COP 30, que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém do Pará.

Diante do colapso climático global, que atinge de forma mais dura os pobres e territórios vulnerabilizados, reconhecemos o fracasso das últimas Conferências do Clima em oferecer soluções concretas. O aquecimento global já ultrapassa 1,5°C, e os acordos internacionais, dominados por interesses econômicos, são insuficientes diante de uma crise sistêmica que ameaça toda a vida. Vivemos um mundo atravessado por múltiplas crises, com guerras e violências, cujo ápice se revela no genocídio em Gaza, expressão extrema de nossa crise civilizatória.

Em nossa região Sudeste do Brasil, o modelo econômico agrava a degradação dos biomas, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, manguezais e zonas costeiras, através do avanço urbano-industrial, da mineração, do agronegócio, da exploração do gás e do petróleo, do uso indiscriminado do agrotóxico e da especulação imobiliária. A contaminação das águas, a perda da biodiversidade, a expulsão de comunidades e a periferização tornam visível a injustiça ambiental e social.

A partir de duas mesas de painéis, uma sobre a Crise Climática e a Justiça Socioambiental e outra sobre a Ruptura com o Modelo Econômico Predatório e Falsas Soluções, nos organizamos em 5 grupos de trabalho para aprofundar cinco eixos da nossa Pré-COP: 1 – Soberania dos Povos, Direitos Territoriais e Justiça Socioambiental; 2 – Justiça Climática e Reparação Histórica; 3 – Ruptura com o Modelo Econômico Predatório, Não à Economia Verde; 4 – Descarbonização e Falsas Soluções; 5 – Centralidade da Vida, Dignidade Humana e Direitos da Terra.

Os grupos convergiram na compreensão de que a crise climática está profundamente ligada, ao sistema capitalista, à injustiça social, ao racismo ambiental e ao extrativismo predatório. Criticaram a chamada economia verde, a mercantilização da natureza e as falsas soluções tecnológicas. Propuseram, em contrapartida, uma ruptura com o modelo econômico vigente e a construção de uma nova economia baseada na justiça socioambiental, na agroecologia e nos saberes ancestrais. Reivindicaram a soberania alimentar e energética, bem como políticas públicas construídas a partir das comunidades e a responsabilização dos grandes poluidores. Destacaram também a necessidade de coerência institucional, incluindo uma atuação profética da Igreja, que deve assumir papel ativo, educativo e articulador nas lutas por direitos, territórios e dignidade.

Denunciaram as falsas soluções, como os mercados de carbono, os megaprojetos de energia e a expansão da mineração, que aprofundam desigualdades e ameaçam territórios sem enfrentar as causas estruturais da crise. A crise climática é inseparável da injustiça social, do racismo ambiental e do extrativismo. Seus impactos recaem sobre os povos indígenas, quilombolas, comunidades periféricas, camponesas, ribeirinhas e tradicionais. É urgente responsabilizar juridicamente os grandes emissores, corporações e governos, e exigir que os compromissos assumidos nas COPs tenham força legal e sanções reais.

Nós bispos, padres, diáconos, religiosos e religiosas, leigas e leigos, presentes nesta Pré-COP, reafirmamos, com esperança, a ecologia integral como eixo da nossa missão evangelizadora, tendo como referências centrais a encíclica Laudato Si’ e a exortação Laudate Deum. Anunciamos a conversão ecológica como caminho de fé e espiritualidade para um mundo novo. Caminho de irmandade universal entre toda criação, como nos convida Francisco de Assis, no Cântico das Criaturas. Propomo-nos a fortalecer as CEBs, as Pastorais Sociais e a Pastoral da Ecologia Integral, com a presença efetiva da Igreja nos territórios e na escuta e convivência ativa junto às populações vulnerabilizadas. A formação de lideranças religiosas e comunitárias deve ser prioridade, que leve ao comprometimento, articulando espiritualidade, saberes tradicionais, ciência e consciência política.

A Igreja deve se manter coerente entre seu discurso e sua prática, evitando recursos e alianças com empresas poluidoras e adotando medidas sustentáveis em suas estruturas. Reafirmamos sua missão profética diante do Estado e do mercado, com atuação firme nas políticas públicas, conselhos, conferências e demais espaços de participação popular, inclusive oferecendo suporte jurídico às lideranças. É compromisso urgente enfrentar o racismo ambiental e as desigualdades estruturais que atingem especialmente povos indígenas, quilombolas, comunidades periféricas e ribeirinhas.

Destacamos a proposta dos Regionais aqui presentes levarem essas diretrizes para a Assembleia dos Bispos, com o objetivo de tornar a Comissão Especial de Ecologia Integral e Mineração em uma comissão nacional permanente, e que se constitua em todos os regionais da CNBB.

Defendemos políticas públicas estruturantes, com participação social, que garantam moradia, água, saneamento e saúde às comunidades em risco socioambiental, assegurando também os direitos da natureza. É essencial atuar nos Planos de Saneamento, Diretores e de Mobilidade Urbana, promovendo justiça espacial e o direito à permanência nos territórios. Rejeitamos propostas como o “PL da devastação”, a lógica da “escala de trabalho 6×1”, e defendemos leis populares, como a “taxação das grandes fortunas”, bem como leis voltadas à justiça climática. Uma ação urgente passa pelo combate ao desmatamento, com foco na preservação dos biomas, e na contenção da urbanização predatória e dos grandes empreendimentos. A preservação das florestas é compromisso espiritual, territorial e ambiental, não financeiro, em diálogo com os povos que nelas vivem.
Em contraste ao modelo capitalista que devasta e aprofunda a crise climática, apontamos para a vida que prevalece apesar de tudo o que acontece.

Anunciamos os modos de vida e os saberes dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais que representam formas sustentáveis e harmoniosas de habitar a terra, baseadas no cuidado com a natureza, na coletividade e no respeito aos ciclos da vida. Identificamos, ainda, sinais concretos de esperança presentes nos territórios. Alternativas comunitárias e coletivas, baseadas na economia do cuidado, na agroecologia, na agricultura familiar, na economia solidária, no decrescimento. Expressões para nós de uma Economia de Francisco e Clara. Essas comunidades cultivam uma relação de reciprocidade com os territórios, oferecendo caminhos concretos para a justiça socioambiental e a regeneração da vida. Comprometemo-nos com organizações populares e as iniciativas comunitárias autônomas, como cooperativas e redes de solidariedade.

No cenário internacional, exigimos compromissos vinculantes nas COPs, o cancelamento das dívidas externas e a responsabilização dos países historicamente poluidores.

Confiamos aos nossos Regionais da CNBB, sob as bênçãos de Deus, a continuidade dos trabalhos.

Que a COP 30, em Belém, seja um marco de escuta do grito da Terra e dos Pobres, de denúncia profética das estruturas de morte e de anúncio de novos caminhos para uma sociedade justa e com respeito à natureza. Saudamos, com esperança, a Cúpula dos Povos, onde movimentos e organizações sociais nacionais e internacionais se mobilizam por alternativas reais e por justiça climática. Que as vozes dos territórios sejam ouvidas e respeitadas nas negociações. O tempo é agora. A conversão ecológica é urgente. A justiça climática é inegociável.

“Trabalhem por uma justiça ecológica, social e ambiental”. Papa Leão XIV (Mensagem ao II Encontro Sinodal de Reitores de Universidades para o cuidado da Casa Comum realizado na Puc do Rio de Janeiro – maio de 2025).

Pela intercessão de Nossa Senhora da Abadia das águas sujas e de São Francisco de Assis.

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Artigos Vocação e Seminário

Um ano jubilar!

Peregrinamos para o encerramento de mais um ano e esse período torna-se propicio para recordarmos o nosso caminhar realizado ao longo dos dias. Esse ano já podemos dizer que foi um ano jubilar, de grande alegria – seja pela celebração do Ano Santo de 2025, seja por todas as graças que Deus derramou em nossa Diocese durante esse tempo. Em especial ao Serviço de Animação Vocacional, Deus foi muito generoso e providente nos acontecimentos pastorais e Sua presença foi marcante em todos os eventos que o SAV ofereceu aos jovens das comunidades de Guarulhos.

Iniciamos o ano com a iniciativa das Catequeses Vocacionais, em que os jovens do Crisma realizaram um aprofundamento vocacional, eclesial e missionário para conhecer melhor sobre a vida da e na Igreja.

Durante as sextas-feiras, o SAV proporcionou na Catedral o Plantão Vocacional em que os jovens poderiam conversar e conhecer melhor sobre as vocações juntamente com padres, religiosas ou com outros fiéis leigos.

Para o Ano Jubilar, o Vocacional da Diocese ainda realizou o Jubileu das Vocações, com a peregrinação de todas as dimensões vocacionais presentes em Guarulhos que juntos louvaram a Deus pelo seu chamado e ainda rezaram ao Senhor para que enviem mais operários para a tão urgente messe.

Os Pré-Viva a Vida realizados em todas as Paróquias da Diocese foi a forma de aproximar ainda mais os jovens com as vocações com a oportunidade de vivenciar os testemunhos, a animação, pregação e orações vocacionais em sua comunidade que frequenta.

Por fim, no grande momento celebrativo vocacional, foi realizado o Viva a Vida que completou 20 anos de existência em 2025. Além de todo o resgate histórico das duas décadas de caminhada, o SAV proporcionou no Viva a Vida a grande festejo que o lema desse ano nos motivou – e que não seria mais apropriado –: “20 anos de esperança nas vocações”, com a presença de nosso Bispo, sacerdotes, diáconos, seminaristas, religiosas, membros de novas comunidades, famílias, catequistas, jovens e outros membros pertencentes ao Povo de Deus.

De fato, 2025 foi um ano jubilar! Queremos agradecer a cada um que direta ou indiretamente colaboraram na realização de todos esses eventos. Bendito seja Deus por todas as iniciativas vocacionais realizadas em nossa Diocese. Que em 2026, como tanto nos evocou o Viva a Vida 20 anos, possamos continuar acreditando e ter esperança nas vocações!

Feliz e Santo Ano Novo, com a escuta e a resposta sincera ao chamado de Deus a cada um!

 

Padre Edson Vitor

Coordenador do Serviço de Animação Vocacional da Diocese de Guarulhos

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Artigos Enfoque Pastoral

Renovar a Esperança: Uma Igreja em Caminho

À medida que nos aproximamos do encerramento de mais um ciclo, somos convidados a contemplar o ano de 2025 como um tempo profundamente marcado pela graça e pelo compromisso pastoral vivido em comunhão. Na Diocese de Guarulhos, celebramos intensamente a vida e a missão por meio de numerosos projetos, encontros, formações, celebrações e ações evangelizadoras realizados nas paróquias e em âmbito diocesano. Entre desafios e superações, permanece viva a chama do Evangelho, alimentada pela dedicação de nosso bispo, padres, diáconos, consagrados, leigos e leigas, que, com generosidade e coragem, sustentaram a missão e ajudaram a edificar a Igreja de Cristo. Nesta promessa encontramos o fundamento de nossa perseverança: “Os que esperam no Senhor renovarão suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não cansarão; caminharão e não se fatigarão” (Is 40,31).

Durante este ano, destacamos com alegria a força evangelizadora dos grupos de novena de Natal, que, com simplicidade e ardor missionário, adentraram lares levando a esperança e a boa-nova do nascimento do Salvador. Cada encontro, cada partilha e cada oração tornaram-se pontos de luz irradiados nas ruas, nos condomínios, nas comunidades, nos corações. A dedicação dos coordenadores e das pastorais preparando famílias para acolher o Menino Deus, “caminhando à sua presença com ações de graças” (Sl 95,2), fortaleceu vínculos, curou feridas e reacendeu a fé tantas vezes ofuscada pelas intempéries da vida. Aos mutirões de confissões, aos presépios montados com devoção, às iluminações que alegraram os templos, às assembleias paroquiais projetando o novo ano e às confraternizações fraternas, somou-se o testemunho de que a fé se encarna na vida e se traduz em gestos concretos de comunhão. Este é tempo de recordar, agradecer e celebrar.

Mas, além da gratidão, somos chamados à renovação dos compromissos assumidos no Batismo. O Advento nos conduz novamente ao mistério da Encarnação de Deus que se aproxima, assume nossa história e caminha conosco. À luz da espiritualidade do atual Pontificado, ecoam as palavras do Papa Leão XIV, em sua homilia de inauguração: “Que nosso primeiro grande desejo seja por uma Igreja unida, sinal de comunhão e fermento para um mundo reconciliado.” Com esse chamado à unidade e à comunhão, somos convidados a reafirmar nossa missão: testemunhar Cristo com coerência, amar como Ele amou, servir com ternura e anunciar com alegria. É neste encontro constante entre o humano e o divino no cotidiano e na comunidade que nasce a esperança cristã verdadeira: firme, perseverante e transformadora.

Vivemos também a alegria de concluir, unidos como Igreja, o Ano Jubilar de 2025 tempo especial de graça, conversão e renovação da vida missionária. O encerramento oficial em nossa Diocese ocorrerá no dia 28 de dezembro de 2025, às 15h, durante a celebração da Festa da Sagrada Família, na Catedral Nossa Senhora da Conceição, em Guarulhos. Celebrar o Jubileu no seio da família de Nazaré ícone da confiança, da escuta e do amor é um gesto profético de comunhão e esperança. Ali depositaremos não apenas os frutos, mas também as dores, esperanças e projetos que carregamos. Que essa celebração seja para todos nós um novo sopro do Espírito, inspirando-nos a olhar o futuro com renovada criatividade pastoral e ousadia missionária.

Que em 2026, conduzidos pela ação do Espírito Santo, vivamos com entusiasmo a missão confiada a todos os batizados. Com o calendário pastoral em mãos e o coração aberto às orientações de nosso bispo, Dom Edmilson, sigamos adiante, inspirados pelo “sim” de Maria, Imaculada Conceição, mulher da disponibilidade e da confiança absoluta. Que nossa ação pastoral, na Igreja e no mundo, seja testemunho vivo de esperança. Coragem! Cristo caminha conosco, amados!

 

Pe. Marcelo Dias Soares

Coordenador Diocesano de Pastoral

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Artigos Editorial

Celebrar o Mistério da encarnação, renovando a força da Comunhão, Participação e Missão

Caríssimos irmãos e irmãs, é tempo de celebrar o Mistério da Encarnação. Celebrar a comunhão, participação e missão ao longo de todo o ano de 2025! Nesta edição como uma retrospectiva, recordamos os diversos momentos de comunhão proporcionados pela Santa Igreja, como a vivência do Jubileu de Esperança; as atividades pastorais; a promoção vocacional; a ordenação presbiteral acompanhada com a celebração de aniversário de quarenta anos de ordenação de Dom Edmilson Amador Caetano e a festa diocesana da Imaculada Conceição Da Bem-Aventurada Virgem Maria.

É importante ressaltar que a visibilidade desta comunhão só foi possível graças a participação do povo de Deus em todos esses momentos, que com muita fé corresponderam ao convite da Igreja com alegria. Cada artigo desta edição termina com uma proposta missionária, pois promover a comunhão e participação tem início e desenvolvimento quanto a um projeto missionário, mas não tem fim quanto a ação de evangelizadora. Que venha o novo ano da graça do Senhor e que possamos estar atentos ao que diz a passagem da Sagrada Escritura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Eu vos exorto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrífico vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso verdadeiro culto. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, pela renovação da mente, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito… Recomendo a cada um de vós: ninguém pense de si mesmo mais do que convém, mas pense de si com sobriedade, conforme a medida da fé que Deus deu a cada um. Como num corpo temos muitos membros, cada qual com uma função diferente, assim nós, embora sendo muitos somos em Cristo um só corpo e, cada um de nós, membros uns dos outros… O amor não seja falso. Detestai o mal, apegai-vos ao bem. Que o amor fraterno vos una uns aos outros, com terna afeição, estimando-vos reciprocamente. Não sejais lentos da solicitude, sede fervorosos no espírito, servindo sempre ao Senhor, alegres na esperança, fortes na tribulação, perseverantes na oração.” (Rm 12,1-12)

Veja que a missão é belíssima, porém desafiadora para cada um de nós. O que depender da equipe da edição da Revista Diocesana em 2026 cada esforço de comunhão, participação e missão será valorizado e publicado.

Aproveitando a reflexão do artigo do psicólogo Romildo sobre a gratidão que faz muito bem ao corpo e a alma, agradeço a cada colaborador(a) das edições ao longo do ano de 2025 e a coordenação diocesana de pastoral pela confiança.

De modo especial aos membros da pastoral da comunicação com cada clic e ao diagramador diocesano, que tornou possível pelo poder da criatividade, tecnologia e dedicação, cada edição final, por sinal uma edição mais bela que a outra como fruto de uma bela comunhão entre os membros da equipe responsável.

Desejo a todos, boas festas e um excelente período de férias.

Feliz 2026!

Padre Marcos Vinicius Clementino

Jornalista e Diretor Geral

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Artigos Voz do Pastor

Jubileu da Esperança e a ‘‘Dilexi te’’

Chegamos ao mês de dezembro, também ao último mês deste Ano Jubilar. No próximo dia 28 de dezembro, Festa da Sagrada Família, às 15h, em nossa Catedral, teremos a celebração de encerramento do Ano Jubilar.

O Jubileu termina, mas não o sermos Peregrinos de Esperança. Os sinais de esperança, manifestados pelo Papa Francisco na Bula convocatória do Jubileu, “Spes non confundit”, continuam aí para serem vivenciados, e agora mais iluminados pela Exortação Apostólica “Dilexit te”, do Papa Leão XIV.  Nesta Exortação, o Papa ao nos recordar ao longo da caminhada da Igreja, através dos séculos, as várias formas de manifestação da opção preferencial pelos pobres, nos dirige também para alguns sinais de esperança indicados pelo Papa Francisco.

O Apóstolo Paulo, na segunda Carta aos Coríntios (8-9), fala de uma campanha de solidariedade para os pobres da comunidade de Jerusalém. Na Igreja de Jerusalém são instituídos pela imposição das mãos os sete servidores para que ninguém passe dificuldades. Na Dilexi te o Papa Leão fala desta verdadeira Tradição do cuidado aos pobres, como parte integrante da missão e do testemunho da Igreja. Cita o Diácono São

Lourenço, de Roma (38), os Santos Inácio de Antioquia e Policarpo de Esmirna (39). Da mesma época dos dois santos – século II – é também citado São Jusitno, de Roma, que mostra que a partilha com os pobres, faz parte da vivência da celebração Eucarística (40). O cuidado pastoral para com os pobres do bispo de Cartago, S. Cipriano, também é citado (49). Não poderia, sem sombra de dúvida, faltar a citação do grande Padre da Igreja, São João Crisóstomo, século IV, que une intimamente a vivência cristã na liturgia e na vida, com a opção preferencial pelos pobres (41). O grande Padre da Igreja do Ocidente, Santo Agostinho – séculos IV e V – é citado pela exigência do seguimento de Cristo, oferta aos pobres e coração indiviso (46-48).

O primeiro sinal de esperança, indicado pelo Papa Franciso, é a paz no mundo imerso em guerras. (Spes non confundit 8). Aqui, podemos contemplar ao longo da história, que em tempos tristes de flagelos da guerra, as comunidades cristãs sempre encontraram meios de anunciar a paz pela solidariedade. Na “Dilexi te” é citada a Vida Monástica, de modo especial desde a chamada Idade Antiga até a Idade Média (53-58). Os mosteiros sempre foram vistos como oásis de paz, em meio a tantos conflitos. O desprezo das riquezas incluía o cuidado para com os pobres e acolhida aos necessitados em meio aos sofrimentos. Do Oriente é citado um dos grandes mestres: o Capadócio São Basílio Magno (sec. IV). Para fazer presente a vida monástica do Ocidente, são citados João Cassiano (séc. IV) e São Bento Pai dos monges do Ocidente (séc. V). Para Idade Média, entre tantos filhos da Tradição beneditina, é citado São Bernardo de Claraval e os cistercienses (sec. XII). O final da Idade Média, na Europa, marcado por tantas guerras intestinas de poder, tem em contrapartida o testemunho de pobreza e partilha das Ordens mendicantes (cf. Dilexi te 63-67), cujo grande testemunho temos em Francisco de Assis, mas também a grande presença dos dominicanos, carmelitas e agostinianos.

Depois, para olhar para o futuro com esperança, temos que ter a abertura à vida, segundo sinal de esperança (SNC 9). Quantas Congregações religiosas, principalmente, surgiram com a missão de defender a vida, seja cuidando dos órfãos, das mães abandonadas, bem como trabalhando para a educação dos pobres. Os números 68-72 da Dilexi te enumeram: São José de Calazans e a Ordem dos clérigos Regulares Pobres da Madre de Deus das Escolas Pias, no século XVI. Nos séculos seguintes surgiram, além de Congregações femininas, São João Batista La Salle, Marcelino Champagnat, São João Bosco, Beato Antonio Rosmini…

No número 10 da Bula o Papa Francisco para a necessidade de dar sinais de esperança aos encarcerados. Em tempos de guerra, onde pessoas eram escravizadas, Deus inspirou pessoas a viverem a consagração especial para a libertação dos cativos: Trinitários, Mercedários e na Dilexi te (59-62), são citados São João da Mata e São Felix de Valois.

No quarto sinal de esperança (SNC 11) estão os doentes e no número 14, estão os idosos. Deus suscita carismas, principalmente nos séculos XVII, que lembram estas obras de misericórdia: São Camilo de Lelis, São João de Deus, São Vicente de Paulo, Santa Luiza de Marillac (50-51).

O quinto sinal de esperança (SNC 12) dirige-nos aos jovens. Aqui, como não remeter aos já citados santos e santas, citados acima, que se preocuparam com a educação da juventude nas mais diversas situações?

Os migrantes são contemplados na Bula do Papa Francisco (SNC 13). A “Dilexi te” cita a situação de migração e imigração do Povo de Deus do Antigo Testamento e a própria Sagrada Família que foi para o Egito e de lá voltou tendo que se estabelecer em Nazaré. Acolher os forasteiros é obra de misericórdia (Mt 25,35). Deus também suscitou santos e santas chamados a viver esta obra de misericórdia, como São João Batista Scalabrini e Santa Francisca Cabrini (73-75)

Por último, mas não em último lugar, estão os pobres, os empobrecidos (SNC 15-16). De várias formas Deus tem suscitado na Igreja (e também no mundo, fora do ambiente ad intra da Igreja) pessoas que doam suas vidas pelos pobres. Duas santas são mencionadas particularmente na “Dilexi te”: Santa Teresa de Calcutá e Santa Dulce dos pobres. Também são citados: São Bento Menni, Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, São Charles de Foucauld, Santa Katarine Drexel… (76-81).

Quero concluir a citação desta espécie de resenha da “Dilexi te” e consonância com a “

Spes non confudit” com uma citação da Carta aos Hebreus: “Portanto, com tamanha nuvem de testemunhas em torno de nós, deixemos de lado o que nos atrapalha e o pecado que nos envolve, com os olhos fixos em Jesus, que vai à frente da nossa fé e a leva à perfeição. Em vista da alegria que o esperava, suportou a cruz, não se importando com a infâmia e assentou-se à direita do trono de Deus.” (Hb 12, 1-2)

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist.

Bispo diocesano

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Artigos CNBB

Campanha para a Evangelização 2025

Nas celebrações do próximo fim de semana, 3º domingo do Adento, será realizada a Coleta Nacional para a Evangelização 2025 em todas as comunidades e paróquias do Brasil.  A Campanha para a Evangelização 2025 deste ano tem como tema “Hoje, é preciso que eu fique na tua casa!”, inspiração bíblica retirada de Lucas 19, 1.

O valor arrecadado é destinado a fortalecer iniciativas de evangelização em todo país. No vídeo abaixo, o subsecretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Leandro Megeto, reforça o pedido para a doação à coleta.

Entenda para onde vão os recursos:

45% ficam na própria diocese, para subsidiar a ação missionária, evangelizadora e pastoral da própria Igreja Local;
 20% vão para o respectivo regional da CNBB, para a sua sustentação e de suas estruturas de evangelização e formação;
 35% são enviados à sede nacional da CNBB, em Brasília, de forma a garantir iniciativas e estruturas evangelizadoras nacionais, como as Comissões Episcopais que orientam e dinamizam a ação pastoral e em todo o Brasil.

Iniciativas apoiadas com recursos da Campanha

Com os recursos os 35% enviados à CNBB, a Conferência apoiou mais de 50 eventos formativos, reuniões e ações de articulação pastoral organizados por suas Comissões Episcopais. Entre  eles, a realização do Jubileu dos jovens, realizado realizado em 6 de setembro no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, como parte das celebrações do Ano Jubilar vivido pela Igreja em todo o mundo. O encontro, organizado pela Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, reuniu mais de 1.500 jovens, contemplando representantes de todos os 19 regionais, em um clima de entusiasmo e compromisso com a missão da Igreja.

O Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida recebeu caravanas de todas as regiões do Brasil. O dia contou com oração, reflexão sobre o Jubileu, leitura orante e momentos marcantes como a peregrinação nacional ao Santuário e a Santa Missa. À tarde, a animação tomou conta dos jovens com adoração eucarística e o show de Diego Fernandes, encerrando a jornada em clima de celebração.

Doe para a Coleta Nacional

No próximo domingo,  nas celebrações do 3º domingo do Advento (13 e 14), os católicos são convidados a doarem a sua oferta para a Campanha para a Evangelização nas celebrações.  Não se trata apenas de uma coleta, mas de uma doação que vai apoiar iniciativas de evangelização em todo país. Evangelização que deseja chegar ao coração e à consciência dos fiéis, ajudando-lhes a dar passos concretos e seguros no seguimento de Jesus, em consonância com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

Saiba mais em:
campanhas.cnbb.org.br

Fonte: CNBB.org.br

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Artigos Destaques Diocese Vida Presbiteral

Formação Permanente do Clero da Diocese de Guarulhos

O Clero da Diocese de Guarulhos esteve reunido na cidade de Passa Quatro em Minas Gerais, no período de 03 a 06 de novembro para a tradicional Semana de Formação Permanente e confraternização.

O tema deste ano foi o estudo sobre o documento final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos: Por uma Igreja Sinodal, comunhão, participação, missão.

As reflexões foram conduzidas pelo Cardeal Arcebispo da Arquidiocese de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa que apresentou o itinerário de estudo do Concílio Vaticano II até alguns elementos essenciais para a forma de uma Igreja Sinodal.

Para o cardeal a Pérola do documento sinodal é a necessária conversão relacional; a busca de novas relações: “Ao longo de todo o caminho do Sínodo e em todas as latitudes, emergiu o apelo a uma Igreja mais capaz de alimentar as relações; com o Senhor; entre homens e mulheres; nas famílias; nas comunidades; entre todos os cristãos; entre grupos sociais; entre as religiões; com a Criação”( n.50) Ressaltou também inúmeras vezes que as inúmeras propostas do Sínodo para a Igreja do Brasil é algo que no Brasil acontece por sua organização pastoral.

No encerramento, Dom Paulo Cezar, recebeu o agradecimento de todos através do padre Romualdo Nunes, representante dos presbíteros e manifestou a alegria e oportunidade de estar com o clero de Guarulhos, compartilhando e recebendo conhecimento, além da fraternidade presbiteral.

Padre Marcos ViniciusAssessor da Pascom Diocesana

Confira alguns registros da semana de Formação:

Formação Permanente do Clero 2025
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Artigos Vocação e Seminário

Sem a Palavra de Deus não se tem vocação!

A Palavra de Deus é uma fonte essencial para compreendermos o chamado vocacional que o Senhor tem para cada pessoa. Lembra-nos o Concílio Vaticano II que “as Sagradas Escrituras contêm a Palavra de Deus, e, porque inspiradas, são verdadeiramente Palavra de Deus” e, por consequência, “com esta revelação, de fato, Deus invisível, no seu imenso amor fala aos homens como a amigos e convive com eles para os convidar e admitir à comunhão com Ele” (Dei verbum, 24).

Assim, todo cristão, todo vocacionado, deve possuir uma intimidade com a Palavra de Deus, pois é nela que o próprio Senhor fala a cada coração humano. Em outras palavras, A Palavra deve possuir um lugar de experiência e encontro com Deus na própria vida e na comunidade, na sua vocação geradora de comunhão, missão e participação.

Como uma dimensão pastoral, a promoção vocacional deve ser conduzida pela Animação Bíblica – como se aprofundou na Semana Diocesana de Formação. E “a palavra de Deus deve iluminar os crentes na avaliação da vida como resposta ao chamamento de Deus e leva-os a acolher na fé o dom da vocação pessoal” (Pastores dabo vobis, 39), pois “quando escutamos a sua Palavra, o nosso coração arde (cf. Lc 24, 32) e sentimos o desejo de consagrar a vida a Deus! Desejamos, por isso, descobrir de que modo, em que forma de vida é possível retribuir o amor que Ele primeiro nos dá”, como nos lembra o Papa Francisco na Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações de 2025.

De fato, na Palavra de Deus se reconhece o amor de Deus e seu projeto de salvação para cada pessoa em cada página da história. Ainda, nas Sagradas Escrituras, confirmamos o chamado de Deus para a santidade, para a vida de intimidade com o Senhor.

Por isso que “a familiaridade com a Palavra de Deus facilita o itinerário de conversão não apenas no sentido de se separar do mal para aderir ao bem, mas também no sentido de se alimentar no coração os pensamentos de Deus, de modo que a fé, qual resposta à Palavra, se torne o novo critério de juízo e avaliação dos homens e das coisas, dos acontecimentos e dos problemas. (Pastores dabo vobis, 47). Por isso que a Palavra de Deus é essencial para o discernimento vocacional e no caminho da vivência da vocação.

Se queremos viver bem o chamado que Deus faz para cada um de nós é necessário, portanto, orar e meditar com a Palavra – seja pelo silencio, pela escuta ou pelo exercício da Lectio Divina, por exemplo. Sejamos nós os próximos a escrever a experiência de nossa vida vocacional nas páginas da história da salvação que Deus sonha a cada pessoa.

 

Padre Edson Vitor

Coord. Serviço de Animação Vocacional

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Artigos Falando da Vida

Aprendendo a Perder

Por que os fracassos fazem parte da vida?

Existe um conceito, amplamente difundido de que, para alcançar qualquer objetivo na vida, basta querer. Com base nessa ideia, escritores se tornaram famosos escrevendo livros sobre como enriquecer, ser feliz, etc. O conceito de que o sucesso está ao alcance de todos, desde que desejemos de verdade, cria uma percepção simplista e muitas vezes ilusória da realização pessoal. Para se obter êxito em qualquer objetivo na vida, é preciso levar em conta, as dificuldades, fatores externos, tempo necessário e principalmente, estar preparado para lidar com um possível fracasso.

Eis aqui uma questão muito importante que é também um componente da saúde mental. Desde pequenos somos ensinados a valorizar a vitória e evitar a derrota. Na educação infantil, por exemplo, é comum ver adultos fingindo perder um jogo para provocar na criança a sensação de poder (elas adoram isso). Claro que a intenção de fortalecer um ego, ainda em processo de desenvolvimento, até que é boa, mas a vida não é um jogo feito exclusivamente de vitórias; quem vai facilitar o jogo no futuro? Os fracassos também existem, mas é difícil aceitá-los numa sociedade que só valoriza os mais fortes, mais inteligentes, mais jovens, mais atraentes, etc.

A felicidade, o sucesso são aspirações humanas, é natural que todos queiram alcançá-los, mas a ideia de que o ser humano nasce para ser feliz, brilhar, voar é pura ilusão; a longo prazo, produz mais frustração e desencantamento do que resultados positivos. Essa narrativa é um produto da sociedade moderna, que nos pressiona a estar sempre no auge, a exibir uma vida perfeita nas redes sociais e a buscar uma utopia que simplesmente não existe. Não é à toa que cada vez mais, pessoas estão buscando nos remédios e nas drogas, a solução física para problemas metafísicos e quem ganha com isso são as indústrias farmacêuticas.

Por outro lado, a constante busca por essa felicidade inatingível, nos cega para as alegrias mais simples e mais singelas tornando-nos reféns de nós mesmos. Que tal se alegrar com o sorriso puro de uma criança, se maravilhar com a flor que floresce no jardim e ter gratidão por ter vivido apenas mais um dia? É preciso romper com a ideia utópica e abraçar uma visão mais humana e imperfeita da existência, onde o valor reside na autenticidade e não na perfeição. Uma visão cuja meta não seja esquecer o passado, nem sonhar com o futuro, mas sim, viver simplesmente o presente.

 

Romildo R. Almeida

Psicólogo clínico