Autor: webmaster
“A morte da floresta é o fim da nossa vida”.
Se falar da vida é falar de tudo o que se refere ao ser humano incluindo nossa casa comum, é impossível não falar de Bruno e Dom, duas pessoas comprometidas com uma parte importante da nossa casa, a Amazônia. Não são apenas as respectivas famílias que estão chorando a sua ausência, mas também as florestas com os seus animais, os rios, os peixes, os indígenas, a natureza, enfim, todos nós choramos. Morreram porque cometeram o “delito” de denunciar a pesca ilegal, a mineração que contamina as águas, destrói as matas e traz a doença e a morte para os povos isolados; morreram porque defendiam a natureza.
Se falar da vida é informar, Dom Phillips era jornalista inglês e estava no Brasil desde 2007 com o objetivo inicial de escrever artigos sobre música para jornais ingleses. Dava aula de inglês como voluntário num projeto social na Bahia e quando conheceu a Amazônia mudou totalmente o seu enfoque e passou a escrever sobre desmatamento e a degradação do meio ambiente naquela região. Estava escrevendo um livro sobre a floresta a fim de revelar as riquezas naturais e o grande perigo de destruir esse importante bioma. Já havia escrito quatro capítulos, mas o livro não será concluído. Seu sonho foi interrompido com tiros de arma de caça.
A morte recente de Bruno e Dom faz reavivar em nossa memória a morte de Chico Mendes, líder dos seringueiros que foi assassinado em 1988 e da irmã Dorothy Stang, freira americana assassinada brutalmente em 2005. Irmã Dorothy vestia sempre uma camiseta com uma frase estampada: “A morte da floresta é o fim da nossa vida”. Todas essas pessoas tinham em comum, o amor pela natureza e morreram como mártires lutando pela mesma causa. Mas aqueles que tentam calar a voz dos que lutam, usando tiros de fuzis, não sabem que não existe no mundo arma capaz de matar uma causa e sepultar um ideal. Certamente eles continuarão vivos e as suas vozes ecoarão pela floresta motivando mais pessoas.
Mas, se falar da vida é agradecer, não posso deixar de destacar aqui, minha alegria em poder contribuir com esse precioso meio de comunicação chamado Folha Diocesana, especialmente nesta 300ª edição. Sinto-me honrado e agradecido em fazer parte desde as primeiras publicações. Que Deus abençoe e gratifique todos aqueles que trabalham arduamente para levar essa mensagem aos mais diferentes lugares da nossa cidade. Que continuemos todos unidos, falando da vida.
Romildo R. Almeida – Psicólogo clínico
Resumindo Ex 3 – 15, aprendemos que:
– o povo hebreu era escravo no Egito;
– o povo clamou, Deus o ouviu e viu o sofrimento do povo;
– Deus libertou, entre muitos prodígios (pragas), o povo hebreu das garras do Faraó.
Porém, já no começo e ao logo da travessia pelo deserto, o povo hebreu cometeu desvios na sua caminhada de fé. A dúvida, a rebeldia e a revolta prevaleceram, muitas vezes, na caminhada, nas escolhas e nas atitudes:
– junto a Mara, murmuraram contra Deus e Este os pôs à prova (Ex 15, 22 – 27) com as águas amargas;
– reclamaram de fome e Deus lhes providenciou o MANÁ e as codornizes (veja Ex 16, 1 – 35 e Nm 11, 31 – 35);
– mais uma vez o povo sentiu sede, reclamou e Deus fez brotar a água da rocha (Ex 17, 8 – 16);
– em Cibrot-ataava o povo se queixou (Nm 11, 4 – 9), Moisés intercedeu (Nm 11, 10 – 15) e Deus agiu em favor do seu povo (Nm 11, 16 – 23);
– até Maria e Aarão se rebelaram contra Moisés e enfrentaram as consequências (Nm 12, 1 – 10).
Tanto Moisés (Nm 14, 1 – 38) como Aarão (Nm 17, 6 – 26) intercediam pelo povo livrando-o do castigo quando o povo se rebelava.
Entretanto, certas atitudes do povo hebreu trouxeram consequências terríveis:
– o bezerro de ouro (Ex 32): o papel de Aarão foi reprovado, muitos adoradores do bezerro de ouro foram exterminados e Moisés chegou a quebrar as tábuas da Lei de Deus, tamanha foi sua fúria diante da idolatria do povo;
– a rebelião de Coré, Datã e Abiram (Nm 16, 1 – 35) trouxe terrível consequência aos envolvidos;
– junto às aguas de Meriba (Nm 20, 1 – 11) o povo tentou a Deus e até Moisés e Aaarão sofreram as consequências (Nm 20, 12 – 13);
– a serpente de bronze (Nm 21, 4 – 9): neste episódio o povo blasfemou mesmo contra Deus, com nojo do MANÁ; o castigo foi terrível e Deus acabou perdoando, graças a intercessão de Moisés, mais uma vez;
Além dos desvios na sua caminhada rumo a terra prometida, o povo de Deus também enfrentou obstáculos muito difíceis:
– no combate contra Amalec Deus interveio dando vitória ao povo hebreu (Ex 17, 8 – 16);
– quando Edom recusou passagem em seu território para o povo hebreu acessar a terra de Canaã (Nm 20, 14 – 21);
– quando o rei de Moab chegou a contratar o profeta Balaão para amaldiçoar o povo hebreu (Nm 22, 1 – 24, 25), Deus interveio, obrigando Balaão a abençoar o povo hebreu;
– os madianitas, de Madiã, também combateram contra o povo de Deus (Nm 31, 1 – 24).
Vendo os desvios e obstáculos da fé do antigo povo de Deus, enxergamos também os desvios e obstáculos de nossa fé nos dias de hoje: os pecados e as tribulações que enfrentamos.
Há situações da vida que infelizmente nos levam a sermos infiéis, rebeldes e revoltados em relação a Deus, desde as mais mínimas necessidades até às mais fúteis vaidades humanas.
Hoje a idolatria, expressão maior de nossa vaidade humana, atrai para muitos a ilusão da infelicidade, porque negamos a Deus quando o trocamos por coisas ou quando nos colocamos contra seus planos.
O combate da fé exige oração e muito empenho para não cedermos ao inimigo, o demônio. É preciso realmente se aliar a Deus numa verdadeira Aliança de amor, selada no Sangue de Cristo, Filho de Deus, a fim de obtermos vitória em nossos empreendimentos da fé.
O mesmo Deus que nos liberta de toda espécie de escravidão é o mesmo Senhor que nos conduz, nos sustenta e nos corrige na caminhada rumo à pátria definitiva.
Agradeçamos ao Senhor pelos 300 números de nossa Folha Diocesana, que sempre foi expressão de uma caminhada da nossa Igreja particular de Guarulhos e que contemplou nossas vitórias e nossas dificuldades ao longo de vários anos de vida pastoral.
Pe. Éder Aparecido Monteiro – Vigário Paroquial – Paróquia Sta. Cruz Pres. Dutra
Quão difícil colocar em palavras um momento tão triste, tão difícil como o que vivemos. José Iran, como ser humano era possuidor de falhas, mas chegou a um nível singular de confiança e esperança em Deus que a cada dia mais próximo de Deus se fazia. Sempre trazendo a marca da simplicidade, cortesia e acolhimento. Ele era um homem doce, leve, engraçado e firme. Escrevia uma história forte, contava sua história com leveza, não se atinha a fazer dos problemas mais fortes do que ele, tão pouco maiores do que ele.
Hoje nos resta saudade e o compromisso de rezarmos por ele. Ele preferia servir do que ser servido. Muito capaz de colocar o outro à sua frente. Poderíamos dizer ainda muita coisa, dada a sua grandeza. Para ele o céu e a nós a convicção que estaremos sempre unidos na oração.
Podemos agora afirmar que está feliz: a enfermidade, as dores, a angústia passaram e agora um servidor se torna bem próximo de Deus. Foi levado a ser missionário no céu, certo que está intercedendo por cada um de nós (amigos, familiares, padres, seminaristas).
Deus o abençoe!
Padre Francisco G. Veloso Jr – Reitor do Seminário Diocesano Imaculada Conceição