Diocese de Guarulhos

SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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Artigos Enfoque Pastoral

A esperança renasce da leitura, oração e prática da Palavra de Deus!

Queridos irmãos e irmãs, a Sagrada Escritura é o centro de reflexão a partir do convite da Igreja no Brasil para o mês de setembro através dos encontros dos grupos de base das comunidades. A lei do cristão está na Sagrada Escritura que nos ensina a nos revestirmos de humanidade e da busca a santidade de maneira concreta em meio a uma sociedade que cultiva um modelo de convivência social baseado no narcisismo, egoísmo, ativismo e consumismo atingindo a relação educacional entre pais e filhos, o direito à vida, e até mesmo o sacerdote que é constantemente esquecido como humano. Para combater este modelo de convivência proposto, ressalto três aspectos desenvolvidos pela Igreja concretamente:

1) A realização de ações externas, marcando presença na sociedade como a Jornada Mundial da Juventude, o Bote fé e o agito do Pré-viva a Vida atingindo o Centro e as periferias da cidade e a caminhada do povo de Deus ao Santuário Mariano,

2) A promoção de formação através da realização da Semana da Família em todas as paróquias e o estudo bíblico e eclesiológico sobre a Carta aos Efésios, os Profetas e o Sacramento da Unção dos Enfermos.

3) O testemunho da alegria de servir a Deus e ser Igreja a exemplo dos diáconos que celebram o padroeiro São Lourenço; os catequistas como propagadores da iniciação cristã; os agentes da Pastoral da Criança que zelam pelo direito a vida desde a concepção; a gratidão e alegria pela vida em comunidade das Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré e das Missionárias Diocesanas de Jesus Sacerdote e todas as comunidades consagradas que celebram o chamado de Deus e a resposta por amor.

Que possamos juntos confirmar que através da leitura, oração e prática da Palavra de Deus a esperança renasce diante de cada desafio, por isso vamos continuar gritando pelos excluídos e peregrinando a casa da Mãe Aparecida.

Desejo excelente leitura!

Padre Marcos Vinicius ClementinoJornalista e Diretor Geral

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Artigos Movimentos Diocesanos

Santa Missa de São Lourenço – Patrono dos Diáconos

No dia 12 de agosto às 10:30h, foi realizada a missa de São Lourenço, patrono dos diáconos no Seminário Diocesano Imaculada Conceição.

A santa missa foi presidida pelo reitor da Escola Diaconal São Lourenço, Padre Antonio Bosco da Silva e pelo reitor do Seminário Padre Francisco Veloso Junior.

Estiveram presente vários diáconos permanentes e transitórios, bem como suas famílias. Também os candidatos da escola diaconal São Lourenço, participaram deste momento de alegria, onde podemos relembrar a trajetória da missão de São Lourenço na igreja, bem como tornar este momento em confraternização entre os irmãos diáconos e toda a igreja de Guarulhos.

Que São Lourenço, interceda sempre por nossa Diocese de Guarulhos.

Reinaldo BonattiDiácono Permanente

 

Confira as fotos da celebração:

Santa Missa de São Lourenço
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Artigos Vocação e Seminário

Antes do Viva a Vida, tem o Pré-Viva a Vida!

Uma das formas mais intensas de ser viver o 3º Ano Vocacional no Brasil é, sem dúvida, a participação no Viva a Vida, o maior evento celebrativo vocacional da Diocese de Guarulhos. Sabe-se que o Viva a Vida é uma atividade grandiosa que envolvem os jovens no contato das mais diversas vocações com a interação de música, gincanas e da espiritualidade.

Entretanto, toda a dinâmica do Viva a Vida não pode ser vivido somente em um único dia. Assim, como uma preparação e uma forma de aproveitar ainda mais a proposta do evento vocacional da Diocese, o SAV/PV promove o Pré-Viva a Vida em todas as foranias da Diocese. É um dia de catequese, testemunhos, dinâmicas e oração pelas vocações.

O Pré-Viva a Vida, que ocorre simultaneamente em todas as foranias, é uma data para reservar na agenda: dia 19 de agosto, a partir das 14h. Com o tema “Vocação: graça e missão”, os jovens de nossas paróquias estão convidados a reunir para aprender ainda mais sobre as vocações e que elas são o caminho para ter-se a graça por parte de Deus e o impulso da missão em anunciá-Lo. Além, é um dia de partilha e de troca de experiência entre a juventude das diversas comunidades.

Você que é catequista ou participante de alguma pastoral juvenil mobilize os jovens de sua paróquia para participar do Pré-Viva a Vida, como um esquenta para o Viva a Vida e para aproveitar-se ainda mais que a cultura vocacional pode oferecer aos jovens.

 

Sem. Edson Vitor 4º ano de Teologia

Confira os locais do Pré-Viva a Vida nas foranias da Diocese:

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Artigos Bíblia

O Reino do Sul (Judá) 1ª Parte

– Tribo de Judá: aparente tranquilidade; manteve-se fiel à dinastia Davídica (2Sm 7, 8 – 16; Sl 89, 4)

– Templo de Jerusalém: único lugar “autorizado” pelo Senhor para o culto, conf. Dt 12, 4 – 11);

– Jerusalém; Capital escolhida por Deus para habitar (1Rs 11, 36; 14, 21; Sl 48);

– Salmos: falam da Monarquia e da cidade e de uma liturgia a serviço do poder;

– Reis: avaliação negativa =” fizeram o que é mal aos olhos do Senhor”, exceto Ezequias e Josias;

– alguns reis marcaram muito a história do Reino de Judá.

 

ROBOÃO, de 931 – 913 a.C. (ver 1Rs 14, 21 – 31 e 2Cr 10 – 12)

  • problemas econômicos e políticos internos ausentes;
  • problemas com países vizinhos:

– Egito: o faraó Sesac atacou e saqueou Jerusalém (1Rs 14, 25 – 28 ; 2Cr 12, 2.9 – 11)

–  Reino do Norte: Roboão, em guerra contra Jeroboão I, tentou em vão recuperar territórios perdidos para o Reino do Norte (ver 1Rs 14, 30; 2Cr 12, 15b); as rixas continuaram no tempo de Abiam (913 – 911 aEC) e de Asa (911 – 870 aEC).

 

OZIAS/AZARIAS, de 781 – 740 a.C. (ver 2Rs 15, 1 – 7; 2Cr 27, 1 – 9)

  • enfraquecimento do Egito;
  • restabelecimento do poder político ao Sul de Judá.

 

ACAZ, de 736 – 716 a.C. (ver 1Rs 16, 1 – 20; 2Cr 28, 1 – 27)

  • Assíria: seu poder se firmou na região;
  • dúvida: unir-se à Assíria ou ao Egito – pressões;
  • conflito com Israel e Damasco (Aram/Síria), que queriam uma coalizão contra a Assíria;
  • Isaías (profeta) aconselhou a neutralidade em relação à coalizão e recomendou confiança no Senhor;
  • Israel e Damasco atacaram Judá;
  • Acaz fez um acordo com a Assíria e tornou-se seu vassalo;
  • Isaías e Miquéias (profetas) viram nesse acordo do rei Acaz com a Assíria uma violação à Aliança com Deus;
  • Assíria: derrotou Israel e Damasco e tomou grande parte do território de Judá (Is 1, 7 – 8; 2Rs 18, 13 – 16).

 

EZEQUIAS: de 716 – 687 a.C. – ver 2Rs 18, 1 – 20; 2Cr 29, 3 – 32, 33

  • promoveu uma ampla reforma religiosa em todo o Reino de Judá (ver 2Rs 18, 4 e 2Cr 29, 3 – 32, 33);

– purificação do Templo;

     – celebração da expiação pelos pecados;

     – restabeleceu o culto legítimo, conforme a Aliança;

     – convocou a solene celebração da Páscoa;

     – reformou o sacerdócio em Judá.

  • mereceu do Senhor um milagre de cura, apoado por Isaías, o profeta (2Rs 20, 1 – 11);
  • enfrentou o cerco da Assíria em 701 a.C. (2Rs 19, 20 – 34);
  • libertação: não trouxe a conversão proposta por Isaías;
  • o povo achava que a Monarquia e o Templo garantiriam por si mesmos sua sorte (Is 22, 1 – 4);
  • a Assíria começou a declinar e surge um outro Império: a Babilônia;
  • uma embaixada babilônica visita Ezequias: Isaías viu nesse fato um presságio do futuro Exílio de Judá (2Rs 20, 12 – 19).

 

MANASSÉS: de 687 – 642 a.C. – ver 2Rs 21, 1 – 18; e 2Cr 33, 1 – 20

  • período difícil: foi um rei cruel e ímpio;
  • foi abolida a reforma religiosa de Ezequias;
  • violência e opressão pesada sobre o povo (2Rs 21, 16);
  • ausência de grandes profetas, mas alguns advertiram o povo (2Rs 21, 10 – 15);
  • adoção de sacrifícios humanos (2Rs 21, 6).

 

AMON: 642 – 640 aEC – ver 2Rs 21, 19 – 26; 2Cr 33, 21 – 25

  • fez o mesmo que seu pai: idolatria, violência, opressão;
  • seus próprios servos o mataram: 2Rs 21, 23;
  • “povo da terra” (=líderes do povo): queriam mudanças e defendiam a fidelidade à monarquia davídica (2Rs 11, 20; 14, 21; 21, 24);
  • eliminação dos rebeldes pelo “povo da terra”;

 

Padre Éder Aparecido Monteiro

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Artigos Liturgia

Os efeitos da Unção dos Enfermos

Continuamos nossa reflexão sobre o sacramento dos enfermos, recorrendo ao texto do Catecismo entre os números 1520 e 1523, queremos abordar os afeitos desta graça sacramental especifica e consequentemente levar a uma maior consciência deste sacramento que não poucas vezes é muito mal compreendido e pouco recorrido.

Um dom particular do Espírito Santo – A primeira graça deste sacramento é uma graça de reconforto, de paz e de coragem para vencer as dificuldades próprias do estado de doença grave ou da fragilidade da velhice. Esta graça é um dom do Espírito Santo, que renova a confiança e a fé em Deus, e dá força contra as tentações do Maligno, especialmente a tentação do desânimo e da angústia da morte. Esta assistência do Senhor pela força do seu Espírito visa levar o doente à cura da alma, mas também à do corpo, se tal for a vontade de Deus. Além disso, “se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tg 5, 15).

A união à paixão de Cristo – Pela graça deste sacramento, o enfermo recebe a força e o dom de se unir mais intimamente à paixão de Cristo: ele é, de certo modo, consagrado para produzir frutos pela configuração com a paixão redentora do Salvador. O sofrimento, sequela do pecado original, recebe um sentido novo: transforma-se em participação na obra salvífica de Jesus.

Uma graça eclesial – Os doentes que recebem este sacramento, “associando-se livremente à paixão e morte de Cristo, concorrem para o bem do povo de Deus” (LG 11). Ao celebrar este sacramento, a Igreja, na comunhão dos santos, intercede pelo bem do doente. E o doente, por seu lado, pela graça deste sacramento, contribui para a santificação da Igreja e para o bem de todos os homens, pelos quais a Igreja sofre e se oferece, por Cristo, a Deus Pai.

Uma preparação para a última passagem – Se o sacramento da Unção dos Enfermos é concedido a todos os que sofrem de doenças e enfermidades graves, com mais forte razão o é aos que estão prestes a deixar esta vida: de modo que também foi chamado “sacramentum exeuntium – sacramento dos que partem”. A Unção dos Enfermos completa a nossa conformação com a morte e ressurreição de Cristo, tal como o Batismo a tinha começado. Leva à perfeição as unções santas que marcam toda a vida cristã: a do Batismo que nos deu a nova vida: a da Confirmação que nos fortificou para o combate desta vida. Esta última Unção fortalece o fim de nossa vida terrestre para enfrentar as últimas lutas antes da entrada na casa do Pai.

 

Pe. Fernando Gonçalves – Comissão de Liturgia

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Artigos Falando da Vida

Pai Misógino ou Pai Filógino

O que você quer ser quando crescer?

Estamos em agosto, mês em que se comemora o dia dos pais, data propícia para refletir sobre a importância da paternidade na construção da família. Gostaria de fazer isso à luz do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado recentemente e, de acordo com os dados, houve uma média de 205 estupros por dia no Brasil em 2022. Os números podem ser ainda maiores pois não incluem os casos em que a vítima não prestou queixa. Se compararmos com 2021, houve um aumento de 8,2%, o que coloca o Brasil no mapa dos países mais perigosos para mulheres.

O que isto tem a ver com paternidade? Bem, os meninos de hoje, serão os homens de amanhã, mas a questão é: que tipo de homens serão? A formação da personalidade de qualquer pessoa, depende, em grande parte, do modelo com o qual ela conviveu na infância desde o nascimento. A educação é um processo complexo que envolve interação com os pais em diversas situações, numa constante troca, que se dá, tanto no aspecto consciente, quanto no inconsciente. Por esse motivo, podemos supor que homens que praticam abuso e violência, não incorporaram um modelo positivo de masculinidade na infância e a causa disso pode estar na figura paterna.

A Misoginia, que significa ódio ou aversão às mulheres, começa no machismo estrutural, impregnado de falsas ideias sobre masculinidade tais como: homem não chora, não sente dor, é “imbrochável”, etc. Em contrapartida, que mulher é frágil, carente e insegura. No aspecto sexual, há o mito de que homem não pode fraquejar perante a mulher, e o preconceito de que a mulher provoca o homem dependendo da forma como se veste. Como vemos, é preciso mudar essa estrutura que está no inconsciente de cada homem, sem exceção. Os novos pais têm a missão de substituir o modelo machista, berço da Misoginia para um modelo que cultiva apreço, afeto e respeito pelo sexo feminino, chamado de Filoginia.

O pai deve estar no centro dessa mudança, interagindo em todas as situações e oferecendo-se como modelo positivo a ser seguido. É observando o respeito que os adultos têm pelas pessoas, que a criança absorve e constrói o seu caráter. Num tempo de guerra, de conflitos e de polarização, precisamos semear a paz e reconstruir a sociedade a partir de nós mesmos. Como disse o Papa Francisco: “É necessário esculpir a própria vocação em prol da humanidade e do bem comum. ” Seja um pai ativo na educação dos seus filhos. Filoginia sim, Misoginia nunca.

 

Romildo R. AlmeidaPsicólogo Clínico

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Artigos Voz do Pastor

Vocação de ser Família

Dentre todas as vocações que recordamos no mês vocacional está a vocação matrimonial, a vocação de ser família. Na segunda de agosto vivenciamos a Semana Nacional da Família.  O matrimônio – primeira vocação humana que aparece na Bíblia – é graça e, para o cristão, é também missão. Inerente à vocação matrimonial está a vocação do ser família.  Em algumas realidades familiares cristãs, por vários motivos, não se faz presente o Sacramento do Matrimônio. Isso não anula a missão de ser família conforme os valores do Reino dos Céus.

Dentre os vários aspectos da missão de ser família, está a educação na fé dos filhos, das crianças e dos jovens que pertencem à família. O testemunho dos avós também está incluído nesta missão.

A educação na fé dos filhos, crianças e jovens da família é concomitante com a formação dada por outros setores da sociedade, como a escola. Temos enfrentado na educação familiar, muitas vezes, o contraste dos valores da fé cristã que brota do Evangelho de Jesus Cristo, com os valores apresentados pela escola e pela sociedade: consumismo, ideologia de gênero, questões sobre a sexualidade, tais como LGBT (e toda a gama de siglas), contracepção, aborto, ataques à própria instituição familiar etc. Não se trata de atacar as pessoas que pensam e vivem diferentemente dos valores cristãos. O respeito e a acolhida às pessoas é início para um diálogo fraterno. Por outro lado, temos também a liberdade de expressar o que sentimos e cremos.

A formação intelectual das crianças e jovens é importantíssima para o serviço à sociedade. Não pode ser dispensada. No entanto, é necessário que os educadores na família tenham uma participação ativa dentro da escola. É verdade, tantas ideologias propagadas parecem sufocar a educação que é dada nos lares cristãos. Os pais e educadores sentem-se fracos e fracassados. Até mesmo os professores cristãos sentem-se oprimidos por quase serem forçados a dizer aos alunos pareceres que são contrários às suas próprias consciências.

Que postura tomar?

A pontualidade de cada aspecto mereceria aqui várias abordagens. Não é o caso agora de fazê-lo. Entretanto, como bispo, não é a minha missão ser educador familiar. É, sim, minha missão, recordar a missão de ser família neste aspecto da educação na fé e chamar a família cristã a exercer nesta nossa sociedade a profecia, o anúncio da verdade dos valores do Reino dos céus.

O profeta não é aceito. O profeta é rejeitado. O profeta é apedrejado. Apesar disso tudo, ele é presença de Deus. Pais e educadores, não tenham medo de combater pela fé na educação dos valores do Reino dos Céus!

Pode-se pensar na escola católica como um valor presente na sociedade. No entanto, ela precisa mesmo ser profética, ainda que, por não acolher diretrizes, possa vir a ser fechada.
A Escola Católica é e deve ser confessional.  É preciso participar das questões da escola pública com voz profética, ainda que se passe por ridicularizações e retaliações.

Alguns irmãos e irmãs de nossa diocese (tenho notícias aqui e ali) estão buscando até outras cidades para que os educandos da família possam ter outro ambiente formativo mais condizente com os valores do Evangelho. A maioria das nossas famílias não tem condições desta tomada de atitude. A grande parte das famílias têm os educandos na escola pública.

Outros estão buscando as alternativas de “homeschooling”. Particularmente, sou de parecer que isso é fugir do combate cristão. Filhos, crianças e jovens precisam aprender a viver os valores da fé na sociedade e não isolando-se dela.

Ainda que minhas palavras aos pais e educadores na família possam ser aqui confusas e pobres, exorto a que combatam o combate da fé.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.Bispo diocesano

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Artigos Enfoque Pastoral

É feliz quem Realiza sua Vocação!

Neste mês a Igreja  celebra as vocações: sacerdotal, religiosa, familiar (dia dos pais) e do catequista. Com este mês dedicado as vocações a Igreja busca estimunlar, despertar, conscientizar e animar a vivência do Dom de Deus dada a todo batizado, que por diferentes modos, responde o chamado de Deus à Santidade, vivendo uma vocação pessoal na Igreja e no mundo. “Não fostes vós que me escolhestes, mas Fui eu que vos escolhi..” (Jo 15,16). A vocação que é, ao mesmo tempo, um chamado de Deus, é também uma resposta do homem. É feliz quem realiza sua vocação!

Em nossa diocese de Guarulhos vemos ao longo de nossa história diversas experiencias vocacionais sacerdotais, diaconais, religiosas, consagradas, e leigas que trabalhando na Igreja e na sociedade, contribuíram significamente para a construção da cidade e Igreja que temos hoje. Quando o batizado responde o chamado de Deus com generosidade, o Senhor faz dar frutos o seu trabalho pastoral, realizado  ad intra e ad extra (dentro e fora da Igreja).

Muitas alegrias vivenciamos neste último mês com a Semana Diocesana de Formação em que nossa diocese reunida em grande assembleia nas cinco Foranias refletiram sobre o tema: o 3º Ano Vocacional e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (Cf. Lc 24,32-33). Várias são as atividades pastorais em nossa diocese que promovem a todos os batizados a viverem sua vocação. Entre elas, quero destacar o pré VIVA VIDA que ocorerrá neste de mês em todas as Foranias com os grupos de crisma, também o VIVA VIDA que vai acontecer no CDP no primeiro domingo de setembro, suscitando nos corações de nossos jovens, a alegria de viver sua vocação, como Dom de Deus, na Igreja e no Mundo.

Que a Virgem Maria, Mãe das Vocações, inspire com seu SIM a todos diocesanos, a respoderem com amor e alegria o chamado de Deus. E que o Espírito Santo anime e dê coragem a todos os batizados em sua vocação a Santidade!

 

Pe. Marcelo Dias SoaresCoordenador Diocesano de Pastoral 

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Artigos Vida Consagrada

Irmãs Carmelitas Missionárias

Origem das Carmelitas Missionárias:

 

Raízes: Nossas raízes é o encontro místico de Deus com o Profeta Elias.

Os Carmelitas Descalços, chamados também Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, surgiu no século XI, no Monte Carmelo ( atual Estado de Israel). A palavra “Carmelo significa jardim. Conta a tradição que o profeta Elias se estabeleceu numa gruta, em pleno Monte Carmelo, seguindo uma vida eremítica de oração e silêncio. Nele, e no seu modo de vida, se inspiraram os primeiros religiosos.

Nos anos 1600 na Espanha, Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz conduziram um processo de renovação do carisma da Ordem do Carmo. Deste processo histórico e místico surgiu os Carmelitas Descalços.

Nosso fundador é filho desta ordem e nós as Carmelitas Missionárias. Somos fruto do processo de busca e de experiencia interior de Franscisco Palau, Carmelita Descalço, místico e profeta do século XIX. Palau aprofundou, compreendeu o mandamento de Jesus em chave de comunhão: “Amor a Deus e amor ao próximo”, esta intima convicção animou sua vida e sua obra.

A Congregação foi fundada na Espanha em 1861, Chamadas a viver plenamente a graça do Batismo e o dom da nossa vocação eclesial específica, somos consagrados por Deus e convocados em comunidade a seguir Jesus e com Ele anunciar a Boa Nova do Reino, sendo sinais proféticos de comunhão no mundo. Portanto chamadas a viver a centralidade do Misterio da Igreja: contemplação e anuncio da sua beleza e serviço generoso ao corpo mistico de Cristo. O misterio da Igreja é para nós como o prisma atráves do qual contemplamos a realidade da nossa consagração e o serviço aos irmãos.

Com a morte de Francisco Palau 10 anos mais tarde a Congregação das Carmelitas Missionárias era ja uma realidade conformada por varias comunidades, que reune em si o espirito contemplativo em missão e estilo fraterno do Carmelo Tereziano.

 

Orantes fraternas e missionarias:

Espiritualidade: enraizada no Carmelo Teresiano; bebê da fonte de Santa Teresa D’Avila, e São Joao da cruz, más vivida ao estilo de Francisco Palau. A espiritualidade Carmelitano – Palautiana, centra-se na experiência do mistério eclesial como mistério de comunhão: Deus e o próximo. Isso se concretiza no chamado à comunhão fraterna, na atitude contemplativa na relação de amizade com Deus e na escuta de sua Palavra, no espírito missionário, que nos faz ir ao encontro de quem mais precisa.

Vivemos a Eucaristia como centro da nossa vida, realização máxima da união com Deus e com os irmãos. A Eucaristia impele-nos a fazer dela expressão viva na fraternidade e a partilha com os pobres, antecipando assim o banquete universal do Reino. É muito importante Presença de Maria na nossa espiritualidade, Francisco Palau nos ensina a olhar para Maria como figura e tipo perfeito da Igreja, modelo de dedicação à vontade de Deus e de dedicação gratuita e generosa aos outros. O Amor a Maria está na origem do Carmelo, “O Carmelo é todo de Maria”, é Consagrado a Maria.

 

Dimensão Missionaria: impulsadas pelo testemunho de Nosso Fundador, somos chamadas a ir “Onde a glória de Deus nos chame”, para proclamar o Evangelho em todos os lugares; como foi o desejo de Beato Fco Palau: Olhem a Jesus Cristo e a sua Igreja, em especial nas pessoas feridas, crucificadas, desamparadas e perseguidas. E sob esta consideração, oferece-se para cuidar dele e prestar-lhe os serviços que estiverem ao seu alcance”. Dedicar-se a missão é algo urgente e necessário e hoje nossa família religiosa está presente em 39 países, nos 5 continentes.

“A minha missão é anunciar aos povos que a Igreja é infinitamente bela e amável”. No Brasil estamos em Betim (MG) e em Guarulhos (SP), comprometidas nas pastorais sempre a serviço da Igreja como sinal de comunhão. Desta forma a Congregação realiza a sua atividade apostólica na educação, pastorais Sociais, Catequeses, missão ad gentes, tendo sempre presente o legado: “Amor a Deus, amor ao próximo; esse é o coração da minha missão”. Especificamente na Diocese de Guarulhos, estamos na Paroquia Santa Cruz e Nossa Senhora do Carmo, no Taboão.

Chamadas a Ser profetas e sinais visíveis de comunhão significa também avançar na missão compartilhada, valorizando a complementaridade e fortalecendo o sentido comunitário da vida e da missão

Fraternidade: Francisco Palau deseja que as comunidades de irmãs sejam uniões de fraternidades, sendo reflexo da encarnação do mistério de comunhão eclesial, tendo como fundamento a Trindade Santa. Que vivam como as primeiras comunidades cristãs, amando – se umas às outras como Cristo nos ama, aceitando-nos e vivendo a gratuidade da entrega, disponíveis no serviço mútuo. Participamos desse mistério, vivendo e testemunhamos a força do amor colocando em comum nossas vidas, os dons que trazemos, as experiencia espirituais e o trabalho apostólico, reservando momentos de recreios e alegria fraterna.

Fruto da vitalidade do carisma palautiano é o Carmelo Missionário Secular (CMS), associação internacional de leigos com quem partilhamos nosso patrimônio espiritual. Nossa tenda se estende como família através da missão compartilhada com leigos, que colaboram no serviço aos mais necessitados.

Quer saber mais?…entre no Nosso site: https://www.carmelitasmisioneras.org/

 

Irmã Andréia ReisIrmãs Carmelitas Missionárias

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Artigos Movimentos Diocesanos Pastorais

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO POR OCASIÃO DO III DIA MUNDIAL DOS AVÓS E DOS IDOSOS

XVI Domingo do Tempo Comum – 23 de julho de 2023

 

«De geração em geração, a sua misericórdia» (cf. Lc 1, 50)

 

Queridos irmãos e irmãs!

«De geração em geração, a sua misericórdia» (cf. Lc 1, 50): assim reza o tema do III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. O tema leva-nos a um encontro abençoado: o encontro entre Maria, jovem, e sua parente Isabel, idosa (cf. Lc 1, 39-56). Esta, cheia de Espírito Santo, dirige à Mãe de Deus palavras que, dois milénios depois, cadenciam a nossa oração diária: «Bendita és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre» (1, 42). E o Espírito Santo, que já tinha descido sobre Maria, sugere-Lhe como resposta o Magnificat, onde proclama que a misericórdia do Senhor se estende de geração em geração. O Espírito Santo abençoa e acompanha todo o encontro fecundo entre gerações diversas, entre avós e netos, entre jovens e idosos. De facto, Deus quer que os jovens, como fez Maria com Isabel, alegrem os corações dos anciãos e extraiam sabedoria das suas experiências. Mas o primeiro desejo do Senhor é que não deixemos sozinhos os idosos, que não os abandonemos à margem da vida, como hoje, infelizmente, acontece com demasiada frequência.

Neste ano, regista-se uma proximidade estupenda entre a celebração do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos e a Jornada Mundial da Juventude; no tema de ambas, sobressai a «pressa» de Maria (cf. 1, 39) quando visita Isabel, levando-nos assim a refletir sobre a ligação entre jovens e idosos. O Senhor espera que os jovens, ao encontrar os idosos, acolham o apelo a guardar as memórias e reconheçam, graças a eles, o dom de pertencerem a uma história maior. A amizade duma pessoa idosa ajuda o jovem a não cingir a vida ao presente e a lembrar-se que nem tudo depende das suas capacidades. Por sua vez, aos mais velhos, a presença dum jovem abre à esperança de que não se perderá tudo aquilo que viveram e se vão realizar os seus sonhos. Em resumo, a visita de Maria a Isabel e a consciência de que a misericórdia do Senhor se transmite duma geração à outra mostram que não podemos avançar – nem salvar-nos – sozinhos, e que a intervenção de Deus se manifesta sempre no conjunto, na história dum povo. É precisamente Maria quem no-lo diz no Magnificat, alegrando-Se em Deus, que, fiel à promessa feita a Abraão (cf. 1, 51-55), realizou maravilhas novas e surpreendentes.

Para melhor captar o estilo do agir de Deus, recordemos que o tempo deve ser vivido em plenitude, porque as realidades maiores e os sonhos mais belos não acontecem num instante, mas através dum crescimento e duma maturação: em caminho, em diálogo, no relacionamento. Ora, quem se concentra apenas no imediato, nas próprias vantagens que se hão de conseguir rápida e sofregamente, no «tudo e já», perde de vista o agir de Deus. Diversamente, o seu projeto de amor atravessa o passado, o presente e o futuro, abraça e põe em ligação as gerações. É um projeto que nos ultrapassa a nós mesmos, mas no qual cada um de nós é importante e, sobretudo, é chamado a ir mais além. Para os mais jovens, trata-se de ir mais além do imediato em que nos confina a realidade virtual, que muitas vezes nos desvia da atividade concreta; para os mais velhos, trata-se de não se deterem no debilitar-se das forças nem no lamento pelas ocasiões perdidas. Olhemos para a frente! Deixemo-nos plasmar pela graça de Deus, que, de geração em geração, nos liberta do imobilismo no agir e das lamúrias voltadas para o passado!

No encontro entre Maria e Isabel, entre jovens e idosos, Deus dá-nos o seu futuro. Na realidade, o caminho de Maria e o acolhimento de Isabel abrem as portas à manifestação da salvação: através do seu abraço, a misericórdia irrompe, com alegre mansidão, na história humana. Por isso, quero convidar cada um a pensar naquele encontro; mais ainda, a fechar os olhos e imaginar, como numa foto instantânea, aquele abraço entre a jovem Mãe de Deus e a mãe idosa de São João Batista; representá-lo na mente e visualizá-lo no coração, para o fixar na alma como um luminoso ícone interior.

E convido depois a passar da imaginação à vida concreta, fazendo algo para abraçar os avós e os idosos. Não os deixemos sozinhos; é preciosa a sua presença nas famílias e nas comunidades: dá-nos a noção de partilhar a mesma herança e de fazer parte dum povo em que se preservam as raízes. Sim! São os idosos que nos transmitem a pertença ao santo Povo de Deus. A Igreja e de igual modo a sociedade precisam deles. É que os idosos entregam ao presente um passado necessário para construir o futuro. Honremo-los, não nos privemos da sua companhia nem os privemos da nossa. Não permitamos que sejam descartados.

O Dia Mundial dos Avós e dos Idosos pretende ser um pequeno e delicado sinal de esperança para eles e para a Igreja inteira. Por isso renovo o meu convite a todos – dioceses, paróquias, associações, comunidades – para o celebrarem, colocando no centro a alegria transbordante dum renovado encontro entre jovens e idosos. A vós, jovens, que estais a preparar-vos para partir para Lisboa ou que vivereis a Jornada Mundial da Juventude na própria localidade, quero dizer: antes de sair para a viagem, ide visitar os vossos avós, fazei uma visita a um idoso sozinho. A sua oração proteger-vos-á e levareis no coração a bênção daquele encontro. A vós, idosos, peço para acompanhardes com a oração os jovens que estão prestes a celebrar a JMJ. Aqueles jovens são a resposta de Deus aos vossos pedidos, o fruto daquilo que semeastes, o sinal de que Deus não abandona o seu povo, mas sempre o rejuvenesce com a criatividade do Espírito Santo.

Queridos avós, queridos irmãos e irmãs idosos, chegue até vós a bênção do abraço entre Maria e Isabel, e encha de paz os vossos corações. Com afeto, vos abençoo. E vós, por favor, rezai por mim.

Roma – São João de Latrão, na Festa da Visitação da Virgem Santa Maria, 31 de maio de 2023.

FRANCISCO