SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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"O Senhor fez em mim maravilhas." (Lc 1,49)

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Artigos Voz do Pastor

Vocação de ser Família

Dentre todas as vocações que recordamos no mês vocacional está a vocação matrimonial, a vocação de ser família. Na segunda de agosto vivenciamos a Semana Nacional da Família.  O matrimônio – primeira vocação humana que aparece na Bíblia – é graça e, para o cristão, é também missão. Inerente à vocação matrimonial está a vocação do ser família.  Em algumas realidades familiares cristãs, por vários motivos, não se faz presente o Sacramento do Matrimônio. Isso não anula a missão de ser família conforme os valores do Reino dos Céus.

Dentre os vários aspectos da missão de ser família, está a educação na fé dos filhos, das crianças e dos jovens que pertencem à família. O testemunho dos avós também está incluído nesta missão.

A educação na fé dos filhos, crianças e jovens da família é concomitante com a formação dada por outros setores da sociedade, como a escola. Temos enfrentado na educação familiar, muitas vezes, o contraste dos valores da fé cristã que brota do Evangelho de Jesus Cristo, com os valores apresentados pela escola e pela sociedade: consumismo, ideologia de gênero, questões sobre a sexualidade, tais como LGBT (e toda a gama de siglas), contracepção, aborto, ataques à própria instituição familiar etc. Não se trata de atacar as pessoas que pensam e vivem diferentemente dos valores cristãos. O respeito e a acolhida às pessoas é início para um diálogo fraterno. Por outro lado, temos também a liberdade de expressar o que sentimos e cremos.

A formação intelectual das crianças e jovens é importantíssima para o serviço à sociedade. Não pode ser dispensada. No entanto, é necessário que os educadores na família tenham uma participação ativa dentro da escola. É verdade, tantas ideologias propagadas parecem sufocar a educação que é dada nos lares cristãos. Os pais e educadores sentem-se fracos e fracassados. Até mesmo os professores cristãos sentem-se oprimidos por quase serem forçados a dizer aos alunos pareceres que são contrários às suas próprias consciências.

Que postura tomar?

A pontualidade de cada aspecto mereceria aqui várias abordagens. Não é o caso agora de fazê-lo. Entretanto, como bispo, não é a minha missão ser educador familiar. É, sim, minha missão, recordar a missão de ser família neste aspecto da educação na fé e chamar a família cristã a exercer nesta nossa sociedade a profecia, o anúncio da verdade dos valores do Reino dos céus.

O profeta não é aceito. O profeta é rejeitado. O profeta é apedrejado. Apesar disso tudo, ele é presença de Deus. Pais e educadores, não tenham medo de combater pela fé na educação dos valores do Reino dos Céus!

Pode-se pensar na escola católica como um valor presente na sociedade. No entanto, ela precisa mesmo ser profética, ainda que, por não acolher diretrizes, possa vir a ser fechada.
A Escola Católica é e deve ser confessional.  É preciso participar das questões da escola pública com voz profética, ainda que se passe por ridicularizações e retaliações.

Alguns irmãos e irmãs de nossa diocese (tenho notícias aqui e ali) estão buscando até outras cidades para que os educandos da família possam ter outro ambiente formativo mais condizente com os valores do Evangelho. A maioria das nossas famílias não tem condições desta tomada de atitude. A grande parte das famílias têm os educandos na escola pública.

Outros estão buscando as alternativas de “homeschooling”. Particularmente, sou de parecer que isso é fugir do combate cristão. Filhos, crianças e jovens precisam aprender a viver os valores da fé na sociedade e não isolando-se dela.

Ainda que minhas palavras aos pais e educadores na família possam ser aqui confusas e pobres, exorto a que combatam o combate da fé.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.Bispo diocesano

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Artigos Enfoque Pastoral

É feliz quem Realiza sua Vocação!

Neste mês a Igreja  celebra as vocações: sacerdotal, religiosa, familiar (dia dos pais) e do catequista. Com este mês dedicado as vocações a Igreja busca estimunlar, despertar, conscientizar e animar a vivência do Dom de Deus dada a todo batizado, que por diferentes modos, responde o chamado de Deus à Santidade, vivendo uma vocação pessoal na Igreja e no mundo. “Não fostes vós que me escolhestes, mas Fui eu que vos escolhi..” (Jo 15,16). A vocação que é, ao mesmo tempo, um chamado de Deus, é também uma resposta do homem. É feliz quem realiza sua vocação!

Em nossa diocese de Guarulhos vemos ao longo de nossa história diversas experiencias vocacionais sacerdotais, diaconais, religiosas, consagradas, e leigas que trabalhando na Igreja e na sociedade, contribuíram significamente para a construção da cidade e Igreja que temos hoje. Quando o batizado responde o chamado de Deus com generosidade, o Senhor faz dar frutos o seu trabalho pastoral, realizado  ad intra e ad extra (dentro e fora da Igreja).

Muitas alegrias vivenciamos neste último mês com a Semana Diocesana de Formação em que nossa diocese reunida em grande assembleia nas cinco Foranias refletiram sobre o tema: o 3º Ano Vocacional e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (Cf. Lc 24,32-33). Várias são as atividades pastorais em nossa diocese que promovem a todos os batizados a viverem sua vocação. Entre elas, quero destacar o pré VIVA VIDA que ocorerrá neste de mês em todas as Foranias com os grupos de crisma, também o VIVA VIDA que vai acontecer no CDP no primeiro domingo de setembro, suscitando nos corações de nossos jovens, a alegria de viver sua vocação, como Dom de Deus, na Igreja e no Mundo.

Que a Virgem Maria, Mãe das Vocações, inspire com seu SIM a todos diocesanos, a respoderem com amor e alegria o chamado de Deus. E que o Espírito Santo anime e dê coragem a todos os batizados em sua vocação a Santidade!

 

Pe. Marcelo Dias SoaresCoordenador Diocesano de Pastoral 

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Artigos Vida Consagrada

Irmãs Carmelitas Missionárias

Origem das Carmelitas Missionárias:

 

Raízes: Nossas raízes é o encontro místico de Deus com o Profeta Elias.

Os Carmelitas Descalços, chamados também Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, surgiu no século XI, no Monte Carmelo ( atual Estado de Israel). A palavra “Carmelo significa jardim. Conta a tradição que o profeta Elias se estabeleceu numa gruta, em pleno Monte Carmelo, seguindo uma vida eremítica de oração e silêncio. Nele, e no seu modo de vida, se inspiraram os primeiros religiosos.

Nos anos 1600 na Espanha, Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz conduziram um processo de renovação do carisma da Ordem do Carmo. Deste processo histórico e místico surgiu os Carmelitas Descalços.

Nosso fundador é filho desta ordem e nós as Carmelitas Missionárias. Somos fruto do processo de busca e de experiencia interior de Franscisco Palau, Carmelita Descalço, místico e profeta do século XIX. Palau aprofundou, compreendeu o mandamento de Jesus em chave de comunhão: “Amor a Deus e amor ao próximo”, esta intima convicção animou sua vida e sua obra.

A Congregação foi fundada na Espanha em 1861, Chamadas a viver plenamente a graça do Batismo e o dom da nossa vocação eclesial específica, somos consagrados por Deus e convocados em comunidade a seguir Jesus e com Ele anunciar a Boa Nova do Reino, sendo sinais proféticos de comunhão no mundo. Portanto chamadas a viver a centralidade do Misterio da Igreja: contemplação e anuncio da sua beleza e serviço generoso ao corpo mistico de Cristo. O misterio da Igreja é para nós como o prisma atráves do qual contemplamos a realidade da nossa consagração e o serviço aos irmãos.

Com a morte de Francisco Palau 10 anos mais tarde a Congregação das Carmelitas Missionárias era ja uma realidade conformada por varias comunidades, que reune em si o espirito contemplativo em missão e estilo fraterno do Carmelo Tereziano.

 

Orantes fraternas e missionarias:

Espiritualidade: enraizada no Carmelo Teresiano; bebê da fonte de Santa Teresa D’Avila, e São Joao da cruz, más vivida ao estilo de Francisco Palau. A espiritualidade Carmelitano – Palautiana, centra-se na experiência do mistério eclesial como mistério de comunhão: Deus e o próximo. Isso se concretiza no chamado à comunhão fraterna, na atitude contemplativa na relação de amizade com Deus e na escuta de sua Palavra, no espírito missionário, que nos faz ir ao encontro de quem mais precisa.

Vivemos a Eucaristia como centro da nossa vida, realização máxima da união com Deus e com os irmãos. A Eucaristia impele-nos a fazer dela expressão viva na fraternidade e a partilha com os pobres, antecipando assim o banquete universal do Reino. É muito importante Presença de Maria na nossa espiritualidade, Francisco Palau nos ensina a olhar para Maria como figura e tipo perfeito da Igreja, modelo de dedicação à vontade de Deus e de dedicação gratuita e generosa aos outros. O Amor a Maria está na origem do Carmelo, “O Carmelo é todo de Maria”, é Consagrado a Maria.

 

Dimensão Missionaria: impulsadas pelo testemunho de Nosso Fundador, somos chamadas a ir “Onde a glória de Deus nos chame”, para proclamar o Evangelho em todos os lugares; como foi o desejo de Beato Fco Palau: Olhem a Jesus Cristo e a sua Igreja, em especial nas pessoas feridas, crucificadas, desamparadas e perseguidas. E sob esta consideração, oferece-se para cuidar dele e prestar-lhe os serviços que estiverem ao seu alcance”. Dedicar-se a missão é algo urgente e necessário e hoje nossa família religiosa está presente em 39 países, nos 5 continentes.

“A minha missão é anunciar aos povos que a Igreja é infinitamente bela e amável”. No Brasil estamos em Betim (MG) e em Guarulhos (SP), comprometidas nas pastorais sempre a serviço da Igreja como sinal de comunhão. Desta forma a Congregação realiza a sua atividade apostólica na educação, pastorais Sociais, Catequeses, missão ad gentes, tendo sempre presente o legado: “Amor a Deus, amor ao próximo; esse é o coração da minha missão”. Especificamente na Diocese de Guarulhos, estamos na Paroquia Santa Cruz e Nossa Senhora do Carmo, no Taboão.

Chamadas a Ser profetas e sinais visíveis de comunhão significa também avançar na missão compartilhada, valorizando a complementaridade e fortalecendo o sentido comunitário da vida e da missão

Fraternidade: Francisco Palau deseja que as comunidades de irmãs sejam uniões de fraternidades, sendo reflexo da encarnação do mistério de comunhão eclesial, tendo como fundamento a Trindade Santa. Que vivam como as primeiras comunidades cristãs, amando – se umas às outras como Cristo nos ama, aceitando-nos e vivendo a gratuidade da entrega, disponíveis no serviço mútuo. Participamos desse mistério, vivendo e testemunhamos a força do amor colocando em comum nossas vidas, os dons que trazemos, as experiencia espirituais e o trabalho apostólico, reservando momentos de recreios e alegria fraterna.

Fruto da vitalidade do carisma palautiano é o Carmelo Missionário Secular (CMS), associação internacional de leigos com quem partilhamos nosso patrimônio espiritual. Nossa tenda se estende como família através da missão compartilhada com leigos, que colaboram no serviço aos mais necessitados.

Quer saber mais?…entre no Nosso site: https://www.carmelitasmisioneras.org/

 

Irmã Andréia ReisIrmãs Carmelitas Missionárias

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Artigos Movimentos Diocesanos Pastorais

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO POR OCASIÃO DO III DIA MUNDIAL DOS AVÓS E DOS IDOSOS

XVI Domingo do Tempo Comum – 23 de julho de 2023

 

«De geração em geração, a sua misericórdia» (cf. Lc 1, 50)

 

Queridos irmãos e irmãs!

«De geração em geração, a sua misericórdia» (cf. Lc 1, 50): assim reza o tema do III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. O tema leva-nos a um encontro abençoado: o encontro entre Maria, jovem, e sua parente Isabel, idosa (cf. Lc 1, 39-56). Esta, cheia de Espírito Santo, dirige à Mãe de Deus palavras que, dois milénios depois, cadenciam a nossa oração diária: «Bendita és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre» (1, 42). E o Espírito Santo, que já tinha descido sobre Maria, sugere-Lhe como resposta o Magnificat, onde proclama que a misericórdia do Senhor se estende de geração em geração. O Espírito Santo abençoa e acompanha todo o encontro fecundo entre gerações diversas, entre avós e netos, entre jovens e idosos. De facto, Deus quer que os jovens, como fez Maria com Isabel, alegrem os corações dos anciãos e extraiam sabedoria das suas experiências. Mas o primeiro desejo do Senhor é que não deixemos sozinhos os idosos, que não os abandonemos à margem da vida, como hoje, infelizmente, acontece com demasiada frequência.

Neste ano, regista-se uma proximidade estupenda entre a celebração do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos e a Jornada Mundial da Juventude; no tema de ambas, sobressai a «pressa» de Maria (cf. 1, 39) quando visita Isabel, levando-nos assim a refletir sobre a ligação entre jovens e idosos. O Senhor espera que os jovens, ao encontrar os idosos, acolham o apelo a guardar as memórias e reconheçam, graças a eles, o dom de pertencerem a uma história maior. A amizade duma pessoa idosa ajuda o jovem a não cingir a vida ao presente e a lembrar-se que nem tudo depende das suas capacidades. Por sua vez, aos mais velhos, a presença dum jovem abre à esperança de que não se perderá tudo aquilo que viveram e se vão realizar os seus sonhos. Em resumo, a visita de Maria a Isabel e a consciência de que a misericórdia do Senhor se transmite duma geração à outra mostram que não podemos avançar – nem salvar-nos – sozinhos, e que a intervenção de Deus se manifesta sempre no conjunto, na história dum povo. É precisamente Maria quem no-lo diz no Magnificat, alegrando-Se em Deus, que, fiel à promessa feita a Abraão (cf. 1, 51-55), realizou maravilhas novas e surpreendentes.

Para melhor captar o estilo do agir de Deus, recordemos que o tempo deve ser vivido em plenitude, porque as realidades maiores e os sonhos mais belos não acontecem num instante, mas através dum crescimento e duma maturação: em caminho, em diálogo, no relacionamento. Ora, quem se concentra apenas no imediato, nas próprias vantagens que se hão de conseguir rápida e sofregamente, no «tudo e já», perde de vista o agir de Deus. Diversamente, o seu projeto de amor atravessa o passado, o presente e o futuro, abraça e põe em ligação as gerações. É um projeto que nos ultrapassa a nós mesmos, mas no qual cada um de nós é importante e, sobretudo, é chamado a ir mais além. Para os mais jovens, trata-se de ir mais além do imediato em que nos confina a realidade virtual, que muitas vezes nos desvia da atividade concreta; para os mais velhos, trata-se de não se deterem no debilitar-se das forças nem no lamento pelas ocasiões perdidas. Olhemos para a frente! Deixemo-nos plasmar pela graça de Deus, que, de geração em geração, nos liberta do imobilismo no agir e das lamúrias voltadas para o passado!

No encontro entre Maria e Isabel, entre jovens e idosos, Deus dá-nos o seu futuro. Na realidade, o caminho de Maria e o acolhimento de Isabel abrem as portas à manifestação da salvação: através do seu abraço, a misericórdia irrompe, com alegre mansidão, na história humana. Por isso, quero convidar cada um a pensar naquele encontro; mais ainda, a fechar os olhos e imaginar, como numa foto instantânea, aquele abraço entre a jovem Mãe de Deus e a mãe idosa de São João Batista; representá-lo na mente e visualizá-lo no coração, para o fixar na alma como um luminoso ícone interior.

E convido depois a passar da imaginação à vida concreta, fazendo algo para abraçar os avós e os idosos. Não os deixemos sozinhos; é preciosa a sua presença nas famílias e nas comunidades: dá-nos a noção de partilhar a mesma herança e de fazer parte dum povo em que se preservam as raízes. Sim! São os idosos que nos transmitem a pertença ao santo Povo de Deus. A Igreja e de igual modo a sociedade precisam deles. É que os idosos entregam ao presente um passado necessário para construir o futuro. Honremo-los, não nos privemos da sua companhia nem os privemos da nossa. Não permitamos que sejam descartados.

O Dia Mundial dos Avós e dos Idosos pretende ser um pequeno e delicado sinal de esperança para eles e para a Igreja inteira. Por isso renovo o meu convite a todos – dioceses, paróquias, associações, comunidades – para o celebrarem, colocando no centro a alegria transbordante dum renovado encontro entre jovens e idosos. A vós, jovens, que estais a preparar-vos para partir para Lisboa ou que vivereis a Jornada Mundial da Juventude na própria localidade, quero dizer: antes de sair para a viagem, ide visitar os vossos avós, fazei uma visita a um idoso sozinho. A sua oração proteger-vos-á e levareis no coração a bênção daquele encontro. A vós, idosos, peço para acompanhardes com a oração os jovens que estão prestes a celebrar a JMJ. Aqueles jovens são a resposta de Deus aos vossos pedidos, o fruto daquilo que semeastes, o sinal de que Deus não abandona o seu povo, mas sempre o rejuvenesce com a criatividade do Espírito Santo.

Queridos avós, queridos irmãos e irmãs idosos, chegue até vós a bênção do abraço entre Maria e Isabel, e encha de paz os vossos corações. Com afeto, vos abençoo. E vós, por favor, rezai por mim.

Roma – São João de Latrão, na Festa da Visitação da Virgem Santa Maria, 31 de maio de 2023.

FRANCISCO

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Artigos Bíblia

O Reino do Norte – Israel

Foram cinco dinastias diferentes que reinaram: dezenove reis; sete foram assassinados e um se suicidou; foram duzentos e nove anos de rebeliões contra Deus (Aliança) e houve o crescimento da violência, injustiça, suborno, luxo, ao lado do empobrecimento de muitos.

Quanto aos Escritos sobre o Reino do Norte, surgiram relatos bem posteriores aos fatos narrados, com interpretações bem determinadas (1Rs 12, 1 – 2 Rs 17).

REIS QUE IMPRIMIRAM SUAS MARCAS PROFUNDAS NO REINO DO NORTE (ISRAEL):

JEROBOÃO I – ver 1Rs 14 (931 – 910 a.C.)

Morou em Tersa (1ª. Capital do Reino do Norte; liderou uma revolta contra o rei Salomão; foi chamado a ser rei pelo profeta Aías de Silo (1Rs 11, 29 s); construiu santuários em Betel e em Dã, colocando neles o bezerro de ouro (uma representação divina); durante seu reinado, o profeta Aías se distanciou do rei (1Rs 14, 1s) porque este favoreceu a idolatria no reino, como forma de manipulação e exploração política. Deixou seu filho Nadab no trono, porém, após dois anos, Baasa assassinou Nadab e tomou o trono de Israel.

AMRI – ver 1Rs 16, 21 – 28 (885 – 874 a.C.)

Em 885 a.C. – começou seu reinado em Tersa. Em 891 a.C. comprou de Semer o monte Samaria e ali construiu a capital do Reino (Samaria) – ver 1 Rs 16, 23 – 26.

Foi um período de grande euforia e grandeza do Reino de Israel devido à “prosperidade” econômica. Amri manteve um controle curto sobre o país de Moab.

Amri reinou onze anos, mas sua dinastia ficou por 3 gerações (total: 33 anos!). Foi o único rei de Israel que assumiu o trono por decisão democrática (aclamação pelo povo), após o suicídio de Zambri.

ACAB (874 – 853 a.C.) – ver 1Rs 16, 29 – 22, 40

Exerceu uma política de exploração e violência, sendo ambicioso e sem escrúpulos (veja o episódio da vinha de Nabot em 1Rs 21, 1 – 29). O rei foi condenado pelo profeta Elias e o cumprimento da condenação do profeta chegou a seu tempo (2Rs 9, 22 – 26).

O rei “se arrependeu e fez “penitência” e obteve a misericórdia do Senhor.

Acab casou-se com Jezabel, princesa fenícia de Sidon e adotou o culto a Baal.

Jezabel promoveu uma violenta perseguição e extermínio aos profetas do Senhor.

Abdias, alto funcionário da corte, protegeu muitos profetas (1Rs 18, 9 – 15).

Durante seu reinado ocorre o “ciclo de Elias” (1Rs 17 – 19; 21; 2Rs 1, 1 – 2; 18).

Acab mostrava certo desprezo pelo Senhor (Aliança) e colocava sua confiança nas armas (veja os textos de 1Rs 20 e 22).

Entretanto, cumpre-se a palavra de Elias em relação a Acab: 1 Rs 22, 28 – 38; 21, 19.

Seu filho Ocozias reinou apenas um ano (853 – 852 a.C.) e Jorão (irmão de Ocozias) assumiu o Reino de Israel.

Eliseu, o profeta, ungiu Jeú como rei de Israel, que, depois, foi aclamado pelo povo (2Rs 9, 1ss; 9, 11ss). Jeú usurpou o trono e exterminou a família real, inclusive Jezabel

(2Rs10, 1 – 36).

 JEÚ (841 – 814 a.C.) – ver 2Rs 9, 1 – 10, 36

Inaugurou a dinastia mais longa de Israel: 4 gerações e 98 anos! Teve o apoio do profeta Eliseu, fundamental para manter o governo equilibrado.

Enfrentou guerra contra a Síria (Aram = Damasco), mas perdeu algumas cidades para Bem-Adad III, rei sírio (2Rs 10, 32). Foi uma época de expansão do Império Assírio: Jeú pagou tributos a Salmanasar III (imperador da Assíria);

As narrativas sobre Jeú são breves e brutais: ele era defensor irresoluto do Javismo, porém o autor deuteronomista o condena, por ele ter mantido o culto em Dã e Betel aos bezerros de ouro, conf. 2Rs 13, 6.

JEROBOÃO II (783 – 743 a.C.) – ver 2Rs 14, 23 – 29

No tempo de seu pai Joás morreu o profeta Eliseu; Joás obteve vitórias nas batalhas contra a Síria (Aram) e recuperou territórios. Cresceu a euforia diante do desenvolvimento do Reino de Israel. O rei Jeroboão II restabeleceu a extensão do Reino. A Assíria deixou de exercer influências sobre a região, por causa dos conflitos internos no Império. Com isso, Israel se fortaleceu economicamente (“milagre econômico”), aumentou a produtividade e a euforia religiosa, porém persistiam as desigualdades na distribuição dos bens produzidos.

A RUÍNA DO REINO DO NORTE:

Zacarias, filho de Jeroboão II, reinou só seis meses e foi assassinado por Selum; após um ano, Selum foi assassinado por Manaém; Manaém promoveu um governo violento por cinco anos (1Rs 15, 16). A Assíria retomou o controle sobre a Palestina.

Faceias, filho de Manaém, reinou só dois anos; Faceia, escudeiro do rei Faceias, assassinou o rei e usurpou o trono, chegando a governar por cinco anos. Faceia articulou uma coalizão contra a Assíria, reunindo outros pequenos reinos (sírios/aramitas, filisteus, amonitas, moabitas e edomitas); mas a coalizão fracassou (1Rs 15, 23 – 29), pois Acaz, rei de Judá, não aderiu à coalizão; ameaçado por Israel e seus aliados, Acaz pediu ajuda à Assíria, que subjugou a coalizão.

OSEIAS:

Homônimo e contemporâneo do profeta Oseias, foi o último rei em Israel: assassinou faceia e usurpou o trono; submeteu-se à Assíria, pagando altos tributos; tentou uma vã aliança com o Egito, para tentar se rebelar contra a Assíria.

Porém, Salamanasar V, imperador Assírio, descobriu a trama, marchou contra Israel, aprisionou Oseias e destruiu a capital (Samaria); depois, deportou a população e trouxe para Israel gente de outros povos dominados (2Rs 15, 30; 17, 1 – 6 – veja a “Origem dos Samaritanos”). Em 721 a.C. o Reino de Israel deixou de existir, sendo totalmente destruído pela Assíria.

 

Padre Éder Aparecido Monteiro

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Artigos Liturgia

A Unção dos Enfermos, sacramento de salvação e de cura

Após refletir sobre o sacramento da penitencia, vamos amparados pelo catecismo refletir sobre a unção dos enfermos que antes era conhecida como “Extrema Unção”, pois só era administrada “in articulo mortis” (a ponto de morrer). Atualmente o sacramento pode ser administrado mais de uma vez, sempre que for em caso de doença grave.

A Unção dos Enfermos é um sacramento instituído por Cristo, sinalizado como tal no Evangelho de São Marcos (cf. Mc 6,13), recomendado e promulgado aos fiéis pelo Apóstolo São Tiago: “Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, lhe serão perdoados” (Tg 5,14-15). A Tradição viva da Igreja, refletida nos textos do Magistério eclesiástico, reconheceu neste rito, especialmente destinado a confortar os doentes e a purificá-los do pecado e de suas sequelas, um dos sete sacramentos.

No Ritual da Unção dos Enfermos, o sentido da doença do homem, dos seus sofrimentos e da morte compreendem-se à luz do desígnio salvador de Deus, mais concretamente, à luz do valor salvífico da dor assumida por Cristo, o Verbo Encarnado, no mistério da sua Paixão, Morte e Ressurreição. O Catecismo da Igreja Católica apresenta com palavras similares: “Por sua paixão e morte na cruz, Cristo deu um novo sentido ao sofrimento, que doravante pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora.” (Catecismo, 1505). “Cristo convida seus discípulos a segui-lo, tomando cada um sua cruz (cf. Mt 10,38). Seguindo-o, adquirem uma nova visão da doença e dos doentes” (Catecismo, 1506).

A Sagrada Escritura indica uma estreita relação entre a doença, a morte e o pecado. Mas seria um erro considerar a doença como um castigo pelos pecados pessoais (cf. Jo 9,3). O sentido da dor do inocente só se alcança à luz da fé, crendo firmemente na Bondade e na Sabedoria de Deus, na sua Providência amorosa e contemplando o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, graças à qual foi possível a Redenção do mundo.

Para um cristão, a doença e a morte podem e devem ser meios para se santificar e redimir com Cristo. O Sacramento da Unção dos Enfermos confere ao cristão uma graça especial para enfrentar as dificuldades próprias de uma doença grave ou velhice, ajuda a viver estas realidades dolorosas da vida humana com sentido cristão.

O essencial do sacramento consiste em ungir a fronte e as mãos do enfermo, antecipada pela imposição das mãos e acompanhada de uma oração litúrgica realizada pelo sacerdote ou o bispo, únicos ministros que podem administrar este sacramento.

 

Pe. Fernando GonçalvesComissão de Liturgia

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Artigos Falando da Vida

Felicidade Liquida ou Felicidade Sustentável

Como as Redes Sociais afetam nossos projetos?

Não basta passar as férias num lugar maravilhoso se ninguém souber que você esteve lá. Essa é a lógica que faz com que as pessoas se exponham cada vez mais nas redes sociais. Mas a felicidade só é completa quando a quantidade de likes recebidos alcança a meta esperada pelo ego. Parece que desistimos de buscar a felicidade real baseada em motivos sustentáveis e estamos nos contentando com a felicidade líquida que só existe nos feeds do Instagram e desaparece em seguida.

Infodemia, é o nome que se dá ao excesso de informações que recebemos e compartilhamos diariamente na Internet. Uma pesquisa da Comscore mostrou que o brasileiro passa, em média 46 horas por mês conectado nas mídias sociais. O Brasil está na terceira posição entre as nações que mais consomem esses aplicativos, além de ser o segundo país com mais influenciadores digitais no mundo. Influencer já é a profissão que mais cresce no Brasil, superando em 8 vezes a profissão de Advogado e em 20 vezes, a de Médico.

O papel do Influenciador digital é atrair o interesse das pessoas através de suas habilidades de comunicação para promover produtos e marcas. O sucesso alcançado por esses profissionais ultrapassou os limites da profissão e hoje tornou-se um modelo de comunicação social.  A maioria das páginas de pessoas comuns, exibe a mesma estrutura encontrada nas páginas dos influencers com cenas de uma vida idealizada, que muitas vezes, é só aparência. Nas Redes Sociais não há lugar para dor, tristezas e derrotas; ninguém posta situações desafiadoras, só conquistas.

Para além do simples passatempo recreativo, ficar horas nas Redes Sociais consumindo e compartilhando informações, pode afetar a saúde mental. A ideia de que a minha grama não é tão verde quanto a do meu vizinho, faz todo sentido aqui, pois cria o pensamento de que “todos são felizes, menos eu”. Para a nossa mente inconsciente, que não diferencia o falso do verdadeiro, essa atitude mental ganha um caráter concreto transformando-se em descontentamento com a vida, ansiedade e depressão.

Devemos ter sonhos e lutar por eles, mas antes disso, é preciso aprender a gerenciar nossas emoções. Será que sou mesmo um fracassado? Os meus projetos de vida são, realmente meus ou estou me baseando na história dos outros? A felicidade compartilhada nas Redes Sociais é líquida e descartável enquanto que a felicidade sustentável começa com a aceitação incondicional de quem você é incluindo defeitos. Mas a vida não pode se fechar nos interesses individuais; é preciso se abrir para o próximo através da generosidade e da prática constante do bem. Quando você sentir a verdadeira felicidade presente no seu coração, não precisará mais postá-la em nenhuma Rede social.

 

Romildo R. Almeida – Psicólogo clínico

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Artigos Vocação e Seminário

“Senti o chamado de Deus em minha vida. E agora?”

No seu cuidado e no cumprimento da sua promessa, Deus continua a chamar jovens para operar em sua colheita. O Papa Francisco recorda-nos que “o Senhor nos chama a participar na sua obra criadora, prestando a nossa contribuição para o bem comum com base nas capacidades que recebemos” (Christus Vivit, 253). É de conhecimento que a explicação basilar de “vocação” é do chamado que Deus realiza à todas as pessoas.

Entretanto, sentido e discernindo o chamado específico que Deus realiza no silêncio de seu coração, como que o jovem pode proceder diante da compreensão de sua vocação? De forma oportuna, aproveita-se desse espaço para auxiliar àqueles que querem seguir o chamado do Senhor.

Em suma, é necessário, ao experienciar do chamado de Deus, que o jovem deve procurar a alguém para o acompanhamento. Exorta-nos o Sumo Pontífice que “há sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos, profissionais e até jovens qualificados, que podem acompanhar os jovens no seu discernimento vocacional” (CC,291). O acompanhamento é imprescindível e traz por consequência o discernimento ao jovem: não existe, então, vocação sem um discernimento adequado.

Particularmente para o ministério ordenado, o acompanhamento vocacional na Diocese de Guarulhos baseia-se no trabalho e nas temáticas trabalhadas nos Encontros Vocacionais promovidos pela Diocese – etapa essa imprescindível para um discernimento concreto por parte do vocacionado – e na direção realizada com um presbítero em sua comunidade.

Em nossa Diocese, os Encontros Vocacionais são realizados no último domingo de cada mês às 16h no Seminário Imaculada Conceição. Se você sente o chamado do Senhor em sua vida – ou conhece alguém que quer realizar um discernimento vocacional – participe dos encontros e responda a essa convocação de Deus.

Sem. Edson Vitor – 4º ano de Teologia

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Artigos Vida Presbiteral

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e dia da santificação dos sacerdotes

Os padres e diáconos da Diocese de Guarulhos, estiveram reunidos no seminário diocesano Imaculada Conceição para a manhã de oração no dia 16 de junho, sob a presidência de Dom Edmilson Amador Caetano e reflexão conduzida pelo Cônego Celso Pedro, que ressaltou a importância e os perigos da tecnologia e a meios digitais na vida do presbítero.

A solenidade é celebrada na sexta-feira após a Solenidade de Corpus Christi. A Eucaristia/Corpus Domini não é outro senão o próprio Coração de Jesus, Daquele que, com “coração”, “cuida” de nós. A Devoção ao Sagrado Coração De Jesus tem a sua origem nas aparições de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque, em Paray-le-Monial, na França. No dia 16 de junho de 1675, durante uma exposição do Santíssimo Sacramento, Nosso Senhor apareceu a Santa Margarida Maria Alacoque e, descobrindo seu Coração, disse-lhe:

“Eis o coração que tanto tem amado aos homens e em recompensa não recebe, da maior parte deles, senão ingratidões pelas irreverências e sacrilégios, friezas e desprezos que tem por Mim neste Sacramento de Amor”.

Desde então, ou melhor, desde que as ditas aparições foram reconhecidas pela Igreja, esta celebra, na sexta feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, a festa do Sagrado Coração de Jesus. O Papa Francisco fez a seguinte publicação neste dia no Twitter:

Nesta festa e neste mês do Coração de Jesus, peçamos ao Senhor que faça com que o nosso coração se assemelhe ao seu e que sejamos seus instrumentos para que Ele possa “passar fazendo o bem” a todos.

Manhã de Oração do Clero
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O Amor de Deus por nós!

“Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele quem nos amou e enviou-nos o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.” (1Jo 4,10)

 

A manifestação do amor de Deus é patente em vários aspectos na vida humana. O chamado de Deus a nós, vocacionados, é uma manifestação especial. É gratuidade. É graça.

Se cada um de nós, chamados a estar (no) e ser Povo de Deus, pensasse seriamente nas próprias tendências, más inclinações, paixões etc., veria que não possui méritos pessoais para fazer parte de tão grande missão do amor de Deus no mundo. Deus nos amou por primeiro.

Se cada um de nós, chamados a estar (no) e ser Povo de Deus, olhasse ao redor e, sinceramente, comprovasse que temos semelhantes, nas tendências e inclinações, bem mais virtuosos que nós e que não foram vocacionados a estar (no) e ser Povo de Deus, descobriríamos o mistério da eleição de Deus por nós: Graça.

Se cada um de nós, chamados a estar (no) e ser Povo de Deus, não olhasse a própria existência como algo coincidente e natural, ou seja, dizendo “estou na Igreja pois assim quis, pois nasci numa família católica…”, descobriria que, ainda que não tenhamos elementos para dizer qual o motivo da eleição de Deus sobre nós, somos escolhidos, e na gratuidade, louvaria a Deus por esta escolha e a luz que ela nos dá. Não somos melhores que os nossos semelhantes, é verdade. No entanto, somos portadores de um chamado, de uma graça que somente Deus sabe o porquê. “Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar.” (cf. Mt 25)

Se cada um de nós, vocacionados a estar (no) e ser Povo de Deus, refletisse e contemplasse a grandeza do amor Deus, que “não precisando” nos amar, prefere amar, porque Ele é amor e manifesta seu amor à humanidade por ele criada, numa dimensão redentora que, aos olhos humanos, chega a ser escandalosa, – pois “quando éramos fracos Cristo morreu pelos ímpios…a prova que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando ainda éramos pecadores.”(cf. Rm 5,6.8),  – sentiria o coração traspassado, como os ouvintes da primeira pregação da Igreja, no dia de Pentecostes. (cf. At 2)

Se cada um de nós, chamados a estar (no) e ser Povo de Deus, fosse sincero consigo mesmo, reconhecesse os próprios pecados e infidelidades, contemplaria a fidelidade de Deus, vendo que as promessas dele são mantidas, não obstante nossos inúmeros pecados e infidelidades. Quem ainda tem mais tempo de vida (idade), se for sincero consigo mesmo, verificará que somos mantidos neste Povo santo por fidelidade dele, e assim, será mais penetrado da certeza de que a vocação é Graça.

Quando cada um de nós, chamados a estar (no) e ser Povo de Deus, for penetrado pela certeza de amor e eleição (Graça) não poderá deixar de concluir que, apesar de não podermos explicitar o porquê da eleição de Deus sobre nós, podemos explicitar a finalidade, o para que fomos chamados e escolhidos: tornar o amor de Deus por toda a humanidade, presente e vivente no coração das pessoas, manifestado na obra redentora de Jesus Cristo. É a missão.

Quando cada um de nós, chamados a estar (no) e ser Povo de Deus, contemplar verdadeiramente o amor e eleição de Deus por nós, não exercerá a missão de ser Povo de Deus, como se estivesse simplesmente ajudando a Igreja, fazendo um favor para o padre ou para o bispo, fazendo obra filantrópica, dando um pouco de seu tempo…A missão é o tempo todo em cada chamado a serviço específico que temos no Povo de Deus. Quando verdadeiramente contemplarmos a grandeza da eleição e do chamado, diremos como Paulo: “o amor de Cristo nos impele, quando consideramos que um só morreu por todos…a fim de que aqueles que vivem não vivam mais para si, mas por aquele que morreu e ressuscitou por eles…Ai de mim se não anunciar o Evangelho.” (cf. 2Cor 5,14-15; 9,16)

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist. – Bispo diocesano