Diocese de Guarulhos

SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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ECC realiza 45ª Assembleia do Regional Sul 1

Aconteceu no sábado, dia 07 de maio, a Assembleia Ordinária do Regional Sul 1 do ECC (Encontro de Casais com Cristo). Contamos com a presença do Conselho Regional Sul 1, coordenado pelo casal Regional João e Márcia e Diretor Espiritual Pe Élcio Roberto de Goés; estavam presentes os Casais (Arqui)Diocesanos e alguns Diretores Espirituais representando suas respectivas (Arqui)Dioceses onde o ECC está presente.

O dia teve início com a Celebração Eucarística, presidida por Dom Caetano, bispo emérito de Bauru/SP e concelebrada pelos padres presentes. Em seguid aconteceu um dia todo de formação, partilha e reflexão frente a retomada dos trabalhos pós pandemia.

O serviço ECC tem colaborado no processo de evangelização das famílias, despertando os casais para a vida cristã, compromisso em nossas comunidades e colaborando na edificação do Reino de Deus.

“Estar juntos é sempre uma oportunidade de nos fortalecemos para juntos continuarmos na missão e enfrentarmos os desafios dos nossos tempos…”

“Cremos na vida, cremos na família…”

A Diocese de Guarulhos esteve presente e representada pelos coordenadores do ECC na Diocese, Luiz e Márcia. O Encontro aconteceu na Cidade de Agudos, próximo à Bauru.

Confira algumas fotos da Assembleia:

Regional Sul 1 realiza encontro com lideranças das pastorais do Estado de São Paulo

O Regional Sul 1 da CNBB promoveu no último dia 5 de maio, de forma online, uma reunião com as representações das pastorais do Estado de São Paulo, com seus coordenadores e assessores eclesiásticos. A reunião foi conduzida pela Presidência do Regional, representada por Dom Pedro Stringhini, bispo de Mogi das Cruzes e Presidente o Regional, Dom Edmilson Amador Caetano, bispo de Guarulhos e vice-presidente do Regional, e Pe Thiago Faccini, secretário executivo do Regional.

Na saudação inicial, Dom Pedro fez acolhida em nome da Presidência do Regional, agradecendo o importante trabalho de cada agente de pastoral em suas realidades particulares, e incentivando os líderes a continuar levando adiante a missão com entusiasmo. Ele recordou a participação dos bispos de São Paulo na 59ª Assembleia Geral da CNBB, realizada na semana anterior, que teve como um de seus resultados a publicação de uma carta dos bispos, direcionada a todo o povo brasileiro. Também Dom Edimilson fez um pronunciamento de encorajamento aos presentes.

Neste encontro cada pastoral teve a oportunidade de partilhar sobre seus trabalhos realizados, e sobre a retomada das atividades presenciais, que começa a acontecer. Algumas pastorais relataram as dificuldades que encontram neste processo de retorno gradual.

A presidência do Regional reiterou que a estrutura do Regional em São Paulo está à disposição de todas as pastorais para apoiar a realização de suas atividades a nível estadual.

Fonte: Cnbb – Regional Sul 1

Missa de Dedicação do novo Altar – Paróquia Nossa Senhora de Loreto

Na sexta-feira, 6 de maio, aconteceu a Missa de Dedicação do novo altar na Paróquia Nossa Senhora do Loreto

A Missa foi presidida por nosso Bispo, Dom Edmilson e presença de Padres, Diácono e seminaristas da Diocese de Guarulhos.

Momento de grande Graça e alegria.

Confira algumas fotos da Dedicação da Paróquia:

Missa de Dedicação do Altar - Paróquia Nossa Senhora de Loreto

“Movimento Mães que Oram pelos Filhos”

O movimento Mães que Oram pelos Filhos, surgiu com o seu primeiro grupo na Paróquia São Camilo de Léllis localizada em Mata da Praia – Vitória/ES. O grupo era formado por vinte jovens mães, vindas de famílias católicas, sem experiência oracional, porém com uma imensa vontade de interceder pelos seus filhos. O despertar para Jesus era o que as movia, para que saíssem de suas casas e se reunissem na Santa Igreja, e assim, interceder e orar, mesmo sem ainda compreender a vocação espiritual de uma mãe, no interior de cada coração já existia uma sede de Deus. Era o início de uma linda caminhada na fé.

O grupo foi fundado em 2011 e passou a ser reconhecido pela Arquidiocese de Vitória (ES), como “Movimento Mães que Oram pelos Filhos”, tendo como fundadora Ângela Abdo, e hoje tem como Diretor espiritual o Padre Hadeleon Santana, sendo sua padroeira – Nossa Senhora de La Salette e co-padroeira Santa Mônica.

O Movimento Mães que Oram pelos Filhos tem cumprido sua missão de capacitar um exército materno para promover a atividade apostólica e se colocar em batalha espiritual para a salvação e restauração das famílias. Com isso, tem atingido seus objetivos de interceder em favor dos filhos e formar mães para serem intercessoras, as quais estarão a serviço, segundo o coração de Deus, para salvar as almas dos seus filhos e os do mundo inteiro.

A pedagogia de Deus de trazer as mães para rezarem para os seus filhos, teve como primeiro fruto a própria mãe. Nessa busca materna a mãe foi a primeira a ser evangelizada e restaurada. Depois passaram a anunciar a Boa Nova no seu lar e com isso, os maridos e filhos voltaram para a igreja. Essas famílias, para viverem de acordo com a doutrina cristã, colocam os filhos na catequese e os pais buscam o batismo, a eucaristia, a crisma, o matrimônio, porque muitos não tiveram acesso a esse conhecimento e alguns viviam sem desfrutar dos bens espirituais da igreja (com os sacramentos da iniciação cristã, por vezes apenas vivendo junto, buscam o matrimônio ou ainda em uma segunda união, buscando a nulidade do matrimonio anterior e assim regularizar suas situações de acordo com a Santa Igreja). Por fim, ao vivenciarem a Igreja, descobrem as bênçãos de Deus, a participar das ações apostólicas e levam a outras pessoas do seu círculo social e profissional o seu testemunho.

Inicialmente o objetivo era voltado para as necessidades próprias das mães. Ao longo do tempo, o movimento avança pelas mídias sociais e alcança pessoas de fora e não somente com obras espirituais, pois surgem necessidades materiais de ajudar a igreja e instituições em obras de caridade. Por isso foi criada a “Associação de Mães que Oram pelos Filhos – AMO”, pessoa jurídica de direito privado, constituída na forma de sociedade civil sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira, regida por um estatuto próprio.

O “Movimento Mães que Oram pelos Filhos” em nossa Diocese:

Teve início em 2018 na Paróquia Santa Luzia – Parque Alvorada que se reúne às quartas-feiras às 19h30;

Seguindo com a criação dos demais grupos, hoje temos também os grupos do movimento nas seguintes paróquias:

Paróquia Santa Mena na Comunidade São Judas Tadeu. Se reúnem às quartas às 20h;

A Paróquia Nossa Senhora de Fátima.Jd Tranquilidade se reúnem às terças às 18h;

A Paróquia São Judas Tadeu Comunidade Nossa Senhora Aparecida Jd. Alice; e

Em breve teremos na Paróquia Santa Cruz Jd. presidente Dutra (está em fase de formação do grupo).

Temos percebido o entusiasmo e o desejo de muitas mães pelo Movimento em nossa diocese, que tem ajudado muitas famílias através do poder da oração. Também com os momentos formativos, o movimento é muito rico em formações, esperamos poder divulgar ainda mais, para que as demais paróquias de nossa diocese experimentem também esse carisma, “Restaurar famílias com o poder da oração de intercessão.”

No último final de semana do mês de abril tivemos o oitavo Encontro Nacional e o primeiro Internacional do Movimento na Canção Nova, este ano com o tema: Convertei-vos e Crede no Evangelho, sendo iniciado com este encontro, o ano da Penitência, onde nos momentos formativos dos grupos estaremos avançando no Caminho da Santidade, e nossa diocese esteve presente com a participação de algumas mães.

Você Mãe grande intercessora do seu lar, venha unir-se a nesse grande exército de “Mães que Oram pelos Filhos”.

“Quero de joelhos ver meus filhos de pé, Deus me sustenta e aumenta a minha fé.”

“Deus mantenha meus filhos de pé.”

 

Priscila Mendonça, da Paróquia Santa Mena Comunidade São Judas Tadeu.

Coordenadora Diocesana do Movimento Mães que Oram pelos Filhos.

11-94039-3828

 

Fotos do VIII Encontro Nacional e I Internacional do Movimento na Canção Nova nos dias 30/04 e 01/05:

MENSAGEM AOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS

GRANDE É A DIGNIDADE DO TRABALHO, POIS HONRA OS TRABALHADORES.

 

Nesse primeiro de maio queremos nos dirigir a todos os trabalhadores e trabalhadoras de nossa cidade de Guarulhos.

O trabalho é o centro, tanto na vida de cada pessoa, de cada família, como na organização e funcionamento de toda a sociedade. Ele ocupa a maioria do tempo e determina, em grande parte, a vida das pessoas.

No livro do Gênesis nós encontramos a chave de leitura do valor do trabalho. Deus criou o ser humano, “homem e mulher”, à sua imagem e semelhança e disse: “Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a  cf Gn 1,27.28. Essas palavras indicam a vocação de todo ser humano no mundo: transformá-lo em lugar aprazível para nele viver e louvar o Criador. Essa atividade transformadora do mundo reflete a própria ação do Criador.

Diante disso o mundo do trabalho não deve ser fonte de lucro ou de capital acumulado às custas da miséria dos trabalhadores. O planeta terra deve ser nossa casa comum de igualdade e fraternidade para todos os seres humanos, onde não haja exploração do homem sobre o homem.

Muitos direitos trabalhistas foram tirados da legislação, direitos que para conquistá-los houve muita luta e resistência de trabalhadores, muitos ficaram pelo caminho, na busca de vida mais digna.

Em 2017 foi promovida uma reforma trabalhista, prometendo uma redução significativa do desemprego que estava em torno de 12,3 milhões de pessoas. Foram alterados dispositivos da CLT – consolidação das leis trabalhistas, que facilitou o teletrabalho, o trabalho intermitente, a terceirização de serviços, facilidade na contratação de autônomos.

Dois anos depois em novembro de 2019 o quadro do desemprego não alterou significativamente como foi propagado. E iniciamos 2020 com uma taxa de 11,9 milhões de desempregados. E no governo atual desde que assumiu em 2019, os trabalhadores continuam sofrendo fortes retrocessos em seus direitos e garantias, pois sua política econômica defende somente os interesses do mercado financeiro especulativo.

Em março de 2020 enfrentamos o início de uma terrível pandemia do Coronavírus, fato que trouxe à tona muitos problemas na área da saúde, problemas sociais e econômicos, com fortes reflexos negativos no mundo do trabalho.

Estas alterações trabalhistas como: facilidades para precarização do trabalho, redução da renda familiar, e trabalhos informais foram sentidas fortemente neste tempo de pandemia.  Em 2022, o número de desempregados soma 12 milhões. O Brasil tem recorde de 30% dos desempregados em busca de trabalho há mais de 2 anos. Em que pese a melhora no dinamismo da ocupação, o aumento do tempo de permanência no desemprego mostra que a situação do mercado de trabalho continua desafiadora.

Precisamos reconhecer e valorizar cada vez mais as organizações sociais e sindicais, que organizam e defendem os direitos dos trabalhadores, para que retomem seu papel histórico de organização da classe trabalhadora, para assim enfrentar os desafios da conjuntura social agravada pela crise sanitária causada pelo coranavírus, que mais uma vez atinge cruelmente os trabalhadores. O comportamento do mercado de trabalho e o processo inflacionário que o país vem apresentando desde o início de 2022 agravam a condição básica de vida de uma parte significativa da população brasileira. A perda de emprego de qualidade, o acirramento da inflação e a piora na distribuição patrimonial, são os grandes responsáveis pelo aumento da população em condições de rua, entre eles encontram-se famílias inteiras, e são facilmente percebido nas cidades brasileiras nos últimos dois anos.

É necessário retomar o desenvolvimento econômico com distribuição de renda, que valorize a pessoa humana, fortalecer a pequena e média indústria assim como o pequeno comércio que são geradores de emprego e contribuem diretamente com o fortalecimento da economia local.

Dia 1º de maio é dia de lançar um grito de solidariedade, um grito pela vida. Que haja uma solidariedade fraterna entre os trabalhadores, e para com os trabalhadores, principalmente com aqueles que estão sem emprego. O trabalhador está em todo tecido social, é hora de se levantar, sejamos solidários, sejamos humanos.

Santo Atanásio escreveu: “O cristão é convocado a trabalhar não só para conseguir o pão, mas também por solicitude para com o próximo mais pobre, ao qual o Senhor ordena dar de comer, de beber, de vestir e atenção”.

Também nos diz o Papa Francisco: “Hoje não é apenas a dignidade do empregado que está em jogo, mas a dignidade do trabalho de todos, e da casa de todos a, nossa mãe terra”.

Que São José operário rogue por todos os trabalhadores e trabalhadoras, para que não lhes faltem trabalho, terra, teto, e que seus direitos sejam reconhecidos e garantidos.

 

Padre Tarcísio Anatólio de Almeida e Pastorais Sociais da Diocese.

Pe. Salvador lança livro sobre experiência missionária em Pemba

Na noite do dia 22 de abril, sexta-feira, aconteceu no Seminário da Diocese de Guarulhos o lançamento do livro “Uma missão de fé que transformou para sempre a minha cosmovisão” de autoria do Pe. Salvador Maria Rodrigues de Brito.

O livro narra a experiência missionária do autor na Diocese de Pemba, em Moçambique, tendo presente os inúmeros desafios que este encontrou e, sobretudo, as alegrias e belezas da vivência missionária. O Regional Sul 1 da CNBB enviou Pe. Salvador como o primeiro missionário do projeto de missão do Regional na África, que desde então tem recebido outros enviados.

No lançamento do livro também esteve presente Dom Edmilson Amador Caetano, bispo de Guarulhos e vice-presidente do Regional Sul 1; Dom Pedro Stringhini, bispo de Mogi das Cruzes e Presidente do Regional; e, Pe. Thiago Faccini Paro, secretário executivo do Regional. Além destes, esteve presente a missionária Helena Santos, da Diocese de Guarulhos, que faz parte do projeto missionário em Pemba e está de férias no Brasil.

A missionária Helena em sua fala no evento, contextualizou o conteúdo do livro, falando também de sua experiência em Pemba e afirmou que o lançamento deste livro é uma importante ferramenta de motivação, tanto para os que estão na missão, quanto para aqueles que terão contato com o conteúdo do livro.

 

Todo o dinheiro arrecadado com a venda do livro será direcionado para o projeto em Pemba, para a construção da Igreja paroquial de Mazeze, onde Pe. Salvador atuou como pároco. As pessoas que quiserem adquirir o livro, que custa R$ 30,00 + frete, podem entrar em contato com o Pe. Salvador pelo telefone: (11) 97172-7435.

Fonte: CNBB – Regional Sul 1

Confira fotos e a reportagem especial da Canção Nova:

Lançamento do Livro do Pe. Salvador

FALA DA CEPDF/CNBB NA 59ª ASSEMBLÉIA GERAL DA CNBB – 25 a 29 abril 2022 (virtual)

Dom Pedro Carlos Cipollini - Bispo de Santo André-SP

Saudação a todos os irmãos bispos participantes desta Assembléia. Saúdo Dom Walmor presidente e os demais membros da direção da CNBB. Saúdo o Sr. Núncio e todos os participantes, nas suas várias funções ministeriais e serviços. Em nome da CEPDF agradeço o espaço disponibilizado para esta fala e a atenção que dispensarem a esta exposição.

Nossa Comissão em sua primeira reunião dia 04-05/11/2019 traçou um cronograma

de atividades. Com a chegada da Pandemia em fevereiro de 2020, ficou prejudicada. Porém, conseguimos realizar reuniões om-line. Elaboramos, com a ajuda dos peritos, três subsídios doutrinais: “Vida dom e Compromisso I: Fé cristã e opção preferencial pelos pobres” e “Vida dom e compromisso II: Fé cristã e aborto”, ambos publicados em 2021.E no início de 2020 o subsídio doutrinal n. 11,  sobre “O Magistério dos Bispos”. Junto com isto se fez o trabalho corriqueiro da Comissão de analisar textos para publicação.

No dia 02 de fevereiro de 2022, realizamos uma reunião on-line da Comissão com os peritos, cujo tema foi “Interpelações à fé cristã e desafios teológicos  pastorais, frente à pandemia e a proposta de uma Igreja Sinodal”. Aqui segue uma partilhar de algumas das questões que foram contempladas neste encontro, muito rico aliás, e outras preocupações da CEPDF.

Primeiramente somos convidados a ler a pandemia na perspectiva dos sinais dos tempos na linha do Vaticano II (cf. GS 4).  A Pandemia muda nosso modo de vida, questiona os sistemas econômico, de saúde e sociais, e expõe a nossa “fragilidade como criaturas”. Nós, como Igreja, temos conseguido dar as razões de nossa esperança a partir da fé, em meio à crise?

Nesta Pandemia, o espaço digital, apesar de muitos não terem acesso a eles, tornou-se mais ainda,  lugar antropológico, ético, social e cada vez mais religioso. Lugar de cultivar a fé, evangelizar e  divulgar a religião. A internet se torna  lugar  de comunidades virtuais e “locus” da ética teológica. O saber teológico por sua vez, não pode  estar desconectado da história e deve responder às situações atuais.

A ciberteologia é entendida como novo campo teológico para “pensar a fé cristã nos tempos da rede”. Dessa experiência religiosa surgem questões políticas, teológicas, morais etc. Pessoas isoladas ou grupos religiosos passaram a ocupar, por um processo de midiatização,  um espaço ostensivo nas instâncias de poder digitais. A migração da prática religiosa para o mundo virtual, que exige mudança de estratégia pastoral. Um desafio.

Evidenciou-se com a pandemia, os grupos católicos conservadores, radicais, reacionários, no interior da Igreja do Brasil. São tomados pelo tradicionalismo fundamentalista. São empenhados no combate ao Concílio Vaticano II, à reflexão teológica pós-conciliar e ao Pontificado do Papa Francisco. Estes grupos  estão minando nossas comunidades e cooptando nossas lideranças pastorais, já fragilizadas. Se arvoram em donos da verdade e instrumentalizam pronunciamentos dos bispos? E assim proliferam os pequenos cismas. Como reagir adequadamente frente aos vários “magistérios paralelos” existentes?

Encontramos grupos altamente midiatizados que usam todo o potencial disponível, e que se apresentam como defensores da “ortodoxia católica”, da tradição, da moral e da liturgia. A pandemia faz pensar no valor da vida. Mas também colocou a questão da finitude, da morte. Pergunta: a Igreja está sabendo falar da escatologia cristã neste tempo de luto? É tempo de crise e de incerteza, mas também, de esperança e de graça, de esvaziamento de pretensões puramente imanentes: colocam-se indagações sobre a transcendência, a eternidade (novíssimos). A fragilidade da condição humana diante da morte, interpela o sentido da vida e escancara a desigualdade social e a lógica perversa de um sistema econômico selvagem e desumanizador em uma “cultura de morte”.

A guerra cultural em curso no Ocidente, tem chegado no Brasil com toda a força nos últimos anos, em grande parte fomentada pelo encontro (ou desencontro) entre o paradigma assim chamado “pós-moderno” e a “Tradição Judaico-Cristã”, que fundamentou grande parte da cultura e dos valores morais do país. Definitivamente estamos em uma cultura pós-cristã. Um exemplo disso é a desconstrução do paradigma do matrimônio monogâmico e da família natural, como proposto pelo cristianismo, é uma consequência direta da implementação das teorias (ideologia) de gênero, que visa a legitimação de um novo paradigma da sexualidade humana, com base no amor livre, a bissexualidade, a pansexualidade, etc

Surgem muitas interrogações, muitas delas  são interrogações esperando de nós, “mestres na fé”, uma resposta. Algumas   respostas já foram dadas. Como fazer perceber que a Igreja não é somente organização humana mas também divina? O que é ser católico em tempos de Pluralismo? Tempo de pessoas religiosas mas sem religião, de muitas religiões e pouca fé, com  católicos que não receberam o Kerigma?

Tem ainda a falta de sentimento de pertença à Igreja, que cria dificuldade para se viver a Igreja Particular (diocesaneidade), vida paroquial, etc  A questão do senso de pertença à Igreja/ Igreja Particular, nos interpela!  Como articular a pluralidade na Igreja (A Igreja nasceu Plural – temos quatro Evangelhos), mantendo a unidade da fé e da Comunidade Eclesial? Coloca-se a questão da unidade na própria Igreja, unidade na pluralidade, porém,  que deve manter a comunhão indivisível em torno da “Regula Fidei”.

Na  complexidade da maravilhosa tecnologia do mundo atual, não podemos caracterizar a Doutrina da Fé, como algo pertencente ao mundo das idéias, questões meramente intelectuais; E as questões relativas à  Pastoral, como pertencentes ao mundo real. Precisamos vencer a apatia e às vezes, desinteresse, que existe, em relação aos temas sobre a fé. As questões de Fé se referem à Verdade Revelada, da qual depende tudo o mais: “Sem fé é impossível agradar a Deus”(Hb 11, 6). A pandemia mostra-nos como muitas vezes deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade; pode-se perceber que a crise mundial, gerada pela pandemia da Covid-19, colapsou, acima de tudo, todos os modelos de sociedade conhecidos até esse momento, os quais  garantiam resolver todos os desafios.

Hoje difunde-se  a ideia de que estamos na era da “pós-verdade”. Isto  faz parecer que diante das ideologias atuais  a fé não tem mais contribuição alguma a dar. A fé cristã é histórica e se nutre da Verdade Revelada. Como anunciar a verdade de Cristo em tempos de relativismo e Fake News? Pergunta-se: como dialogar com a realidade que nos cerca sem perder a Fé?

No entanto, a fé é o bem mais precioso, porque a verdade é  elemento fundamental para a vida do ser humano. Daí deriva que a preocupação, para que a fé não se corrompa e seja claramente explicitada, deve ser considerada tão ou mais necessária que a saúde do corpo. Temos que esclarecer o que é ideológico e o que é da fé católica, o que é comunismo e o que é Doutrina Social da Igreja. Ter uma fé clara (segundo o Credo da Igreja) não pode ser taxado de exagero, falta de espírito ecumênico. O que a Igreja crê está acima das ideologias da moda.

Como na Igreja dos três primeiros séculos, estamos em uma situação de testemunho martirial/profético, exigente, desinstalador. Não serve a opção pelo conformismo e indiferença. A fé é um “bem comum de todos os fiéis”, a começar dos pobres, por isso defender a fé e propor a fé em toda sua beleza,  é uma obra social a favor de todo o Povo de Deus. E isto cabe sobretudo a nós bispos, que devemos garantir o anúncio e a transmissão da fé, de modo adequado. Sobre tudo isto,  a Igreja e os fiéis esperam de nós , além da unidade,  uma Palavra de Pastores, capaz de sustentar o testemunho do Povo de Deus e sustentar a ação evangelizadora missionária da Igreja em meio a esta crise.

Torna-se cada vez mais claro que estamos diante de uma transformação  social em curso, que vai gerar, consequentemente, uma mudança eclesial profunda; talvez não tão positiva como gostaríamos. O momento não serve para buscarmos respostas cultivando  otimismo ingênuo sobre o futuro da Igreja; ao contrário, mais do que nunca precisamos do retrato concreto da realidade (e as estatísticas estão aí), por mais amarga que seja a perspectiva.

A  ausência de Deus (crise de fé) resulta diretamente numa crise antropológica. A questão que temos diante de nós, portanto, é muito mais complexa do que simplesmente buscar ou dar respostas pontuais para problemas específicos, seja do ponto de vista político, eclesial ou pastoral. Alguns são da opinião que somente um novo humanismo poderá dar respostas à profunda crise de sentido, que o ser humano contemporâneo experimenta e que o lança no poço do relativismo moral e niilismo existencial.

É necessário  tomar consciência do relativismo, o laicismo e a crise de sentido  dominantes na sociedade de hoje, que rejeita a Igreja e os princípios cristãos, e responder com coragem, formando cristãos adultos na fé e capazes de transmiti-la. Só permanecerá de pé a árvore que tiver raiz bem forte, ou seja, a fé. Neste quesito temos já  documentos que  nos indicam caminhos: Documento 107 Iniciação à vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários aprovado da 55ª. AG em 2017;Doc. 108 Ministério e celebração da Palavra – Plano de formação e acompanhamento dos ministros da Palavra de 2019. A CEPDF tem o Subsídio Doutrinal n. 11 sobre o Magistério dos Bispos, de 2020 e  o Subsídio Doutrinal n. 10 sobre Fé cristã e Laicidade e em 2013 o Subsídio n. 7. As razões da fé na ação evangelizadora.  

Para enfrentar a crise não precisamos somente de diálogo e tolerância, mas precisamos de volta às origens. Começar de Jesus Cristo e sua prática libertadora (civilização do amor), adesão ao Concílio Vaticano II que é “bússola segura para o novo milênio”(João Paulo II in NMI). A defesa da integridade da  fé deve se pautar pela promoção da fé, sobretudo com o testemunho, com o protagonismo dos leigos. Temos o Documento 105 Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade aprovado na 54ª. AG em 2016. A crise do clero que adquire aspectos dramáticos e  o clericalismo,  estão ligada em última análise a uma crise de fé. Vamos refletir sobre isto com o Ano Vocacional, mas já temos muitos documentos que indicam pistas para uma “conversão das motivações” para os presbíteros inclusive da formação como as Diretrizes pra a formação dos Presbíteros da Igreja do Brasil, Doc. 93/CNBB. A CEPDF publicou em 2010 o Subsídio n.5 Presbítero, Anunciador da Palavra de Deus, Educador da fé e da Moral da Igeja.

A Igreja que não é ONG (no dizer do Papa Francisco), deve ser Igreja da Acolhida e missão, mas antes de tudo deve ser Igreja de Jesus Cristo. Não se começa a ser cristão por tradição recebida ou decisão ética, mas através do encontro com o mistério de Jesus Cristo. É aí que está a força da Igreja. E  nesta linha temos as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2019-2023 Doc. 109 aprovado na 57ª. Ag de 2019, cujo Capítulo I trata do Anúncio do Evangelho de Jesus Cristo.  Além do Documento de Aparecida que propõe a missão numa visão cristológica. A CEPDF no seu Subsídio Doutrinal n. 12 (Vida:Dom e compromisso I, Fé cristã e opção preferencial pelos pobres trata da “cristológica” opção preferência pelos pobres.

 A pandemia  nos coloca grandes desafios: a sociedade tem de ser mais solidária, temos de ter mais cuidado com os outros e com a natureza, a tecnologia não pode nos desumanizar mas deve ser humanizada, combater o mundo da “pós-verdade”…Porém,  nenhum desafio para nós é maior do que manter a comunidade de fé  como Igreja, unida e reunida. O encontro pessoal com o Senhor e  a comunhão com os irmãos é essencial para a vida de fé. A presencialidade é insubstituível. O subjetivismo acirrado e o individualismo nos torna superficiais  colocando-nos contra tudo o que é comunitário. Preservar a memória de Cristo cabeça, no mundo de hoje, implica em preservar a Igreja que é seu corpo. Na Igreja há uma íntima conexão entre a Palavra, a Tradição e o Magistério (cf. DV  Cap. 2). A CEPDF publicou o pequeno vade mecum– Sou católico, vivo minha fé (2005).

O que notamos é que temos os instrumentos que nós mesmos fabricamos colegialmente, para dar uma fé sólida a nosso povo mas parece que não os aplicamos colegialmente. Temos muitos remédios, que nós mesmos fabricamos, mas não aplicamos. Por que será?

Temos a necessidade de continuar aprofundando os temas essenciais para a vida humana, tais como, a relação com Deus, o valor da pessoa e da vida humanas, a liberdade, o sofrimento, etc., à luz das diversas disciplinas teológicas para dar respostas pastorais ao nosso tempo a partir da FÉ. Urge recuperar o humanismo cristão baseado numa fé sólida, para responder aos desafios da atual situação.

Repito uma sitação feita por um dos peritos da Comissão: “O futuro da Igreja pode vir e só virá, também hoje, da força daqueles que têm raízes profundas e vivem da plenitude pura de sua fé. […] O futuro da Igreja, também agora, como sempre, há de ser cunhado novamente pelos santos e profetas. […] Surgirá desta vez uma Igreja que terá perdido muito. Será menor e terá que recomeçar mais ou menos do início. Já não será capaz de habitar os edifícios que construiu em tempos de prosperidade. […] Em todas essas mudanças que se podem conjecturar, a Igreja terá que encontrar de novo, e de forma decidida, o que é essencialmente seu, aquilo que sempre foi o seu centro: a fé no Deus Trinitário, em Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, a assistência do Espírito Santo que permanece até o fim dos tempos” (Card. J. Ratzinger in O futuro da fé, 1975)

A crise que se instaurou com esta Pandemia, precisa se tornar ocasião de renovar a esperança e a ação pastoral baseada na sinodalidade. Sinodalidade recuperada pelo Vaticano II e proposta hoje a toda Igreja, pelo Papa Francisco. Sinodalidade que requer conversão ao modo de ser Igreja, baseado na escuta de todos, na escuta do Espírito Santo, por parte de todos, e uma decidida conversão pastoral.

 

Abaixo Fotos da Participação de Dom Edmilson na Assembleia:

Comunicado da Chancelaria – Padre Paulo Afonso

Comunicamos que o Santo Padre, o Papa Francisco, por meio da Congregação para o Clero, concedeu a dispensa das obrigações sacerdotais inclusive do celibato, ao senhor Paulo Afonso Alves Sobrinho.

A aceitação do rescrito do Romano Pontífice, passou a ter validade nesse dia 25 de abril de 2022, quando o senhor Paulo Afonso Alves Sobrinho assinou o rescrito apostólico, em sinal de aceitação, da dispensa das obrigações sacerdotais inclusive o celibato.

 

Padre Weber Galvani Pereira

Chanceler do Bispado

24ª Festa de Nossa Senhora das Vocações

A Diocese de Guarulhos e o Seminário Diocesano Imaculada Conceição convidam a todos para participar da 24ª Festa em louvor a Nossa Senhora das Vocações.
 
Além da festa o Seminário tem a alegria de acolher a Instituição do Ministério de Leitores dos Seminaristas: Bruno Conti, Bruno Santana, Daniel Felipe, Edson Vitor, Guilherme Rodrigues, José Iran, João Edson, Ricardo Valério e Willian Silva.
 
TRÍDUO:
 
1º Dia – 04 de Maio – 19h30 – Pe. Davi Clinton
2º Dia – 05 de Maio – 19h30 – Pe. Vinicius
3º Dia – 06 de Maio – 19h30 – Pe. Bruno Batista
 
PROGRAMAÇÃO FESTA:
 
SÁBADO, 07 DE MAIO
 
09h – Ofício da Imaculada
09h15 – Santa Missa com os amigos do Seminário e pelas Vocações
12h – Regina Coeli e Adoração ao Santíssimo
14h – Pocket Show
16h – Santa Missa com a Instituição do Ministério de Leitor
17h30 – Show Vocacional
 
SEMINÁRIO DIOCESANO DE GUARULHOS
Rua Russas, 406 – Jd. IV Centenário – Guarulhos-SP
Informações: (11) 2467-0650
 
Programe-se e participe!

Semana Santa marca volta de Fiéis às celebrações da Páscoa 2022

Após dois anos sem poderem participar das celebrações da Páscoa, 2022 foi, efetivamente, um ano de celebrarmos novamente a Semana Santa com a presença dos fiéis nas Igrejas, sobretudo nas Igrejas de nossa Diocese.

Com muita emoção, alegria e fervor, os fiéis participaram e celebraram juntos da “Semana Maior”, como é chamada a Semana Santa pela Igreja católica.

Confira como foram as celebrações nas paróquias da Diocese nas fotos abaixo:

Domingo de Ramos:

Celebrações de Ramos 2022

Segunda-feira Santa:

Celebrações - Segunda-feira Santa 2022

Terça-feira Santa:

Celebrações - Terça-feira Santa 2022

Quarta-feira Santa:

Celebrações - Quarta-feira Santa - 2022

Quinta-feira Santa - Ceia do Senhor:

Tríduo Pascal - Celebrações da Ceia do Senhor - Lava-Pés

Sexta-feira da Paixão do Senhor:

Tríduo Pascal - Sexta da Paixão de Cristo

Vigília Pascal - Sábado Santo:

Tríduo Pascal - Vigília Pascal - Sábado Santo

Domingo de Páscoa da Ressurreição de Cristo:

Celebrações da Páscoa e Ressurreição do Senhor