Autor: webmaster
A chancelaria da Diocese de Guarulhos faz saber que S. Excia. Revma. Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist. nomeou:
- Como membros do Colégio de Consultores, para o período de 01/01/2023 a 31/12/2027: Padre Antonio Bosco da Silva, Padre Francisco Gonçalves Veloso Júnior, Padre Marcelo Dias Soares, Padre Pedro Paulo de Jesus, Padre Pelegrino de Rosa Neto, Padre Weber Galvani Pereira.
- Como membros do Conselho de Assuntos Econômicos e Administrativos da Diocese de Guarulhos, para o período de três anos: Sr. Márcio Augusto Silva de Carvalho; Sra. Bruna de Melo Souza Teixeira; Sr. Walter Moacyr Nogueira; Sra. Aparecida de Lurdes Gasparotto Nogueira; Sr. Javier Piñeiro Costoya; Sr. Roberto Victalino.
- O Revmo. Padre Leonardo Henrique da Silva, Reitor do Seminário Propedêutico “Santo Antônio”;
- O Revmo. Padre Francisco Lucas Pereira, pároco da Paróquia Santa Rosa de Lima;
- O Revmo. Padre Pedro Nacélio Soares de Santos, vigário da Paróquia Santa Mena, Mártir;
- O Revmo. Padre Aderivon de Sousa Viana, vigário da Paróquia Nossa Senhora de Bonsucesso;
- O Revmo. Padre Douglas Fernando da Silva, vigário da Paróquia Santa Luzia e a partir de 01/01/2023, vigário da Paróquia Santo Alberto Magno e Nossa Senhora das Graças;
- O Revmo. Padre Lucas Kauã Soares da Silva, vigário da Paróquia Santa Luzia – parque Mikail;
- O Revmo. Padre Ricardo Teixeira Monteiro, vigário da Paróquia Santo Antônio – Bairro dos Pimentas;
- O Revmo. Padre Bruno Batista Marques, vigário da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus e Nossa Senhora das Angústias;
- O Revmo. Padre Genésio Pereira da Silva, MSC, vigário da Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Jardim Tranquilidade;
Padre Weber Galvani Pereira – Chanceler do Bispado
≈1030 – 1010 a.C. (1 Sm 7,2 – 15, 31. 18-31)
Israel viveu sob o regime da Confederação das Tribos por quase 200 anos (1230 a.C. – 1030 a.C.).
Algumas vezes, as tribos se desentendiam quanto à defesa (Jz 5, 16 – 17 e 12, 1 – 7), à unidade (Jz 20) e quanto à fé (Jz 18).
Até houve uma tímida forma de governo centralizado em algumas tribos da região Central e do Norte de Canaã (Jz 9).
Surge a necessidade de um governo centralizado e estável, ou seja, a monarquia. Algumas causas contribuíram para isso:
– o crescimento das dificuldades internas (unidade entre as tribos) e externas (invasões de filisteus; ver 1Sm 4, 10 – 11);
– novas técnicas agrícolas trazidas pelo ferro (machado, foices, etc) e uso do boi na agricultura;
– produção de excedente e melhoria em algumas condições de vida (a escavação e caiação de poços também ajudaram nesta prosperidade);
– prestígio de algumas tribos mais privilegiadas e desigualdades econômicas e sociais;
– Influências: “reis” em Canaã: algumas cidades eram reinos independentes entre si, embora, vassalos dos egípcios por algum tempo; cidades costeiras da Síria, Fenícia, Sidônia e outras eram relativamente independentes umas das outras;
– reinos hostis, que antes, tinham sido grupos de tribos: Edom, Amon (amonitas: 1Sm 11, 1 – 11; 2 Sm 10, 1) e Moab (Nm 21, 11 – 15; 22, 4.10; Jz 3, 12 -30): esses reinos passaram rapidamente do estado tribal para a constituição de um estado organizado, autônomo e com um rei;
– necessidade de uma união maior contra filisteus e amonitas: os filisteus traziam a tecnologia do uso do ferro em armas e eram bem organizados militarmente;
– Samuel, último juiz, estava velho e seus filhos, corruptos, não puderam mais governar o povo (ver 1Sm 7, 3 – 9; 12, 2; 8, 1 – 3); porém, podemos constatar posturas conflituosas no mesmo texto de 1Sm: pró-monarquia (9, 15 – 10, 8) X contra a monarquia ( 8 e 10, 17 – 24);
Por isso, mesmo contra a monarquia, Samuel, orientado por Deus, resolve atender aos apelos dos anciãos do povo para constituir um governo central (rei).
Temos três narrativas sobre a escolha de Saul: a unção secreta(1Sm 9, 1 – 10, 8), a escolha por sorteio (1Sm 10, 9 – 27) e a aclamação do povo ( 1Sm 11, 1 – 15).
Na verdade, Saul não foi necessariamente um “rei” (melek); foi mais chefe de recrutamento tribal (nagid); apenas mantinha uma tropa defensiva.
Em sua época, constatamos uma frágil centralização do poder político:
– Saul não chegou a governar todas as tribos (1Sm 10, 14 – 16. 26s.; 11, 12)
– falta de autoridade: não criou uma organização estatal (nação) e nem constituiu uma corte;
– não constituiu Gabaá capital de um reino e nem construiu palácio – não houve uma estrutura burocrática;
– não teve funcionários estáveis e nem promoveu mudanças no culto ou na vida religiosa (tradição oral, ainda);
– viveu em conflito com Samuel (representante do grupo anti-monárquico);
– mostrou impotência contra os filisteus: seu exército não tinha condições de combatê-los e vencê-los;
– limites pessoais do rei (1Sm 16, 14 – 23): mostrou relativo desequilíbrio na condução de momentos de conflitos em sua vida;
– divisões na família: seu próprio filho Jônatas era a favor de Davi (ver 1Sm 22, 7 – 8);
– infidelidade e desobediência à Palavra de Deus: Saul quis passar acima da autoridade de Samuel, mas não teve sucesso em seu empreendimento (1Sm 13, 7b – 14; 14, 24 – 34; 15, 10 – 30 e 31, 1 – 13).
– causou insatisfação do povo: enquanto isso, Davi adquiria a simpatia do povo pelos combates e vitórias empreendidas em suas batalhas (1Sm 22, 2);
– perdeu o apoio e a confiança de Davi que, de guerreiro seu, passou a ser concorrente (1Sm 18, 5 – 8.11; 19, 10);
– matou sacerdotes em Nob, que eram a favor de Davi, manchando de sangue seu governo: essa atrocidade de Saul foi determinante para sua queda e ruína (1Sm 22, 6 – 23).
– morto na batalha de Gelboé (1Sm 31, 8 – 13), daí a autoridade militar ser a grande marca do governo de Saul.
Saul foi incapaz no plano político (1Sm 31), indigno no plano religioso (1Sm 15, 10 – 31) e desequilibrado no plano psíquico (1Sm 19, 8 – 24); perde, aos poucos, o prestígio inicial;
Pe. Éder Aparecido Monteiro – Vigário Paroquial – Paróquia Sta. Cruz Pres. Dutra
A liturgia do advento contém uma autêntica espiritualidade litúrgica, centrada na vinda do Senhor e sua espera; a vinda do Senhor na carne e no fim dos tempos, assim como sua constante presença na Igreja que é prefigurada de modo particular em Maria, virgem, mãe da esperança.
Palavras chaves do advento são espera e esperança, vigilância e acolhimento. A espera e a esperança que a liturgia do advento nos inspira não nos deixam tranquilos e sossegados no mundo e na história em que vivemos. Ela nos inquieta, porque tem dentro de si um dinamismo que mexe conosco e nos impulsiona. O clamor pela vinda e chegada de Cristo novamente à história humana acompanha o drama dos filhos da nova e eterna aliança, que desde a manifestação plena de Deus em Jesus Cristo, exclamam pressurosos: Maranathá! Vem, Senhor Jesus!
Estas atitudes de espera e esperança do advento são tão grandes e importantes que não podemos perdê-las. Devemos nos dar um tempo e ajudar também nossos irmãos, para que possam abrir-se os corações, precisamente no advento, para o Senhor que vem. Se ele vier sem encontrar os corações abertos, ele não pode entrar. A liturgia do advento oferece a melhor ajuda para que aconteça esta abertura.
Devemos também valorizar os símbolos que nos falam da vinda do Senhor, como por exemplo a coroa do advento, que nos mostra a aproximação e o brilho, cada semana mais forte, da luz que está vindo ao mundo. A árvore do natal e o presépio devem nos lembrar que o Salvador, a luz do mundo, nasceu.
Quando falta Deus, falta a esperança. Tudo perde sentido. Deus conhece o coração do homem. Sabe que quem O rejeita não conheceu o seu verdadeiro rosto, e por isso não cessa de bater à nossa porta, como peregrino humilde em busca de acolhimento. O Senhor concede um novo tempo à humanidade: precisamente para que todos possam chegar a conhecê-lo!
Advento quer dizer que o Senhor vem. Mas ele chega à medida em que o esperamos e nos abrimos para ele.
Padre Fernando Gonçalves
Comissão Diocesana de Liturgia
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Finalmente um Natal de Paz
Aprendendo com as crises.
Passados dois anos de pandemia e de quase 700 mil mortes, será que estamos prontos para sentarmos novamente à mesa e celebrarmos o Natal em família? Com alguns cuidados, a resposta seria sim, afinal mesmo com o aumento de casos verificado nas últimas semanas, a pandemia está sob relativo controle e não oferece os perigos de antes. Todavia, as sequelas das brigas causadas pelas discussões envolvendo preferências partidárias nas últimas eleições, ainda são um desafio a ser vencido.
É certo que estamos vivendo uma crise política que afeta as relações sociais, mas analisando o conceito de crise, temos razões para ficarmos esperançosos de que poderemos colher frutos dos conflitos gerados pela pandemia e também pela política. A palavra crise vem do grego krisis e significa mudança súbita. Conhecemos várias modalidades em que a palavra é empregada: crise econômica, crise afetiva, crise nervosa, crise política, etc. Em Psicologia, crise define um momento de sofrimento intenso, podendo ser o ponto de partida para uma mudança efetiva na vida da pessoa. Portanto, crise não é algo negativo, pois está relacionado à ideia de transformação.
Se com a crise de saúde aprendemos a seguir protocolos a fim de proteger o outro e também a nós mesmos, da mesma forma podemos aprender com as crises que provocaram desavenças e fizeram membros de família se separarem fisicamente ou deixarem de se seguir nas mídias sociais. Creio que, no atual momento, cabe aqui fazer uma pergunta: esse combate político valeu a pena? O que na verdade estamos buscando? Ter paz ou ter razão? O vazio que vai ficar em muitas mesas na ceia de Natal tem de ser o ponto de partida para a discussão que verdadeiramente vale a pena ser feita.
Será que não estamos atirando no alvo errado? Será que não temos inimigos em comum como a fome, a miséria, a violência, a degradação do meio ambiente e será que além da política não existem outras formas de combatê-los? Se percebêssemos que, em última análise fazemos parte de uma mesma família chamada humanidade, que habitamos a mesma casa chamada Terra e que compartilhamos os mesmos objetivos, poderíamos nos reunir numa mesma mesa e celebrar o Natal como irmãos. A verdade é que mais importante do que esse jogo insano, no qual não existem vencedores, existe a paz em família que deve triunfar acima de tudo.
Romildo R.Almeida
Psicólogo clínico
Idealizada há exatos 15 anos, a Conferência Episcopal de Aparecida realizou um novo impulso pastoral em toda Igreja na América Latina e no Caribe. Desde a compreensão mais profunda de que somos discípulos e missionários até a configuração de uma comunidade eclesial que ultrapassa a vivência de uma pastoral de manutenção, Aparecida muito nos ensinou e ensina sobre o ser cristão em nossas ações pastorais ainda nos dias de hoje.
Se nos atentarmos, o Documento de Aparecida – a publicação em síntese das reflexões da Conferência –, no seu parágrafo 18, nos diz que, no respeito à vocação dos batizados, “conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher”. Nessa reflexão, podemos inferir que a alegria do cristão, daquele que é discípulo de Jesus, é anunciar e viver a Boa Nova.
Em uma sociedade de rápidos compartilhamentos, em que transmitimos e retransmitimos tantas informações, devemos perguntar como está o anúncio de Jesus Cristo na realidade em que estou inserido. Em consonância com Aparecida, a resposta a tal inquietação deve ser a de que, se todos somos chamados a sermos discípulos da verdade de Jesus, a alegria de ser cristão é uma consequência pelas profissões de fé e de caridade que prático própria da vocação a pertença a Cristo: seja no presencial ou no virtual, o nosso agir deve corresponder aos ensinamentos de Jesus e de sua Igreja.
Recordando, à exemplo, o tema do Viva a Vida 2022, “vocação é anunciar o amor”, e refletindo as inspirações de Aparecida, pode-se compreender que, uma vez respondido o chamado de Deus, os vocacionados são aqueles que vivem as mesmas qualidades do Senhor onde quer que estejam, seja ela as virtudes da misericórdia, da caridade, da fé, da humildade, da esperança ou das demais outras.
Dentro das incertezas que um novo ano possa apresentar, almejemos aqui o que é certo, respondendo o apelo de que, nos próximos meses, possamos viver a nossa vocação, anunciando o Amor com alegria àqueles que mais necessitam.
Feliz Ano Novo!
Sem. Edson Vitor
3º ano de Teologia