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“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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Regional Sul 1 envia missionário para África para Missão AdGentes

Padre Salvador Maria Rodrigues é enviado pelo Regional Sul 1 para a Missão na Diocese de Pemba, África

O Regional Sul 1 tem a alegria de anunciar o envio do Padre Salvador Maria Rodrigues para a Diocese de Pemba, na África. Padre Salvador é um experiente missionário que já participou da Missão Ad Gentes e foi convidado novamente devido à sua dedicação e compromisso com o trabalho missionário.

Padre Salvador, pertencente à Diocese de Guarulhos, mais especificamente da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, retorna à missão após quase três anos de seu último retorno, devido a problemas de saúde. Nascido em Pilão Arcado (BA), ele traz consigo um amplo currículo sacerdotal e irradia amor por sua vocação, sempre citando Nossa Senhora com veneração e devoção, inspirando-nos a seguir os ensinamentos de Cristo e colocando-se à disposição para servir.

O missionário será enviado para um país da África, onde se integrará à Diocese de Pemba e se envolverá em projetos que visam melhorar a qualidade de vida das comunidades. Isso inclui a construção de infraestrutura básica, além de contribuir para a evangelização e o fortalecimento espiritual das pessoas. Sua vasta experiência e conhecimento serão valiosos recursos para a diocese e para os projetos de assistência e evangelização.

Para viabilizar essa importante missão, o Regional Sul 1 está mobilizando recursos financeiros por meio de doações e conta com o apoio de todos. É uma oportunidade demonstrar solidariedade e generosidade, contribuindo para a transformação de vidas e o avanço do trabalho missionário na África.

O envio de um missionário para a Diocese de Pemba é um exemplo do compromisso do Regional Sul 1 em expandir sua atuação e fazer a diferença na vida das pessoas que mais precisam. Por meio desse trabalho missionário, espera-se levar esperança e auxílio às comunidades locais, fortalecendo a fé e contribuindo para um futuro mais promissor.

O Regional Sul 1 sente-se honrado em enviar o Padre Salvador Maria Rodrigues como representante para a África e reitera seu compromisso contínuo em apoiar projetos missionários e contribuir para a transformação de vidas ao redor do mundo.

Para mais informações e para fazer doações, entre em contato conosco através de nossas mídias digitais!

Deus abençoe ao Padre Salvador e que seja este, um período frutuoso de missão!

Fonte: Site CNBB.org/regionalsul1

Antes de embarcar para a África, Padre Salvador concedeu uma entrevista ao Regional Sul 1, compartilhando sua visão e motivação para a missão. Pequenos trechos dessa entrevista estão disponíveis para visualização.

Confira a entrevista no link abaixo:

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Missa de Abertura da OSIB 2023

A Organização dos Seminários e Institutos dos Brasil (OSIB) promove anualmente a Semana Nacional de Atualização de Formadores, para formadores e reitores de Seminários e Institutos, a missa de abertura do encontro foi realizada na Catedral de Guarulhos, neste dia 10 de julho.

Presidiu a Santa Missa Dom Ângelo Ademir Mezzari, bispo auxiliar de São Paulo e presidente da Comissão para os ministérios ordenados e a vida consagrada da CNBB Concelebrou Dom José Albuquerque, bispo de Parintins e referencial da OSIB

Fonte: Catedral Guarulhos

 

Confira as fotos da Missa de Abertura:

Missa de Abertura da OSIB 2023
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Encontro Diocesano de Novas Comunidades

Aconteceu no domingo, 09 de julho, o Encontro das Novas Comunidades da Diocese de Guarulhos no Centro Diocesano de Pastoral no Bom Clima.

Com o tema Fraternidade e Missão – “Corações ardentes, pés a caminho” (Lc.24, 32-33), Dom Edmilson Amador Caetano abordou a excelente oportunidade de discernimento dos membros referente ao chamado feito pelo Senhor em particular a cada um dos membros das comunidades a qual participam, levando-os a refletir que todos são chamados e escolhidos para missão e que devem responder com gratidão, docilidade e coração aberto, pois Deus os escolheu e os chamou pelo nome.

Iniciando pela manhã o Encontro das Novas Comunidades, os irmãos da Comunidade Shalom conduziram a oração da Laudes. Em seguida, Dom Edmilson em sua pregação disse que não sabemos o porque da nossa eleição, mas sabemos o para que, a finalidade e a missão. Jesus chama a cada um para que esteja com Ele e depois de estar com Jesus que saiam em missão para anunciar a vida nova no Senhor e tenham autoridade de expulsar demônios.

Ressaltou que a comunidade deve estar em torno de Jesus, vivenciando a intimidade com o Senhor. No segundo momento do encontro, os participantes reuniram-se em comunidade para leitura orante da Palavra.

No período da tarde, houve a partilha dos textos bíblicos propostos e
encerrando o momento, Dom Edmilson presidiu a Santa Missa, concelebrada pelos padres: Pelegrino de Rosa Neto, Cleber Leandro de Oliveira e Lucas Kauan S. da Silva.

 

Confira as fotos do encontro e celebração:

Encontro Diocesano de Novas Comunidades
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Missa de Envio Missionário do Padre Salvador

Aconteceu neste domingo, 09/07, às 18:00, a Santa Missa de Envio Diocesano Missionário do Padre Salvador Maria Rodrigues de Brito, para a missão além-fronteira à Moçambique na Diocese de Pemba.

A Santa Missa foi presidida pelo Bispo Diocesano Dom Edmilson, com a participação de alguns Padres, Diáconos, Seminaristas e Religiosas, juntamente com toda a comunidade da Diocese de Guarulhos.

“Meus irmãos, nós precisamos, a nós que foi dado, revelado, esse amor do Pai, nós precisamos realmente, vivenciar e acolher em nosso meio, os valores do Reino dos Céus. Quando nós temos, aquilo que o Pai revelou, ou melhor, aquilo que o Filho nos revelou ao coração, é que nos move para vivenciar os valores do Reino, numa situação de extrema miséria. É ali que Padre Salvador, será enviado como igreja, como missionário, mas o que vai sustenta-lo é a nossa oração, a nossa intercessão, para que esse anúncio do Evangelho seja forte, e ele quem vai lá com o coração agradecido e reconhecido pelas maravilhas que o Senhor fez na vida dele, e quer fazer isso presente, e que nós possamos rezar, e que nós possamos nos sentir presentes nesta Diocese de Pemba, nesta Igreja Africana, que tanto necessita de nós!”, destacou nosso Bispo Dom Edmilson durante o seu momento de partilha.

Padre Salvador deixou de presente para a paróquia, a sua casula de Ordenação, e logo após a santa Missa, tirou fotos e agradeceu a comunidade por tanto carinho.

“Quando Deus escolhe alguém para uma missão muito elevada, confere-lhe todos os dons necessários para essa missão.” – São Bernardino de Sena

 

Confira as fotos da celebração e envio:

Missa de Envio Missionário - Pe. Salvador
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Retiro do Clero da Diocese de Guarulhos 2023

O Clero da Diocese de Guarulhos esteve reunido de 03 a 07 de julho de 2023 para o Retiro anual em Atibaia. O pregador foi Dom Luiz Fernando Lisboa, arcebispo da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim – Espírito Santo.

O tema central foi o mesmo do ano vocacional: “Corações ardentes, pés a caminho.” Dom Luiz utilizou a metodologia de palavras chaves: Escuta, diálogo, palavra, Cruz, migração, pandemia, crise, misericórdia, perdão, compaixão, fraternidade, participação, Povo de Deus, colegialidade, sinodalidade, missão, pobres, profecia, martíria, santidade, vocação e alegria como forma de meditação coletiva e pessoal.

Em cada noite houve um momento de espiritualidade como a santa missa, o terço, confissão e partilha de experiências individuais e em grupo. Todos os dias das 11 as 12h todos adoravam Jesus em silêncio e profunda meditação.

Dom Luiz encerrou as meditações rezando o Salmo 40 e agradecendo a todos pela acolhida e experiência agradável destes dias de convivência presbiteral.

O retiro terminou com os agradecimentos, a santa missa e a foto oficial do clero por forania.

 

Confira algumas fotos do retiro do Clero:

Retiro do Clero 2023
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Irmãs Carmelitas Missionárias

Origem das Carmelitas Missionárias:

 

Raízes: Nossas raízes é o encontro místico de Deus com o Profeta Elias.

Os Carmelitas Descalços, chamados também Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, surgiu no século XI, no Monte Carmelo ( atual Estado de Israel). A palavra “Carmelo significa jardim. Conta a tradição que o profeta Elias se estabeleceu numa gruta, em pleno Monte Carmelo, seguindo uma vida eremítica de oração e silêncio. Nele, e no seu modo de vida, se inspiraram os primeiros religiosos.

Nos anos 1600 na Espanha, Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz conduziram um processo de renovação do carisma da Ordem do Carmo. Deste processo histórico e místico surgiu os Carmelitas Descalços.

Nosso fundador é filho desta ordem e nós as Carmelitas Missionárias. Somos fruto do processo de busca e de experiencia interior de Franscisco Palau, Carmelita Descalço, místico e profeta do século XIX. Palau aprofundou, compreendeu o mandamento de Jesus em chave de comunhão: “Amor a Deus e amor ao próximo”, esta intima convicção animou sua vida e sua obra.

A Congregação foi fundada na Espanha em 1861, Chamadas a viver plenamente a graça do Batismo e o dom da nossa vocação eclesial específica, somos consagrados por Deus e convocados em comunidade a seguir Jesus e com Ele anunciar a Boa Nova do Reino, sendo sinais proféticos de comunhão no mundo. Portanto chamadas a viver a centralidade do Misterio da Igreja: contemplação e anuncio da sua beleza e serviço generoso ao corpo mistico de Cristo. O misterio da Igreja é para nós como o prisma atráves do qual contemplamos a realidade da nossa consagração e o serviço aos irmãos.

Com a morte de Francisco Palau 10 anos mais tarde a Congregação das Carmelitas Missionárias era ja uma realidade conformada por varias comunidades, que reune em si o espirito contemplativo em missão e estilo fraterno do Carmelo Tereziano.

 

Orantes fraternas e missionarias:

Espiritualidade: enraizada no Carmelo Teresiano; bebê da fonte de Santa Teresa D’Avila, e São Joao da cruz, más vivida ao estilo de Francisco Palau. A espiritualidade Carmelitano – Palautiana, centra-se na experiência do mistério eclesial como mistério de comunhão: Deus e o próximo. Isso se concretiza no chamado à comunhão fraterna, na atitude contemplativa na relação de amizade com Deus e na escuta de sua Palavra, no espírito missionário, que nos faz ir ao encontro de quem mais precisa.

Vivemos a Eucaristia como centro da nossa vida, realização máxima da união com Deus e com os irmãos. A Eucaristia impele-nos a fazer dela expressão viva na fraternidade e a partilha com os pobres, antecipando assim o banquete universal do Reino. É muito importante Presença de Maria na nossa espiritualidade, Francisco Palau nos ensina a olhar para Maria como figura e tipo perfeito da Igreja, modelo de dedicação à vontade de Deus e de dedicação gratuita e generosa aos outros. O Amor a Maria está na origem do Carmelo, “O Carmelo é todo de Maria”, é Consagrado a Maria.

 

Dimensão Missionaria: impulsadas pelo testemunho de Nosso Fundador, somos chamadas a ir “Onde a glória de Deus nos chame”, para proclamar o Evangelho em todos os lugares; como foi o desejo de Beato Fco Palau: Olhem a Jesus Cristo e a sua Igreja, em especial nas pessoas feridas, crucificadas, desamparadas e perseguidas. E sob esta consideração, oferece-se para cuidar dele e prestar-lhe os serviços que estiverem ao seu alcance”. Dedicar-se a missão é algo urgente e necessário e hoje nossa família religiosa está presente em 39 países, nos 5 continentes.

“A minha missão é anunciar aos povos que a Igreja é infinitamente bela e amável”. No Brasil estamos em Betim (MG) e em Guarulhos (SP), comprometidas nas pastorais sempre a serviço da Igreja como sinal de comunhão. Desta forma a Congregação realiza a sua atividade apostólica na educação, pastorais Sociais, Catequeses, missão ad gentes, tendo sempre presente o legado: “Amor a Deus, amor ao próximo; esse é o coração da minha missão”. Especificamente na Diocese de Guarulhos, estamos na Paroquia Santa Cruz e Nossa Senhora do Carmo, no Taboão.

Chamadas a Ser profetas e sinais visíveis de comunhão significa também avançar na missão compartilhada, valorizando a complementaridade e fortalecendo o sentido comunitário da vida e da missão

Fraternidade: Francisco Palau deseja que as comunidades de irmãs sejam uniões de fraternidades, sendo reflexo da encarnação do mistério de comunhão eclesial, tendo como fundamento a Trindade Santa. Que vivam como as primeiras comunidades cristãs, amando – se umas às outras como Cristo nos ama, aceitando-nos e vivendo a gratuidade da entrega, disponíveis no serviço mútuo. Participamos desse mistério, vivendo e testemunhamos a força do amor colocando em comum nossas vidas, os dons que trazemos, as experiencia espirituais e o trabalho apostólico, reservando momentos de recreios e alegria fraterna.

Fruto da vitalidade do carisma palautiano é o Carmelo Missionário Secular (CMS), associação internacional de leigos com quem partilhamos nosso patrimônio espiritual. Nossa tenda se estende como família através da missão compartilhada com leigos, que colaboram no serviço aos mais necessitados.

Quer saber mais?…entre no Nosso site: https://www.carmelitasmisioneras.org/

 

Irmã Andréia ReisIrmãs Carmelitas Missionárias

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Artigos Movimentos Diocesanos Pastorais

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO POR OCASIÃO DO III DIA MUNDIAL DOS AVÓS E DOS IDOSOS

XVI Domingo do Tempo Comum – 23 de julho de 2023

 

«De geração em geração, a sua misericórdia» (cf. Lc 1, 50)

 

Queridos irmãos e irmãs!

«De geração em geração, a sua misericórdia» (cf. Lc 1, 50): assim reza o tema do III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. O tema leva-nos a um encontro abençoado: o encontro entre Maria, jovem, e sua parente Isabel, idosa (cf. Lc 1, 39-56). Esta, cheia de Espírito Santo, dirige à Mãe de Deus palavras que, dois milénios depois, cadenciam a nossa oração diária: «Bendita és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre» (1, 42). E o Espírito Santo, que já tinha descido sobre Maria, sugere-Lhe como resposta o Magnificat, onde proclama que a misericórdia do Senhor se estende de geração em geração. O Espírito Santo abençoa e acompanha todo o encontro fecundo entre gerações diversas, entre avós e netos, entre jovens e idosos. De facto, Deus quer que os jovens, como fez Maria com Isabel, alegrem os corações dos anciãos e extraiam sabedoria das suas experiências. Mas o primeiro desejo do Senhor é que não deixemos sozinhos os idosos, que não os abandonemos à margem da vida, como hoje, infelizmente, acontece com demasiada frequência.

Neste ano, regista-se uma proximidade estupenda entre a celebração do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos e a Jornada Mundial da Juventude; no tema de ambas, sobressai a «pressa» de Maria (cf. 1, 39) quando visita Isabel, levando-nos assim a refletir sobre a ligação entre jovens e idosos. O Senhor espera que os jovens, ao encontrar os idosos, acolham o apelo a guardar as memórias e reconheçam, graças a eles, o dom de pertencerem a uma história maior. A amizade duma pessoa idosa ajuda o jovem a não cingir a vida ao presente e a lembrar-se que nem tudo depende das suas capacidades. Por sua vez, aos mais velhos, a presença dum jovem abre à esperança de que não se perderá tudo aquilo que viveram e se vão realizar os seus sonhos. Em resumo, a visita de Maria a Isabel e a consciência de que a misericórdia do Senhor se transmite duma geração à outra mostram que não podemos avançar – nem salvar-nos – sozinhos, e que a intervenção de Deus se manifesta sempre no conjunto, na história dum povo. É precisamente Maria quem no-lo diz no Magnificat, alegrando-Se em Deus, que, fiel à promessa feita a Abraão (cf. 1, 51-55), realizou maravilhas novas e surpreendentes.

Para melhor captar o estilo do agir de Deus, recordemos que o tempo deve ser vivido em plenitude, porque as realidades maiores e os sonhos mais belos não acontecem num instante, mas através dum crescimento e duma maturação: em caminho, em diálogo, no relacionamento. Ora, quem se concentra apenas no imediato, nas próprias vantagens que se hão de conseguir rápida e sofregamente, no «tudo e já», perde de vista o agir de Deus. Diversamente, o seu projeto de amor atravessa o passado, o presente e o futuro, abraça e põe em ligação as gerações. É um projeto que nos ultrapassa a nós mesmos, mas no qual cada um de nós é importante e, sobretudo, é chamado a ir mais além. Para os mais jovens, trata-se de ir mais além do imediato em que nos confina a realidade virtual, que muitas vezes nos desvia da atividade concreta; para os mais velhos, trata-se de não se deterem no debilitar-se das forças nem no lamento pelas ocasiões perdidas. Olhemos para a frente! Deixemo-nos plasmar pela graça de Deus, que, de geração em geração, nos liberta do imobilismo no agir e das lamúrias voltadas para o passado!

No encontro entre Maria e Isabel, entre jovens e idosos, Deus dá-nos o seu futuro. Na realidade, o caminho de Maria e o acolhimento de Isabel abrem as portas à manifestação da salvação: através do seu abraço, a misericórdia irrompe, com alegre mansidão, na história humana. Por isso, quero convidar cada um a pensar naquele encontro; mais ainda, a fechar os olhos e imaginar, como numa foto instantânea, aquele abraço entre a jovem Mãe de Deus e a mãe idosa de São João Batista; representá-lo na mente e visualizá-lo no coração, para o fixar na alma como um luminoso ícone interior.

E convido depois a passar da imaginação à vida concreta, fazendo algo para abraçar os avós e os idosos. Não os deixemos sozinhos; é preciosa a sua presença nas famílias e nas comunidades: dá-nos a noção de partilhar a mesma herança e de fazer parte dum povo em que se preservam as raízes. Sim! São os idosos que nos transmitem a pertença ao santo Povo de Deus. A Igreja e de igual modo a sociedade precisam deles. É que os idosos entregam ao presente um passado necessário para construir o futuro. Honremo-los, não nos privemos da sua companhia nem os privemos da nossa. Não permitamos que sejam descartados.

O Dia Mundial dos Avós e dos Idosos pretende ser um pequeno e delicado sinal de esperança para eles e para a Igreja inteira. Por isso renovo o meu convite a todos – dioceses, paróquias, associações, comunidades – para o celebrarem, colocando no centro a alegria transbordante dum renovado encontro entre jovens e idosos. A vós, jovens, que estais a preparar-vos para partir para Lisboa ou que vivereis a Jornada Mundial da Juventude na própria localidade, quero dizer: antes de sair para a viagem, ide visitar os vossos avós, fazei uma visita a um idoso sozinho. A sua oração proteger-vos-á e levareis no coração a bênção daquele encontro. A vós, idosos, peço para acompanhardes com a oração os jovens que estão prestes a celebrar a JMJ. Aqueles jovens são a resposta de Deus aos vossos pedidos, o fruto daquilo que semeastes, o sinal de que Deus não abandona o seu povo, mas sempre o rejuvenesce com a criatividade do Espírito Santo.

Queridos avós, queridos irmãos e irmãs idosos, chegue até vós a bênção do abraço entre Maria e Isabel, e encha de paz os vossos corações. Com afeto, vos abençoo. E vós, por favor, rezai por mim.

Roma – São João de Latrão, na Festa da Visitação da Virgem Santa Maria, 31 de maio de 2023.

FRANCISCO

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O Reino do Norte – Israel

Foram cinco dinastias diferentes que reinaram: dezenove reis; sete foram assassinados e um se suicidou; foram duzentos e nove anos de rebeliões contra Deus (Aliança) e houve o crescimento da violência, injustiça, suborno, luxo, ao lado do empobrecimento de muitos.

Quanto aos Escritos sobre o Reino do Norte, surgiram relatos bem posteriores aos fatos narrados, com interpretações bem determinadas (1Rs 12, 1 – 2 Rs 17).

REIS QUE IMPRIMIRAM SUAS MARCAS PROFUNDAS NO REINO DO NORTE (ISRAEL):

JEROBOÃO I – ver 1Rs 14 (931 – 910 a.C.)

Morou em Tersa (1ª. Capital do Reino do Norte; liderou uma revolta contra o rei Salomão; foi chamado a ser rei pelo profeta Aías de Silo (1Rs 11, 29 s); construiu santuários em Betel e em Dã, colocando neles o bezerro de ouro (uma representação divina); durante seu reinado, o profeta Aías se distanciou do rei (1Rs 14, 1s) porque este favoreceu a idolatria no reino, como forma de manipulação e exploração política. Deixou seu filho Nadab no trono, porém, após dois anos, Baasa assassinou Nadab e tomou o trono de Israel.

AMRI – ver 1Rs 16, 21 – 28 (885 – 874 a.C.)

Em 885 a.C. – começou seu reinado em Tersa. Em 891 a.C. comprou de Semer o monte Samaria e ali construiu a capital do Reino (Samaria) – ver 1 Rs 16, 23 – 26.

Foi um período de grande euforia e grandeza do Reino de Israel devido à “prosperidade” econômica. Amri manteve um controle curto sobre o país de Moab.

Amri reinou onze anos, mas sua dinastia ficou por 3 gerações (total: 33 anos!). Foi o único rei de Israel que assumiu o trono por decisão democrática (aclamação pelo povo), após o suicídio de Zambri.

ACAB (874 – 853 a.C.) – ver 1Rs 16, 29 – 22, 40

Exerceu uma política de exploração e violência, sendo ambicioso e sem escrúpulos (veja o episódio da vinha de Nabot em 1Rs 21, 1 – 29). O rei foi condenado pelo profeta Elias e o cumprimento da condenação do profeta chegou a seu tempo (2Rs 9, 22 – 26).

O rei “se arrependeu e fez “penitência” e obteve a misericórdia do Senhor.

Acab casou-se com Jezabel, princesa fenícia de Sidon e adotou o culto a Baal.

Jezabel promoveu uma violenta perseguição e extermínio aos profetas do Senhor.

Abdias, alto funcionário da corte, protegeu muitos profetas (1Rs 18, 9 – 15).

Durante seu reinado ocorre o “ciclo de Elias” (1Rs 17 – 19; 21; 2Rs 1, 1 – 2; 18).

Acab mostrava certo desprezo pelo Senhor (Aliança) e colocava sua confiança nas armas (veja os textos de 1Rs 20 e 22).

Entretanto, cumpre-se a palavra de Elias em relação a Acab: 1 Rs 22, 28 – 38; 21, 19.

Seu filho Ocozias reinou apenas um ano (853 – 852 a.C.) e Jorão (irmão de Ocozias) assumiu o Reino de Israel.

Eliseu, o profeta, ungiu Jeú como rei de Israel, que, depois, foi aclamado pelo povo (2Rs 9, 1ss; 9, 11ss). Jeú usurpou o trono e exterminou a família real, inclusive Jezabel

(2Rs10, 1 – 36).

 JEÚ (841 – 814 a.C.) – ver 2Rs 9, 1 – 10, 36

Inaugurou a dinastia mais longa de Israel: 4 gerações e 98 anos! Teve o apoio do profeta Eliseu, fundamental para manter o governo equilibrado.

Enfrentou guerra contra a Síria (Aram = Damasco), mas perdeu algumas cidades para Bem-Adad III, rei sírio (2Rs 10, 32). Foi uma época de expansão do Império Assírio: Jeú pagou tributos a Salmanasar III (imperador da Assíria);

As narrativas sobre Jeú são breves e brutais: ele era defensor irresoluto do Javismo, porém o autor deuteronomista o condena, por ele ter mantido o culto em Dã e Betel aos bezerros de ouro, conf. 2Rs 13, 6.

JEROBOÃO II (783 – 743 a.C.) – ver 2Rs 14, 23 – 29

No tempo de seu pai Joás morreu o profeta Eliseu; Joás obteve vitórias nas batalhas contra a Síria (Aram) e recuperou territórios. Cresceu a euforia diante do desenvolvimento do Reino de Israel. O rei Jeroboão II restabeleceu a extensão do Reino. A Assíria deixou de exercer influências sobre a região, por causa dos conflitos internos no Império. Com isso, Israel se fortaleceu economicamente (“milagre econômico”), aumentou a produtividade e a euforia religiosa, porém persistiam as desigualdades na distribuição dos bens produzidos.

A RUÍNA DO REINO DO NORTE:

Zacarias, filho de Jeroboão II, reinou só seis meses e foi assassinado por Selum; após um ano, Selum foi assassinado por Manaém; Manaém promoveu um governo violento por cinco anos (1Rs 15, 16). A Assíria retomou o controle sobre a Palestina.

Faceias, filho de Manaém, reinou só dois anos; Faceia, escudeiro do rei Faceias, assassinou o rei e usurpou o trono, chegando a governar por cinco anos. Faceia articulou uma coalizão contra a Assíria, reunindo outros pequenos reinos (sírios/aramitas, filisteus, amonitas, moabitas e edomitas); mas a coalizão fracassou (1Rs 15, 23 – 29), pois Acaz, rei de Judá, não aderiu à coalizão; ameaçado por Israel e seus aliados, Acaz pediu ajuda à Assíria, que subjugou a coalizão.

OSEIAS:

Homônimo e contemporâneo do profeta Oseias, foi o último rei em Israel: assassinou faceia e usurpou o trono; submeteu-se à Assíria, pagando altos tributos; tentou uma vã aliança com o Egito, para tentar se rebelar contra a Assíria.

Porém, Salamanasar V, imperador Assírio, descobriu a trama, marchou contra Israel, aprisionou Oseias e destruiu a capital (Samaria); depois, deportou a população e trouxe para Israel gente de outros povos dominados (2Rs 15, 30; 17, 1 – 6 – veja a “Origem dos Samaritanos”). Em 721 a.C. o Reino de Israel deixou de existir, sendo totalmente destruído pela Assíria.

 

Padre Éder Aparecido Monteiro

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A Unção dos Enfermos, sacramento de salvação e de cura

Após refletir sobre o sacramento da penitencia, vamos amparados pelo catecismo refletir sobre a unção dos enfermos que antes era conhecida como “Extrema Unção”, pois só era administrada “in articulo mortis” (a ponto de morrer). Atualmente o sacramento pode ser administrado mais de uma vez, sempre que for em caso de doença grave.

A Unção dos Enfermos é um sacramento instituído por Cristo, sinalizado como tal no Evangelho de São Marcos (cf. Mc 6,13), recomendado e promulgado aos fiéis pelo Apóstolo São Tiago: “Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, lhe serão perdoados” (Tg 5,14-15). A Tradição viva da Igreja, refletida nos textos do Magistério eclesiástico, reconheceu neste rito, especialmente destinado a confortar os doentes e a purificá-los do pecado e de suas sequelas, um dos sete sacramentos.

No Ritual da Unção dos Enfermos, o sentido da doença do homem, dos seus sofrimentos e da morte compreendem-se à luz do desígnio salvador de Deus, mais concretamente, à luz do valor salvífico da dor assumida por Cristo, o Verbo Encarnado, no mistério da sua Paixão, Morte e Ressurreição. O Catecismo da Igreja Católica apresenta com palavras similares: “Por sua paixão e morte na cruz, Cristo deu um novo sentido ao sofrimento, que doravante pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora.” (Catecismo, 1505). “Cristo convida seus discípulos a segui-lo, tomando cada um sua cruz (cf. Mt 10,38). Seguindo-o, adquirem uma nova visão da doença e dos doentes” (Catecismo, 1506).

A Sagrada Escritura indica uma estreita relação entre a doença, a morte e o pecado. Mas seria um erro considerar a doença como um castigo pelos pecados pessoais (cf. Jo 9,3). O sentido da dor do inocente só se alcança à luz da fé, crendo firmemente na Bondade e na Sabedoria de Deus, na sua Providência amorosa e contemplando o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, graças à qual foi possível a Redenção do mundo.

Para um cristão, a doença e a morte podem e devem ser meios para se santificar e redimir com Cristo. O Sacramento da Unção dos Enfermos confere ao cristão uma graça especial para enfrentar as dificuldades próprias de uma doença grave ou velhice, ajuda a viver estas realidades dolorosas da vida humana com sentido cristão.

O essencial do sacramento consiste em ungir a fronte e as mãos do enfermo, antecipada pela imposição das mãos e acompanhada de uma oração litúrgica realizada pelo sacerdote ou o bispo, únicos ministros que podem administrar este sacramento.

 

Pe. Fernando GonçalvesComissão de Liturgia

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Artigos Falando da Vida

Felicidade Liquida ou Felicidade Sustentável

Como as Redes Sociais afetam nossos projetos?

Não basta passar as férias num lugar maravilhoso se ninguém souber que você esteve lá. Essa é a lógica que faz com que as pessoas se exponham cada vez mais nas redes sociais. Mas a felicidade só é completa quando a quantidade de likes recebidos alcança a meta esperada pelo ego. Parece que desistimos de buscar a felicidade real baseada em motivos sustentáveis e estamos nos contentando com a felicidade líquida que só existe nos feeds do Instagram e desaparece em seguida.

Infodemia, é o nome que se dá ao excesso de informações que recebemos e compartilhamos diariamente na Internet. Uma pesquisa da Comscore mostrou que o brasileiro passa, em média 46 horas por mês conectado nas mídias sociais. O Brasil está na terceira posição entre as nações que mais consomem esses aplicativos, além de ser o segundo país com mais influenciadores digitais no mundo. Influencer já é a profissão que mais cresce no Brasil, superando em 8 vezes a profissão de Advogado e em 20 vezes, a de Médico.

O papel do Influenciador digital é atrair o interesse das pessoas através de suas habilidades de comunicação para promover produtos e marcas. O sucesso alcançado por esses profissionais ultrapassou os limites da profissão e hoje tornou-se um modelo de comunicação social.  A maioria das páginas de pessoas comuns, exibe a mesma estrutura encontrada nas páginas dos influencers com cenas de uma vida idealizada, que muitas vezes, é só aparência. Nas Redes Sociais não há lugar para dor, tristezas e derrotas; ninguém posta situações desafiadoras, só conquistas.

Para além do simples passatempo recreativo, ficar horas nas Redes Sociais consumindo e compartilhando informações, pode afetar a saúde mental. A ideia de que a minha grama não é tão verde quanto a do meu vizinho, faz todo sentido aqui, pois cria o pensamento de que “todos são felizes, menos eu”. Para a nossa mente inconsciente, que não diferencia o falso do verdadeiro, essa atitude mental ganha um caráter concreto transformando-se em descontentamento com a vida, ansiedade e depressão.

Devemos ter sonhos e lutar por eles, mas antes disso, é preciso aprender a gerenciar nossas emoções. Será que sou mesmo um fracassado? Os meus projetos de vida são, realmente meus ou estou me baseando na história dos outros? A felicidade compartilhada nas Redes Sociais é líquida e descartável enquanto que a felicidade sustentável começa com a aceitação incondicional de quem você é incluindo defeitos. Mas a vida não pode se fechar nos interesses individuais; é preciso se abrir para o próximo através da generosidade e da prática constante do bem. Quando você sentir a verdadeira felicidade presente no seu coração, não precisará mais postá-la em nenhuma Rede social.

 

Romildo R. Almeida – Psicólogo clínico