Diocese de Guarulhos

SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

Pesquisar

Encerramento da Fase Diocesana do Sínodo dos Bispos 2023

No dia 12 de Agosto, em uma breve celebração, nosso Bispo, Dom  Edmilson, deu por encerrado a fase diocesana do Sínodo dos Bispos 2023.

A celebração foi realizada com a leitura da Liturgia das horas e breve reflexão sobre o que fora acontecido nesta fase importante do Sínodo dos Bispos, que terá seu fechamento em 2023, onde, nesta fase, contou com a participação, opinião e relatos de todo povo de Deus, que emitiram, por meio de algumas perguntas formuladas, cada um, sua opinião sobre a Igreja, bispo e clero em nossa Diocese, passando assim para a próxima fase, que é o envio das respostas do povo para a CNBB e consecutivamente para Roma.

O encerramento contou com a presença da comissão de organização da fase do Sínodo, alguns padres da Diocese, seminaristas, religiosos e leigos da Diocese, bem como representantes das paróquias da Diocese.

Veja algumas fotos do encerramento do Sínodo em nossa Diocese:

Fotos: Pascom Santa Teresinha

Encerramento da Fase Diocesana do Sínodo dos Bispos

VOCAÇÃO: CONTEMPLAR E AGIR

Nesta edição da Folha Diocesana somos chamados a refletir sobre o tema escolhido pela Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para celebrar o Mês Vocacional que é “Cristo Vive! Somos suas testemunhas” e o lema é “Eu vi o Senhor!”.

Para bem vivermos nossa vocação de batizados é necessário que orientemos nossas ações para a conquista de um sadio e sustentável equilíbrio entre uma vida contemplativa, pautada na oração e na frequência assídua aos Sacramentos, com uma vida ativa, marcada pelo anúncio de Jesus, o que se faz, em primeiríssimo lugar, a partir uma da vivência coerente dos valores do Reino, cuja principal característica é o amor que concretamente manifestemos aos outros.

Em outras palavras, é preciso conjugar em nós as figuras de Marta e Maria (Lucas 10,38-42), cientes de que o permanente encontro com Jesus – vida contemplativa – tem primazia sobre a vida ativa, como bem alertou Jesus a Marta, no Evangelho. “Vocação” é um termo derivado do verbo no latim “vocare” que significa “chamar” o que significa dizer que é preciso, em primeiro lugar, ter ouvidos de discípulos para com o Mestre, que nos revela seu inesgotável amor e nos envia em missão. Por isso, o testemunho do Senhor ressuscitado é consequência natural de um coração preenchido e transbordante do seu Amor.

O Apóstolo Paulo nos ensina que “fomos feitos por ele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, previamente preparadas por Deus para que andássemos nela” (Ef. 2,10). É desejo do próprio Jesus que a luz dos cristãos resplandeça a partir de boas obras para que o Pai seja glorificado (Mt. 5,16).

Como católicos inseridos no mundo, importa refletir que por muitas vezes praticamos boas obras nos lares, nos hospitais, nas escolas, nas comunidades carentes, mas, nem sempre nos sentimos a vontade para atuar junto aos governos, em especial quando formulam as políticas públicas e elaboram as leis civis. Por que excluir essa área da vida da prática de boas obras dos católicos?

Ora, a política é a mais perfeita forma de caridade.  Esta expressão foi pronunciada pelo Papa Pio XI, reforçada pelo Papa Paulo VI e recentemente retomada pelo Papa Francisco.  É a perfeita forma de caridade porque está a serviço do bem comum, o objetivo primeiro da política segundo a Doutrina Social da Igreja.

Jesus ordena que amemos o próximo como a nós mesmos (Mt. 22). Isso implica que lutemos por boas leis que protejam os bebês desde o útero materno; que protejam o casamento e a família tradicional; que afastem as crianças da corrupção moral que pretende utilizar as salas de aula para desconstruir a sua identidade sexual, implodir os padrões morais ensinados pela suas famílias e induzi-las à promiscuidade.

As sagradas escrituras estão repletas de exemplos de homens que, a partir de uma experiência com Deus, tomaram posse de sua missão e influenciaram os governos de sua época. Assim Daniel perante Nabucodonosor (Dn. 4); José e Moisés perante o Faraó (Gn. 41 e Ex. 8); Ester diante do rei Xerxes, dentre tantos outros profetas que denunciaram o pecado das nações. No novo Testamento, João Batista perante Herodes (Mt. 14) e mesmo Paulo diante de Félix (At. 24).

Assim, firme-se em nós a convicção de que, em algum grau, a depender da vocação e chamado de cada um, devemos exercer com ardor e fidelidade nossa missão de agentes de transformação social a partir de uma sincera conversão aos valores do Reino, que deve ser sempre alimentada com uma permanente vida ativa, aos pés do Senhor Ressuscitado.  Tenhamos coragem de, como o Profeta Isaías, responder: “eis-me aqui, envia-me!”.

 

Marcos Antônio Favaro – Procurador Jurídico, Pós-Graduado
em Teologia, Mestre em Direito na PUC-SP

PATERNIDADE ATIVA

“Repensando a Masculinidade a partir da Paternidade”

Já foi o tempo em que ser pai resumia-se a trabalhar para sustentar a família e o seu papel dentro de casa não passava do comediante divertido que de vez em quando brincava com as crianças, enquanto a criação e educação ficava a cargo da mãe. Com as mudanças ocorridas nos últimos tempos na configuração familiar, as figuras paterna e materna estão se renovando e hoje espera-se do pai, um papel mais ativo no cuidado com os filhos. A noção de Paternidade Ativa surgiu a partir de um documento produzido pela Unicef em que se aborda justamente a importância da figura paterna no processo de educação.

A formação da personalidade e do caráter do que vai ser o adulto no futuro, depende em grande parte do modelo com o qual a criança cresceu e aprendeu, num processo complexo que envolve a interação entre pais e filhos em diversas situações, numa constante troca, que se dá tanto no aspecto consciente quanto no inconsciente. A pergunta interessante então é: de onde vem o caráter agressivo e muitas vezes violento que se observa em alguns homens quando eles se relacionam com as mulheres? Relacionado a mesma pergunta: quantos casos de estupro e de violência contra a mulher estão presentes nos noticiários nos últimos tempos?

Uma reflexão sobre as questões acima nos faz entender o quanto é importante o homem ocupar o seu devido lugar na formação das crianças e se fazer mais presente, sem os estereótipos machistas que ensinam que homem não chora, não sente dor, é corajoso etc. Por outro lado, que a mulher é frágil, delicada, carente e insegura. A figura ativa do pai nos cuidados com a criança, pode contribuir para alterar esses padrões, trazendo para a formação de sua personalidade, o masculino positivo relacionado com atitudes de acolhimento, respeito, emotividade, compaixão etc. Historicamente essas qualidades estão associadas a figura feminina doada pela mãe enquanto que o oposto disso vem do masculino representado pelo pai.

Felizmente essa cultura está mudando aos poucos e hoje vemos homens preocupados em ter mais tempo de qualidade junto aos filhos. Uma pesquisa realizada pela USP em 2017 relatou diversos benefícios da Paternidade Ativa, tanto para os pais como para os filhos. Num tempo de guerra, de conflitos e de polarização que resulta em violência, precisamos semear a paz e reconstruir a família humana a partir de nós mesmos. Como disse o Papa Francisco: “É necessário esculpir a própria vocação em prol da humanidade e do bem comum. ” Seja um pai ativo na educação de seu filho.

Doe-se!

 

Romildo R. Almeida Psicólogo Clínico

Dai-nos, Senhor, um coração generoso para partilhar

A partilha acontece de um coração generoso que sabe que tudo que têm provém de Deus, é Ele que tudo faz, tudo providencia na vida do homem.

Tendo a ciência do cuidado e amor de Deus para com a humanidade, o fiel estabelece nesta relação com Deus sua gratidão que é expressa de modo concreto através de sua contribuição em sua comunidade paroquial.

Sua contribuição é fruto da relação com “aquele de quem provém tudo o que ele é e tudo o que ele tem, e expressa, na gratidão, sua fé e conversão (doc. 106,29). Ser dizimista é um ato de fé.

O dizimista através da generosidade do seu coração, por meio de sua partilha torna possível o projeto de evangelização acontecer e faz com que a Igreja continua sua missão de anunciar Jesus Cristo, Salvador da Humanidade.

O cristão, consciente da missão da Igreja que é tornar Cristo conhecido e amado, abraça essa causa que é de todo batizado, levar Cristo aos homens, revelar Cristo vivo, ressuscitado, presente no meio de nós.

A evangelização necessita da ajuda material de todo fiel batizado, consciente de sua missão de tornar-se colaborador do anúncio de Jesus Cristo.

A Igreja é grata pela fidelidade de cada dizimista evangelizador que torna presente o Reino de Deus entre nós através da partilha generosa e fiel, realizada em nossas comunidades.

Que Deus nos dê um coração generoso, capaz de partilhar o que d’Ele recebemos e que Sua providência nunca nos falte. Amém.

 

Equipe Diocesana do Dízimo

 

Assista ao recado de nosso Bispo sobre o Dízimo e sua importância:

A Dimensão celebrativa da Iniciação à Vida Cristã

Não pode haver uma catequese eficaz sem liturgia, tampouco uma participação litúrgica plena e consciente sem uma boa catequese. Catequese e liturgia tem esta importante missão de iniciar os fieis no Mistério da fé. É essencial ter uma iniciação cristã que eduque e leve a uma experiência mística e pessoal de Jesus Cristo.

A Iniciação Cristã é uma exigência da missão da Igreja: formar cristãos firmes e conscientes para os novos tempos em que a opção religiosa é uma escolha, e não simplesmente tradição e imersão cultural. Este é um dever que temos como servidores do Evangelho. Em um autêntico itinerário de Iniciação à Vida Cristã – seja com crianças, jovens ou adultos – a celebração é dimensão integrante. É impensável um processo catequético que desconsidere o altíssimo valor do elemento mistagógico, e esse passa necessariamente pela liturgia, à qual coube, desde o início do cristianismo, em plena interação com a catequese, a missão de iniciar na fé (cf. Doc. 107, n. 70).

A experiência do encontro com Jesus e o mergulho no seu mistério de vida e de amor precisam do rito, do simbólico, do orante para se darem. Por isso, o documento 107 afirma que “é preciso redescobrir a liturgia como lugar privilegiado do encontro com Jesus Cristo” (n. 74).

De modo muito especial, a liturgia evoca, convoca e provoca encontros. Evoca na medida em que crê e proclama ritualmente a presença do próprio Ressuscitado, que quis permanecer entre aqueles que, em seu nome, estivessem reunidos (cf. Mt 18,20); convoca à experiência da unidade e da comunhão para que a celebração seja a expressão do corpo de Cristo que reza como “um só coração e uma só alma” (At 4,32); e provoca encontros por meio da sua própria dinâmica ritual, que exige atitudes que evidenciem um amor verdadeiro como condição sine qua non para que a oração seja agradável a Deus, que não exclua ninguém e que leve a compromissos fraternos.

A catequese de Iniciação à Vida Cristã não se reduz à instrução discursiva. Não é aula! É, antes de tudo, experiência de encontro com Jesus Cristo, nas suas mais diversas mediações, que transforma a vida e compromete a pessoa com o projeto do seu Reino. E, para que isso aconteça, a dimensão celebrativa tem muito a fazer!

Não se trata, obviamente, de tornar complexa uma caminhada que poderá e deverá ser vivida com leveza e encanto. Celebrar na catequese de iniciação implica em facilitar a descoberta e a beleza do encontro com Deus criando “pontes” a serem transitadas com alegria e profundidade, indo do coração e da mente do iniciando ao coração do mistério divino.

 

Pe. Fernando GonçalvesComissão Diocesana de Liturgia

Josué: Pela Fé, em defesa da terra e das Famílias (CLÃS)

O livro de Josué toma o nome do protagonista dos fatos nele contidos. Moisés, libertando o povo da escravidão dos egípcios, organizou-o na península do Sinai e o conduziu até às margens do Jordão. Para continuar a mesma missão de Moisés, sucede-lhe Josué. Tinha na sua frente duas tarefas: ocupar a terra de Canaã ou Terra Prometida, expulsando os antigos habitantes, e dividir, o país entre as várias tribos de Israel. O livro de Josué é a narração, ora pormenorizada e viva, ora esquematizada, desta grande empresa. Daí a divisão lógica do livro em duas partes: ocupação da Terra Prometida e sua partilha; segue-se um apêndice sobre os últimos fatos de Josué.

Os fatos aqui resumidos abrangem um período de cerca de 30 anos, como se pode inferir de dois indícios oferecidos pelo próprio livro. Josué, sendo quase da mesma idade de Caleb (Nm 13, 6 – 8 ;14, 6 – 38 ), tinha, no tempo do Êxodo, aproximadamente 40 anos (Js 14, 7); morreu com 110 anos. Tendo em conta os 40 anos passados no deserto, resulta que empreendeu a ocupação da Palestina aos 80 anos, sobrevivendo mais trinta.

Cronologicamente, esses 30 anos coincidiram com a época de ‘el-Amarna se, conforme alguns, colocarmos o Êxodo no reinado de Amenófis II; se, conforme outros, o colocarmos no de Mernepta, então coincidiram com o fim do reinado de Ramsés III (1198-1167 a.C.) e de seus fracos sucessores. Duas indicações do próprio livro de Josué estariam a favor dessa data: não existe indício algum duma dominação dos egípcios na Palestina; pelo contrário, encontramos firmemente estabelecidos e fortalecidos os filisteus (13, 2 – 3), dois fatos explicados pela decadência do Egito sob a XX dinastia dos Ramésidas.

O relato do glorioso passado visa a uma dupla finalidade: evidenciar a fidelidade divina no cumprimento das suas promessas (vide 21, 43) e agir sobre o povo como um estímulo a repelir o desânimo no tempo da provação e a continuar fielmente no serviço do Senhor.

O livro de Josué foi considerado pelas escolas críticas do século XIX, intimamente ligado ao Pentateuco. Os mesmos documentos do Pentateuco teriam servido para a sua compilação, que seria obra de vários autores sucessivos, e cuja última redação teria visto a luz por volta dos séculos V ou IV a.C. Porém, a maioria dos racionalistas considera o livro de Josué como um livro independente; reconhece-se que a sua composição é diferente da composição do Pentateuco, formando um conjunto distinto e bastante harmônico. É uma espécie de retorno ao qual ambas as tradições judaica e cristã sempre defenderam.

Apesar dessas concessões, entretanto, não se deixa de impugnar, embora sem sólido fundamento, a unidade do livro e a sua origem antiga. É verdade que se encontram alguns trechos de estilo diferente, certas expressões e algumas repetições discordantes do corpo do livro, mas para explicar isso seria suficiente supor um único autor que tenha aproveitado documentos parciais.

Da unidade do livro não se pode facilmente chegar à determinação concreta e segura nem da data de origem, nem do autor. Alguns indícios levariam a concluir que o livro é anterior ao tempo de Isaías (cf. 8, 28 com Is 10, 28), de Salomão (16, 10 com 1 Rs 9, 16), de Davi (15, 63 com 2 Sm 5, 6 – 9 ). Não faltam, entretanto, dificuldades em contrário, que podem, porém, ser adequadamente solucionadas. Uma das principais é a repetição da fórmula: “até o dia de hoje” (4, 9; 5, 9; 6, 25; 7, 26; 8, 29; 9, 27; 10, 27; 13, 13; 14, 14; 15, 63; 16, 10; 22, 3 – 17), que faz supor se tenha passado um longo período de tempo entre os fatos e a composição do livro. Mas, os trinta anos decorridos entre estes fatos e a morte de Josué são espaço de tempo suficiente para legitimar tais expressões.

A origem antiga do livro de Josué e o fim que o autor sagrado se propôs contribuem para fortalecer a autoridade do livro. Os seus relatos são confirmados, em muitos pontos, pelos documentos oficiais encontrados em el-Amarna, a oriente do Egito, bem como pelas escavações feitas na Palestina desde 1902 especialmente em Jericó, Betel, Gezer e Laquis, que nos revelaram vestígios da invasão dos israelitas, ou pouco antes.

         A obra narra o confronto de Josué e Caleb, seu companheiro, contra os reis cananeus (veja Js 1 – 12 e 22 – 24)

         – os reis cananeus estavam organizados em cidades-estado nas planícies de Canaã (Tanac, Hasor, Suném, Jerusalém (Jebus), Siquém, Meguido, Dor, etc), detinham o monopólio de toda produção agrícola, eram vassalos do faraó do Egito, embora fossem de diferentes grupos (heteus, amorreus, ferezeus, heveus, jebuseus (Ex 3, 8), amalecitas e cananeus (Nm 13, 29)) e mantinham leis que os pirivilegiavam e um exército permanente; estabeleciam a exploração através da religião politeísta (com seus deuses Baal, Astarte, Asera, Dágon, Moloc, etc).

– o grupo de de Josué e Caleb vivia um sistema de tribalismo igualitário, organizado por clãs e tribos nas montanhas, com poder descentralizado (poder exercido pelos “anciãos do povo”), não havia rei, a liderança era baseada no carisma de Josué e Caleb, havia autonomia na produção, sem impostos ou tributos, a propriedade era coletiva, as leis comunitárias; este grupo conseguiu  uma ocupação rápida e militar das terras em Canaã, cultuando o Deus Libertador do Êxodo (Iahweh); a fé no Deus Uno os uniu num ideal de um só e mesmo povo, Israel.

O povo das aldeias: viviam em torno das cidades-estado cananeias cultivando a terra, que não era sua; vivia desprotegido e exposto a saqueadores e, ao mesmo tempo, espoliados por reis cananeus, através de tributos; em troca de proteção, deveriam sustentar a corte dos reis e o exército; vivam como escravos, numa situação miserável; nessa época, houve crescimento do empobrecimento nas aldeias e desse meio surgiram os assim chamados hapirus.

 

Pe. Éder Aparecido Monteiro – Vigário Paroquial – Paróquia Sta. Cruz Pres. Dutra

Profissão Religiosa do noviço Lucas Mendes

Em 07/08/22 aconteceu a Solenidade da Celebração Eucarística de Profissão Religiosa do noviço Lucas Mendes Gabriel, da ordem dos Clérigos Regulares – Padres Teatinos – Província Paulo VI do Brasil.

A Solenidade foi presidida pelo Revmo Pe. Rafael Tadeu, C.R. – Prepósito Provincial.

Também nesse dia, os teatinos celebraram o dia do seu patrono/fundador: São Caetano Thiene.

A Ordem dos Clérigos Regulares, ou Teatinos, é uma ordem religiosa masculina católica, sendo um Instituto clerical de Vida Consagrada Religiosa, nascido em 14 de setembro de 1524 e inspirada nos Atos dos Apóstolos. Eles se dedicam à oração e ao ministério da Palavra e a tudo aquilo que o sacerdócio ministerial esteja implicado, além da realização de uma atividade pastoral em particular.

Os teatinos chegaram no Brasil no dia 17 de maio de 1951. A Ordem possui três Santos: São Caetano Thiene (07 de agosto), Santo André Avelino (10 de novembro) e São José Maria Tomasi (03 de janeiro). E no Brasil eles estão presentes em seis regiões, sendo uma delas aqui em Guarulhos, a Casa São Geraldo – Guarulhos, localizada na Av. Guarulhos, 3416, Ponte Grande.

Conheça mais sobre os Teatinos:

Home

https://www.facebook.com/ordemdosclerigosregulares/?ref=page_internal

 

Fotos: Pascom Vila Augusta

Confira as fotos da celebração abaixo:

Profissão Religiosa - Lucas Mendes

Vem aí o Viva a Vida 2022

Estamos no mês do Viva a Vida, evento vocacional de nossa Diocese. Após dois anos realizados de forma remota – em razão da pandemia –, nossos jovens terão a oportunidade de se reunir presencialmente para rezar, refletir e conhecer mais profundamente sobre o fecundo seguimento vocacional existente na Igreja.

O Viva a Vida é, antes de tudo, um evento celebrativo. Durante as horas de encontro – e nas diversas ações de reflexão realizadas nas semanas preparatórias nos grupos e em partilhas em nossas comunidades –, promove-se as vocações sacerdotais, diaconais, consagradas e matrimoniais em meio aos jovens. Em especial, durante o evento, exalta-se e celebra-se a vida, manifestadas nas diversas vocações da Igreja. E, dessa forma, o Viva a Vida permite um contato mais direto com o testemunho daqueles que já fizeram uma escolha vocacional em suas vidas.

Reiteramos o convite à participação no Viva a Vida. É de grande alegria nos encontrarmos e partilhamos um pouco da alegria de servir a Deus em nossas vocações! Será no dia 04/09 a partir das 9h no Centro Diocesano de Pastoral. Você, jovem, venha participar! E aos responsáveis pelas diversas vivências juvenis das paróquias, articule a presença de cada um no Viva a Vida 2022!

 

Seminarista Edson Vitor – 3º ano de teologia

 

Confira abaixo o Cartaz Oficial do Evento:

A Teologia e a Configuração a Cristo – IV

Em nossa jornada que já passou pela descoberta da vocação, pela escuta dos anseios de Deus e a resposta generosa, pelo propedêutico e pela filosofia, agora chegamos à Teologia. Até aqui o candidato já passou pelos estudos introdutórios e a filosofia o fez adquirir maior facilidade com os raciocínios. Mas, não se trata só de vida intelectual. Recordemo-nos dos aspectos todos a serem trabalhados durante a formação que foram apresentados quando começamos nossa série no mês de Maio. Além de tudo, o candidato deve auscultar os anseios do Espírito, em nome Dele deve falar e Dele deve ser arauto.

“No entanto, quando estamos entre pessoas maduras, falamos com palavras de sabedoria, mas não com o tipo de sabedoria desta era ou de seus governantes, que logo caem no esquecimento. Pelo contrário, a sabedoria a que nos referimos é o mistério de Deus, seu plano antes secreto e oculto, embora ele o tenha elaborado para nossa glória antes do começo do mundo”. (1 Cor 2, 6-7). A Teologia se encarrega de nos colocar diante do mistério de Deus e de seu modo próprio de agir. Em síntese ela é o estudo sobre Deus.

Evidente que não se esgota o mistério de Deus e não se pode abarcá-lo. Por isso, a máxima: a Teologia se faz de joelhos no chão. O conhecimento imperfeito sobre o homem e sobre a natureza é aperfeiçoado pela Teologia. E mais uma vez voltamos a São João
Paulo II: “A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de O conhecer a Ele, para que, conhecendo-O e amando-O, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio (cf. Ex 33, 18; Sal 2726, 8-9; 6362, 2-3; Jo 14, 8; 1 Jo 3, 2). (FIDES ET RATIO) Fé e razão não são inimigos, antes se auto ajudam na grande tarefa de compreender e buscar, decidido, a verdade. E, ao encontrar a verdade, encontramos Deus.

“Onde encontrei a verdade, aí encontrei o meu Deus, que é a própria verdade, da qual nunca mais me esqueci, desde o dia em que a conheci.” (Confissões, Santo Agostinho)

Este período da Teologia, que compreende 4 anos, destaca-se pela chamada configuração a Cristo. O candidato ao sacerdócio deve empreender esta tarefa junto a seus formadores e buscar uma verdadeira configuração a Cristo. Não nos esqueçamos de Paulo: “Para mim, de fato, o viver é Cristo” (Fl 1,21). É um programa de santidade bem específico tal como a vocação. O candidato, cursando teologia, deve entender que ela tem dois aspectos. Nas palavras do Santo Padre, o Papa Francisco, temos o aspecto espiritual e o aspecto eclesial. É espiritual justamente porque na oração e na abertura ao Espírito se compreende a revelação: O Verbo se fez carne! E é eclesial porque a teologia está a serviço de todos na difusão do sabor do Evangelho. O candidato ao sacerdócio deve ser homem de oração e também comunitário. Se não sabe viver em comunidade não serve para o ministério sacerdotal.

Desde o propedêutico até o término da teologia já se vão 8 anos, sem contar os encontros vocacionais e o discernimento até a entrada. Se, durante todo este tempo, o candidato não demonstra maturidade para a oração e para a vida de comunidade, é necessário o desligamento do seminário. Aliás, pode ser que alguém pergunte: quando se desliga alguém do seminário? Os candidatos são acompanhados por uma equipe de formação, reitores, diretores espirituais, professores, psicólogos, etc. e ele deve ser desligado do seminário quando a Igreja discernir que a vocação sacerdotal em primeiro não é um chamado de Deus para a vida do candidato. Deve ser desligado quando sua conduta não for condizente com o nome de cristão e às exigências da vida sacerdotal. E este desligamento pode ser feito em qualquer uma das etapas.

A Igreja necessita sim de sacerdotes, mas não quaisquer sacerdotes. “Filho de homem, profetiza acerca dos pastores de Israel; profetiza, dize a esses pastores: Assim fala o Senhor Deus: ai dos pastores de Israel que se apascentam a si próprios! Porventura não é o rebanho que deve ser apascentado pelos pastores?” (Ez 34, 2) E vem a grande promessa: “E vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com ciência e com inteligência”. (Jr 3,15). Que beleza saber que o Senhor Deus se empenha e se esmera na formação dos futuros padres e depois de ordenados também. Ele mesmo quer conceder à Igreja sacerdotes que sejam bons pastores e apascentem o rebanho com diligência e sabedoria.

Rezemos pelos nossos seminaristas que estão cursando a teologia e peçamos a Deus que eles próprios se deixem ser verdadeiramente formados. Que se abram à graça e permitam que a graça de Deus os associe a Si como “In persona caput”. Rezemos também pelos formadores para que o discernimento esteja sempre na vontade de Deus.

 

Padre Cristiano Sousa – Representante dos Presbíteros

Deus ama quem dá com alegria (2Cor 9,7)

A alegria de se doar preenche o coração do ser humano da presença de Deus, pois “Deus é amor e quem ama está em Deus e Deus permanece nele” (Jo 4,7). Estamos vendo com alegria a resposta do povo de Deus aos diversos trabalhos pastorais na Diocese e nas paróquias, quero aqui destacar a Semana Diocesana de Formação, que este ano teve como tema: “Família, lugar da palavra, da oração e do partir o pão”.

A organização da Semana Diocesana de Formação envolveu padres, religiosas, diáconos, seminaristas, leigos e leigas. Organização, esta que, começou em março deste ano. Em todas as foranias a resposta foi muito boa tanto na organização, quanto na participação do povo de Deus. Estamos vivendo em nossa Diocese o Ano da família, por isso foi muito importante ter como tema a família, que também será a base da novena de Natal deste ano já em preparação.

Em destaque pastoral, neste mês de agosto, quero aqui colocar a Semana Nacional da Família que ocorrerar na terceira semana do mês. E também a celebração do Sínodo dos Bispos na fase diocesana que será no dia 12 de agosto. Nesta celebração de encerramento teremos a apresentação do resultado do questionário respondido pelos diocesanos e sociedade que será a nossa contribuição com o Sínodo dos Bispos em 2023.

Temos muitas dificuldades e desafios a serem enfrentadas até a normalização de nossos trabalhos nas paróquias e na diocese, mas sou testemunha do quanto Deus tem sido bondoso conosco neste retorno “pós” pandemia e quanto o amor de Deus tem sido o motor a impucionar o povo de Deus em nossas paróquias. Bendito seja Deus.

Roguemos a Virgem Maria, que inspire nosso “Sim” a Deus no serviço de evangelização e mais diversos trabalhos pastorais. E rezemos pelos sacerdotes de nossa Diocese e por nosso Bispo Dom Edmilson para que Deus continue abençoando e iluminado o pastoreio. Que Nossa Senhora, Mãe do sacerdotes, guarde todos sob sua proteção.

 

Pe. Marcelo Dias SoaresCoordenador Diocesano de Pastoral