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“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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"A Esperança não decepciona" (Rm 5,5)

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Artigos Bíblia

O Reino do Sul (Judá) 1ª Parte

– Tribo de Judá: aparente tranquilidade; manteve-se fiel à dinastia Davídica (2Sm 7, 8 – 16; Sl 89, 4)

– Templo de Jerusalém: único lugar “autorizado” pelo Senhor para o culto, conf. Dt 12, 4 – 11);

– Jerusalém; Capital escolhida por Deus para habitar (1Rs 11, 36; 14, 21; Sl 48);

– Salmos: falam da Monarquia e da cidade e de uma liturgia a serviço do poder;

– Reis: avaliação negativa =” fizeram o que é mal aos olhos do Senhor”, exceto Ezequias e Josias;

– alguns reis marcaram muito a história do Reino de Judá.

 

ROBOÃO, de 931 – 913 a.C. (ver 1Rs 14, 21 – 31 e 2Cr 10 – 12)

  • problemas econômicos e políticos internos ausentes;
  • problemas com países vizinhos:

– Egito: o faraó Sesac atacou e saqueou Jerusalém (1Rs 14, 25 – 28 ; 2Cr 12, 2.9 – 11)

–  Reino do Norte: Roboão, em guerra contra Jeroboão I, tentou em vão recuperar territórios perdidos para o Reino do Norte (ver 1Rs 14, 30; 2Cr 12, 15b); as rixas continuaram no tempo de Abiam (913 – 911 aEC) e de Asa (911 – 870 aEC).

 

OZIAS/AZARIAS, de 781 – 740 a.C. (ver 2Rs 15, 1 – 7; 2Cr 27, 1 – 9)

  • enfraquecimento do Egito;
  • restabelecimento do poder político ao Sul de Judá.

 

ACAZ, de 736 – 716 a.C. (ver 1Rs 16, 1 – 20; 2Cr 28, 1 – 27)

  • Assíria: seu poder se firmou na região;
  • dúvida: unir-se à Assíria ou ao Egito – pressões;
  • conflito com Israel e Damasco (Aram/Síria), que queriam uma coalizão contra a Assíria;
  • Isaías (profeta) aconselhou a neutralidade em relação à coalizão e recomendou confiança no Senhor;
  • Israel e Damasco atacaram Judá;
  • Acaz fez um acordo com a Assíria e tornou-se seu vassalo;
  • Isaías e Miquéias (profetas) viram nesse acordo do rei Acaz com a Assíria uma violação à Aliança com Deus;
  • Assíria: derrotou Israel e Damasco e tomou grande parte do território de Judá (Is 1, 7 – 8; 2Rs 18, 13 – 16).

 

EZEQUIAS: de 716 – 687 a.C. – ver 2Rs 18, 1 – 20; 2Cr 29, 3 – 32, 33

  • promoveu uma ampla reforma religiosa em todo o Reino de Judá (ver 2Rs 18, 4 e 2Cr 29, 3 – 32, 33);

– purificação do Templo;

     – celebração da expiação pelos pecados;

     – restabeleceu o culto legítimo, conforme a Aliança;

     – convocou a solene celebração da Páscoa;

     – reformou o sacerdócio em Judá.

  • mereceu do Senhor um milagre de cura, apoado por Isaías, o profeta (2Rs 20, 1 – 11);
  • enfrentou o cerco da Assíria em 701 a.C. (2Rs 19, 20 – 34);
  • libertação: não trouxe a conversão proposta por Isaías;
  • o povo achava que a Monarquia e o Templo garantiriam por si mesmos sua sorte (Is 22, 1 – 4);
  • a Assíria começou a declinar e surge um outro Império: a Babilônia;
  • uma embaixada babilônica visita Ezequias: Isaías viu nesse fato um presságio do futuro Exílio de Judá (2Rs 20, 12 – 19).

 

MANASSÉS: de 687 – 642 a.C. – ver 2Rs 21, 1 – 18; e 2Cr 33, 1 – 20

  • período difícil: foi um rei cruel e ímpio;
  • foi abolida a reforma religiosa de Ezequias;
  • violência e opressão pesada sobre o povo (2Rs 21, 16);
  • ausência de grandes profetas, mas alguns advertiram o povo (2Rs 21, 10 – 15);
  • adoção de sacrifícios humanos (2Rs 21, 6).

 

AMON: 642 – 640 aEC – ver 2Rs 21, 19 – 26; 2Cr 33, 21 – 25

  • fez o mesmo que seu pai: idolatria, violência, opressão;
  • seus próprios servos o mataram: 2Rs 21, 23;
  • “povo da terra” (=líderes do povo): queriam mudanças e defendiam a fidelidade à monarquia davídica (2Rs 11, 20; 14, 21; 21, 24);
  • eliminação dos rebeldes pelo “povo da terra”;

 

Padre Éder Aparecido Monteiro

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Artigos Liturgia

Os efeitos da Unção dos Enfermos

Continuamos nossa reflexão sobre o sacramento dos enfermos, recorrendo ao texto do Catecismo entre os números 1520 e 1523, queremos abordar os afeitos desta graça sacramental especifica e consequentemente levar a uma maior consciência deste sacramento que não poucas vezes é muito mal compreendido e pouco recorrido.

Um dom particular do Espírito Santo – A primeira graça deste sacramento é uma graça de reconforto, de paz e de coragem para vencer as dificuldades próprias do estado de doença grave ou da fragilidade da velhice. Esta graça é um dom do Espírito Santo, que renova a confiança e a fé em Deus, e dá força contra as tentações do Maligno, especialmente a tentação do desânimo e da angústia da morte. Esta assistência do Senhor pela força do seu Espírito visa levar o doente à cura da alma, mas também à do corpo, se tal for a vontade de Deus. Além disso, “se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tg 5, 15).

A união à paixão de Cristo – Pela graça deste sacramento, o enfermo recebe a força e o dom de se unir mais intimamente à paixão de Cristo: ele é, de certo modo, consagrado para produzir frutos pela configuração com a paixão redentora do Salvador. O sofrimento, sequela do pecado original, recebe um sentido novo: transforma-se em participação na obra salvífica de Jesus.

Uma graça eclesial – Os doentes que recebem este sacramento, “associando-se livremente à paixão e morte de Cristo, concorrem para o bem do povo de Deus” (LG 11). Ao celebrar este sacramento, a Igreja, na comunhão dos santos, intercede pelo bem do doente. E o doente, por seu lado, pela graça deste sacramento, contribui para a santificação da Igreja e para o bem de todos os homens, pelos quais a Igreja sofre e se oferece, por Cristo, a Deus Pai.

Uma preparação para a última passagem – Se o sacramento da Unção dos Enfermos é concedido a todos os que sofrem de doenças e enfermidades graves, com mais forte razão o é aos que estão prestes a deixar esta vida: de modo que também foi chamado “sacramentum exeuntium – sacramento dos que partem”. A Unção dos Enfermos completa a nossa conformação com a morte e ressurreição de Cristo, tal como o Batismo a tinha começado. Leva à perfeição as unções santas que marcam toda a vida cristã: a do Batismo que nos deu a nova vida: a da Confirmação que nos fortificou para o combate desta vida. Esta última Unção fortalece o fim de nossa vida terrestre para enfrentar as últimas lutas antes da entrada na casa do Pai.

 

Pe. Fernando Gonçalves – Comissão de Liturgia

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Artigos Falando da Vida

Pai Misógino ou Pai Filógino

O que você quer ser quando crescer?

Estamos em agosto, mês em que se comemora o dia dos pais, data propícia para refletir sobre a importância da paternidade na construção da família. Gostaria de fazer isso à luz do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado recentemente e, de acordo com os dados, houve uma média de 205 estupros por dia no Brasil em 2022. Os números podem ser ainda maiores pois não incluem os casos em que a vítima não prestou queixa. Se compararmos com 2021, houve um aumento de 8,2%, o que coloca o Brasil no mapa dos países mais perigosos para mulheres.

O que isto tem a ver com paternidade? Bem, os meninos de hoje, serão os homens de amanhã, mas a questão é: que tipo de homens serão? A formação da personalidade de qualquer pessoa, depende, em grande parte, do modelo com o qual ela conviveu na infância desde o nascimento. A educação é um processo complexo que envolve interação com os pais em diversas situações, numa constante troca, que se dá, tanto no aspecto consciente, quanto no inconsciente. Por esse motivo, podemos supor que homens que praticam abuso e violência, não incorporaram um modelo positivo de masculinidade na infância e a causa disso pode estar na figura paterna.

A Misoginia, que significa ódio ou aversão às mulheres, começa no machismo estrutural, impregnado de falsas ideias sobre masculinidade tais como: homem não chora, não sente dor, é “imbrochável”, etc. Em contrapartida, que mulher é frágil, carente e insegura. No aspecto sexual, há o mito de que homem não pode fraquejar perante a mulher, e o preconceito de que a mulher provoca o homem dependendo da forma como se veste. Como vemos, é preciso mudar essa estrutura que está no inconsciente de cada homem, sem exceção. Os novos pais têm a missão de substituir o modelo machista, berço da Misoginia para um modelo que cultiva apreço, afeto e respeito pelo sexo feminino, chamado de Filoginia.

O pai deve estar no centro dessa mudança, interagindo em todas as situações e oferecendo-se como modelo positivo a ser seguido. É observando o respeito que os adultos têm pelas pessoas, que a criança absorve e constrói o seu caráter. Num tempo de guerra, de conflitos e de polarização, precisamos semear a paz e reconstruir a sociedade a partir de nós mesmos. Como disse o Papa Francisco: “É necessário esculpir a própria vocação em prol da humanidade e do bem comum. ” Seja um pai ativo na educação dos seus filhos. Filoginia sim, Misoginia nunca.

 

Romildo R. AlmeidaPsicólogo Clínico

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Artigos Voz do Pastor

Vocação de ser Família

Dentre todas as vocações que recordamos no mês vocacional está a vocação matrimonial, a vocação de ser família. Na segunda de agosto vivenciamos a Semana Nacional da Família.  O matrimônio – primeira vocação humana que aparece na Bíblia – é graça e, para o cristão, é também missão. Inerente à vocação matrimonial está a vocação do ser família.  Em algumas realidades familiares cristãs, por vários motivos, não se faz presente o Sacramento do Matrimônio. Isso não anula a missão de ser família conforme os valores do Reino dos Céus.

Dentre os vários aspectos da missão de ser família, está a educação na fé dos filhos, das crianças e dos jovens que pertencem à família. O testemunho dos avós também está incluído nesta missão.

A educação na fé dos filhos, crianças e jovens da família é concomitante com a formação dada por outros setores da sociedade, como a escola. Temos enfrentado na educação familiar, muitas vezes, o contraste dos valores da fé cristã que brota do Evangelho de Jesus Cristo, com os valores apresentados pela escola e pela sociedade: consumismo, ideologia de gênero, questões sobre a sexualidade, tais como LGBT (e toda a gama de siglas), contracepção, aborto, ataques à própria instituição familiar etc. Não se trata de atacar as pessoas que pensam e vivem diferentemente dos valores cristãos. O respeito e a acolhida às pessoas é início para um diálogo fraterno. Por outro lado, temos também a liberdade de expressar o que sentimos e cremos.

A formação intelectual das crianças e jovens é importantíssima para o serviço à sociedade. Não pode ser dispensada. No entanto, é necessário que os educadores na família tenham uma participação ativa dentro da escola. É verdade, tantas ideologias propagadas parecem sufocar a educação que é dada nos lares cristãos. Os pais e educadores sentem-se fracos e fracassados. Até mesmo os professores cristãos sentem-se oprimidos por quase serem forçados a dizer aos alunos pareceres que são contrários às suas próprias consciências.

Que postura tomar?

A pontualidade de cada aspecto mereceria aqui várias abordagens. Não é o caso agora de fazê-lo. Entretanto, como bispo, não é a minha missão ser educador familiar. É, sim, minha missão, recordar a missão de ser família neste aspecto da educação na fé e chamar a família cristã a exercer nesta nossa sociedade a profecia, o anúncio da verdade dos valores do Reino dos céus.

O profeta não é aceito. O profeta é rejeitado. O profeta é apedrejado. Apesar disso tudo, ele é presença de Deus. Pais e educadores, não tenham medo de combater pela fé na educação dos valores do Reino dos Céus!

Pode-se pensar na escola católica como um valor presente na sociedade. No entanto, ela precisa mesmo ser profética, ainda que, por não acolher diretrizes, possa vir a ser fechada.
A Escola Católica é e deve ser confessional.  É preciso participar das questões da escola pública com voz profética, ainda que se passe por ridicularizações e retaliações.

Alguns irmãos e irmãs de nossa diocese (tenho notícias aqui e ali) estão buscando até outras cidades para que os educandos da família possam ter outro ambiente formativo mais condizente com os valores do Evangelho. A maioria das nossas famílias não tem condições desta tomada de atitude. A grande parte das famílias têm os educandos na escola pública.

Outros estão buscando as alternativas de “homeschooling”. Particularmente, sou de parecer que isso é fugir do combate cristão. Filhos, crianças e jovens precisam aprender a viver os valores da fé na sociedade e não isolando-se dela.

Ainda que minhas palavras aos pais e educadores na família possam ser aqui confusas e pobres, exorto a que combatam o combate da fé.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.Bispo diocesano

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Artigos Enfoque Pastoral

É feliz quem Realiza sua Vocação!

Neste mês a Igreja  celebra as vocações: sacerdotal, religiosa, familiar (dia dos pais) e do catequista. Com este mês dedicado as vocações a Igreja busca estimunlar, despertar, conscientizar e animar a vivência do Dom de Deus dada a todo batizado, que por diferentes modos, responde o chamado de Deus à Santidade, vivendo uma vocação pessoal na Igreja e no mundo. “Não fostes vós que me escolhestes, mas Fui eu que vos escolhi..” (Jo 15,16). A vocação que é, ao mesmo tempo, um chamado de Deus, é também uma resposta do homem. É feliz quem realiza sua vocação!

Em nossa diocese de Guarulhos vemos ao longo de nossa história diversas experiencias vocacionais sacerdotais, diaconais, religiosas, consagradas, e leigas que trabalhando na Igreja e na sociedade, contribuíram significamente para a construção da cidade e Igreja que temos hoje. Quando o batizado responde o chamado de Deus com generosidade, o Senhor faz dar frutos o seu trabalho pastoral, realizado  ad intra e ad extra (dentro e fora da Igreja).

Muitas alegrias vivenciamos neste último mês com a Semana Diocesana de Formação em que nossa diocese reunida em grande assembleia nas cinco Foranias refletiram sobre o tema: o 3º Ano Vocacional e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (Cf. Lc 24,32-33). Várias são as atividades pastorais em nossa diocese que promovem a todos os batizados a viverem sua vocação. Entre elas, quero destacar o pré VIVA VIDA que ocorerrá neste de mês em todas as Foranias com os grupos de crisma, também o VIVA VIDA que vai acontecer no CDP no primeiro domingo de setembro, suscitando nos corações de nossos jovens, a alegria de viver sua vocação, como Dom de Deus, na Igreja e no Mundo.

Que a Virgem Maria, Mãe das Vocações, inspire com seu SIM a todos diocesanos, a respoderem com amor e alegria o chamado de Deus. E que o Espírito Santo anime e dê coragem a todos os batizados em sua vocação a Santidade!

 

Pe. Marcelo Dias SoaresCoordenador Diocesano de Pastoral 

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DIA “D” SÃO JOSÉ – TERÇO DOS HOMENS

Em março de 2023 o movimento do Terço dos Homens em comunhão com seus coordenadores Paroquiais e assessoria diocesana decidiram incentivar a espiritualidade à São José, implantando o “Dia de São José”.

Em todos os dias 19 de cada mês ou na reunião do grupo na terceira semana de cada mês estes, realizarão a devoção à São José, com ladainhas, terço de São José, cantos, consagrações e muito mais.

No dia 19 de julho a Paróquia Santa Luzia do Alvorada acolheu o movimento do Terço dos Homens da Forania Fátima para viverem este momento.

Agradecemos aos coordenadores e padres pelo incentivo.

“São José, rogai por nós”!

Terço dos Homens – Diocese de Guarulhos

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Imagem peregrina do Terço dos Homens visita paróquias da Forania Bonsucesso

A imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, do programa Terço dos Homens da Rede Século 21, visitou a Forania Bonsucesso deixando lembranças especiais.
 
A visita aconteceu de 13 de maio a 21 de junho,  suscitando admiração a todos que testemunharam o amor dos homens do Terço à Nossa Senhora. Destacamos algumas visitas fritas a outros grupos Paroquiais como Catequese; RCC; Mães que Oram; e especialmente aos doentes do bairro. Maria de maneira muito especial trouxe conforto e esperança neste momento.
 
A imagem durante os meses de julho e agosto estará peregrinando a Forania Aparecida.
 
Nossos agradecimentos aos padres, coordenadores e representantes de comunidades e outras pastorais que se uniram por mais este momento.
 
Terço dos Homens – Diocese de Guarulhos
Imagem peregrina do Terço dos Homens - Forania Bonsucesso
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CNBB Destaques

CONHEÇA O ITINERÁRIO ESPIRITUAL QUE OS JOVENS PEREGRINOS DE TODO MUNDO FARÃO ATÉ O DIA 6 DE AGOSTO NA JMJ DE LISBOA

Desde o dia 30 de julho os jovens estão trilhando um caminho espiritual para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 com o apoio de um itinerário da espiritualidade. De 30 de julho a 6 de agosto, os jovens estão sendo guiados por um itinerário da espiritualidade, desenvolvido a partir do Evangelho da Visitação, que foi a base de todos os eventos, orações e propostas do maior encontro de jovens de todo o mundo com o Papa. Cada dia vai ter um mote (palavra) e um desafio diário – este último inicia-se em 1º de agosto – todos alinhados com o fundamento teológico e as mensagens do Papa Francisco. Confira abaixo:

Prepara-te

A Postos

Parte

Apressa-te

Alegra-te

Acredita

Agradece

Levanta-te

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Diocese de Guarulhos dá início às comemorações de Nossa Senhora de Bonsucesso neste sábado

Poesia e devoção marcam a realização do Festival de Música no próximo sábado (5), a partir das 19h, no Santuário de Nossa Senhora do Bonsucesso. O evento antecede a Festa da Carpição, tradição que integra as comemorações da 282ª Festa de Nossa Senhora de Bonsucesso e que acontece na primeira segunda-feira do mês de agosto, no dia 7, às 7h30, seguida de missas na paróquia às 8h, 10h, 14h30 e 19h30.

A 282ª Festa de Nossa Senhora de Bonsucesso acontece nos dias 26 e 27 de agosto, sábado, a partir das 9h, e domingo, a partir das 8h, com programação de atividades sacro-artísticas.

Festival de Música e Festa da Carpição

Durante o Festival de Música os devotos festejam ao som de cantigas de moda de viola, ouvem e declamam poemas, assistem à bênção do mastro e participam de musical em louvor a Nossa Senhora.

Já na Festa da Carpição, além do hasteamento do mastro, os devotos mantêm vivo o hábito de carpir o mato em torno da capela, ato que construiu toda a história da região e demonstra a profunda relação das pessoas com a terra.

Carreata

A Diocese de Guarulhos promove carreata no dia 13 de agosto, domingo, a partir das 10h, levando a imagem da santa padroeira por algumas das principais vias de Bonsucesso. Durante o trajeto os devotos se deslocam do santuário e passam pelas avenidas Paschoal Thomeu, Armando Bei, Chiyo Yamamoto, Presidente Dutra e Papa João Paulo I. A carreata retorna ao santuário pela avenida Doutor Artur Marcondes Siqueira.

Motorromaria

A programação da 282ª Festa em Louvor a Nossa Senhora de Bonsucesso conta também com uma motorromaria no dia 20 de agosto, domingo, a partir das 10h, com a participação de integrantes de motoclubes da cidade.

A partir das 9h os motociclistas se reúnem em frente à sede do Naja Moto Clube, entidade que organiza a motorromaria e que fica na rua Padre Cláudio Arenal, 600, Vila Fátima. A saída está prevista para as 10h, sentido Santuário de Nossa Senhora de Bonsucesso, local onde eles participam de missa com a bênção dos capacetes.

No trajeto até Bonsucesso a imagem da santa segue pelas avenidas Monteiro Lobato, João Veloso da Silva e Papa João Paulo I, no Jardim Presidente Dutra, um percurso total de mais de uma hora, com previsão de chegada às 11h no santuário.

22ª Romaria a Nossa Senhora de Bonsucesso

 

Um clima de louvor e alegria envolve os participantes da 22ª Romaria a Nossa Senhora de Bonsucesso, procissão sacro-artística que acontece no dia 26 de agosto, sábado, a partir das 9h. Os romeiros se concentram em frente à Capela Nossa Senhora Aparecida, que fica na rua N3, no Inocoop, e a saída está prevista para as 10h.

Idealizada pelo poeta cordelista Bosco Maciel, a romaria conta com canções religiosas em louvor à padroeira. Os artistas e o público em geral também dançam e cantam durante todo o cortejo, recitam poesias e fazem performances teatrais, sempre ao som de músicas folclóricas.

A 282ª Festa de Nossa Senhora de Bonsucesso conta com o apoio cultural da Prefeitura de Guarulhos, que por meio da Secretaria de Cultura objetiva a permanência e a continuidade das tradições culturais e imateriais na cidade. Para conhecer a programação completa da festa acesse https://www.guarulhos.sp.gov.br/festabonsucesso.

O Santuário de Nossa Senhora do Bonsucesso fica na rua Dona Catharina Maria de Jesus, 109, Bonsucesso.

Fonte: Portal Guarulhos Web

Confira o Cartaz Oficial da 282ª Festa de Nossa Senhora do Bonsucesso:

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Diocese de Guarulhos presente no 15º Intereclesial da CEB’s do Brasil

Aconteceu nos últimos dias 18 a 22 de julho em Rondonópolis- MT, o 15º intereclesial das CEBs do Brasil, foram dias de esculta, reflexão, testemunho e partilha de experiências de vários (as) irmãos (as), vindo das mais variadas realidades sociais, eclesiais e culturais de todos os cantos do nosso Brasil, além de representantes de países da América Latina e Caribe, onde também a Diocese de Guarulhos se fez presente com dois delegados.

O encontro teve início com a celebração religiosa aberta ao público realizada no centro de eventos Santa Terezinha, que reuniu cerca de 1500 pessoas, representantes da CEBs de todo brasil (Centro Oeste, Norte, Nordeste, Sul e Sudeste), além de religiosas e religiosos, bispos, padres e diáconos, lideranças de organismos ligados a igreja católica e outras denominações cristãs e expressões espirituais, movimento sociais e populares, seguindo a metodologia do ver, julgar e agir, com a temática uma Igreja em saída na busca de vida plena para todos, buscou  refletir acerca da realidade social e eclesial do brasil e da américa latina.

Neste 15º intereclesial, se fizeram ecoar gritos das mais diferentes realidades, mostrando-nos os grandes desafios presente nas realidades urbanas e rurais, de modo especial nas periferias geográficas, sociais e existenciais do país, realidades estas marcada pela urbanização desmedida, polarização política, pelo aumento da desigualdade, do individualismo, do preconceito e do consumismo, ocasionando assim a destruição da vida no planeta e desconsiderando a ecologia integral, como alerta o Papa Francisco.

Entre os vários gritos que nortearam esse encontro podemos destacar, o clamor pelo fim de todas as formas de violência nas famílias, contra as mulheres e crianças, outro forte grito brota dos jovens que buscam sentido humano e cristão para sua vida; os povos indígenas e originários, quilombolas que são invisibilizados, estão doente e são encarcerados, soma-se a isso a tentativa de passar o marco temporal, numa contramão da constituição; má distribuição de renda, que gera empobrecimento, desemprego, fome e pessoas em situação de rua, tanto nos grandes centros como nas cidades menores; o trabalho escravo, e as novas formas de exploração do trabalho, evidenciadas nas tentativas de retiradas dos direitos dos trabalhadores; a cultura do ódio, a polarização gerando a coisificação da pessoa; uma política, que gera a fome e a miséria do povo; o agronegócio, a pulverização e o veneno que mata; as novas casa grande e senzalas, explicitando que o racismo em nosso país que ao negro é estrutural e institucional e está inserido no caminho de nosso processo civilizatório; ausência de formação de lideranças conscientes e proféticas, na lógica de uma igreja pra dentro, clericalista e não povo de Deus, em contato com a vida do povo, e ainda outros tantos gritos.

As atividades ocorreram na forma de plenárias distribuídas em comunidades sediadas nas Paróquias de Rondonópolis e atenderam por nomes populares dos biomas brasileiros: Casa comum. Amazonas, Caatinga, Pampa, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica, a fim de valorizar a questão da ecologia, nessas plenárias podemos contar com vários assessores, Leigos, Ministros ordenados, Religiosos (as), inseridos nas lutas sociais.

A partir do julgar, buscamos os ecos emanados da Palavra de Deus com a realidade das comunidades, os ecos da grande Casa Comum com expressões vivas através da oração que revelou o poder das diversas línguas dos povos originários, podemos sentir na pele quando se perde uma língua é o Espírito de um povo que morre, percebemos que Deus entende todas as línguas, mas a colonização mata e oprime a vida dos povos, podemos ver que todos os povos são parentes-irmãos, no mesmo sonho, na mesma luta e na busca da terra sem males, podemos ver comunidades que vibram e reagem vivamente à convocação do Papa Francisco para a construir uma Igreja em saída, podemos ver  que o caminho sinodal nos leva a comunhão, nos leva a ser missionários, a ser fermento de transformação, a ser sal e luz para um mundo melhor para que todos tenham vida em abundância.

Contudo, não podemos nos deixar levar somente a ouvir esses gritos, devemos colocá-los como bandeiras de lutas na nossa atuação sociotransformadora em nossas comunidades e realidades sociais. Durantes esses dias de encontros algumas palavras chaves que Dom Valmor Bispo de Rondonópolis utilizou em sua homilia, que nos ajudaram a refletir para juntos buscarmos maneiras de agir em prol dessas causas: Comunidade, Missão, Reino de Deus e Transbordamento.

O sujeito principal desse encontro é a comunidade, pois ela não é secundaria na vivência da fé, mas precisa de especial atenção, pois é tentada a perder sua identidade de uma vivência de fé comunitária e não podemos ficar olhando mais para o espelho do que pela janela da vida, o amor a Deus deve ser manifestado no amor aos irmãos e irmãs. A missão como remédio de superar as tentações da comunidade, somos Igreja em saída para as periferias, onde devemos socorrer, cuidar testemunhar o Evangelho de Jesus; O Reino que nos é dado, é o próprio Cristo que toma a iniciativa de nos chamar e enviar, é uma realidade que já experimentamos no cotidiano em cada pequeno gesto de fraternidade, solidariedade, defesa e promoção da vida, fazendo-se pequeno para acolher esse Reino, na busca deum novo céu e uma nova terra; diante dos desafios e conflitos, pensar respostas totalizantes, pois existem conflitos que não se resolvem com disciplina mas com o transbordamento de nossas ações, assim com Deus resolveu o conflito do pecado com o transbordamento do amor na cruz, impulsionados pela única missão que é de Deus de ir aos confins do mundo no encontro com o Ressuscitado nos impele a caminhar em busca de um novo céu e uma nova terra.

Também não podemos deixar de mencionar aqui dois verbos que se encontram muito presente em nossa caminhada na busca de um novo céu e uma nova terra: “Encantar” e “Esperançar”. O encantamento pela resistência de um povo sofrido, marginalizado que jamais desisti de seus sonhos e procuram viver um esperançar, passando de uma utopia para a realização na realidade de todos os povos. Como fruto desse Intereclesial foram editadas cartas endereçadas ao Santo Padre o Papa Francisco, Carta aos Bispos do Brasil através da CNBB e a todo povo Brasileiro.

 

Diácono Jenivaldo Pereira de SouzaAssessor diocesano da CEBs

15º Intereclesial da CEB's do Brasil