Diocese de Guarulhos

SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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A vocação precede a existência

Perdoe-me a complexidade da sentença do título do artigo com o seu teor tanto quanto filosófico – e, de fato, ela é uma paráfrase da máxima da filosofia existencialista. Ao dizer que a vocação precede a existência é – baseando-se nas palavras de Santa Teresinha do Menino Jesus – compreender que, uma vez que “nada acontece que Deus não tenha previsto desde toda a eternidade”, o assumir a vocação é uma resposta ao apelo de Deus prenunciado desde as origens.

É só pensarmos que, considerando que a vocação é um chamado – não sendo uma disposição própria do homem, mas uma iniciativa de quem o convida –, ela é um projeto único e bem-aventurado que o Onipresente quis desde toda a eternidade, como recordado nas palavras de exortação de Deus ao chamado do profeta Jeremias: “antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações” (Jr 1,5).

Ao dizer que a vocação é precedente à nossa existência é dizer, literalmente, que Deus anseia pela nossa santidade e salvação antes mesmo de passarmos a existir. Torna-se belo pensarmos que você, na sua vocação assumida, é uma resposta a um desejo eterno de Deus, na correspondência ao apelo existencial do Criador “para nos fazer participantes da sua santidade” (Hb 12,10). Como consequência, ao aceitarmos a nossa vocação, correspondemos ao apelo do Eterno e de nossa própria existência.

 

Sem. Edson Vitor – 4º ano de Teologia

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