SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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"O Senhor fez em mim maravilhas." (Lc 1,49)

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ENCONTRO LITÚRGICO MUSICAL NA FORANIA BONSUCESSO

A Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora Aparecida, Presidente Dutra, acolheu animadores, cantores, ministérios de música, instrumentistas, equipes de liturgia e coordenadores das Paróquias da Forania Bonsucesso para 2 Encontros, nos dias 13 e 15 de Março, de Formação Litúrgico Musical – Páscoa 2023, conduzidos por Padre Jair e pela Caetana Cecília, responsáveis pelo Ministério de música em nossa Diocese. Todas as paróquias da Forania estavam representadas nesse Encontro.
– “Um encontro é mais do que um ensaio. É a partilha do nosso trabalho musical, do nosso trabalho litúrgico, do nosso trabalho nas Comunidades, enfim, de construir as celebrações da Semana Santa, da Vigília, da Páscoa.” (Caetana Cecília)
–  “Não basta só ensaiar os cantos… é preciso termos o contexto todo da liturgia para que o canto faça sentido na nossa celebração, faça sentido também em nossa vida. Te bendizemos, ó Pai, que essas 2 noites de encontro sejam abençoadas e frutifiquem em nossas Comunidades.”
(Padre Jair Costa)
FOTOS E TEXTO: Núbia Oliveira
PASCOM SANTA CRUZ
Formação Litúrgico Musical - Forania Bonsucesso
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“Coração de Pai” leva mais de 45 mil pessoas aos cinemas do Brasil e segue em cartaz no mês de São José

Desde a estreia, em 4 de março, documentário foi exibido em aproximadamente 180 salas em todo país, e continua em cartaz em 90 cidades. Ingressos à venda.

Seguindo para a terceira semana de exibição, “Coração de Pai” surpreendeu a bilheteria nacional. No primeiro dia, o filme chegou ao top 12, no segundo no top 3 e vem alcançando bons resultados no Brasil.

Somente no último final de semana (11 e 12 de março) quase 6 mil pessoas assistiram ao documentário. Ao todo, desde o dia 02 de março, mais de 45 mil já foram conhecer as histórias de testemunho contadas ao longo do filme, exibido em aproximadamente 180 salas de todo país.

Produzido pela Goya Producciónes“Coração de Pai” é uma fotografia histórica do Patrono da Igreja Católica. Filmado em diversos países, o longa traz também testemunhos de pessoas que foram agraciadas com a intercessão do santo, recebendo milagres que vão da recomposição de matrimônios desfeitos a conversões radicais e curas impossíveis.

Os exibidores têm aberto novas sessões, conforme a demanda de pedidos. O número alcançado até então se deve aos pedidos de devotos que, no mês em que São José é celebrado, fazem questão de conhecer ainda mais sobre ele.

A  diretora da distribuidora Kolbe Arte, Angela Morais, está otimista e diz que o filme chegou num bom momento. “ A Kolbe Arte tem trabalhado constantemente para que os filmes e documentários sejam também meios de evangelização. Escolhemos o mês de março para falar de São José, principalmente como uma forma de homenageá-lo e presentear os devotos. E deu certo! Aproveitem enquanto o filme está em cartaz”.

Logo após as primeiras exibições, vários testemunhos chegaram às redes sociais. “Sai com um amor ainda maior por São José. Meu pai espiritual”; “Minha admiração por São José só cresceu”; “Foi muito belo em todo filme ver testemunhos de conversão”, “Coração de Pai nos faz ver a importância de caminhar ao lado de São José, ele é admirável”.

Até o momento, a exibição de “Coração de Pai” está confirmada em 90 cidades, quantidade que deve aumentar nos próximos dias.

Para saber em quais cidades e cinemas continuam as exibições, basta acessar o site kolbearteproducoes.com/catalogo/coracaodepai.

 
Sinopse
 
O documentário “Coração de Pai” é uma viagem em busca dos vestígios de São José. Em aproximadamente um ano de pesquisa, foram selecionados depoimentos atuais e extraordinário de pessoas simples, marcadas pela ação do santo em suas vidas.
 
O percurso levou a lugares pouco conhecidos, como Cotignac na França ou Tuscania na Itália, onde São José apareceu no passado. Na Espanha comprovou-se a presença especial de São José em Toledo, em Ávila e em Barcelona, onde as filmagens aconteceram tanto no templo da Sagrada Família, como no Santuário de São José da Montanha.
 
O documentário destaca a especial ‘ação’ de São José em nossos dias, justificada pela atual crise da figura paterna e pela necessidade de reconstruir a unidade familiar. A figura do Patriarca tem sido fortalecida pelos últimos Papas, desde Pio IX, que o nomeou Patrono da Igreja, até Francisco, que declarou 2021 como o Ano Jubilar de São José. Francisco revelou que coloca aos pés de sua imagem pedacinhos de papel com as intenções que lhe são confiadas.
 
Horários e Sessões em Guarulhos:
 
Cinépolis Parque Shopping Maia: Sala 7
18/03 – 14h  19/03 – 14h  20/03 – 19h  21/03 – 19h
 
Cinemark Shopping Internacional Guarulhos: Sala 15
20/03 – 19h10  21/03 – 19h10  22/03 – 15h
 
Programe-se e confira!!
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Destaques Diocese

Encontro Formativo do Núcleo CRB – Guarulhos

No dia 12 de março aconteceu Encontro Formativo do Núcleo CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil) de Guarulhos com nosso Bispo Dom Edmilson Amador Caetano – O.Cist

Tema: Ano Vocacional

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Destaques Diocese

Encontro Diocesano sobre a Celebração da Palavra

No dia 10/03, aconteceu no Centro Diocesano de Pastoral o Encontro sobre a Celebração da Palavra, voltado aos Ministros Extraordinários da Palavra.

No encontro, o Padre Antônio Bosco e o Padre Ednaldo Carvalho instruíram os ministros sobre as mudanças que acontecerão e sanaram dúvidas sobre as Celebrações da Palavra.

Estavam presentes também o Bispo Diocesano, Dom Edmilson Amador Caetano, o Padre Marcos Alves e o seminarista Bruno Santana.

Encontro sobre a Celebração da Palavra

Já no dia 11/03, na Paróquia São João Batista, aconteceu o Encontro Diocesano sobre a Celebração da Palavra, destinado aos Diáconos permanentes de nossa diocese.

No encontro, o Padre Ednaldo Carvalho e Padre Antônio Bosco instruíram os diáconos sobre as mudanças que acontecerão e os cantos apropriados para cada momento de Celebração e Adoração.

Os diáconos puderam esclarecer todas as dúvidas que tinham sobre as Celebrações da Palavra e partilhar experiências que já viveram no ministério.

Encontro com os Diáconos sobre a Celebração da Palavra
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Artigos Vida Consagrada

Filhas do Santíssimo Redentor e de Nossa Senhora das Dores

A Vida Consagrada, no meio do povo, é um chamado a deixar tudo para seguir Jesus de mais perto. É o chamado a uma radicalidade, aquela de amar Jesus acima de tudo.

O chamado à vida religiosa, as pessoas se consagram por meio dos votos (obediência, castidade e pobreza), conforme um carisma específico.

A congregação das Filhas do Santíssimo Redentor e de Nossa Senhora das Dores está presente em Guarulhos desde 1972. Sendo resposta de um desejo e de uma sede de seguir Jesus mais de perto.

Foi fundada em 1816, pela jovem Giovanna Faustina Mengo na Itália. Nasceu em uma sexta-feira da paixão e não poderia ter outro carisma senão o da misericórdia e compaixão.

Hoje nós irmãs atuamos no bairro Gopouva, buscando testemunhar o amor de Deus através da educação e projeto social. É o amor misericordioso de Deus e a presença materna da virgem Maria que nos fortalece a cada dia como servas simples, perseverantes e atentas a realidade de todos irmãos e irmãs que sofrem.

É preciso estar disposta a ouvi-Lo e a servir, como forma de corresponder a esse amor que se derrama sobre nós diariamente, inspiradas a ser sinal de esperança em toda realidade de sofrimento, pelo carisma da misericórdia e compaixão.

 

Ir. Josinete Reis do Nascimento

Filhas do Santíssimo Redentor

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Artigos Juventude

Encontro dos padres Assessores da Juventude do regional Sul 1

Aconteceu nos dia 30 e 31 de janeiro de 2023 o encontro dos padres Assessores da Juventude do regional Sul 1. Estiveram presentes: Dom Antônio Emídio Vilar e Padre Reginaldo Martins da Silva, (referenciais da juventude do Sul 1); Padre Antônio Ramos do Prado, sdb (Assessor Nacional da Comissão da Juventude da CNBB); Pe. Marcelo Dias (Coordenador Diocesano de Pastoral), Pe. Bruno Batista (Assessor do EJC) e o Seminarista João Edson (4°Teologia) de nossa diocese e diversos padres representando todo o nosso regional.

O encontro teve por objetivo nos introduzir na realidade de todos os trabalhos que estão sendo realizados a nível nacional, para que juntos, possamos fazer um trabalho de comunhão. Foram dois dias em que tivemos a oportunidade de acolher os novos padres assessores e fazermos um processo de escuta, tocar as diversas realidade das dioceses, nos aprofundar no material que temos a disposição para os trabalhos e assim, voltando cada um para sua diocese, fazer o processo de implantação ou reimplantação do Setor Juventude.

O último dia tivemos a oportunidade de celebrarmos a memória de São João Bosco, Santo padroeiro dos jovens, oferecendo todos os trabalhos que teremos neste ano, desejando que tudo ocorra para a maior gloria de Deus e a salvação da nossa juventude.

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Artigos Seminário

Seminário Diocesano realiza seu retiro anual

Nos dias 6 a 10 de fevereiro, o Seminário Diocesano promoveu o seu retiro anual aos seminaristas de Teologia e Filosofia no Recanto Tagaste, na zona sul de São Paulo. Na consonância do Ano Vocacional, o retiro de 2023 possuiu o tema “Vocação: Graça e Missão” e teve como pregador o Padre Gildarte Abílio Costa, que conduziu as pregações e os momentos de reflexão com os seminaristas.

O retiro ainda teve a presença de Dom Edmilson Amador Caetano, como também dos formadores, Padre Francisco Veloso Junior, reitor do Seminário; e do Padre Cleber Leandro, vice-reitor do Seminário.

Rogamos a Deus a intercessão da Virgem das Vocações para que o Ano Vocacional seja de sustento ao chamado querido por Deus a cada um e que o ano formativo iniciado seja fecundo na vida de todos os vocacionados.

 

Edson Vitor

4º ano de Teologia

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Artigos Vocação e Seminário

Como bem viver o 3º Ano Vocacional do Brasil?

A partir da Solenidade de Cristo Rei do Universo, em toda a Igreja no Brasil, iniciou-se o Ano Vocacional, com o tema “Vocação: Graça e Missão”. O objetivo da realizá-lo é “promover a cultura vocacional nas comunidades eclesiais, nas famílias e na sociedade, para que sejam ambientes favoráveis ao despertar de todas as vocações, como a graça e missão, a serviço do Reino de Deus”. O Ano Vocacional encerra-se na Solenidade de Cristo Rei de 2023. O que podemos nos perguntar é como viver bem esse ano dedicado às vocações?

Fundamentado no Texto-base, pode-se elencar alguns objetivos para o Ano Vocacional. Por exemplo, podemos refletir em nossas comunidades, em nossos grupos e até mesmo em nossas famílias o modo de como estão os acompanhamentos dos jovens na proximidade, compreensão e concepção de uma consciência vocacional. Ou, como podemos refletir sobre como estamos dedicando-nos à oração pelo estímulo e sustento das vocações.

Para responder essas e outras questões, talvez, em uma modesta sugestão, é aprofundar-nos, em primeiro lugar, no objetivo do próprio Ano Vocacional apresentado acima. Aqui, lista-se algumas inquietações que se pode trabalhar na realidade eclesial da qual estou inserido: como estou promovendo a cultura vocacional na minha comunidade? Como a estou promovendo em minha família ou na sociedade? O ambiente que pertenço é favorável para se despertar uma vocação? Eu incentivo todas as vocações na minha comunidade? Tenho e contribuo para o discernimento de que vocação é caminho de graça e missão?

Rogamos para que a vivência do Ano Vocacional nos encoraja a colocar a meditação e a experiência da vocação em nossas ações pastorais e cristãs. Possamos, sob a luz do Espírito, “estudar, refletir e dialogar sobre a questão vocacional, para, iluminados pela fé, traçar linhas comuns de ação, indo ao encontro de adolescentes e jovens, a fim de cooperar na realização de um caminho de discernimento vocacional”.

Um bom Ano Vocacional a todos!

 

Sem. Edson Vitor

4º ano de Teologia

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Artigos Liturgia

O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA E DA RECONCILIAÇÃO

Um dos destaques da nossa última Assembléia Diocesana foi justamente a valorização do sacramento da Penitência: Priorizar o sacramento da Penitência junto a Pastoral da Escuta.” (n.3 – Pilar do Pão) Tradicionalmente, no tempo quaresmal, aumenta a procura dos fiéis por este sacramento, e mesmo as paróquias promovem os chamados mutirões de confissão, quando vários sacerdotes se dispõem a atender juntos numa determinada comunidade, após uma adequada celebração penitencial. O gesto realça a importante dimensão comunitária da reconciliação.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) traz uma ótima instrução sobre este sacramento. Transcrevemos abaixo alguns trechos.

«Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia de Deus o perdão da ofensa a Ele feita e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja, que tinham ferido com o seu pecado, a qual, pela caridade, exemplo e oração, trabalha pela sua conversão» (CIC n.1422)

Os vários nomes do sacramento explicitam o seu sentido:

-Chama-se sacramento da conversãoporque realiza sacramentalmente o apelo de Jesus à conversão e o esforço de regressar à casa do Pai da qual o pecador se afastou pelo pecado. (CIC 1423)

-Chama-se sacramento da Penitênciaporque consagra uma caminhada pessoal e eclesial de conversão, de arrependimento e de satisfação (cumprimento da penitência) por parte do cristão pecador.

-Chama-se sacramento da confissãoporque o reconhecimento, a confissão dos pecados perante o sacerdote é um elemento essencial deste sacramento. Num sentido profundo, este sacramento é também uma «confissão», reconhecimento e louvor da santidade de Deus e da sua misericórdia para com o homem pecador.

-Chama-se sacramento do perdãoporque, pela absolvição sacramental do sacerdote, Deus concede ao penitente «o perdão e a paz»

-E, finalmente, chama-se sacramento da Reconciliaçãoporque dá ao pecador o amor de Deus que reconcilia: «Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5, 20). Aquele que vive do amor misericordioso de Deus está pronto para responder ao apelo do Senhor: «Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão» (Mt 5, 24). (CIC 1424)

 

Diz, ainda o Catecismo que a penitência interior do cristão pode ter expressões muito variadas. A Escritura e os Santos Padres insistem sobretudo em três formas: o jejum, a oração e a esmola que exprimem a conversão, em relação a si mesmo, a Deus e aos outros. Ao lado da purificação radical operada pelo Baptismo ou pelo martírio, eles citam, como meios de obter o perdão dos pecados, os esforços realizados para se reconciliar com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade «que cobre uma multidão de pecados» (1 Pe 4, 8). (CIC 1434)

A conversão realiza-se na vida quotidiana por gestos de reconciliação, pelo cuidado dos pobres, o exercício e a defesa da justiça e do direito, pela confissão das próprias faltas aos irmãos, pela correção fraterna, a revisão de vida, o exame de consciência, a direção espiritual, a aceitação dos sofrimentos, a coragem de suportar a perseguição por amor da justiça. Tomar a sua cruz todos os dias e seguir Jesus é o caminho mais seguro da penitência. (CIC 1435)

A conversão e a penitência quotidianas têm a sua fonte e alimento na Eucaristia: porque na Eucaristia torna-se presente o sacrifício de Cristo, que nos reconciliou com Deus: pela Eucaristia os que vivem a vida de Cristo nutrem-se e fortificam-se: «ela é o antídoto que nos livra das faltas quotidianas e nos preserva dos pecados mortais» (CIC 1436)

A leitura da Sagrada Escritura, a oração da Liturgia das Horas e do Pai Nosso, todo o ato sincero de culto ou de piedade reavivam em nós o espírito de conversão e de penitência e contribuem para o perdão dos nossos pecados. (CIC 1437)

Os tempos e os dias de penitência no decorrer do Ano Litúrgico (tempo da Quaresma, cada sexta-feira em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja. Estes tempos são particularmente apropriados para os exercícios espirituais, as liturgias penitenciais, as peregrinações em sinal de penitência, as privações voluntárias como o jejum e a esmola, a partilha fraterna (obras caritativas e missionárias). (CIC 1438)

 

Pe. Antônio Bosco da Silva

Vigário Geral e Pároco da Catedral N. Sra. da Conceição

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Artigos Bíblia

DAVI : ≈1010 – 970 A. C.

(1Sm 16-31; 2Sm 1-24 e 1Rs 1 – 2)

ETAPAS:

  1. ASCENSÃO AO TRONO: 1Sm 16 – 2Sm 4, 12

Temos duas narrativas de sua escolha e unção que acontecem antes da morte de Saul:

Na 1ª. Narrativa (1Sm 16, 1 – 13) Davi é escolhido para ser rei, dentre oito irmãos, na casa de Jessé, em Belém, e ungido por Samuel;

Na 2ª. Narrativa (2Sm 2)  Davi é aclamado rei pelas tribos do Sul, em Hebron; 7 anos depois, após a morte de Saul, seria também aclamado pelas tribos do Norte como rei de Israel (ver 2 Sm 5);

Quanto à presença de Davi na corte de Saul, temos três narrativas:

Na 1ª. Narrativa Saul pediu a Jessé que cedesse o jovem Davi pra tocar lira, a fim de aliviar a depressão do rei Saul (ver 1Sm 16, 14 – 23); depois, Davi se tornaria escudeiro do rei Saul;

Na 2ª. Narrativa (ver 1Sm 17, 12 – 54) Davi, no campo de batalha, derrota o soldado filisteu (Golias); Davi se apresenta a Saul, pedindo-lhe para que deixe Davi lutar contra o gigante Golias;

Na 3ª. Narrativa: (ver 1 Sm 17, 55 – 18, 5) Aqui, após a derrota do gigante Golias, Saul pede a Abner, chefe do exército, a respeito de Davi; não obtendo resposta, o próprio rei Saul chama o “herói” e o toma a seu serviço; mas, percebendo o esplendor e o sucesso de Davi entre os súditos, Saul passa a persegui-lo, tentando matar Davi, que escapa da morte, graças a Jônatas, filho de Saul (1Sm 20).

OBSERVAÇÕES:

– os autores das narrativas acima (de épocas e lugares diferentes) deixam bem claro a sua preferência por Davi;

– embora o apresentem de forma muito simpática, não ocultam as fraquezas de Davi;

-Davi é apresentado como um homem cheio de bondade, corajoso nas conquistas militares, dotado de qualidades humanas e artísticas, bem sucedido e chega a se casar com Micol, filha de Saul (1Sm 18, 17 – 30);

-Saul mostra-se incapaz no plano político (1Sm 31), indigno no plano religioso (1Sm 15, 10 – 31) e desequilibrado no plano psíquico (1Sm 19, 8 – 24); perde, aos poucos, o prestígio inicial;

A preocupação do autor é ressaltar a Aliança de Deus com seu povo, portador das promessas e do futuro Messias, que deveria vir pela família de Davi;

Tomemos cuidado para não achar que Davi era um “santo” pré-escolhido por Deus e que tudo foi “limpo” para o lado de Davi.

  1. AS CONQUISTAS DE DAVI E SUA ACLAMAÇÃO E COROAÇÃO EM JUDÁ E ISRAEL (2Sm 5 – 8)

Conquistando seu espaço, Davi se impôs primeiro sobre as tribos do Sul e, depois, sobre as tribos do Norte; adotou uma política pessoal e paralela ao governo de Saul; habilidoso, conseguiu simpatia das tribos do Sul (1Sm 27, 10 – 12; 30, 26 – 31);

Não participou da batalha de Gelboé, na qual Saul foi morto, mas foi reconhecido “rei” em Hebron (2Sm 2, 1 – 14);

Após a morte de Abner, general de Saul (2Sm 3, 22 – 39), e de Isbaal, filho de Saul (2Sm 4, 1 – 12), os anciãos de Israel reconhecem Davi como rei; consolida-se o poder régio de Davi sobre o Sul e o Norte de Israel;

           Alguns conflitos permearam a consolidação da realiza davídica:

Abner X Joab, general de Davi (2Sm 12 – 3,1); Joab se vinga de Abner, matando-o (2Sm 2, 22 – 23; 3, 27), apesar de Davi ter deixado Abner partir em paz (2Sm 3, 21); para apaziguar os ânimos das tribos no Norte, Davi acompanha os funerais de Abner (2Sm 3, 38);

Isbaal X Davi (2Sm 2, 9 – 11); Davi puniu os assassinos de Isbaal (4, 1.5 – 12);

2Sm 5, 1 – 3 = sem Abner e Isbaal, os israelitas (tribos do Norte), frente às ameaças dos filisteus, aderem a Davi.

A UNIÃO PESSOAL DE DAVI COM JUDÁ E ISRAEL:

Não houve mudanças estruturais nas duas regiões de Canaã; não foi constituído um reino (estado) unido, mas duas regiões sob um mesmo rei, cada qual com uma certa autonomia, ou seja, “duas nações” são governadas pelo mesmo soberano; cada região manteve sua personalidade política e suas características próprias, mas submeteram-se ao poder supremo de Davi; a aliança pessoal de Davi com Abner é que foi determinante para a aceitação de Davi pelas tribos do Norte; porém, sempre ficou entre as tribos a ideia de que Judá pertencia a Israel e vice-versa;

III. ESTRATÉGIAS POLÍTICAS DO REI DAVI

Davi foi sempre um guerreiro, estrategista, apoiado por uma estrutura militar, independente do controle tribal, com uma base sólida em Judá, que prometia certa estabilidade; ao contrário, foram os juízes, líderes militares ocasionais; buscou contatos com povos vizinhos (2Sm 2, 7), tinha recursos e poder, bem como uma forte autoridade sobre Judá (2, 4); seu ato estratégico foi a conquista de Jerusalém (2Sm 5, 9) – lugar que favoreceu sua neutralidade e independência em relação ao Sul(Judá) e ao Norte(Israel).

Davi conseguiu passar do estado nacional/tribal para o estado territorial, com fronteiras mais ou menos estáveis, congregando as tribos sob um mesmo governo; tratou com igualdade as tribos rurais dos cananeus e filisteus, tanto as do Norte como as do Sul;  além de conquistar Jerusalém, Davi também comprou a colina oriental, dando-lhe o nome de “cidade de Davi”, onde mandou construir um altar (2Sm 24, 18 – 19) – por isso, Jerusalém passou a ser um centro político, religioso e cultural do reino unido;

Para manter a unidade, Davi enfrentou muitos inimigos (reinos vizinhos), o que lhe deu confiança do povo das tribos.

 

Pe. Éder Aparecido

Vigário – Paróquia Santa Cruz e N. Sra. Aparecida – Jd. Pres. Dutra