SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

SÃO PAULO - BRASIL

"A Esperança não decepciona" (Rm 5,5)

Categorias
CNBB Destaques

CERCA DE 22 TEMAS SERÃO DEBATIDOS E ENCAMINHADOS EM 22 SESSÕES AO LONGO DOS 10 DIAS DA 60ª AG CNBB

No próximo dia 19 de abril, às 8h30, acontece a sessão solene de abertura da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB), no Centro de Convenções Padre Vítor Coelho de Almeida do Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP). O encontro do episcopado brasileiro se estende até o dia 28, com 22 sessões ao longo das duas semanas.

A pauta inclui 1 tema central (Avaliação Global da Caminhada da CNBB (Art. 141 do Regimento em vigor), 6 temas prioritários (Doutrina da Fé, Liturgia, Regimento da CNBB, Relatório do Quadriênio, Relatório Econômico, Textos Litúrgicos – CETEL).

A atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) – 2019/2023 – está contida dentro do tema central da Assembleia. Para as atuais diretrizes, estava previsto uma atualização em 2023, ano em que encerra o quadriênio. A escolha do episcopado, no entanto, foi pela continuidade do processo de escuta e incorporação dos resultados do Sínodo sobre a Sinodalidade, cuja primeira sessão será em outubro deste ano e a última em outubro de 2024. Neste sentido, a atualização das novas DGAE da Igreja no Brasil serão construídas num caminho sinodal.

Outros temas

Da programação constam ainda outros 15 temas diversos (Acordo Brasil Santa Sé, Análise de Conjuntura Social e Eclesial, Gestão, Campanha da Fraternidade, Conselho Episcopal Latino Americano, Charis, Comissão Comunhão e Partilha, Comissão Episcopal para a Amazônia, Fundo Nacional de Solidariedade e Jubileu 2025, pesquisa “Saúde Integral do Clero”, Sínodo 2023-2024, visita do bispo auxiliar da diocese de Maiduguri (Nigéria), dom John Bogna Bakeni, região que sofre perseguição (ACN – Ajuda à Igreja que Sofre) e 15º Intereclesial das CEBs.

Estão previstas as seguintes comunicações durante a 60ª AG CNBB dos bispos eméritos, informe do Observatório da Comunicação religiosa no Brasil e do núcleo de estudos em comunicação e teologia, dos Organismos do Povo de Deus, da Ação Missionária Nacional, em Manaus, sobre o Sínodo dos Bispos e o XVIII Congresso Eucarístico Nacional. A Assembleia emitirá ainda três mensagens: ao Papa, ao prefeito do Dicastério para os Bispos e ao povo brasileiro.

Celebrações e retiro

Todos os dias, no Santuário Nacional, às 18h30, os bispos participarão das celebrações eucarísticas da 60ª AG CNBB. Haverá também uma celebração penitencial no dia 23 de abril e uma celebração inter-religiosa, no dia 26 de abril. O retiro espiritual acontece no sábado, 22, e domingo, 23.

Como acompanhar?

No portal da CNBB e nas redes sociais (Facebook e Youtube) será possível acompanhar a cobertura dos principais temas abordados nas sessões. Serão divulgados também diariamente o boletim Igreja no Brasil especial 60ª AG CNBB e um clipping diário de notícias. 

Já as coletivas de imprensa poderão ser acompanhadas, ao vivo, pelo portal A12 e redes sociais da CNBB, sempre às 15h. Nas coletivas são apresentados os resultados das reflexões e encaminhamentos dos temas. E as celebrações que acontecerão às 18h30, pela TV Aparecida, TVs de inspiração católica e redes sociais da CNBB.

Nas redes sociais, a interação fica por conta da hashtag #60AGCNBB

Categorias
Destaques Diocese

Reunião de Assessores da Semana Diocesana de Formação

A coordenação diocesana de pastoral realizou no dia 11 de abril no Centro Diocesano de Pastoral, a primeira reunião de assessores da Semana Diocesana de Formação que acontecerá de 24 a 27 de julho de 2023 nas Foranias com reflexões propostas pelo subsídio do Ano Vocacional 2023.

Confira as fotos abaixo:

Reunião de Assessores da Semana Diocesana de Formação
Categorias
Destaques Diocese

Paróquias da Diocese celebram a Paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo

A Semana Santa na Diocese de Guarulhos foi de grande participação do povo de Deus em todas as paróquias da Diocese de Guarulhos.

Desde o Domingo de Ramos, realizado em 02 de abril, até o Domingo da Páscoa, dia 09 de abril, todas as paróquias, capelas, comunidades e foranias estiveram presentes e celebrando a Semana Santa.

Dentre outras celebrações realizadas cada uma solenemente por cada paróquia, o Tríduo Pascal foi o principal de todas as paróquias na Diocese, onde os fiéis celebraram a última ceia do Senhor, a Paixão, morte e Ressurreição de Cristo.

As principais celebrações ocorreram na Catedral Nossa Senhora da Conceição dos Guarulhos, no centro da cidade, onde o Bispo, Dom Edmilson Amador Caetano, celebrou o tríduo pascal de forma solenemente.

Ainda na quinta-feira, 06 de abril, já chamada quinta-feira Santa na Diocese, pela manhã o Bispo celebrou a missa do Crisma, com a presença dos padres da Diocese, representantes das paróquias e novas comunidades, religiosas e povo em geral. Ao final da Santa Missa, Dom Edmilson entregou a mensagem de Páscoa e os Santos Óleos, abençoados por ele durante a celebração.

 

Na parte da noite da mesma quinta-feira santa, celebra-se a Instituição da Eucaristia, onde se celebra a última ceia do Senhor, ou, primeira Missa celebrada por Jesus Cristo, na mesma celebração se recorda o rito do Lava-pés, onde Jesus lava os pés dos discípulos.

 

 

A Sexta-feira, 07 de abril, foi marcada e celebrada a Paixão de Cristo, onde o povo de Deus recorda como com tanto amor, Jesus se entregou e morreu pelos pecados de todos nós na cruz.

 

 

Já o Sábado Santo, 08 de abril, aconteceu a Vigília Pascal, onde Jesus ressuscita e vence a morte triunfalmente, na celebração Dom Edmilson abençoa o fogo novo, para tornar a tradição antiga de onde havia trevas, passa-se à luz, na mesma celebração ocorre batismo e crisma de algumas pessoas, recordando e lembrando a vida nova que Cristo nos propõe após o período quaresmal.

 

E por fim, o Domingo de Páscoa, 09 de abril, dia da ressurreição de Jesus Cristo, se celebra enfim a nova vida que Jesus Cristo nos dá e nos liberta de todos os pecados.

Cristo, Ressuscitou, Aleluia!

Verdadeiramente ressuscitou, Aleluia!

 

Confira como foram as celebrações da Semana Santa em cada paróquia:

SEGUNDA-FEIRA SANTA:

Segunda-feira Santa - 03/04/2023

TERÇA-FEIRA SANTA:

Terça-feira Santa - 04/04/2023

QUARTA-FEIRA SANTA:

Quarta-feira Santa - 05/04/2023

MISSA DOS SANTOS ÓLEOS:

Missa do Crisma - Bênção dos Santos Óleos

QUINTA-FEIRA SANTA:

Missa da Ceia do Senhor - Lava-pés

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO:

Sexta-feira da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo

SÁBADO - VIGÍLIA PASCAL:

Sábado Santo - Vigília Pascal

DOMINGO - PÁSCOA:

Domingo de Páscoa - 09/04/2023
Categorias
Destaques Diocese

Manhã de Oração do Clero no Seminário Diocesano

Os padres e diáconos da Diocese de Guarulhos, estiveram reunidos na manhã de oração no seminário diocesano Imaculada Conceição. Organizada pelos representantes dos presbíteros, a manhã foi presidida por Dom Edmilson Amador Caetano com a salmodia e adoração ao Santíssimo Sacramento.

A reflexão foi ministrada pelo reverendíssimo padre Leonardo sobre a mensagem em audiência do papa Bento XVI do dia 14 de setembro de 2011 com o título: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes ?” Salmo 22 (21)

Manhã de Oração do Clero 2023
Categorias
Destaques Diocese Voz do Pastor

Mensagem de Páscoa 2023 – Dom Edmilson

“Ide depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e que vai à nossa frente na Galileia. Lá vós o vereis.”

(Mt 28,7)

A Galileia é o lugar onde Jesus passou a infância, adolescência, juventude e chegou à idade adulta. A maioria dos discípulos era da Galileia. O início do ministério público de Jesus, após o batismo no Jordão, foi a partir dos confins da Galileia. Os primeiros sinais do Reino, como nas Bodas de Caná, foram realizados na Galileia. Em Cafarnaum, na Galileia, estava a casa de Jesus e seus discípulos. Junto ao Mar da Galileia Jesus fez as multiplicações dos pães e ensinou seus discípulos a missionarem. Da Galileia Jesus vai para Jerusalém para entregar a sua vida. Voltando à Galileia Jesus ressuscitado envia os discípulos em missão prometendo que, com poder, está com eles todos os dias até final dos tempos.

Na Galileia Jesus chamou os seus primeiros discípulos.

Na nossa Galileia Jesus também nos chamou e colocou-nos na sua comunidade.

Nesta celebração pascal de 2023 voltemos à Galileia para vermos o Cristo ressuscitado. Não fiquemos aterrados e aterrorizados diante da cruz de cada dia, da crueldade do mundo, da corrupção que nos rodeia, da miséria que fere a dignidade do ser humano.

Voltemos à Galileia. Voltemos ao primeiro amor, onde e quando o Senhor com voz potente tocou o nosso coração e compreendamos que a Cruz não é derrota, mas vitória. Voltemos à Galileia onde com a comunidade dos discípulos – aquela onde o Senhor nos inseriu e vimos os seus sinais – assim compreenderemos que o Senhor vitorioso está conosco. Voltemos à Galileia e retomemos a nossa vida em comunidade e tenhamos renovada consciência de sermos comunidade eclesial missionária. Voltemos à Galileia e não nos deixemos  dominar pela preguiça e comodismo. Voltemos à Galileia e não deixemos que as vozes dos falsos profetas, apregoadores de desgraça e divisão, distancie-nos da comunidade e da celebração da Eucaristia, fazendo-nos duvidar da força e do poder do Espírito do ressuscitado.

Não pode haver Feliz Páscoa se não voltarmos à Galileia.

Alegria! O Senhor ressuscitou! Verdadeiramente ressuscitou!

 

Dom Edmilson Amador Caetano. O.Cist.

Bispo diocesano de Guarulhos

Categorias
Artigos Vida Consagrada

Irmãs Paroquiais de São Francisco

Todo batizado por natureza é um vocacionado, vocacionado a Vida, vocacionado a ser Cristão. Dentre esses há aqueles que ouvindo mais de perto esse chamado, dão um Sim mais radical, respondendo sim à vocação Religiosa Consagrada.

Respondendo a uma realidade desafiadora surgiu nossa Congregação das Irmãs Paroquiais de São Francisco. Fundada em 08 de dezembro de 1953, na Cidade de Nilópolis – Diocese de Barra do Piraí – Rio de Janeiro.  O Fundador foi o Frei Ático Francisco Eyng da Ordem dos Frades Menores, Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Teve como primeiras Irmãs as jovens Irmã Maria das Glória Monteiro e Irmã Rute Maria de Oliveira (Cofundadoras). Estamos presentes em Guarulhos desde 1981. O desejo inicial do Frei era formar uma Família para os Sacerdotes, bem como ter Irmãs que os auxiliassem na Evangelização e atividades da casa Paroquial. Aos poucos a Congregação vai se definindo e clareando sua função. Vivemos a Espiritualidade Franciscana.

Nosso Carisma: O Espírito Eucarístico Missionário: A Irmã é chamada a ser presença Eucarística onde vive e atua, exalando o odor de Cristo, portanto “A Eucaristia é fonte inspiradora que alimenta, dinamiza e fecunda nossa intimidade com Deus, nossa Vida Fraterna e nosso trabalho.” Chamadas a Ser: afirmação profética; sinal de vida na Igreja; Sinal luminoso de libertação, Presença desafiadora pela vivência dos Conselhos Evangélicos. Modo de Viver: Vida Fraterna em Comunidade; Vida de Oração individual e Comunitária; no seguimento das bem-aventuranças; Consciência missionária e no compromisso com os pobres. Onde: Em Paróquias com ou sem Padre; Comunidades de base; Formação de Lideranças; Acompanhamentos Pastorais, Secretarias Paroquiais; Saúde Alternativa, e onde a Vida é ameaçada.

Vida de Pobreza, de Obediência e de Castidade, mostra que é possível ser feliz fazendo o outro feliz, que somos livres para amar e ser amadas, e principalmente que ninguém é feliz quando não tem um por que gastar a vida.

Ação Missionária das Irmãs na Capela N. Sra de Fátima – Bonsucesso

 

 

 

 

 

 

 

Irmã Iria Guarda LaraIPSF- Ir. Paroquiais de são Francisco

Categorias
Artigos Vocação e Seminário

Ter o coração ardente e os pés a caminho com o Ressuscitado

A Igreja vive por esses dias a alegria da presença do Ressuscitado em seu meio. Em um dos mais belos relatos da Sagrada Escritura, temos o encontro de Jesus com os discípulos no caminho de Emaús. É dessa profunda experiência com o Cristo Ressuscitado que se extraiu o lema do 3º Ano Vocacional no Brasil: “Corações ardentes, pés a caminho (cf. Lc 24,32-33)”; e o tema: “Vocação: graça e missão”.

Os dois grandes elementos presentes em toda a identidade e compreensão do Ano Vocacional – o coração e os pés – trazem consigo significados singulares que nos permitem vivenciar mais plenamente a vocação que cada um foi chamado por Deus. Referenciando-se com o relato de Emaús, o coração simboliza o ardente escutar das palavras do Ressuscitado. De fato, quem faz a experiência com Jesus tem o coração tocado, transformado e santificado. Quem coloca-se no caminho da vocação tem o coração inflamado e seu sentido de vida plenificado pela comunhão com o Jesus Ressuscitado. Recorda-se também que o coração lembra a graça de Deus no vocacionado.

Por consequência, os pés colocam-se a caminho para anunciar, com uma vocação assumida, o encontro com o Cristo para aqueles que ainda não O conhecem. O vocacionado do Ressuscitado é aquele que, inflamado por seu amor, parte para anunciá-lo em um estado permanente de missão. Os pés ainda lembram a missão que cada vocacionado é chamado a ter.

Desejamos que o Ano Vocacional auxilie a cada pessoa a encontrar-se com Cristo e, no sincero discernimento de seu chamado, deixe seu coração arder e seus pés se porem a caminho, para que possasse fazer a experiência da sublime súplica a Deus: “Fica conosco, Senhor (Lc 24,29)”.

 

Edson Vitor – 4º ano de Teologia

Categorias
Artigos Liturgia

O Sacramento da Penitência e da Reconciliação (Parte 2)

A alegria pascal da conversão

 

O Sacramento da Penitência e Reconciliação está intimamente ligado ao mistério pascal: Cristo é o vencedor do pecado e da morte. O fiel cristão participa do movimento da graça libertadora e vivificadora que vem da Páscoa do Salvador: ele nos livra das amarras do pecado e da morte.

Nas chamadas parábolas da misericórdia, nosso Senhor Jesus  destaca a alegria do encontro da ovelha perdida, que foi ansiosamente buscada pelo pastor: “Regozijai-vos comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido. Digo-vos que assim have­rá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.(Lucas 15, 6-7) Igualmente refere  a alegria da mulher que procurara sua moedinha perdida até encontrá-la: “E tendo-a encontrado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Regozijai-vos comigo, achei a dracma que tinha perdido. Digo-vos que haverá júbilo entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrepende.” (Lucas 15, 9-10)

Por fim, Jesus descreve o movimento libertador da graça do Pai misericordioso que gera a vida nova no filho, perdido, buscado, reencontrado, festejado alegremente: “comamos e façamos uma festa. Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado. E começaram a festa.” (Lucas 15, 23-24)

 “O fato novo, o anel e o banquete festivo são símbolos desta vida nova, pura, digna, cheia de alegria, que é a vida do homem que volta para Deus e para o seio da família que é a Igreja. Só o coração de Cristo, que conhece a profundidade do amor do seu Pai, pôde revelar-nos o abismo da sua misericórdia, de um modo tão cheio de simplicidade e beleza.” (CIC 1439)

Nas parábolas da misericórdia acima referidas, a ovelha desgarrada é reintegrada ao rebanho; a moeda perdida volta à coleção de sua dona, e o filho perdido e encontrado, volta ao seio da família.

O pecado é ruptura com Deus e com a Igreja. Por essa razão a conversão proporciona, simultaneamente, o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja. O rito sacramental da penitência celebra liturgicamente esse perdão e essa reconciliação.

Jesus, o filho de Deus, tem o poder de perdoar os pecados e o transmitiu a sua Igreja.

O Senhor desejou quis que a sua Igreja sinal e instrumento do perdão e da reconciliação que Ele nos conquistou pelo preço do seu sangue. O apóstolo é enviado «em nome de Cristo» e «é o próprio Deus» que, através dele, exorta e suplica: «Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5, 20).

“Jesus não somente perdoou os pecados, como também manifestou o efeito desse perdão: reintegrou os pecadores perdoados na comunidade do povo de Deus, da qual o pecado os tinha afastado ou mesmo excluído. Sinal bem claro disso é o facto de Jesus admitir os pecadores à sua mesa, e mais ainda: de se sentar à mesa deles, gesto que exprime ao mesmo tempo, de modo desconcertante, o perdão de Deus, e o regresso ao seio do povo de Deus” (CIC 1443). A reconciliação com a Igreja é inseparável da reconciliação com Deus.

O Sacramento da Penitência e Reconciliação cura as feridas do pecado, devolve a graça batismal àquele que a perdeu pelo pecado, reintegra à comunhão com toda a Igreja, fortifica o fiel para a vivência das virtudes cristãs e concede a plena alegria e exultação: “e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria.” (Jo 16,22)

 

Pe. Antônio Bosco da Silva

Categorias
Artigos Bíblia

DAVI : ≈1010 – 970 a. C. (Continuação)

A  EXPANSÃO TERRITORIAL:

Davi conseguiu expandir ao máximo o seu reino:

1.º contingente conquistado: a área ocu       pada pelas dez tribos do Norte e pelas 2 tribos do Sul;

2.º contingente conquistado: conseguiu submeter Edom, Moab, Amon, Aram-Soba e Aram de Damasco, obrigando-os a pagar-lhe tributos; em Aram de Damasco e Edom foram colocados israelitas para governar esses estados (2Sm 8, 1 – 14; 10, 18 – 19);

3.º contingente conquistado: reinos vassalos da Filistéia (1Cr 20, 4), Gessur (2Sm 3, 3; 13, 37), Emat da Síria (2Sm 8, 9 – 10) e Tiro, governado por Hiram (2Sm 5, 11).

Foi um domínio complexo, do ponto de vista militar, administrativo e político, porém habilmente governado pelo rei Davi (2Sm 3,3; 13, 37).

          O ESTADO DE DAVI (ISRAEL)

Aos poucos, o poder comunitário do sistema tribal se torna CENTRALIZADO; Davi promove a formação de um grande estado; isso é mérito pessoal de Davi.

As causas para que Davi formasse um Estado em Israel foram:

– o Egito perdera toda a hegemonia e influência sobre Canaã;

– as ameaças externas foram amenizadas por Davi (ex.: os filisteus, os amonitas, os edomitas, os moabitas e os arameus);

– a diplomacia de Davi com os vizinhos;

– a união de forças internas: Judá(Sul) e Israel(Norte) sob um mesmo rei;

– a manutenção de um exército profissional permanente;

– aresidência em Jerusalém, lugar estratégico;

– a burocracia criada e a autonomia do rei;

– a organização de cargos (2Sm 8, 16 – 18; 20, 23 – 25);

– a perda da influência das tribos frente ao governo estatal centralizado.

           A IDOLATRIA E OS PROFETAS GAD E NATÃ

Davi promove assim o “SINCRETISMO DE ESTADO”; com isso,  visava unir as tribos no plano religioso; entretanto, foi desaconselhado pelo profeta Natã a construir um “templo ao Senhor” (2Sm 7, 1 – 3);

Porém, alguns elementos do culto cananeu foram incorporados à fé de Judá e Israel na época de Davi:

– a idolatria régia e promessa de dinastia eterna (2Sm 7, 15);

– a ideia de que  o rei é “filho da divindade” (Sl 2; 45, 7; 72, 17; 1Rs 21, 11 – 14);

– a pena de morte a quem ofendesse a Deus e ao rei (Is 8, 21);

– a atribuição de vida eterna ao rei (Sl 21, 5);

– a supremacia dos reis sobre os seres (2Sm 23, 1);

– as funções de proteção e promoção social (2Sm 21, 17; Lm 4, 20);

– a relação com a fecundidade da terra (Sl 72, 6 – 7. 16);

– as funções sacerdotais atribuídas ao rei.

Em 2Sm 24, 1 o profeta Gad faz uma dura crítica a Davi por causa do recenseamento. Recensear era reconhecido como“direito de Deus”. Mas os interesses de Davi eram atualizar a arrecadação de tributos, explorar as forças e recursos do povo e recrutar homens para o exército (Comparar com 1Sm 8, 10 – 17). Porém, Davi reconhece o seu ERRO! (2Sm 24, 10) E PEDE PERDÃO a Deus!

Também o profeta Natã repreendeu Davi por causa do ADULTÉRIO com Betsabeia, esposa do general hitita Urias (1Sm 12, 1 – 25). Esse pecado de Davi oferecia três problemas: Davi se fez dono da vida e da morte de Urias, como se o rei fosse um Deus; atentado contra o matrimônio (adultério) e a família; e a mentira de Davi, quando tentou ocultar seu erro. As consequências desse pecado de Davi podemos ver em 2Sm 12, 10.

             SUCESSÃO AO TRONO DE DAVI:

Houve divisões e tensões na família davídica (2Sm 9 – 20; 1Rs 1 – 2). Os problemas enfrentados por Davi foram: a revolta de seu filho Absalão (2Sm 15, 1 – 23) e seu desfecho (1Rs 18, 1 – 32); a rebelião de Seba, da tribo de Benjamim (2Sm 18, 1 – 32); e a ação de Adonias, filho de Davi, (1Rs 1, 5 – 7.9 – 10) em disputa pelo trono com Salomão, o filho preferido de Davi (1Rs 1, 28 – 34).

Surge, então, A INTRIGA entre 2 grupos opostos: (veja 1Rs 1, 5 – 48)

A favor de Adonias estavam o general de Davi, Joab, e Abiatar, o sumo-sacerdote.

A favor de Salomão estavam Betsabeia (mãe de Salomão), o profeta Natã, Sadoc (sacerdotes), Semei, Banaía e o próprio rei Davi.

E é claro: Salomão se tornou o sucessor de Davi.

 

Pe. Éder Aparecido Monteiro

Categorias
Artigos Falando da Vida

Páscoa e Felicidade!

Você pode se transformar numa pessoa melhor!

Você é feliz? Se o motivo da sua felicidade está baseado no seu poder de compra, saiba que isso não é felicidade e sim conforto material. Os bens materiais perdem o efeito com o decorrer do tempo e têm que ser renovados constantemente gerando uma necessidade compulsiva de adquirir mais para tentar manter o nível de prazer. Mas, será que é possível ser feliz sem contar com recursos materiais? O monge budista Matthieu Ricard, foi considerado a pessoa mais feliz do mundo, de acordo com imagens do seu cérebro obtidas através de ressonância magnética. E o que ele faz para ser feliz? Nada, simplesmente medita práticas de compaixão e autocompaixão.

O estresse mata. A felicidade, do ponto de vista fisiológico, está ligada à ausência de estresse e essa condição pode ser detectada por intermédio da atividade de uma pequena glândula localizada no sistema límbico, chamada amígdala cerebral. Pessoas estressadas apresentam grande atividade nessa área do cérebro e maior probabilidade de desenvolver, entre outras doenças, diabetes, hipertensão, infarto e AVC. Herdamos o estresse do homem primitivo, que tinha que lidar com perigos extremos como caçar e defender-se de predadores. Hoje, os perigos são outros, mas o nível de estresse é o mesmo.

Entretanto, nos últimos anos, a ciência tem demonstrado o que as religiões sempre pregaram, ou seja, que a compaixão e a bondade vivenciadas de forma genuína, trazem um nível de felicidade sustentável que não se altera nem mesmo diante de condições adversas. A compaixão pelo próximo, altera a configuração do nosso cérebro, desenvolvendo um estado de calma e segurança. A boa notícia é que ela pode ser treinada e cultivada, portanto, você não precisa ser um monge para desfrutar de uma felicidade plena, basta cultivar atitudes bondade em relação a si mesmo e ao próximo.

A Páscoa traz um sentido profundo de libertação e transformação, oportunidade perfeita para rever a nossa relação com a vida e com o mundo que estamos construindo dentro e fora. Como lido com as minhas perdas, minhas frustrações e meus fracassos? Sou auto compassivo? E em relação aos outros, sou empático e pratico boas ações? As respostas negativas a essas perguntas estão ligadas ao estresse, caminho que nos leva à doença e à morte. Mas a compaixão e a autocompaixão representam vida nova e a oportunidade de ser feliz de verdade, porque a única riqueza que importa de fato é aquela que ninguém pode roubar: a sua paz e a sua liberdade. Isso é Páscoa!

 

Romildo R. Almeida – Psicólogo clínico