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“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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“PERMITAMOS VIVER A MULHER E O BEBÊ”: CNBB CONSIDERA IMPORTANTE A APROVAÇÃO DO PL 1904/2024

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reafirmou, nesta sexta-feira, 14 de junho, seu posicionamento de defesa e proteção da vida em todas as suas etapas, da concepção à morte natural. Diante do debate sobre o aborto relacionado à tramitação do Projeto de Lei (PL) 1904/2024 no Congresso Nacional, a CNBB recorda seu empenho na defesa das duas vidas, a da mãe e a do bebê.

 

Nota da CNBB sobre o PL1904/2024

 

“Diante de vós, a vida e a morte. Escolhe a vida!” (cf. Dt 30,19)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), diante do debate no Congresso Nacional e na sociedade brasileira sobre o PL 1904/2024, vem a público reafirmar o seu posicionamento de defesa e proteção da vida em todas as suas etapas, da concepção à morte natural. No contexto do debate sobre o aborto, empenha-se na defesa das duas vidas, a da mãe e a do bebê.

A CNBB não se insere na politização e ideologização desse debate. Contudo, adentra-o por ser profundamente ético e humano. São a dignidade intrínseca e o direito mais fundamental que é o direito à vida que estão sob ameaça.

A discussão sobre o PL 1904/2024 traz à tona a cruel prática de assistolia fetal em bebês a partir de 22 semanas de gestação, proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e no momento liberada por liminar no STF. Este PL cumpre o papel de coibir a morte provocada do bebê, previamente ao término da gravidez.

Cabe ressaltar que as 22 semanas não correspondem a um marco arbitrário. A partir dessa idade gestacional, realizado o parto, muitos bebês sobrevivem. Então, por que matá-los? Por que este desejo de morte? Por que não evitar o trauma do aborto e no desaguar do nascimento, se a mãe assim o desejar, entregar legalmente a criança ao amor e cuidados de uma família adotiva? Permitamos viver a mulher e o bebê.

Diante do crime hediondo do estupro, que os agressores sejam identificados e que a legislação seja rigorosa e eficaz na punição. É ilusão pensar que matar o bebê seja uma solução. O aborto também traz para a gestante grande sofrimento físico, mental e espiritual. Algumas vezes até a morte.

Por isso, a Igreja Católica neste momento considera importante a aprovação do PL 1904/2024, mas continua no aguardo da tramitação de outros projetos de lei que garantam todos os direitos do nascituro e da gestante. Mais uma vez, reitera a sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural.

Que Nossa Senhora Aparecida interceda por todas as nossas famílias, proteja a vida de nossas gestantes e de todas as crianças que estão no ventre materno, para que todos tenham vida e vida em abundância. (cf. Jo 10,10)

Diante da escolha entre a vida e a morte, escolhamos a vida, a da mulher e a do bebê!

Brasília, 14 de junho de 2024

 

Dom Jaime Spengler
Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre – RS
Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo da Arquidiocese de Goiânia – GO
1º Vice- Presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife – PE
2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB

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3º Encontro de padres assessores da Pastoral da Comunicação – CNBB Regional Sul 1

Liderança, comunicação, cooperação e comunhão foram as características norteadoras do Encontro que buscou fortalecer o papel do assessor de comunicação pastoral e institucional.

Com o desejo de estreitar os laços e gerar comunhão, 31 padres Assessores da Pastoral da Comunicação do Estado de São Paulo se reuniram em Atibaia (SP), na Casa de Retiros Schoenstatt-Tabor, entre os dias 18 e 19 de junho.  Em sua terceira edição, o encontro foi promovido pela Pastoral da Comunicação do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Com a temática “o presbítero e a assessoria de comunicação pastoral e institucional”, o encontro contou com a assessoria de Marcello Zanluchi, pesquisador e doutor em Comunicação e Semiótica. Marcelo também possui vasta experiência na prática pastoral, chegando a ser coordenador da Pascom da Diocese de Bauru (SP), seu local de residência.

Partindo das responsabilidades que os presbíteros possuem no trabalho com as pessoas que estão ao seu lado na atuação da Pastoral da Comunicação e nos departamentos de comunicação institucional das Dioceses, Marcelo lançou mão de quatro características para o bom cumprimento desta missão: liderança, comunicação, cooperação e comunhão. Mais do que apresentar um conteúdo, Marcelo envolveu os padres numa dinâmica para criação de laços entre si e construção de pontes.

Ao refletir sobre as noções atuais de liderança, Marcelo apresentou características que devem fazer parte do líder: aquele que está ao lado de sua equipe e a conduz para o propósito de sua instituição: “quando comunicamos, nós trazemos pessoas para o propósito de nossa instituição ou fazemos a mera informação de algo que acontece?”, ponderou Marcelo.

A descentralização também foi abordada como uma atitude própria de um líder que não concentra a execução de todos os trabalhos em si, mas percebe que na colaboração mútua está a chave para o avanço dos trabalhos na Pastoral e na comunicação institucional. Porém, uma verdadeira mudança de mentalidade é necessária para alcançar a descentralização: “A minha mentalidade impede ou alavanca os projetos paroquiais e pastorais? O que nós precisamos rever?”. Com a descentralização e a colaboração, aponta Marcelo, é possível construir comunicação a partir de redes, cujos nós desta rede são seus líderes.

Dentre outros pontos, o pesquisador também falou sobre a importância de constantemente estudar comunicação, como maneira de compreender os apelos dos tempos atuais: “por quais motivos devemos estudar comunicação? Primeiro, compreensão. Precisamos compreender que a cultura atual e a nova situação da igreja favorecem o desenvolvimento de modalidades comunicativas que precisamos estar a par. A realidade nos faz buscar isso. Se eu tenho uma equipe que estuda, e eu mesmo estudo, isso nos ajuda a responder os apelos do tempo”.

O exemplo do padre jesuíta Theodor Amstad, fundador do modelo moderno cooperativo, foi utilizado para ilustrar a necessidade da cooperação nas diversas atividades: “Uma grande característica do ser humano é a necessidade de cooperar. Mesmo quando não imaginamos, a necessidade está presente do cotidiano. Percebendo isso, padre Theodor foi uma liderança transformadora através da iniciativa de cooperação que lançou”. Marcelo acrescenta: “O quanto estamos preparados para olhar além do nosso tempo?”.

A dimensão da comunhão, com grande fundamento na Santíssima Trindade, é outra característica fundamental, que está entrelaçada à liderança, comunicação e à cooperação “Se queremos que a comunhão aconteça, os primeiros que devem favorecer a comunhão somos nós. Pessoas abertas a compartilhar conhecimento”. Esta comunhão, que deve acontecer como um modo de vida, também deve passar pelos laços institucionais, como recordou Marcelo: “Como iremos estreitar os laços não apenas entre as dioceses, mas esta comunhão de comunicação que deve haver entre Igreja e meios de comunicação seculares? Um dos objetivos da Pascom é evangelizar os profissionais de comunicação e tambémcriar laços com estes profissionais”.

Suas colocações foram finalizadas com a apresentação de propostas de colaboração entre dioceses e mesmo com o próprio Regional Sul 1. Sugeriu ainda a criação de um núcleo de boas práticas, onde cada diocese poderia apresentar seus trabalhos e os modos de superação de desafios, permitindo que tais experiências inspirem outras dioceses e haja intercambio de ideias.

Senso de responsabilidade

Padre Tiago Barbosa e Edite Neves, assessor e coordenadora da Pastoral da Comunicação do Regional Sul 1, respectivamente, finalizaram o encontro lançando palavras de encorajamento para todos os padres assessores. Padre Tiago enfatizou a necessidade e a importância do fortalecimento da comunhão e as expectativas do Regional em relação a cada Diocese no que diz respeito à comunicação.

“Nossa comissão estadual pensou este encontro com o objetivo de nos engajar na fraternidade e nos fortalecermos na comunhão. Assim, lá em nossas bases, junto ao povo, nos sintamos responsáveis pela comunicação nas dioceses”, recordou padre Tiago. A colaboração das Dioceses com o Regional foi apresentada por padre Tiago como uma urgência, além da elaboração de um plano pastoral de comunicação para garantir a continuidade dos trabalhos a longo prazo.

Anunciou o lançamento da “Com Você”, a Escola Permanente de Comunicação do Regional no segundo semestre de 2024. Trata-se de uma iniciativa do Regional para oferecer de maneira ampla formação sobre comunicação para os agentes da Pascom na modalidade online, garantindo melhor capacitação para os voluntários que nem sempre possuem formação na área. “No coração da Escola está a transversalidade, compreendendo que a comunicação passa por e está com cada pastoral da Igreja”, afirma padre Tiago.

O encontro contou ainda com a presença de Dom Frei João Bosco Barbosa de Sousa, bispo diocesano de Osasco e referencial para a Comunicação do Estado de São Paulo. Aos padres, Dom João manifestou sua admiração com o número expressivo de padres presentes no encontro. Disse estar surpreso em saber que este é o único regional da CNBB que realiza um encontro com os padres Assessores da Pastoral da Comunicação: “eu gostaria que outros regionais também tivessem essa experiência para proporcionarmos uma comunicação eclesial mais eficaz”.

Fonte: Site CNBB Regional Sul 1

Texto: Pe. Rodrigo Antônio da Silva | Assessor da Pascom da Diocese de Campo Limpo

Fotos: Mauricio Aoki | Pascom Arquidiocese de Campinas

Encontro com Padres Assessores da Pascom - CNBB Regional Sul 1
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Destaques Diocese Forania Aparecida Paróquias Pastorais

Pastoral da Sobriedade realiza projeto de divulgação da pastoral nas paróquias

No dia 10 de Junho foi a vez da Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Cocaia, no qual o Pe. Marcos Vinícius abraçou projeto e acolheu a equipe diocesana. Graças a divulgação e convocação do padre a todas as pastorais o evento foi um sucesso.

Este Projeto é importante para que toda comunidade Paroquial tenha conhecimento do trabalho que a igreja oferece ás famílias com total privacidade.

A Equipe diocesana está empenhada na apresentação deste projeto a todas as Paróquias . Para isso contamos com o acolhimento e apoio dos nossos Padres.

A próxima apresentação será na Capela Nossa Senhora da Pureza da Paróquia São Geraldo no dia 24 de junho de 2024 ás 19:30hs.

 

Coord. Diocesano: Luiz R. Delgado

Projeto de divulgação Pastoral da Sobriedade
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Destaques Diocese Paróquias

Diocese realiza palestra sobre boas práticas na manipulação de alimentos

Em parceria com a prefeitura de Guarulhos, a Diocese realizou na manhã desta quarta-feira, 12 de junho, no CDP (Centro Diocesano de Pastoral), uma palestra sobre a boa prática na manipulação de alimentos, voltada para agentes de pastorais e responsáveis de festas e quermesses das paróquias da Diocese.

A palestra tem o objetivo de reduzir o risco de doenças associadas ao consumo de alimentos e a fim de apresentar formas seguras de prepará-los, bem como as principais regras da Vigilância Sanitária.

De acordo com a palestra, procedimentos incorretos de manipulação de alimentos podem causar as chamadas doenças transmitidas por água e alimentos (DTAs) contaminados. A salmonelose, infecção causada pela bactéria salmonella, é uma delas. Na palestra foram abordadas as DTAs, noções de microbiologia e contaminação, manejo correto dos resíduos, instalações físicas e equipamentos, bem como a importância da saúde e da higiene dos manipuladores de alimentos.

A palestrante foi a nutricionista Fernanda Medeiros, que faz parte da vigilância sanitária da prefeitura de Guarulhos, e ministrou a palestra na presença de pouco mais de 40 pessoas enviadas pelas paróquias da Diocese para a conscientização deste importante tema.

Confira algumas fotos da palestra:

Palestra - Boas Práticas na Manipulação de Alimentos
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Destaques Diocese

Santa Missa de Envio do Padre Salvador

A Catedral N. Sra. da Conceição dos Guarulhos celebrou neste domingo 9 de junho, a Santa Missa de Envio Missionário do Padre Salvador M. Rodrigues de Brito em missão para a Diocese de Barra do Garças, no Mato Grosso, ele será pároco em duas cidades Torixoréu e Ribeirãozinho .

A Santa Missa foi presidida pelo Bispo Diocesano Dom Edmilson Amador Caetano e concelebrada pelos Padres: Salvador Maria Rodrigues, Leonardo Henrique ,vigário da catedral, Marcelo Dias, pároco da Paróquia São Pedro e pelos diáconos: Willian, Guilherme, Edson, Everton e Sílvio, tivemos a presença na assembleia ,dos familiares do padre Salvador e também de vários religiosos e consagrados.

Após a comunhão , Pe. Salvador agradeceu a todos pela presença e pediu nossas orações para sua nova missão.

 

Confira as fotos da missa de envio do padre:

Missa de Envio do Padre Salvador
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Manhã de Oração do Clero

“Sagrado Coração de Jesus que tanto nos amais, fazei que eu Vos ame cada vez mais!”

O Clero da Diocese de Guarulhos, sob o pastoreio de Dom Edmilson Amador Caetano, realizou no dia 07 de junho de 2024 na Capela do Seminário Diocesano Imaculada Conceição, a tradicional manhã de oração do clero no dia da solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

A reflexão sobre a importância de cuidar e deixar-se cuidar foi conduzida pelo Padre Jorge, da região episcopal Ipiranga da Arquidiocese de São Paulo. A partir dos exemplos de vida pessoal, como o cuidado com a mãe até o fim da vida terrena; o cuidado com os sacerdotes idosos e com outras necessidades na casa São Paulo, Padre Jorge ressaltou aspectos da mensagem do Dia Mundial de Orações pela Santificação do Clero 2024 a partir do texto bíblico Mateus 15-19.

Recordou também a importância das dimensões da vida presbiteral no clero diocesano:  A identificação com Jesus, o Bom Pastor;  A valorização da vida no presbitério;  A comunhão com o bispo e a Prática da Caridade Pastoral. Somos chamados a amar e não a gostar do outro, concluiu o sacerdote.

Após a reflexão, o bispo Dom Edmilson diante do Santíssimo Sacramento convidou os sacerdotes, diáconos e seminaristas a um breve momento de deserto e oportunidade de confissão pessoal.

A benção do Santíssimo Sacramento e os agradecimentos, concluíram a manhã de oração.

Confira algumas fotos do momento:

Manhã de Oração do Clero
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86ª Assembleia Regional dos Bispos – CNBB Sul 1

Na manhã de quinta-feira, dia 6 de junho, o episcopado paulista concluiu a agenda da 86ª edição da Assembleia Regional dos Bispos.

O encontro que ocorreu desde a última terça-feira, dia 4, reuniu o episcopado paulista no Mosteiro de Itaici, em Indaiatuba. Junto aos bispos, os padres coordenadores de pastoral das 36 dioceses e 6 arquidioceses paulistas, e lideranças pastorais, refletiram assuntos importantes em prol da ação evangelizadora.

A metodologia de “Conversa no Espírito”, adotada pelo Papa Francisco no Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade, em outubro do ano passado, e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em sua Assembleia Geral, no mês de abril de 2024, compôs a programação da Assembleia episcopal paulista.

O tema de estudo “Teologia do Domínio: desafios e perspectivas na ação evangelizadora”; o Jubileu 2025 “Peregrinos da Esperança”; o Sínodo dos Bispos; e o envio missionário do Pe. Salvador
Maria Rodrigues de Brito, do clero de Guarulhos, para a Diocese de Barra dos Garças (MT), que aconteceu na manhã de hoje, marcaram a 86ª Assembleia Regional dos Bispos.

“Reafirmamos o nosso compromisso eclesial realizando o serviço de amor na construção de uma sociedade mais justa e fraterna”, destacou o arcebispo de Sorocaba e presidente do Regional Sul 1 da CNBB, Dom Júlio Endi Akamine, ao motivar que “Concluímos com gratidão essa 86ª Assembleia”, agradecendo os presentes.

 

Fonte e Fotos: Comunicação Regional Sul 1

 

Confira algumas fotos da Assembleia Regional dos Bispos:

86ª Assembleia Regional dos Bispos
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Regional Sul 1 da CNBB envia padre missionário para diocese no Mato Grosso

O último dia da 86ª Assembleia Regional, encontro que reuniu bispos e lideranças eclesiais do Estado de São Paulo, foi marcado pelo envio missionário do Pe. Salvador Maria Rodrigues de Brito, do clero de Guarulhos, para Barra do Garças, no Mato Grosso. A experiência faz parte de convênio das Igrejas Particulares paulistas com a Diocese mato-grossense.

Em Celebração Eucarística, na manhã de quinta-feira, 6 de junho, o presidente do Regional Sul 1 e arcebispo de Sorocaba, Dom Julio Endi Akamine, resgatou o itinerário percorrido durante o encontro; passando pelo estudo acerca da teologia do domínio e da denúncia de “uma forma estranha de ecumenismo do ódio”.

Considerando a dinâmica sinodal de conversa no Espírito, experimentada entre a sexta e a sétima sessão da Assembleia, Dom Julio recordou que “mais do que nunca a Ação Evangelizadora no Regional Sul 1 precisa estar ancorada em Cristo”. Sublinhando que foi por amor a Deus e ao próximo que Jesus morreu na Cruz, o arcebispo de Sorocaba destacou que é o próprio Filho que revela o Pai. “A nossa Assembleia foi um impulso a nos concentrarmos no essencial que é Cristo. Ela apontou para um compromisso sinodal e para uma esperança que não decepciona”, concluiu o presidente do Regional Sul 1.

Gratidão
Dom Julio, ainda falando sobre os resultados da Assembleia, reafirmou um dos compromissos do episcopado paulista: a missão. O envio do Pe. Salvador à Diocese de Barra do Garças personaliza esse compromisso. “Nós não podemos oferecer do que está sobrando. Isso que é a verdadeira caridade; a caridade missionária”, disse o bispo diocesano de Guarulhos, Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist.

O convênio missionário do Regional Sul 1 com a Diocese mato-grossense começou a ser estabelecido a partir de fala do bispo de Barra do Garças, Dom Paulo Renato Fernandes Gonçalves de Campos. “Quero agradecer os senhores, primeiro, pela oportunidade da escuta. Deus lhes pague pelos preciosos e frutuosos momentos. Quero agradecer, também, pela ajuda efetiva de todos os bispos. Não posso deixar de mencionar a ajuda nos recursos humanos”, declarou Dom Paulo em vídeo enviado à Assembleia.

O bispo, na sequência da mensagem, igualmente mencionou a Diocese de São José do Rio Preto que, a partir do Instituto Imaculado Coração de Maria, de José Bonifácio, enviará missionários para aquela Região. “Continuamos com os desafios nessa terra de missão. A nossa carência continua sendo de recursos, mas nesse momento, de recursos humanos. O Regional Sul 1 e os bispos do Estado de São Paulo são aqueles que nos dão a mão nesses primeiros passos”, concluiu Dom Paulo Renato.

Testemunho
O Pe. Salvador, que seguirá para Barra do Garças, já viveu experiência, em dois períodos, no Continente Africano. Após o retorno ao Brasil, consideradas as situações de violência verificadas no primeiro trimestre de 2024, o presbítero colocou-se em oração e, em retiro pascal, decidiu declarar-se à disposição da experiência missionária do Regional Sul 1 da CNBB.

O padre assumirá, ainda no mês de junho, duas paróquias no Mato Grosso. Segundo ele, as sedes de cada Comunidade encontram-se distantes uma da outra cerca de 60 quilômetros. “Eu já estive em Barra do Garças e voltei com o coração ardendo. É um povo acolhedor, cheio de fé, que conta com um bispo apaixonado pela Igreja”, partilhou o missionário.

Elencando como maior desafio as distâncias territoriais, o Pe. Salvador sublinhou, como exemplo, que a sede da Diocese e Cuiabá, estão separadas por cerca de 500 quilômetros. “O bispo, uma vez por mês, se coloca nesse caminho para estar com os seminaristas que estudam na capital do Estado”, completou o presbítero. “A pessoa tem que se sentir vocacionada. Agradecemos a disponibilidade do Pe. Salvador que voltando, da África, disse querer continuar missionário Ad Gentes”, finalizou o bispo de Guarulhos, Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist, celebrando o envio do missionário no contexto da 86ª Assembleia Regional.

Fonte: Comunicação Regional Sul 1

Envio do Padre Salvador - CNBB Sul 1
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TRAGÉDIA CLIMÁTICA NO SUL

O país se une, através da Compaixão, para ajudar o próximo.

As cenas tristes mostradas sobre a tragédia do Rio Grande do Sul, custam sair da nossa cabeça. Pessoas desesperadas depois de perderem tudo, cidades ilhadas, famílias desoladas vivendo em abrigo provisório e até animais domésticos isolados nos telhados. Se essas imagens causam comoção em quem as assiste pela TV, imaginem o que elas podem causar na mente de quem está lá, vivendo o desfecho como vítimas da catástrofe. Mesmo com o fim das cheias dos rios e a limpeza das casas, pessoas tentam voltar à vida normal, mas se deparam com outro problema: as “cheias mentais” provocadas pela tragédia que não saem da memória. A simples lembrança provoca a revivência dos acontecimentos, num fenômeno conhecido como TEPT – Transtorno do Estresse pós-traumático.

Os eventos mais propensos a causar esse transtorno, são aqueles que invocam sentimentos de medo, desamparo ou horror. Os principais sintomas incluem a revivescência repetida do evento traumático sob a forma de lembranças invasivas (“flashbacks”). Por muito tempo, as vítimas, têm pesadelos envolvendo os acontecimentos e passam a ter dificuldades para dormir devido as crises de ansiedade. A atividade social também fica comprometida pois o indivíduo acometido desse transtorno perde o encantamento pela vida e se afasta dos amigos. Até mesmo a libido é afetada dificultando relacionamentos afetivos e sexuais. São louváveis as iniciativas em todo o país para ajudar as vítimas no aspecto da reconstrução das perdas materiais, mas a reconstrução da pessoa traumatizada, também é uma etapa necessária.

Algumas pessoas com TEPT, necessitam de tratamento psiquiátrico e Psicoterapia Cognitiva para ajudar na reconstrução do bem-estar emocional e promover a resiliência necessária na superação dos desafios. Certamente, existe um turbilhão de emoções e sentimentos represados na mente de quem passou por situações desse tipo, que precisam ser expressados e validados, principalmente nas crianças. Às vezes, na ânsia de querer ajudar, passamos a dar conselhos e a narrar nossas experiências pessoais de superação, na tentativa de encorajar o outro. Mas, temos que resistir a essa tendência automática, pois o papel principal de quem fornece apoio emocional é o de oferecer-se ao outro através da compaixão acolhendo cada palavra, cada lágrima, cada gesto. Não se preocupe em dizer nada, apenas ouça, afinal o que faz uma pessoa sentir-se melhor, não são as palavras que você diz, mas o tipo de conexão que você estabelece com ela. Escutar com o coração também é uma atitude concreta de amor.

 

Romildo R. Almeida

Psicólogo clínico

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PREPARAÇÃO DA CELEBRAÇÃO

Ensaiar pra quê?

A liturgia é o modo através da qual a Igreja vive de Cristo e por Cristo, e faz os fiéis viverem para Cristo. Para que tudo isso aconteça através da ação litúrgica, é preciso que o mistério seja presença desde a preparação da equipe de liturgia, da equipe de cantores e instrumentistas e todos os envolvidos na ação celebrativa. Além da escolha dos cantos, há um outro requisito importante a ser considerado: a formação dos ministros e ministras da música ritual. Não basta ter boa vontade ou uma boa voz. É preciso uma formação e uma inserção numa comunidade, para que cantores e instrumentistas sejam ajudados a entrar no mistério e ser transformados por ele. A missão da equipe de música ritual é garantir a preparação da assembleia, para uma participação plena e consciente da liturgia através da música, como nos lembra a instrução do missal: “Compete ao cantor dirigir os diversos cantos, com a devida participação do povo”.

Nesta orientação, está implícita a dimensão sacramental do canto da Assembleia litúrgica: a unidade das vozes expressa a unidade da Igreja congregada no Espírito Santo. O canto da assembleia é, portanto, a manifestação externa da união dos corações na mútua caridade e o sinal da fraternidade espiritual entre os membros da assembleia reunida. Para cumprir sua missão, o canto não tem sentido na liturgia a não ser quando a comunidade se reúne, expressão do corpo místico do Senhor.

Os santos padres da Igreja, teólogos e pastoralistas dos primeiros séculos, nos alertam que o canto da assembleia seja uma participação real no canto celeste, pois os seres celestes também tomam parte do canto dos fiéis, na terra. Disso decorre o que vem descrito na conclusão do prefácio das Orações Eucarísticas, quando a assembleia celebrante é convocada a juntar sua voz à dos anjos e dos santos para cantar “a uma só voz” ao Deus três vezes santo. Afinal, enquanto peregrinos nesta terra, Deus nos permite experimentar essa realidade, na ação litúrgica, apesar de todos os limites humanos. Sobre o sentimento que gera uma comunidade que canta, São João Crisóstomo (Séc. IV), em uma de suas homilias, diz: “O salmo que acabamos decantar fundiu as vozes e fez subir um só canto, plenamente harmonioso: jovens e velhos, ricos e pobres, mulheres e homens, escravos e livres, todos não usaram senão de única voz”.

O ensaio das músicas em preparação à celebração é além de tudo um “estudo” musical e litúrgico para criar as condições técnicas e espirituais na ação do ministério a ser exercido, mas muitas comunidades e grupos estão deixando esta prática de lado. Porém, é através desta ação que ajudamos a assembleia dos cristãos a encontrar na liturgia o alimento de sua fé. O Papa João Paulo II, no Quirógrafo sobre a música litúrgica, nos encoraja a não improvisar quando se trata de música litúrgica.

“O aspecto musical das celebrações litúrgicas, portanto, não pode ser relegado nem à improvisação nem ao arbítrio de pessoas individualmente, mas há de ser confiado a uma direção harmoniosa, no respeito pelas normas e competências, como significativo fruto de uma formação litúrgica adequada”.

 

Caetana Cecília | Pe. Jair Oliveira

Comissão Diocesana de Liturgia / Música Liturgica