Diocese de Guarulhos

SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

Pesquisar
Categorias
Artigos CNBB

Carta da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos ao Povo de Deus

Queridas irmãs e irmãos,

ao chegar ao fim dos trabalhos da primeira sessão da XVIa Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, queremos, com todos vós, dar graças a Deus pela bela e rica experiência que tivemos. Vivemos este tempo abençoado em profunda comunhão com todos vós. Fomos sustentados pelas vossas orações, trazendo connosco as vossas expectativas, os vossos questionamentos, e também os vossos receios.
Já passaram dois anos desde que, a pedido do Papa Francisco, iniciámos um longo processo de escuta e discernimento, aberto a todo o povo de Deus, sem excluir ninguém, para “caminhar juntos”, sob a guia do Espírito Santo, discípulos missionários no seguimento de Jesus Cristo.

A sessão que nos reuniu em Roma desde 30 de setembro foi um passo importante neste processo. Em muitos aspectos, foi uma experiência sem precedentes. Pela primeira vez, a convite do Papa Francisco, homens e mulheres foram convidados, em virtude do seu batismo, a sentarem-se à mesma mesa para participarem não só nos debates mas também nas votações desta Assembleia do Sínodo dos Bispos.

Juntos, na complementaridade das nossas vocações, carismas e ministérios, escutámos intensamente a Palavra de Deus e a experiência dos outros. Utilizando o método do diálogo no Espírito, partilhámos humildemente as riquezas e as pobrezas das nossas comunidades em todos os continentes, procurando discernir aquilo que o Espírito Santo quer dizer à Igreja hoje. Assim, experimentámos também a importância de promover intercâmbios mútuos entre a tradição latina e as tradições do Oriente cristão. A participação de delegados fraternos de outras Igrejas e Comunidades eclesiais enriqueceu profundamente os nossos debates.

A nossa assembleia decorreu no contexto de um mundo em crise, cujas feridas e escandalosas desigualdades ressoaram dolorosamente nos nossos corações e conferiram aos nossos trabalhos uma gravidade peculiar, tanto mais que alguns de nós provinham de países onde a guerra deflagra.

Rezámos pelas vítimas da violência assassina, sem esquecer todos aqueles que a miséria e a corrupção atiraram para os perigosos caminhos da migração. Comprometemo-nos a ser solidários e empenhados ao lado das mulheres e dos homens que operam em todo lugar do mundo como artesãos da justiça e da paz.

A convite do Santo Padre, demos um importante espaço ao silêncio para favorecer entre nós a escuta respeitosa e o desejo de comunhão no Espírito. Durante a vigília ecuménica de abertura, experimentámos o quanto a sede de unidade cresce na contemplação silenciosa de Cristo crucificado.

“A cruz é, de facto, a única cátedra d’Aquele que, dando a sua vida pela salvação do mundo, confiou os seus discípulos ao Pai, para que ‘todos sejam um’ (Jo 17,21)”. Firmemente unidos na esperança que a Sua ressurreição nos dá, confiámos-lhe a nossa Casa comum, onde o clamor da terra e o clamor dos pobres ressoam cada vez com mais urgência: “Laudate Deum! “, recordou o Papa Francisco logo no início dos nossos trabalhos.

Dia após dia, sentimos um apelo premente à conversão pastoral e missionária. Com efeito, a vocação da Igreja é anunciar o Evangelho não se centrando em si mesma, mas pondo-se ao serviço do amor infinito com que Deus ama o mundo (cf. Jo 3,16).

Quando lhes perguntaram o que esperam da Igreja por ocasião deste Sínodo, alguns sem-abrigo que vivem perto da Praça de S. Pedro responderam: “Amor! “. Este amor deve permanecer sempre o coração ardente da Igreja, o amor trinitário e eucarístico, como recordou o Papa evocando a mensagem de Santa Teresa do Menino Jesus a 15 de outubro, a meio da nossa assembleia. É a “confiança” que nos dá a audácia e a liberdade interior que experimentámos, não hesitando em exprimir livre e humildemente as nossas convergências e as nossas diferenças, os nossos desejos e as nossas interrogações, livre e humildemente.

E agora? Gostaríamos que os meses que nos separam da segunda sessão, em outubro de 2024, permitam a todos participar concretamente no dinamismo de comunhão missionária indicado pela palavra “sínodo”. Não se trata de uma questão de ideologia, mas de uma experiência enraizada na Tradição Apostólica. Como o Papa reiterou no início deste processo, “Comunhão e missão correm o risco de permanecer termos algo abstractos se não cultivarmos uma práxis eclesial que exprima a concretude da sinodalidade (…), promovendo o envolvimento real de todos e de cada um” (9 de outubro de 2021). Os desafios são muitos, as questões numerosas: o relatório de síntese da primeira sessão esclarecerá os pontos de acordo alcançados, destacará as questões em aberto e indicará a forma de prosseguir os trabalhos.
Para progredir no seu discernimento, a Igreja precisa absolutamente de escutar todos, a começar pelos mais pobres.

Isto exige, de sua parte, um caminho de conversão, que é também um caminho de louvor: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (Lc 10,21)! Trata-se de escutar aqueles que não têm direito à palavra na sociedade ou que se sentem excluídos, mesmo da Igreja.

Escutar as pessoas que são vítimas do racismo em todas as suas formas, especialmente, nalgumas regiões, os povos indígenas cujas culturas foram desprezadas. Acima de tudo, a Igreja do nosso tempo tem o dever de escutar, em espírito de conversão, aqueles que foram vítimas de abusos cometidos por membros do corpo eclesial e de se empenhar concreta e estruturalmente para que isso não volte a acontecer.

A Igreja precisa de escutar os leigos, mulheres e homens, todos chamados à santidade em virtude da sua vocação batismal: o testemunho dos catequistas, que em muitas situações são os primeiros anunciadores do Evangelho; a simplicidade e a vivacidade das crianças, o entusiasmo dos jovens, as suas interrogações e as suas chamadas; os sonhos dos idosos, a sua sabedoria e a sua memória.

A Igreja precisa de colocar-se à escuta das famílias, as suas preocupações educativas, o testemunho cristão que oferecem no mundo de hoje. Precisa de acolher as vozes daqueles que desejam se envolver em ministérios leigos ou em órgãos participativos de discernimento e de tomada de decisões.

Para progredir no discernimento sinodal, a Igreja tem particular necessidade de recolher ainda mais a palavra e a experiência dos ministros ordenados: os sacerdotes, primeiros colaboradores dos bispos, cujo ministério sacramental é indispensável à vida de todo o corpo; os diáconos, que com o seu ministério significam a solicitude de toda a Igreja ao serviço dos mais vulneráveis.

Deve também deixar-se interpelar pela voz profética da vida consagrada, sentinela vigilante dos apelos do Espírito. Precisa ainda de estar atenta a todos aqueles que não partilham a sua fé, mas que procuram a verdade e nos quais o Espírito, que “a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal por um modo só de Deus conhecido” (Gaudium et spes 22, 5), também está presente e actua.

“O mundo em que vivemos, e que somos chamados a amar e a servir mesmo nas suas contradições, exige da Igreja o reforço das sinergias em todos os âmbitos da sua missão. É precisamente o caminho da sinodalidade que Deus espera da Igreja do terceiro milénio” (Papa Francisco, 17 de outubro de 2015).

Não tenhamos medo de responder a este apelo. A Virgem Maria, a primeira no caminho, nos acompanha em nossa peregrinação. Nas alegrias e nas fadigas, ela mostra-nos o seu Filho que nos convida à confiança. É Ele, Jesus, a nossa única esperança!

Cidade do Vaticano, 25 de outubro de 2023

Categorias
Artigos Voz do Pastor

Leigas e Leigos “nem cá, nem lá”

Estamos vivendo os últimos dias do III Ano Vocacional no Brasil, “Vocação: Graça e Missão – Corações ardentes pés a caminho”. No mês de novembro, de modo especial, recordamos a vocação laical. Entre as solenidades de Cristo Rei 2017-2018, vivemos no Brasil o Ano do Laicato, animado pelas reflexões do documento 2015 da CNBB: Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na sociedade – Sal da terra e luz do mundo.

Prestes a terminar o Ano do Laicato – não me recordo quem –pediram-me para escrever algo sobre o legado do Ano Laicato. Abaixo segue um trecho do que escrevi.

A primeira coisa a destacar é a conscientização e reflexão sobre a vocação laical. O documento 105 da CNBB não trouxe novidades teológicas, e nem poderia. No entanto, os vários eventos nas dioceses trouxeram consigo a afirmação – talvez um pouco esquecida – que ser leigo e leiga na Igreja, não é uma “sub vocação”, mas uma vocação plena e autônoma como a vocação aos ministérios ordenados e à vida consagrada. O grande relevo que o documento 105 da CNBB dá à vocação laical – relevo, não novidade – é o leigo como sujeito eclesial. A tradicional regra gramatical nos ensina que sujeito é aquele que pratica a ação. A vocação laical não é passividade, mas atuação concreta e própria na obra da evangelização. Esta é a missão da Igreja. Leigos e leigas, ministros ordenados, consagrados e consagradas, todos somos sujeitos eclesiais que, dentro do nosso âmbito vocacional, somos chamados atuar concretamente na obra da evangelização, com a autonomia – não independência arbitrária – que se manifesta numa verdadeira espiritualidade de comunhão e participação.

                Ligado a este primeiro ponto fundamental está a responsabilidade dos vocacionados leigos e leigas na obra evangelizadora da Igreja.  Como sujeitos eclesiais, necessitam (ou melhor, a missão da Igreja necessita) participar ativamente nos vários âmbitos da comunhão eclesial. (cf. Doc 105 CNBB 136-160)

                O Ano do Laicato, na sua reflexão teológica, colocou em foco o específico da vocação laical: a sua índole secular. De modo particular, é no mundo que os leigos devem vivenciar a ação transformadora do evangelho. A presença da identidade cristã católica precisa incrementar a sua presença profética e evangelizadora em tantos âmbitos da nossa sociedade e nos modernos areópagos. (cf. Doc 105 CNBB 241-273.) A organização do laicato com os Conselhos de Leigos ou algo similar, deveria ajudar no diálogo com as realidades da sociedade e ação transformadora na sociedade. Trata-se de uma presença profética.

Por último, não exatamente em último lugar, este Ano deixa como legado o sentimento da necessidade da formação espiritual, catequética, teológica e específica para os vários âmbitos e “areópagos modernos”. Tanto para a ação transformadora no âmbito eclesial, como no mundo é necessário formar-se.  É preciso caminhar para um aprimoramento na formação do laicato. Não podemos simplesmente ser uma “Igreja em saída”. Temos que sair com uma identidade, estar presente no mundo com o odor de Cristo.

Um legado importante para a nossa diocese do Ano do Laicato foi a formação do Conselho Nacional de Leigos – CNLB Guarulhos, que tem promovido, especialmente, a formação para a missão da vocação laical na sociedade.

Entretanto, aproximando-se da solenidade de Cristo Rei, dia de celebrar a vocação laical, percebo um desinteresse dos leigos – sem generalizar, por favor – na missão ad intra e ad extra em nossas comunidades. Entre a pandemia e o período pós pandemia, foram sendo manifestados abandono em muitas comunidades dos ministérios exercidos com tanto vigor anteriormente. É verdade que pandemia nos desestruturou em tantos aspectos, mas a fé que vence o mundo sempre nos coloca em pé, quando a buscamos como força no caminhar.

Temos vários leigos “nem nem”. Alguns resolveram “dar um tempo” simplesmente na missão assumida em força do batismo e diante de Deus nos ministérios laicais importantes para a obra da evangelização. Até mesmo nas celebrações dominicais aumentou o absenteísmo. E o que dizer dos momentos formativos para o exercício dos ministérios dentro das comunidades? Os grupos de rua esvaziaram-se. Temos irmãos e irmãs que estão assumindo várias missões nas comunidades em virtude da omissão dos chamados e capacitados que estão “dando um tempo”. Estes são os leigos e leigas “nem cá”.

As formações do CNLB Guarulhos, que tanto tem trabalhado para a vivência da índole secular da vocação laical, têm tido pouca adesão.  Alguns, para não dizer muitos, dos agentes das pastorais sociais – que manifestam um aspecto preponderante da Igreja em saída – abandonaram o seu trabalho e a formação. Em várias paróquias várias pastorais sociais que existiam antes da pandemia, deixaram de existir. Tenho certeza de que estes irmãos e irmãs buscam viver no mundo conforme os valores do evangelho, mas vão aos poucos perdendo a identidade eclesial. Estes são os leigos e leigas “nem lá”.

Este não é uma bronca de pastor. Trata-se de uma reflexão que brota de mim após passar alguns dias pensando sobre o que escrever neste mês para a Folha Diocesana.

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.Bispo diocesano

Categorias
Artigos Vida Consagrada

Congregação das Filhas de Nossa Senhora Stella Maris

Três jovens enfermeiras italianas, Gilda Tatasciore, Giuseppina Volpi e Paolina Doninelli, chegaram ao Brasil em 1953, motivadas pelo amor a Cristo e com o propósito de servi-lo na pessoa dos mais necessitados, tinham como ideal dedicarem suas vidas aos cuidados dos doentes de hanseníase.

A realização plena do sonho, tão acalentado e sofrido, se realiza: trabalhando no Leprosário Padre Bento, conhecido hoje Hospital Padre Bento, neste cuidado de amor com os enfermos excluídos pela sociedade, deixaram transparecer algo a mais do que serem apenas “simples enfermeiras”.

Percebidas pelo olhar do senhor bispo Dom Antônio Maria Alves de Siqueira, em visita da pastoral ao leprosário, querendo saber os motivos da presença das três jovens italianas no Brasil. Disse Dom Antônio: “Minhas filhas, hoje vocês me deram a maior satisfação e alegria da minha vida. A tempo desejava este movimento a Nossa Senhora, a quem recorria com frequência para a realização de um trabalho desta natureza, hoje me atendeu. Por isso não estarão mais sozinhas pois serei vosso Pai”.

Depois desta conversa com Dom Antônio, Gilda, Giuseppina e Paolina Doninelli foram rezar na catedral, para entender a vinda delas ao Brasil, diante do santíssimo sacramento, Gilda falou a duas companheiras: “Deus está preparando alguma coisa para nós”. Nasceu assim a ideia de formar uma família religiosa, com desenvolvimento da obra, veio sempre mais se acentuado a necessidade de concretiza- lá na estrutura de uma associação com seus estatutos e aprovação eclesiásticas. Dom Antônio considerando o início, sugeriu que se constituísse uma entidade, assim nasceu Sodalício Stella Maris. Ao questionar Gilda sobre o ideal ao vir para o Brasil, respondeu: “Criar almas luminosas no mundo tenebroso de gente abandonada no sofrimento de lepra e de moléstia contagiosa, almas que fossem como estrelas a indicar- lhes o caminho de conforto e salvação, mais ainda e acentuadamente, indicar aos doentes isolados, refugo da humanidade, suas dores num mar de sofrimento de toda espécie, que lá no alto há uma estrela luminosa, uma mãe que compreende seu prolongado martírio que ama, à espera de um dia abraça-los”. Não era preciso mais nada. Dom Antônio com alegria e a contento de todos, determinou a denominação da nova entidade SODALÍCIO STELLA MARIS.

Em 05 de outubro de 1957, sob a proteção de Nossa Senhora Stella Maris e aprovação eclesiástica, foi instalado e mais tarde mudando o título de Congregação das Filhas de Nossa Senhora Stella Maris. Estamos presente em Carapicuíba, Carmo de Cachoeira – Minas Gerais, e em Guarulhos, Casa Mãe Hospital Stella Maris e Pensionato São Francisco.

Com imensa alegria neste mês, em 5 de outubro, estamos fazendo 66 anos de fundação, rendemos graças a Deus e Nossa senhora Stella Maris, perseverança, ser fiel a este chamado, ao exemplo de nosso pai patrono São Camilo Lellis “Contemplar a face de Cristo na pessoa do enfermo, a pupila dos olhos de Deus”.

Estamos no ano vocacional onde o tema “Vocação: Graça e Missão” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33). Deus não tem hora e lugar para fazer o convite, no evangelho de são Marcos 3,13-19 nos diz: “Jesus chamou e enviou os que ele mesmo quis”.

Deus nos conhece desde o ventre materno, ali o primeiro chamado à vida, está sempre a nossa espera, nossa vocação, sendo na vida matrimonial, sacerdotal e religiosa. Dentro da igreja tem vários carismas específicos, mesmo conselho evangélicos e sempre com o mesmo ideal a seguir os passos do mestre e seus ensinamentos. Acima está nossa história, nossas irmãs fundadoras onde nosso carisma, a entrega a serviço dos menos favorecidos, os doentes e aqueles que sofrem por toda espécie de males que atinge nossa sociedade: “Em verdade vos digo, cada vez que fizestes a um desses meus pequeninos, a mim fizestes”. (mt. 25,40).

Categorias
Artigos Falando da Vida

Deixai vir a mim os Pequeninos!

Uma breve discussão sobre a Erotização da infância.

Outubro é o mês em que as atenções se voltam para as crianças. Essa época tornou-se importante também para o comércio, pois marca o início das vendas de Natal. Em meio às dúvidas naturais sobre o que comprar, surge uma questão mais importante: Do que elas estão precisando efetivamente? Uma breve olhada nos perfis disponíveis nas mídias sociais, nota-se um fenômeno preocupante: As crianças estão deixando de ser crianças; estão se apresentando como se fossem adultos, buscando notoriedade e seguidores. Para atingir esse objetivo, apelam para dancinhas eróticas ao som de músicas com letras pornográficas.

Muitas pessoas podem argumentar que, as crianças estão apenas se divertindo, que não há nada de errado e que a maldade está nos olhos de quem vê. De fato, não teria problema algum se o vídeo fosse apenas para registro particular, mantido em casa. Mas a partir do momento em que eles se tornam públicos e, com o aval dos próprios pais, qualquer pessoa pode copiá-los e utilizá-los como quiserem. É o que tem acontecido ultimamente, quando grupos criminosos alimentam sites de pornografia inserindo imagens de crianças que foram colhidas dos perfis exibidos na mídia social. Essa é a nova face da Pedofilia.

A criança ou até mesmo o adolescente, não possui maturidade suficiente para avaliar as consequências dos seus atos. Tudo o que querem é alcançar reconhecimento e obter poder através do aumento de seguidores e número de curtidas. O problema é que na ambição de ganhar popularidade, acabam reproduzindo o mesmo padrão hipersexualizado encontrado nas páginas dos adultos. Essa hipersexualização, infelizmente, está se tornando cada vez mais precoce e as consequências não são positivas. Podem causar estresse e ansiedade, além de afetar o rendimento escolar. Contudo, o problema mais grave, é a vulnerabilidade dessas crianças diante desse mundo virtual, tornando-as presas fáceis de pessoas mal-intencionadas.

Neste mês de outubro que é o mês Missionário, mas também um mês em que a sociedade coloca a criança como centro, é importante refletir sobre a nossa missão, seja como genitores ou educadores. Temos um desafio que é resgatar a criança que foi atraída e presa nessa realidade virtual. É preciso enxergar nas coreografias insinuantes, um pedido escondido de socorro. São vozes abafadas e inocentes que, de maneira sutil, clamam pelo direito de ser apenas crianças. Afinal, se o Reino dos céus é dos pequeninos, não existe maneira mais pura de seguir a Deus devolvendo a elas a liberdade perdida e a infância roubada.

 

Romildo R. Almeida – Psicólogo Clínico

Categorias
Artigos Bíblia

Como entender a palavra de Deus com uma base sólida da fé católica, relacionando as fontes da teologia para uma boa argumentação?

Para falarmos das três fontes (Sagrada Escritura, Tradição e Magistério) é necessário esclarecer que abordaremos o tema numa visão da Teologia Católica, pois embora a Teologia Protestante, em algumas denominações tenham além da Sagrada Escritura, também como fonte a Tradição, eles não possuem como fonte o Magistério.

Tendo como fonte primária a Sagrada Escritura, que é a Palavra de Deus enquanto redigida sob inspiração do Espírito Santo, ela é base para toda reflexão em primeiro lugar, pois tanto o Antigo Testamento, como o Novo Testamento formam o conjunto de escritos que instruem o Povo de Deus. O próprio Jesus Cristo, em que toda revelação do Deus altíssimo atinge a sua plenitude, ordenou aos apóstolos que o Evangelho, fosse pregado como fonte de toda verdade salvadora e da disciplina dos costumes, comunicando os seus dons divinos, conforme a Constituição Dogmática Dei Verbum nº 418.

A Tradição que vem dos apóstolos e transmite o que estes receberam do ensinamento e do exemplo de Jesus, e o que receberam por meio do Espírito Santo. A transmissão da Boa Nova no início do cristianismo, por não possuírem ainda o Novo Testamento escrito, tiveram que usar a transmissão oral, que atesta a Tradição viva. A Tradição recebe expressões adaptadas aos diversos lugares e às diversas épocas, cabendo ao Magistério da Igreja, sua manutenção, modificação ou abandono, conforme o Catecismo da Igreja Católica menciona no nº 83. A Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição devem ser aceitas e respeitadas com igual reverência.

O Magistério da Igreja, formado pelos bispos (sucessores dos apóstolos), em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma, tem o ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus, escrita ou transmitida, mas compreendendo que o Magistério não está acima da Palavra de Deus, mas a seu serviço. Recebendo dos próprios apóstolos o múnus magisterial, os bispos ensinam apenas aquilo que lhes foi transmitido, ao mesmo tempo que por mandato divino e com o auxílio do Espírito Santo, devotamente a escuta, santamente a guarda e fielmente a expõe, absorvendo tudo aquilo que propõe que se deva crer como divinamente revelado deste único depósito da fé, conforme relata a Constituição Dogmática Dei Verbum nº 426.

As três fontes, portanto, encontram-se fortemente unidas e associadas, formando uma base sólida para toda reflexão Teológica que busca uma argumentação fundamentada e, não a reduzindo a uma interpretação pessoal ou apartada daquilo que a transmissão da Tradição efetivamente nos deixou.

 

Celso Rogério Santana Teixeira – Aluno do 5º Ano de Teologia pela PUC-SP

Aspirante ao Diaconato Permanente pela Diocese de Guarulhos

Categorias
Artigos Bíblia

O Profetismo em Israel (Reino do Norte)

Temos como primeiros representantes do Profetismo em Israel Elias e Eliseu, sempre em oposição ao rei Acab e à rainha Jesabel, por causa da defesa da Lei (Aliança) e da vida do povo que os soberanos menosprezavam; eles promovem uma verdadeira denúncia dos abusos do poder do rei  e a idolatria promovida por Jesabel. Consequência disso foram as perseguições que Elias sofreu (ver 1Rs 18,3; 19, 10; Jr 18, 18; 26,11)

 

Os PROFETAS, fiéis à Aliança não podiam ser coniventes em relação aos atos do rei. Este era um discernimento difícil, devido aos riscos que os profetas corriam.

 

O CICLO DE ELIAS (veja os Textos: 1Rs 17 – 19; 21; 2Rs 1, 1 – 2, 18).

ELIAS foi o maior representante do profetismo e figura-síntese do profetismo do Antigo Testamento (veja Lc 9, 30 = Mt 17, 4 = Mc 9,4).

Natural de Tesb (Galaad), distanciado do poder político (rei) num nível bem profundo.

Seu lugar é o deserto, refúgio diante das perseguições. Defensor dos pobres e crítico da ganância e do abuso do poder dos ricos e reis, estabelece uma convivência com os pobres: a viúva de Sarepta, em Sidônia (1Rs 17, 7 – 24). Sofreu a feroz perseguição ao ponto de se considerar “o único que sobrou” (1Rs 18 e 19).

Era um “homem de Deus” que trazia a experiência do Deus Libertador, a fé que brota da partilha e a esperança (nuvem) diante da seca. Expressou certa indignação contra a ambição sem medida do rei Acab (1Rs 21).

Traz uma singular experiência de Deus: a “brisa suave” (1Rs 19, 9 – 14); arrebatado aos céus num “carro de fogo” (2Rs 2, 11 – 12). Malaquias anunciou a “volta de Elias” (Ml 3, 23 – 24) e Jesus ofereceu nova interpretação da “volta de Elias” (Mt 17, 9 – 13), tamanha a importância do profeta Elias.

 

O CICLO DE ELISEU:

Foi “Herdeiro” da profecia e do “espírito de Elias” (2Rs 2, 13s). Foi um profeta mais popular (2Rs 2 – 13), chamado por Elias (1Rs 19, 19 – 21). Em sua história, há “causos”: narrativas com tons exagerados, com milagres e ações “esquisitas”. Ex.: “milagres aquáticos” (2Rs 2, 14; 2, 21; 5, 10; 6, 6) e “histórias de cunho popular” (2Rs 2, 23 – 24; 4, 1 – 7; 4, 9 – 44; 13, 21).

Temos que tomar cuidado com o gosto pelo “extraordinário”, pois a mensagem mais profunda do profeta é mais importante.

A ação profética de Eliseu é fundamental no contexto político em que viveu (Eclo 48, 13): veja os envolvimentos do profeta em eventos políticos: 2Rs 3, 4 – 27; 6, 8 – 23; 8, 7 – 15; 6, 24 – 7, 2; 9, 1 – 10 e 13, 14 -20.

Padre Éder Aparecido Monteiro

Categorias
Artigos Vocação e Seminário

A Missão na Formação do Seminário

Celebramos como Igreja do Brasil em outubro, o Mês Missionário, oportunidade anual para intensificarmos a nossa ação como discípulos missionários – lembrando que todo batizado é missionário por essência. Neste ano, o mês missionário traz como tema: “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo” e como lema: “corações ardentes, pés a caminho”, recordando o 3º Ano Vocacional do Brasil.

As diretrizes para a formação presbiteral, no número 221, afirma que é na “formação missionária que prepara o presbítero a servir á Igreja, em sua realidade local na e em seu horizonte sem fronteiras”.

Dessa forma todo aquele que se prepara para o ministério ordenado é convidado, neste mês, iluminado pela temática do mês missionário a se colocar em estado permanente de missão, visando sempre os confins do mundo que é onde somos enviados: nossas pastorais paroquiais, missões e trabalhos específicos, para que, colocando seus dons e carismas a serviço, possamos cada vez mais consolidar o Reino de Deus nas realidades que estamos inseridos e assim fazer o coração arder e os pés a caminho.

O COMISE – Conselho Missionário de Seminaristas – é um conselho ligado às POM – Pontifícias Obras Missionárias – é quer ajudar na formação dos seminaristas, futuros ministros ordenados, para o despertar missionário auxílio com formações, encontros e experiências missionárias para que, desde a formação inicial, os seminaristas possam criar consciência da sua missão, não somente a missão “Ad Gentes” – mas, sobretudo, nas realidades paroquiais que estão inseridos.

Confiantes, rezemos ao Senhor da messe que envie operários para a messe, pois a messe é grande e os operários são poucos.

 

Sem. Guilherme Rodrigo – 4° ano de Teologia

Categorias
Artigos Liturgia

Nova Tradução do Missal Romano

A Igreja no Brasil se prepara para receber e implementar o uso da 3ª edição típica do Missal Romano. Com a tradução para o Português do Brasil aprovada pela Santa Sé, as dioceses terão até o 1º domingo do Advento para iniciar oficialmente o uso dos textos litúrgicos atualizados.

Mas, afinal, na prática quais são as novidades?

No Próprio do Tempo, a primeira parte do Missal, que garante a centralidade do mistério de Cristo nos ciclos da Páscoa, do Natal e do Tempo Comum, destacam-se:

– Os formulários completos para as Missas feriais do Tempo do Advento e do Tempo Pascal;

– A Missa da Vigília da Epifania do Senhor;

– As orações sobre o povo, ao final da Missa, desde a Quarta-feira de Cinzas até a Quarta-feira da Semana Santa;

– A Missa da Vigília em forma prolongada na solenidade de Pentecostes.

O Ordinário da Missa também inclui elementos novos, tais como:

– Os doze prefácios que foram acrescentados (Depois da Ascensão do Senhor; Domingos do Tempo Comum X; Matrimônio; Bem-Aventurada Virgem Maria III, IV e V; Mártires II; Santos Pastores II; Doutores da Igreja I e II; Comum VII, VIII e IX);

– A minuciosa revisão da tradução das Orações Eucarísticas, com a inclusão do nome de São José naquelas determinadas pelo Papa Francisco (isto é, na II, III e IV), além das novas formas de suscitar a aclamação memorial e da ratificação e necessária harmonização das pequenas aclamações;

– A mudança na primeira forma do Ato Penitencial, o Confesso a Deus: “por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa”, respeitando o original latino;

– A sétima forma de introduzir o Pai-Nosso, tomada da rica tradição do rito ambrosiano: “Guiados pelo Espírito Santo, que ora em nós e por nós, elevemos as mãos ao Pai e rezemos juntos a oração que o próprio Jesus nos ensinou”.

O Próprio dos Santos, no que se refere ao Calendário próprio do Brasil, recordamos, por exemplo:

– Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, presbíteros, Mateus Moreira e companheiros, mártires (Rio Grande do Norte, 1645);

– Santa Dulce Lopes Pontes, virgem (Bahia, 1992);

– Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, presbítero (São Paulo, 1998).

A nova tradução também incorporou as disposições realizadas pelo Papa Francisco. Além de incluir São José nas Orações Eucarísticas acima citadas, o Santo Padre modificou a rubrica do rito do lava-pés na Quinta-feira da Ceia do Senhor, passando-a de “os homens escolhidos” para “as pessoas escolhidas”, e fez várias mudanças no Calendário Litúrgico Universal, enriquecendo-o: instituiu a festividade da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, na segunda-feira depois de Pentecostes, e a dos Santos Marta, Maria e Lázaro, em substituição à memória de Santa Marta; elevou a memória de Santa Maria Madalena ao grau de festa, conferindo-lhe um prefácio próprio: “Apóstola dos Apóstolos”; e determinou que fossem incluídas as memórias da Bem-Aventurada Virgem Maria de Loreto, de São Gregório de Narek, São João de Ávila e Santa Hildegarda de Bingen, doutores da Igreja, dos Papas São João XXIII, São Paulo VI e São João Paulo II, e de Santa Faustina Kowalska.

 

Padre Fernando Gonçalves – Comissão Diocesana de Liturgia

Categorias
Artigos CNBB

CNBB sobre a tramitação da ADPF 442

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota, na quinta-feira, 14 de setembro, sobre o pedido de inclusão em pauta da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 no Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação pleiteia a possibilidade de descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. No texto, os bispos reafirmam o posicionamento contrário ao pedido feito na ADPF: “jamais aceitaremos quaisquer iniciativas que pretendam apoiar e promover o aborto”.

“Jamais um direito pode ser exigido às custas de outro ser humano, mesmo estando apenas em formação. O fundamento dos direitos humanos é que o ser humano nunca seja tomado como meio, mas sempre como fim”, reforçam os bispos. Na nota, também recordam a posição “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, diz um trecho do documento.

Outro destaque é o entendimento que os pedidos da ADPF 442 “foram conduzidos como pauta antidemocrática pois, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal (STF) uma função que não lhe cabe, que é legislar diante de uma suposta e inexistente omissão do Congresso Nacional”.

A Presidência da CNBB salienta que “se até hoje o aborto não foi aprovado como querem os autores da ADPF não é por omissão do Parlamento, senão por absoluta ausência de interesse do Povo Brasileiro, de quem todo poder emana, conforme parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal”.

NOTA DA CNBB
VIDA: DIREITO INVIOLÁVEL

“Propus a vida e a morte; escolhe, pois a vida” (Dt 30,19).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de sua Presidência, reafirma sua posição em favor da vida desde a concepção.

Diante do pedido de inclusão em pauta da ADPF 442 (2017), no Supremo Tribunal Federal (STF), que pleiteia a possibilidade de aborto legal até a 12ª semana de gestação, reafirmamos que “o aborto constitui a eliminação de uma vida humana, trata-se, pois, de uma ação intrinsecamente má e, portanto, não pode ser legitimada como um bem ou um direito” (Vida: Dom e Compromisso II: fé cristã e aborto, Edições CNBB, 2021, n.96).

Jamais um direito pode ser exigido às custas de outro ser humano, mesmo estando apenas em formação. O fundamento dos direitos humanos é que o ser humano nunca seja tomado como meio, mas sempre como fim. “Ninguém nunca poderá reivindicar o direito de escolher o que mais convém por meio de uma ação direta que elimine uma vida humana, pois nenhuma pessoa tem o direito de escolha sobre a vida dos outros” (Vida: Dom e Compromisso II, n. 97).

“A decisão deliberada de privar um ser humano inocente da sua vida é sempre má, do ponto de vista moral, e nunca pode ser lícita nem como fim, nem como meio para um fim bom” (Evangelium Vitae, n. 57).

Como já nos manifestamos em 2017, por meio de Nota “Pela vida, contra o aborto”, reiteramos nossa posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural. Entendemos que os pedidos da ADPF 442 foram conduzidos como pauta antidemocrática pois, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal (STF) uma função que não lhe cabe, que é legislar diante de uma suposta e inexistente omissão do Congresso Nacional, pois se até hoje o aborto não foi aprovado como querem os autores da ADPF não é por omissão do Parlamento, senão por absoluta ausência de interesse do Povo Brasileiro, de quem todo poder emana, conforme parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal.

De qualquer forma, jamais aceitaremos quaisquer iniciativas que pretendam apoiar e promover o aborto.

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, ajude-nos na missão de escolher a vida, como dom de Deus e compromisso de toda humanidade.

Brasília- DF, 13 de setembro de 2023

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre – RS
Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros da Silva
Arcebispo de Goiânia – GO
1º Vice- Presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo de Olinda e Recife – PE
2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB

 

Categorias
Artigos Enfoque Pastoral

A Missão revigora a Fé

A Igreja é missionária por sua essencia e tem sua origem na missão do Filho e do Espírito Santo, segundo o desígnio do Pai (AG 2). Em outubro celebramos o mês dedicado as missões e em nossas liturgias estaremos relfetindo a natureza missionária da Igreja e seus membros: os batizados. “A Missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade, dá a ela novo entusiasmo e novas motivações. É doando a fé, que se fortalece! A nova evangelização dos cristãos também encontrará inspiração e apoio no empenho pela Missão universal” (São João Paulo II).

A partir da cruz de Jesus, aprendemos a lógica divina da oferta de nós mesmos (1 Cor 1, 17-25) como anúncio do Evangelho para a vida do mundo (Jo 3, 16). O Mês das Missões deve lembrar a cada um de nós, que é missão de todo batizado ser evangelizador. Não é cristão de verdade quem não fala de Cristo e da Igreja! O Batismo nos faz “membros do Corpo de Cristo” e participantes de sua missão no mundo: “Ser sacramento de salvação” (LG). A Igreja é portadora de uma alegria contagiante e em sua essência é missionária (Ad Gentes, 2). Foi o Senhor que nos ordenou: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos...” (Mt 28, 19-20). A missão do Pai foi encarnada no Filho, e através do Espírito Santo realiza-se na Igreja.

Neste mês a Igreja quer nos animar na realização das atividades missionárias no Brasil e no mundo. Em nossa Diocese vemos claramente o esforço missionário desempenhado em nossa Cidade desde o seu inicio. Recebemos padres, religiosos e leigos que anunciaram o Evangelho com muita alegria, suscitaram vários trabalhos pastorais e pequenas comunidades, que vieram depois a se tornarem matrizes paroquiais. É tempo de reanimar a missão em nossa Igreja, também tempo de agradecer. Hoje os frutos da missão aqui realizada impulsiona a nossa Igreja particular de Guarulhos para o mundo, enviando missionários para anunciarem com alegria o Evangelho.

Outubro também é o mês de celebrar Nossa Senhora Aparecida, padroeria do Brasil. Todas as nossas paróquias celebram a Imaculada Conceição Aparecida em 12 de outubro e inspiram-se em Maria no seu SIM fecundo e missionário. Roguemos a Deus, por sua maternal itercessão, as bênçãos de Deus em nossos trabalhos missionários. Coragem!

 

Pe. Marcelo Dias Soares – Coordenador Diocesano de Pastoral