SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

SÃO PAULO - BRASIL

"O Senhor fez em mim maravilhas." (Lc 1,49)

Provisão de Vigário Paroquial

Provisão 003/2022

Nós, Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist. por Mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo Diocesano de Guarulhos,

Fazemos saber que devendo atender às necessidades espirituais e ao bem temporal da PARÓQUIA SANTA CRUZ E NOSSA SENHORA DO CARMOTaboão – Forania Aparecida da Diocese de Guarulhos, havemos por bem nomear e provisionar na qualidade de VIGÁRIO da mesma, o Revmo. Padre BRUNO OTENIO, cuja prudência, doutrina e demais qualidades o tornaram idôneo para a cura das almas.

Pelo que declaramos instituído, com todos os direitos e faculdades que competem ao encargo, na forma do Direito Canônico e de acordo com os usos e costumes desta Diocese. Esta provisão é válida enquanto não determinarmos o contrário.

Dado e passado nesta Cúria Diocesana de Guarulhos, no primeiro dia do mês de junho do ano de dois mil e vinte e dois, memória de São Justino, mártir.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.

Bispo Diocesano de Guarulhos

Provisão de Administrador Paroquial

Provisão 002/2022

Nós, Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist., por Mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo Diocesano de Guarulhos,

Considerando o Cân. 519 sobre a função do pároco, como pastor própria de uma Paróquia, responsável pela cura das almas dos fiéis, que formam está comunidade estável;

Considerando que o Revmo. Padre Gildarte Abílio Costa, recebeu o encargo de pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em 09 de outubro de 2018, e destacou-se pelo zelo pastoral e fidelidade em suas funções, mesmo com limites impostos por enfermidade;

Considerando que o Cân. 539 prescreve que “ficando … impedido o pároco de exercer a função pastoral na paróquia, por motivo de … doença ou qualquer outra causa, seja nomeado quanto antes pelo Bispo diocesano um administrador paroquial, isto é, um sacerdote que substitua o pároco de acordo com o Cân. 540”.

Considerando todas as disposições canônicas, de forma especial o Cân. 540§1: “o Administrador paroquial tem os mesmos deveres e os mesmos direitos que o pároco, salvo determinação contrária do bispo diocesano”;

Fazemos saber que devendo atender às necessidades espirituais e ao bem temporal da PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – Jardim Aracília – Forania Fátima da Diocese de Guarulhos, havemos por bem nomear e provisionar na qualidade de ADMINISTRADOR PAROQUIAL da mesma, o Revmo. Padre GILBERTO PEREIRA DE MATTOS, cuja prudência, doutrina e demais qualidades o tornaram idôneo.

Pelo que declaramos instituído, com todos os direitos e faculdades que competem ao encargo, na forma do Direito Canônico e de acordo com os usos e costumes desta Diocese. Esta provisão é válida ad beneplacitum nostrum.

Dado e passado nesta Cúria Diocesana de Guarulhos, no primeiro dia do mês de junho do ano de dois mil e vinte e dois, memória de São Justino, mártir.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.

Bispo Diocesano de Guarulhos

MISSA DIOCESANA DA PASTORAL DA COMUNICAÇÃO

No domingo da Solenidade da Ascensão do Senhor, 29 de Maio, Dom Edmilson Amador Caetano, presidiu a missa diocesana pelo 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Além da santa missa, os agentes da pascom participaram de um almoço organizado e oferecido pela Paróquia Santa Rita de Cássia, Jardim Cumbica, como é tradição na Diocese de Guarulhos. Dom Edmilson, antes de iniciar a santa missa, saudou a assembleia, acolheu a imagem de Nossa Senhora da Comunicação e dedicou um tempo a reflexão sobre a mensagem do Papa Francisco: “Escutar com o ouvido do coração”. As equipes presentes receberam das mãos do bispo, o selo de participação e gratidão pelo serviço ao setor de comunicação da Igreja.

O assessor diocesano da Pastoral da Comunicação, Pe Marcos Vinícius, agradece a todos os agentes da pascom pela participação, de maneira especial ao Pe Paulo Leandro, pároco e os agentes da pascom, liturgia e eventos local pela acolhida e organização.

Pascom – Diocese de Guarulhos

Fotos: Pascom São Francisco de Assis – Uirapuru e Pascom N. Sra. Aparecida – Jd. América

Confira as fotos da Missa especial das Comunicações:

7ª Missa Diocesana da Comunicação

MENSAGEM DO PAPA PARA O 56º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

“Escutar com o ouvido do coração”

Queridos irmãos e irmãs!

No ano passado, refletimos sobre a necessidade de «ir e ver» para descobrir a realidade e poder narrá-la a partir da experiência dos acontecimentos e do encontro com as pessoas. Continuando nesta linha, quero agora fixar a atenção noutro verbo, “escutar”, que é decisivo na gramática da comunicação e condição para um autêntico diálogo.

Com efeito, estamos a perder a capacidade de ouvir a pessoa que temos à nossa frente, tanto na teia normal das relações quotidianas como nos debates sobre os assuntos mais importantes da convivência civil. Ao mesmo tempo, a escuta está a experimentar um novo e importante desenvolvimento em campo comunicativo e informativo, através das várias ofertas de podcast e chat audio, confirmando que a escuta continua essencial para a comunicação humana.

A um médico ilustre, habituado a cuidar das feridas da alma, foi-lhe perguntada qual era a maior necessidade dos seres humanos. Respondeu: “O desejo ilimitado de ser ouvidos”. Apesar de frequentemente oculto, é um desejo que interpela toda a pessoa chamada a ser educadora, formadora, ou que desempenhe de algum modo o papel de comunicador: os pais e os professores, os pastores e os agentes pastorais, os operadores da informação e quantos prestam um serviço social ou político.

Escutar com o ouvido do coração

A partir das páginas bíblicas aprendemos que a escuta não significa apenas uma perceção acústica, mas está essencialmente ligada à relação dialogal entre Deus e a humanidade. O “shema’ Israel – escuta, Israel” (Dt 6, 4) – as palavras iniciais do primeiro mandamento do Decálogo – é continuamente lembrado na Bíblia, a ponto de São Paulo afirmar que “a fé vem da escuta” (Rm 10, 17). De facto, a iniciativa é de Deus, que nos fala, e a ela correspondemos escutando-O; e mesmo este escutar fundamentalmente provém da sua graça, como acontece com o recém-nascido que responde ao olhar e à voz da mãe e do pai. Entre os cinco sentidos, parece que Deus privilegie precisamente o ouvido, talvez por ser menos invasivo, mais discreto do que a vista, deixando consequentemente mais livre o ser humano.

A escuta corresponde ao estilo humilde de Deus. Ela permite a Deus revelar-Se como Aquele que, falando, cria o homem à sua imagem e, ouvindo-o, reconhece-o como seu interlocutor. Deus ama o homem: por isso lhe dirige a Palavra, por isso «inclina o ouvido» para o escutar.

O homem, ao contrário, tende a fugir da relação, a virar as costas e “fechar os ouvidos” para não ter de escutar. Esta recusa de ouvir acaba muitas vezes por se transformar em agressividade sobre o outro, como aconteceu com os ouvintes do diácono Estêvão que, tapando os ouvidos, atiraram-se todos juntos contra ele (cf. At 7, 57).

Assim temos, por um lado, Deus que sempre Se revela comunicando-Se livremente, e, por outro, o homem, a quem é pedido para sintonizar-se, colocar-se à escuta. O Senhor chama explicitamente o homem a uma aliança de amor, para que possa tornar-se plenamente aquilo que é: imagem e semelhança de Deus na sua capacidade de ouvir, acolher, dar espaço ao outro. No fundo, a escuta é uma dimensão do amor.

Por isso Jesus convida os seus discípulos a verificar a qualidade da sua escuta. «Vede, pois, como ouvis» (Lc 8, 18): faz-lhes esta exortação depois de ter contado a parábola do semeador, sugerindo assim que não basta ouvir, é preciso fazê-lo bem. Só quem acolhe a Palavra com o coração «bom e virtuoso» e A guarda fielmente é que produz frutos de vida e salvação (cf. Lc 8, 15). Só prestando atenção a quem ouvimos, àquilo que ouvimos e ao modo como ouvimos é que podemos crescer na arte de comunicar, cujo cerne não é uma teoria nem uma técnica, mas a «capacidade do coração que torna possível a proximidade» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 171).

Ouvidos, temo-los todos; mas muitas vezes mesmo quem possui um ouvido perfeito, não consegue escutar o outro. Pois existe uma surdez interior, pior do que a física. De facto, a escuta não tem a ver apenas com o sentido do ouvido, mas com a pessoa toda. A verdadeira sede da escuta é o coração. O rei Salomão, apesar de ainda muito jovem, demonstrou-se sábio ao pedir ao Senhor que lhe concedesse “um coração que escuta” ( 1 Rs 3, 9). E Santo Agostinho convidava a escutar com o coração (corde audire), a acolher as palavras, não exteriormente nos ouvidos, mas espiritualmente nos corações: “Não tenhais o coração nos ouvidos, mas os ouvidos no coração» [1]. E São Francisco de Assis exortava os seus irmãos a “inclinar o ouvido do coração” [2].

Por isso, a primeira escuta a reaver quando se procura uma comunicação verdadeira é a escuta de si mesmo, das próprias exigências mais autênticas, inscritas no íntimo de cada pessoa. E não se pode recomeçar senão escutando aquilo que nos torna únicos na criação: o desejo de estar em relação com os outros e com o Outro. Não fomos feitos para viver como átomos, mas juntos.

A escuta como condição da boa comunicação

Há um uso do ouvido que não é verdadeira escuta, mas o contrário: o espionar. De facto, uma tentação sempre presente, mas que neste tempo da social web parece mais assanhada, é a de procurar saber e espiar, instrumentalizando os outros para os nossos interesses. Ao contrário, aquilo que torna boa e plenamente humana a comunicação é precisamente a escuta de quem está à nossa frente, face a face, a escuta do outro abeirando-nos dele com abertura leal, confiante e honesta.

Esta falta de escuta, que tantas vezes experimentamos na vida quotidiana, é real também, infelizmente, na vida pública, onde com frequência, em vez de escutar, «se fala pelos cotovelos». Isto é sintoma de que se procura mais o consenso do que a verdade e o bem; presta-se mais atenção à audience do que à escuta. Ao invés, a boa comunicação não procura prender a atenção do público com a piada foleira visando ridicularizar o interlocutor, mas presta atenção às razões do outro e procura fazer compreender a complexidade da realidade. É triste quando surgem, mesmo na Igreja, partidos ideológicos, desaparecendo a escuta para dar lugar a estéreis contraposições.

Na realidade, em muitos diálogos, efetivamente não comunicamos; estamos simplesmente à espera que o outro acabe de falar para impor o nosso ponto de vista. Nestas situações, como observa o filósofo Abraham Kaplan [3], o diálogo não passa de duólogo, ou seja um monólogo a duas vozes. Ao contrário, na verdadeira comunicação, o eu e o tu encontram-se ambos “em saída”, tendendo um para o outro.

Portanto, a escuta é o primeiro e indispensável ingrediente do diálogo e da boa comunicação. Não se comunica se primeiro não se escutou, nem se faz bom jornalismo sem a capacidade de escutar. Para fornecer uma informação sólida, equilibrada e completa, é necessário ter escutado prolongadamente. Para narrar um acontecimento ou descrever uma realidade numa reportagem, é essencial ter sabido escutar, prontos mesmo a mudar de ideia, a modificar as próprias hipóteses iniciais.

Com efeito, só se sairmos do monólogo é que se pode chegar àquela concordância de vozes que é garantia duma verdadeira comunicação. Ouvir várias fontes, «não parar na primeira locanda» – como ensinam os especialistas do oficio – garante credibilidade e seriedade à informação que transmitimos. Escutar várias vozes, ouvir-se – inclusive na Igreja – entre irmãos e irmãs, permite-nos exercitar a arte do discernimento, que se apresenta sempre como a capacidade de se orientar numa sinfonia de vozes.

Entretanto para quê enfrentar este esforço da escuta? Um grande diplomata da Santa Sé, o cardeal Agostinho Casaroli, falava de “martírio da paciência”, necessário para escutar e fazer-se escutar nas negociações com os interlocutores mais difíceis a fim de se obter o maior bem possível em condições de liberdade limitada. Mas, mesmo em situações menos difíceis, a escuta requer sempre a virtude da paciência, juntamente com a capacidade de se deixar surpreender pela verdade – mesmo que fosse apenas um fragmento de verdade – na pessoa que estamos a escutar. Só o espanto permite o conhecimento. Penso na curiosidade infinita da criança que olha para o mundo em redor com os olhos arregalados. Escutar com este estado de espírito – o espanto da criança na consciência dum adulto – é sempre um enriquecimento, pois haverá sempre qualquer coisa, por mínima que seja, que poderei aprender do outro e fazer frutificar na minha vida.

A capacidade de escutar a sociedade é ainda mais preciosa neste tempo ferido pela longa pandemia. A grande desconfiança que anteriormente se foi acumulando relativamente à “informação oficial”, causou também uma espécie de “info-demia” dentro da qual é cada vez mais difícil tornar credível e transparente o mundo da informação. É preciso inclinar o ouvido e escutar em profundidade, sobretudo o mal-estar social agravado pelo abrandamento ou cessação de muitas atividades económicas.

A própria realidade das migrações forçadas é uma problemática complexa, e ninguém tem pronta a receita para a resolver. Repito que, para superar os preconceitos acerca dos migrantes e amolecer a dureza dos nossos corações, seria preciso tentar ouvir as suas histórias. Dar um nome e uma história a cada um deles. Há muitos bons jornalistas que já o fazem; e muitos outros gostariam de o fazer, se pudessem. Encorajemo-los! Escutemos estas histórias! Depois cada qual será livre para sustentar as políticas de migração que considerar mais apropriadas para o próprio país. Mas então teremos diante dos olhos, não números nem invasores perigosos, mas rostos e histórias de pessoas concretas, olhares, expetativas, sofrimentos de homens e mulheres para ouvir.

Escutar-se na Igreja

Também na Igreja há grande necessidade de escutar e de nos escutarmos. É o dom mais precioso e profícuo que podemos oferecer uns aos outros. Nós, cristãos, esquecemo-nos de que o serviço da escuta nos foi confiado por Aquele que é o ouvinte por excelência e em cuja obra somos chamados a participar. “Devemos escutar através do ouvido de Deus, se queremos poder falar através da sua Palavra” [4]. Assim nos lembra o teólogo protestante Dietrich Bonhöffer que o primeiro serviço na comunhão que devemos aos outros é prestar-lhes ouvidos. Quem não sabe escutar o irmão, bem depressa deixará de ser capaz de escutar o próprio Deus [5].

Na ação pastoral, a obra mais importante é o “apostolado do ouvido”. Devemos escutar, antes de falar, como exorta o apóstolo Tiago: “cada um seja pronto para ouvir, lento para falar” (1, 19). Oferecer gratuitamente um pouco do próprio tempo para escutar as pessoas é o primeiro gesto de caridade.

Recentemente deu-se início a um processo sinodal. Rezemos para que seja uma grande ocasião de escuta recíproca. Com efeito, a comunhão não é o resultado de estratégias e programas, mas edifica-se na escuta mútua entre irmãos e irmãs. Como num coro, a unidade requer, não a uniformidade, a monotonia, mas a pluralidade e variedade das vozes, a polifonia. Ao mesmo tempo, cada voz do coro canta escutando as outras vozes na sua relação com a harmonia do conjunto. Esta harmonia é concebida pelo compositor, mas a sua realização depende da sinfonia de todas e cada uma das vozes.

Cientes de participar numa comunhão que nos precede e inclui, possamos descobrir uma Igreja sinfónica, na qual cada um é capaz de cantar com a própria voz, acolhendo como dom as dos outros, para manifestar a harmonia do conjunto que o Espírito Santo compõe.

Roma, São João de Latrão, na Memória de São Francisco de Sales, 24 de janeiro de 2022.

 

Papa Francisco

24ª Festa de Nossa Senhora das Vocações

No dia 7 de maio ocorreu a 24ª Festa em honra a Nossa Senhora das Vocações no Seminário Diocesano.  Após dois anos de realização sem a presença do público, foi de grande alegria o comparecimento novamente dos Zeladores, Amigos do Seminário e de diversos fiéis para os louvores a Deus pela intercessão da Virgem Maria nos sustentos das vocações.

Na Santa Missa do período da tarde, com a presença de Dom Edmilson Amador Caetano, foram instituídos nove seminaristas no ministério de leitorado – sendo eles, Bruno Conti, Bruno Santana, Daniel Felipe, Edson Vitor, Guilherme Rodrigo, João Edson, José Iran, Ricardo Valério e William Júnior –, realizando um passo a mais no processo vocacional.

Gostaríamos de agradecer a Deus e à Nossa Senhora das Vocações pela realização da Festa desse ano, em que abriu-se solenemente o Jubileu da chegada de seu ícone em nossa Diocese, como também a todos aqueles que nela colaboraram.

Sem. Edson Vitor – 3º ano de Teologia

 

Confira algumas fotos da festa:

Pastoral da Pessoa Idosa completa 16 anos na Diocese

Comemoramos no dia 15/05 os 16 anos da Pastoral da Pessoa Idosa em nossa Diocese, na Paróquia Santa Teresinha e Nossa Senhora das Angústias.
 
Missa presidida pelo Padre Marcos Vinicius que sempre nos acolhe com muito carinho , atenção e zelo.
 
A alegria de comemorar mais um ano visitando nossos idosos e dando um pouco de atenção, carinho e amor, é o que nos faz continuar em nossa missão.
 
Obrigada líderes da PPI com chamamos carinhosamente que Santa Ana e São Joaquim continue nos abençoando nessa nossa caminhada pelos idosos.
 
Como Santo João Paulo II deixou escrito:
“Que cada comunidade acompanhe com uma compreensão todos os que envelhecem”
 
Gislene – Pastoral da Pessoa Idosa (PPI)
 
Confira algumas fotos da celebração:
PPI - 16 Anos na Diocese

MENSAGEM AO POVO BRASILEIRO: FÉ, ESPERANÇA E CORAJOSO COMPROMISSO COM A VIDA E O BRASIL

A 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou a tradicional Mensagem ao Povo Brasileiro. O texto apresenta “uma mensagem de fé, esperança e corajoso compromisso com a vida e o Brasil”. Os bispos lembraram da solidariedade para a superação da pandemia, agradeceram às famílias e agentes educativos pelo cuidado no campo da educação e dedicaram reflexões sobre a realidade do país, cujo quadro atual “é gravíssimo”. Para os bispos, “o Brasil não vai bem!”.

A mensagem também aborda o processo eleitoral deste ano, envolto “de incertezas e radicalismos, mas, potencialmente carregado de esperança”. Também chama atenção para as ameaças ao pleito, além de reforçar um apelo pela democracia brasileira.

“Conclamamos toda a sociedade brasileira a participar das eleições e a votar com consciência e responsabilidade, escolhendo projetos representados por candidatos e candidatas comprometidos com a defesa integral da vida, defendendo-a em todas as suas etapas, desde a concepção até a morte natural. Que também não negligenciem os direitos humanos e sociais, e nossa casa comum onde a vida se desenvolve”

Ao final do texto, os bispos convidam a todos, particularmente a juventude, “a deixarem-se guiar pela esperança e pelo desejo de uma sociedade justa e fraterna”.

Confira o texto na íntegra:

– Nº. 0099/22

MENSAGEM AO POVO BRASILEIRO

59ª. Assembleia Geral da CNBB

“A esperança não decepciona” (Rm 5,5).

Guiados pelo Espírito Santo e impulsionados pela Ressurreição do Senhor, unidos ao Papa Francisco, nós, bispos católicos, em comunhão e unidade, reunidos para a primeira etapa da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, de modo on-line e com a representação de diversos organismos eclesiais, dirigimos ao povo brasileiro uma mensagem de fé, esperança e corajoso compromisso com a vida e o Brasil.

Enche o nosso coração de alegria perceber a explosão de solidariedade, que tem marcado todo o País na luta pela superação do flagelo sanitário e social da COVID-19. A partilha de alimentos, bens e espaços, a assistência a pessoas solitárias e a dedicação incansável dos profissionais de saúde são apenas alguns exemplos de incontáveis ações solidárias. Gestores de saúde e agentes públicos, diante de um cenário de medo e insegurança, foram incansáveis e resilientes. O Sistema Único de Saúde-SUS mostrou sua fundamental importância e eficácia para a proteção social dos brasileiros. A consciência lúcida da necessidade dos cuidados sanitários e da vacinação em massa venceu a negação de soluções apresentadas pela ciência. Contudo, não nos esquecemos da morte de mais de 660.000 pessoas e nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, trazendo ambas em nossas preces.

Agradecemos ainda, de modo particular às famílias e outros agentes educativos, que não se descuidaram da educação das crianças, adolescentes, jovens e adultos, apesar de todas as dificuldades. Com certeza, a pandemia teria consequências ainda mais devastadoras, se não fosse a atuação das famílias, educadores e pessoas de boa vontade, espírito solidário e abnegado. A Campanha da Fraternidade 2022 nos interpela a continuar a luta pela educação integral, inclusiva e de qualidade.

A grave crise sanitária encontrou o nosso País envolto numa complexa e sistêmica crise ética, econômica, social e política, que já nos desafiava bem antes da pandemia, escancarando a desigualdade estrutural enraizada na sociedade brasileira. A COVID-19, antes de ser responsável, acentuou todas essas crises, potencializando-as, especialmente na vida dos mais pobres e marginalizados.

O quadro atual é gravíssimo. O Brasil não vai bem! A fome e a insegurança alimentar são um escândalo para o País, segundo maior exportador de alimentos no mundo, já castigado pela alta taxa de desemprego e informalidade. Assistimos estarrecidos, mas não inertes, os criminosos descuidos com a Terra, nossa casa comum. Num sistema voraz de “exploração e degradação” notam-se a dilapidação dos ecossistemas, o desrespeito com os direitos dos povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, a perseguição e criminalização de líderes socioambientais, a precarização das ações de combate aos crimes contra o meio ambiente e projetos parlamentares desastrosos contra a casa comum.

Tudo isso desemboca numa violência latente, explícita e crescente em nossa sociedade. A crueldade das guerras, que assistimos pelos meios de comunicação, pode nos deixar anestesiados e desapercebidos do clima de tensão e violência em que vivemos no campo e nas cidades. A liberação e o avanço da mineração em terras indígenas e em outros territórios, a flexibilização da posse e do porte de armas, a legalização do jogo de azar, o feminicídio e a repulsa aos pobres, não contribuem para a civilização do amor e ferem a fraternidade universal.

Diante deste cenário esperamos que os governantes promovam grandes e urgentes mudanças, em harmonia com os poderes da República, atendo-se aos princípios e aos valores da Constituição de 1988, já tão desfigurada por meio de Projetos de Emendas Constitucionais. Não se permita a perda de direitos dos trabalhadores e dos pobres, grande maioria da população brasileira. A lógica do confronto que ameaça o estado democrático de direito e suas instituições, transforma adversários em inimigos, desmonta conquistas e direitos consolidados, fomenta o ódio nas redes sociais, deteriora o tecido social e desvia o foco dos desafios fundamentais a serem enfrentados.

Nesse contexto, iremos este ano às urnas. O cenário é de incertezas e radicalismos, mas, potencialmente carregado de esperança. Nossas escolhas para o Executivo e o Legislativo determinarão o projeto de nação que desejamos. Urge o exercício da cidadania, com consciente participação política, capaz de promover a “boa política”, como nos diz o Papa Francisco. Necessitamos de uma política salutar, que não se submeta à economia, mas seja capaz de reformar as instituições, coordená-las e dotá-las de bons procedimentos, como as conquistas da Lei da Ficha Limpa, Lei Complementar 135 de 2010, que afasta do pleito eleitoral candidatos condenados em decisões colegiadas, e da Lei 9.840 de 1999, que criminaliza a compra de votos. Não existe alternativa no campo democrático fora da política com a ativa participação no processo eleitoral.

Tentativas de ruptura da ordem institucional, hoje propagadas abertamente, buscam colocar em xeque a lisura do processo eleitoral e a conquista irrevogável do voto. Tumultuar o processo político, fomentar o caos e estimular ações autoritárias não são, em definitivo, projeto de interesse do povo brasileiro. Reiteramos nosso apoio às Instituições da República, particularmente aos servidores públicos, que se dedicam em garantir a transparência e a integridade das eleições.

Duas ameaças merecem atenção especial. A primeira é a manipulação religiosa, protagonizada tanto por alguns políticos como por alguns religiosos, que coloca em prática um projeto de poder sem afinidade com os valores do Evangelho de Jesus Cristo. A autonomia e independência do poder civil em relação ao religioso são valores adquiridos e reconhecidos pela Igreja e fazem parte do patrimônio da civilização ocidental. A segunda é a disseminação das fake news, que através da mentira e do ódio, falseia a realidade. Carregando em si o perigoso potencial de manipular consciências, elas modificam a vontade popular, afrontam a democracia e viabilizam, fraudulentamente, projetos orquestrados de poder. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e o respeito aos resultados nas eleições. A democracia brasileira, ainda em construção, não pode ser colocada em risco.

Conclamamos toda a sociedade brasileira a participar das eleições e a votar com consciência e responsabilidade, escolhendo projetos representados por candidatos e candidatas comprometidos com a defesa integral da vida, defendendo-a em todas as suas etapas, desde a concepção até a morte natural. Que também não negligenciem os direitos humanos e sociais, e nossa casa comum onde a vida se desenvolve. Todos os cristãos somos chamados a preocuparmo-nos com a construção de um mundo melhor, por meio do diálogo e da cultura do encontro, na luta pela justiça e pela paz.

Agradecemos os muitos gestos de solidariedade de nossas comunidades, por ocasião da pandemia e dos desastres ambientais. Encorajamos as organizações e os movimentos sociais a continuarem se unindo em mutirão pela vida, especialmente por terra, teto e trabalho. Convidamos a todos, irmãos e irmãs, particularmente a juventude, a deixarem-se guiar pela esperança e pelo desejo de uma sociedade justa e fraterna. Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, obtenha de Deus as bênçãos para todos nós.

Brasília – DF, 29 de abril de 2022.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte – MG
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre, RS
1º Vice-Presidente

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima, RR
2º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
Secretário-Geral

Fonte: cnbb.org.br

Pastoral Carcerária realiza Assembleia Estadual

Neste ano em que se comemora o jubileu de 50 anos da Pastoral Carcerária no Brasil, entre os dias 14 e 15 de maio, realizou-se na cidade de Batatais/SP, no Centro de Espiritualidade Claretiano, a Assembleia Estadual da Pastoral Carcerária (PCr) que contou com representantes das sete províncias eclesiásticas do Regional Sul 1 da CNBB.

Esta assembleia é a primeira após a suspensão das reuniões previstas para 2020 e 2021 por causa da pandemia da Covid 19, e reuniu cerca de 60 agentes pastorais (bispo, padres, diáconos, religiosos(as) e leigos(as). Também foi a primeira que Dom Luiz Antonio Cipolini (diocese de Marília), pode se fazer presente como referencial da Pastoral do estado de São Paulo, que contabiliza 1/3 da população carcerária nacional. Dom Moacir Silva, arcebispo de Ribeirão Preto, esteve na assembleia para acolher os participantes e apresentou a vida e martírio de Franz de Castro Holzwarth, que está em processo de beatificação como possível mártir do cárcere.

Na homilia de domingo (14), Dom Luiz Antonio, inspirou a todos no compromisso com a missão pastoral, na unidade como Igreja, no aprimoramento constante da espiritualidade e, em particular, na ação de perpetuar o amor de Jesus dirigindo um olhar caridoso e sem julgamentos às pessoas em situação de privação de liberdade encontradas nas penitenciárias. Lembrou-nos ainda que estamos no processo sinodal, em busca da unidade com a missão da Igreja, na vocação à sinodalidade, no aprimoramento e vocação à sinodalidade.

Nesta oportunidade, as demandas do sistema penitenciário paulista seja no serviço religioso e humano, de acordo com a Lei, foram atualizadas, bem como a realidade da Pastoral neste momento em que ainda em muitas unidades prisionais persistem as restrições ao acesso mais direto/próximo das pessoas em situação de privação de liberdade por parte dos agentes pastorais, impostas desde 2018 no estado.

A coordenação nacional, na pessoa da Irmã Petra Silvia Pfaller, se fez presente e acompanhou a assembleia que também reconduziu a religiosa Eliana Rocha como coordenadora estadual da PCr. Houve também a eleição dos coordenadores/as das províncias eclesiásticas do estado (Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto, São Paulo, Taubaté e Sorocaba). A coordenadora reeleita escolheu como vice o Diácono Carlos Alberto Barbosa Santos (Campinas) e 2 secretários(Cláudio e José Donizete) para dinamizar os trabalhos.

Os trabalhos da assembleia foram coordenados pelo Pe. Valdo Bartolomeu de Santana, que também permaneceu na assessoria à coordenação estadual.

Nos dias 27 e 28 de agosto, haverá em Aparecida o encontro nacional da Pastoral motivada pelo jubileu, com o convite aberto à todos os agentes da pastoral, como momento forte de celebração e renovar os ânimos para a caminhada.

Entre os presentes estava o Padre Marcos Alves, representante de nossa Diocese e que também faz parte da comissão da Pastoral Carcerária do Regional Sul-1.

Fonte: cnbbsul1.org.br

Missas da Pastoral Afro-Brasileira da Diocese em Maio

O mês de maio é de uma reflexão importante para o povo afrodescendente, pois foi no dia 13 de maio de 1888 que foi assinada no Brasil a Lei Áurea, que aboliu em nosso país a escravidão.

Em memória da luta de seus antepassados, a PAB – Pastoral Afro-brasileira de nossa diocese, realizou três missas no Rito Romano Inculturada e Adaptada ao Estilo Afro-brasileiro, cada qual feita por seu grupo de base. No dia 14 de maio foram realizadas duas missas: uma na Paróquia Sagrada Família do Carmela pelos Filhos de São Benedito, e outra na Capela Santa Edwiges do Paraventi pelos Filhos de Mariama. As missas foram celebradas pelo padre Fábio, da Diocese de Mogi das Cruzes e que contou com a presença da rainha e do rei da Irmandade do Rosário dos Homens Pretos e São Benedito da Penha, e pelo padre Valdocir Raphael, assessor diocesano da PAB e vigário, respectivamente. Já a missa do dia 15 de maio foi realizada na Paróquia Santo Alberto Magno e Nossa Senhora das Graças pelos Filhos de Maria, celebrada pelo pároco local padre Cesar.

Muita alegria, cores, reflexão e fé marcaram esse final de semana em nossa diocese com essas 3 celebrações. Para esse mês de junho, teremos mais uma missa no Rito Romano Inculturada e Adaptada ao Estilo Afro-brasileiro, que será realizada na Capela Nossa Senhora do Carmo, pertencente a Paróquia São Judas Tadeu – Jardim Alice, sendo realizada pelos Herdeiros de Nhá Chica na festa litúrgica da beata que leva o nome do grupo, no dia 14, as 19:30.

Axé!

Por Orlando Junior

Pastoral Afro Brasileira – Diocese de Guarulhos

Formação Comunicação nas Pastorais

No sábado, 14 de maio, a Paróquia São Francisco de Assis Uirapuru, recebeu o Padre Marcos Vinicius, Assessor Diocesano da Pascom para uma Formação com tema: Comunicação nas Pastorais.

Foi um momento de grande aprendizado e reflexão.

Pascom – Paróquia São Francico – Uirapuru

Confira as fotos do evento:

Formação Comunicação nas Pastorais