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“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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"A Esperança não decepciona" (Rm 5,5)

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O profeta Ezequiel crítica a prática dos falsos pastores

Deportado, já, na primeira leva à Babilônia, no ano de 597 a.C., por ocasião do cerco imposto ao governo do reino de Judá, Ezequiel não poupa tintas para criticar o modo da elite judaíta fazer política. Estamos nos anos de 597 a 587 a.C., período em que a província é governada por uma junta administrativa liderada por Sedecias.

Sedecias, frágil e manipulado pelas lideranças ao seu redor, mostra-se incapaz de evitar a catástrofe imposta pelos exércitos caldeus, no ano de 587 a.C. Sua morte é um exemplo da violência que se abateu sobre os habitantes, quando Nabucodonosor, em pessoa, comanda seu exército impondo total ruína da província, conforme o relato exposto em 2Rs 25,8-10:

“No quinto mês, no dia sete – era o décimo nono ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia, -, Nabuzardã, comandante da guarda, oficial do rei de Babilônia, fez sua entrada em Jerusalém. Incendiou o Templo de Javé, o palácio real e todas as casas de Jerusalém. E todo o exército caldeu que acompanhava o comandante da guarda destruiu as muralhas que rodeavam Jerusalém”.

Juntamente com a corte do rei Joaquin, Ezequiel parte à região de Tel-Abib, às margens do rio Cobar, afluente do Eufrates, no ano de 597 a.C. Para os redatores do livro dos Reis, dez mil notáveis e mil artesãos – entalhadores, marceneiros, ourives, padeiros – formam a comunidade dos exilados (2Rs 24,14-16), que será nutrida pelas mensagens catequéticas dos profetas Jeremias, Ezequiel e Isaías (Ez 1,3; 3,15-21; 16; 22; Is 42,22-45; 44,9-20; Jr 28,2-17; Sl 137). Mesmo na condição de rei derrotado e deportado, Joaquin e seus mais diretos colaboradores, não perderam seus títulos e nem deixaram de ser tratados como membros da realeza do reino de Judá. Nas escavações arqueológicas de 1930, próximas da porta da deusa Ishtar, foi encontrada uma inscrição com o seguinte registro: “6 litros de óleo para Joaquin, rei da terra de Judá, 2½ litros para os 5 príncipes de Judá e mais 4 litros para os 8 homens de Judá”. O profeta Jeremias indica benevolência ao rei Joaquin sob os comandos do rei Evil-Merodac que “falou-lhe com bondade e lhe concedeu um assento superior ao dos outros reis que estavam com ele na Babilônia” (Jr 52, 31-34).

Com a destruição da cidade e do seu templo, as instâncias de poder deixam de existir, agora, no arrasado reino de Judá.  A interferência bélica babilônica foi precisa e planejada, pois as pequenas e médias cidades, que davam proteção a capital Jerusalém, não foram destruídas. A região de Benjamim e as cidades de Gibeon, Masfa, Betel, Ramat Rahel e Belém, promissoras na produção agrícola, cultivo de oliveiras, criação de ovelhas e tâmaras serão preservadas. Ramat Rahel, Masfa, Belém sediarão importantes centros de arrecadação tributária, produção de cerâmicas, sede de governo regional e subvenção de alimentos, integrando-se ao grande Império.

É nesse contexto de dez anos de governo chefiado por Sedecias, que encontramos a conjuntura social capaz de justificar as denúncias de abandono do “rebanho de Israel”, tão fortemente exposta na profecia de Ezequiel 34,1-16. A falta de tática e honestidade política de Sedecias estão presentes nas palavras do profeta. Pertencente ao grupo de sacerdotes exilados na primeira deportação, não é difícil imaginar que as tratativas espalhafatosas de Sedecias na esfera da administração da província de Judá, não chegaram ao conhecimento do profeta Ezequiel. A elite e seu governante se deixam levar pelos caminhos do assédio político. Inebriados pelas vantagens oferecidas pelo poder, agora, encontram-se cegos diante do sofrimento do povo. Aqui entre a denúncia de Ezequiel contra os pastores de si mesmo instalados em Israel.

O rebanho sofre. Padece por falta de pastor. Encontra-se abandonado e, assim, entregue como alimento às feras do campo que, sem proteção, agora, disperso entre “montes e colinas elevados” (v. 6), amarga os anos vividos no exílio babilônico:

“Ai dos pastores de Israel que pastoreiam a si mesmos! Não é do rebanho que os pastores deveriam cuidar? A gorda [ovelha] vós comeis  e a lã vós vestis a gorda sacrificais, do rebanho não cuidais. As enfraquecidas não fortalecestes, as que adoeceram não procurastes curar, as que se fraturaram, não enfaixastes, as que se dispersaram, não trouxestes de volta, as que se perderam, não fostes procurar, as dominais com violência e brutalidade. Elas se dispersaram, por falta de pastor. E se tornaram alimento para todas as feras dispersas no campo. O meu rebanho se dispersou por todos os montes”. (Ez 34,2-6).

Nota-se que ao descrever a penosa situação do rebanho a insistência no uso do verbo dispersar, três vezes recorrente (v. 5a-b, 6), abre e conclui esta parte da narrativa.  O rebanho sofre. Padece por falta de pastor. Encontra-se abandonado e, assim, entregue como alimento às feras do campo que, sem proteção, agora, disperso entre “montes e colinas elevados” (v. 6), amarga os anos vividos no exílio babilônico.

Sedecias em nada amenizou nas taxas de impostos cobradas junto aos grupos de agricultores e criadores de gados. Na sua estratégia política de aproximação com o Egito, no dia a dia, camponeses e agricultores sentiram o peso das elevadas taxas tributárias. O profeta Jeremias, árduo defensor de uma constante submissão aos planos traçados pelo Império Babilônico às regiões da Síria e Palestina, não só teria alertado, como presenciou anos de forte sofrimento imposto ao povo, durante e após os dias que sucederam a administração de Sedecias:

Os pastores perderam o bom senso e deixaram de procurar Javé. Por isso não tiveram sucesso, e o rebanho que eles conduziam se espalhou. Ouçam o barulho que avança do norte. Ele vem fazer das cidades de Judá um lugar arrasado, um abrigo de chacais. (Jr 10,21-22).

O trabalho de cuidar, oferecer boas pastagens, garantir ao rebanho segurança e água, legitima uma profissão muito conhecida na cultura dos povos mesopotâmicos. A profissão de pastor é compreendida como sinônimo de zelador, cuidador. O sentimento nacional de pertença à realeza exilada, ao deus que os acompanhou mudando sua tenda para junto dos exilados, justificam as severas críticas aos planos gananciosos da classe dirigente de Jerusalém, nos anos vividos pelo profeta Ezequiel.

 

Pe. Frizzo

acfrizzo@uol.com.br

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Artigos CNBB

Entrevista do Secretário Geral da CNBB sobre a recepção do Sínodo no Brasil

O Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam) encerrou sua agenda de Encontros Regionais 2025 na Argentina, com um encontro que reuniu mais de 30 representantes das Conferências  episcopais do Cone Sul. O encontro aconteceu de 24 a 28 de março, em Buenos Aires.

O objetivo principal é identificar as necessidades dos episcopados em relação à sua missão, fortalecer a articulação entre as Igrejas locais e compartilhar o Plano Pastoral 2023-2027 do Celam. Além disso, pretende-se acompanhar a implementação dos clamores que surgiram na Assembleia Eclesial e sua integração no caminho sinodal promovido pelo Papa Francisco.

A Igreja no Brasil assumiu com entusiasmo o processo sinodal, empenhando-se em sua implementação em todas as regiões do país. O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, concedeu uma entrevista para a ADN Celam sobre como a terceira etapa do Sínodo continuará na Igreja do Brasil e como os desafios pastorais serão enfrentados neste caminho sinodal. O portal da CNBB publica a entrevista abaixo na íntegra.

Igreja comprometida com o processo sinodal

A partir de sua experiência na equipe de animação sinodal da CNBB, dom Hoepers aponta como tarefa principal a articulação e continuidade do processo sinodal: “A Igreja do Brasil se comprometeu desde o início com o processo sinodal de uma forma bela, com representações das diferentes regiões do Brasil, respondendo em todas as etapas e compartilhando suas alegrias e tristezas. Hoje o Brasil se sente identificado com o que resultou do processo sinodal”.

Um dos maiores desafios é a aplicação das conclusões do Sínodo na ação evangelizadora: “Talvez o maior desafio seja retomar as conclusões do Sínodo e aplicá-las nas orientações para a ação evangelizadora que serão votadas na próxima Assembleia”, disse ele. Para isso, o exercício sinodal será realizado nas comunidades de base, paróquias e conselhos, adaptando-o à realidade de um país tão grande e diverso como o Brasil.

“O tamanho do Brasil é o nosso maior desafio, mas, ao mesmo tempo, vemos que todas as dioceses estão comprometidas. Com a Assembleia Geral, esperamos fortalecer ainda mais esse retorno e nos comprometemos com o processo sinodal e a Assembleia Eclesial”, acrescentou.

Documento Final do Sínodo no Brasil

A atual fase de implementação requer um trabalho conjunto nos níveis diocesano, regional e nacional: “Em todas as áreas queremos exercer este processo sinodal. É a única maneira pela qual o Brasil pode realmente assumir esse compromisso, desde as bases até os grandes organismos e organizações, das comunidades eclesiásticas, dos missionários às instituições, aos conselhos e, digamos, a todos aqueles que estão comprometidos com a Igreja, todos podem assumir o processo sinodal”, explicou.

Neste contexto, destacou que será feito um trabalho sobre a formação permanente e contínua de líderes na animação do processo sinodal “para que possam motivar as regiões e dioceses a se comprometerem com o processo sinodal. A liderança é o pároco, o coordenador pastoral, o catequista. Então, tudo em chave sinodal, para que possamos sentir também que os líderes são os protagonistas, os jovens são os protagonistas desse processo”, disse.

Da mesma forma, um dos pilares do Sínodo é a inclusão de todas as vozes, especialmente das comunidades mais vulneráveis. Dom Ricardo expressou o valor do aprendizado que a Igreja no Brasil obteve ao se aproximar dos povos tradicionais, comunidades indígenas, presos, setores marginalizados e periferias.

Viver em harmonia com a natureza

“A Igreja no Brasil tem a facilidade de chegar a todos os lugares porque temos comunidades em todos os cantos do país. Isso nos permitiu ouvir e aprender com eles. Os povos tradicionais têm dado grandes lições sobre uma ecologia integral. Uma coisa é falar em defesa da natureza, outra coisa é quem tem sabedoria para entender o significado. Então, esse processo sinodal também nos fez chegar a esses grupos vulneráveis, a esses grupos que estavam distantes”, disse ele.

Além disso, ele enfatizou que este processo sinodal tem sido uma oportunidade de conversão e formação tanto para a Igreja quanto para esses grupos historicamente distantes.

Sinodalidade e Pastoral Familiar

Dom Ricardo, que foi presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, destacou a conexão entre sinodalidade e Pastoral Familiar: “Estamos falando de uma catequese desde o ventre materno, aquele pré-matrimônio em que os noivos se preparam para o sacramento, depois do itinerário nupcial de encontros para perseverar na fé; também sobre a questão dos casos especiais, novas uniões e outras situações que a Igreja acolheu”.

A Pastoral Familiar também deve responder a novas realidades e desafios, como casos de novas uniões e outras situações complexas: “Estamos pensando em itinerários para que a família tenha sempre apoio espiritual em todas as etapas: antes do casamento, durante a vida conjugal e na velhice, onde as relações intergeracionais são fortalecidas”, disse ele.

E afirmou que “a família é a base de tudo e, portanto, uma das prioridades da Igreja no Brasil”.

Presença misericordiosa a quem mais precisa

Referindo-se à crise social e à desigualdade, o secretário-geral da CNBB disse que, no Brasil, essa renovação se traduz em um compromisso com os mais vulneráveis, denunciando as estruturas que perpetuam a injustiça e oferecendo espaços de acolhimento e cura.

Dom Ricardo Hoepers expressou que a Igreja deve ser profética, apontando as raízes da desigualdade e da corrupção que afetam a dignidade de milhões de pessoas: “Há um grande sofrimento, há dor, há uma grande exclusão em nosso país. Os problemas sociais continuam a ser estridentes, têm impacto. A desigualdade corrói nossos relacionamentos. A Igreja será sempre profética a este respeito. Primeiro, denunciando a corrupção e tudo o que é a fonte dessa desigualdade. E em segundo lugar, é a casa que acolhe a todos, que cuida de todos”.

Nas comunidades atingidas pela pobreza, violência ou exclusão, a Igreja torna-se um refúgio, um “hospital de campanha” que oferece acompanhamento e esperança. Das periferias às grandes cidades, sua presença se manifesta em cada gesto de solidariedade e serviço aos esquecidos.

“Onde há dor humana, comunitária, social, há a Igreja. Lá, porque talvez não resolvamos tudo e não é nossa intenção resolvê-lo, mas ser a presença misericordiosa de Jesus Cristo para aqueles que foram esquecidos, invisibilizados, deixados de lado. A Igreja quer ser aquela presença que acolhe e dá apoio a todos aqueles que mais precisam e nunca deixar de lutar por uma sociedade mais justa, mais solidária e mais fraterna”, concluiu.

Com informações ADN Celam 
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Artigos Enfoque Pastoral

Ungidos pelo bálsamo da Alegria (Ez 16,9)

Cristo Jesus ungiu-nos com o óleo da alegria e nos fez participarmos de sua glória. Na Páscoa do Senhor, celebramos o mistério central da nossa fé, somos a cada ano renovados na Misericórdia de Deus, que nos toca com ternura e amor. Neste tempo de graça, o Senhor nos acompanha com muitos sinais pascais em nossa Diocese.

Neste tempo quaresmal o Senhor foi nos curando e preparando para vivermos o tempo pascal, renovados na força de Sua Santa Palavra, que faz arder o coração e nos enche de Alegria com sua presença gloriosa (Lc 24,32). Em várias paróquias de nossa Diocese foram celebradas as missas penitenciais na madrugada, iniciativa pastoral que leva os paroquianos a experiência profunda da oração, jejum e caridade. Também vivemos a Campanha da fraternidade deste ano: “Fraternidade e Ecologia Integral”, presente nas atividades pastorais, como a catequese, grupos de rua e liturgia, com o apelo: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). Vivendo o Jubileu de Esperança, muitas paróquias já estão fazendo sua peregrinação as Igrejas Santuários.

Grandes alegrias e sinais do Ressuscitado na vida de nossa Igreja particular de Guarulhos, que comemorou no dia 16 de março, onze anos sobre a condução Apostólica de Dom Edmilson Amador Caetano, 4º bispo diocesano da diocese de Guarulhos, que no dia 28 de março celebrou 17 anos de sua ordenação episcopal. E nossa Diocese celebrará no dia 5 de abril aniversário de 44 anos de fundação. Muitas alegrias e conquistas o Senhor têm concedido a todos nós! Caminhemos com o Senhor Ressuscitado, que permanece conosco e realiza através de sua Santa Igreja a Salvação dos homens.

Alegremo-nos e exultemos com a presença do Senhor em nossa Diocese, que cuida do seu povo e continua sua obra salvífica por meio de seus ministros e seu povo fiel na obra da evangelização. Que Maria, mãe da Igreja, interceda por todos nós e nos ajude a acolher em nossas vidas o Senhor Ressuscitado.

 

Pe. Marcelo Dias Soares

Coordenador Diocesano de Pastoral

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Artigos Voz do Pastor

Peregrinos da Esperança ou Peregrinos de Esperança? Continuação…

A nossa reflexão continua a do último mês. Seria bom relê-la.

Leia: (Artigo – Março 2025)

Retomemos o texto inspirador do Jubileu da Esperança:

“…justificados pela fé, estamos em paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem tivemos acesso, pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não é só. Nós nos gloriamos também nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a perseverança, a perseverança a virtude comprovada, a virtude comprovada a esperança. E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. (Rm 5,1-5)

O dom infuso da fé não pode estar desunido daquele da esperança. Faz parte do conteúdo da nossa fé gloriar-se “na esperança da glória de Deus”. A adesão e a vivência da nossa fé nos colocam em perspectiva escatológica, pois “se temos esperança em Cristo somente para esta vida, somos os mais dignos de compaixão de todos os homens.” (1Cor 15,19) A vitória de Cristo em tudo e em todos é a esperança que nos move ao combate pela fé a cada dia. Nos faz ter sempre disposição renovada em realizar os sinais de esperança. É a nossa segurança. De fato, uma das imagens mais antigas para indicar a esperança é a âncora. Uma embarcação firmemente ancorada não soçobra mesmo nas mais furiosas tempestades.

A esperança da glória de Deus faz parte do conteúdo da fé exatamente pelo fato de não nos deixar inertes diante da situações que devemos enfrentar com a luz da fé. Entretanto, a virtude teologal da esperança torna-se completa em nós, exatamente, quando nos movemos pela fé, afinal nos recorda o apóstolo Tiago que a fé sem obras é morta. Esta é uma forma de entendermos a continuidade do texto da carta aos Romanos: “E não é só. Nós nos gloriamos também nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a perseverança, a perseverança a virtude comprovada, a virtude comprovada a esperança.”

Para “ativar” em nós a virtude teologal infusa da esperança não podemos deixar-nos cair no imobilismo diante das respostas que somos chamados a dar, nas mais variadas e adversas situações. Combater pela fé e defender a fé fazem parte desta “ativação”.

O pecado da omissão, nas palavras, nas atitudes e nos atos, nos impede de ser Peregrinos de Esperança.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.

Bispo diocesano

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Artigos Editorial

Recuperar e sustentar a Esperança é a Missão da Igreja no Mundo!

Caríssimos peregrinos e peregrinas de esperança, nesta edição a palavra esperança ganha destaque em todos os artigos seja de forma direta, ou indiretamente, com a finalidade de animar nossa caminhada terrena em meio a tantas situações de desesperança.

Aliás “esperançar” é uma expressão utilizada pelo Papa Francisco que diz: “O cristão não pode contentar-se com ter esperança; deve também irradiar esperança, ser semeador de esperança”. Assim é o que reforça Dom Edmilson Amador Caetano com sua voz de pastor e mensagem de Páscoa para a cidade de Guarulhos. Pastoralmente, a esperança se renova também nas diversas atividades elencadas pelo coordenador diocesano de pastoral. Nos chama atenção de maneira especial o evento 24 horas para o Senhor que têm por objetivo: “voltar a colocar no centro da vida pastoral da Igreja, portanto das nossas comunidades, das nossas paróquias, de todas as realidades eclesiais, o sacramento da reconciliação. Este é o centro da mensagem evangélica: a Misericórdia de Deus, que nos dá a certeza de que diante do Senhor ninguém encontrará um juiz, mas sim um pai que acolhe, consola e indica também o caminho para a renovação. Portanto, como afirmou o Papa Francisco, «a misericórdia suscita alegria, porque o coração se abre à esperança duma vida nova». (Misericordia et misera, nº 3).”

Infelizmente nem todas as pessoas devido a proporção do problema e questões psicológicas, conseguem ver os sinais de esperança em sua vida, por isso entram em desespero, intensificando o sofrimento e gerando consequências dolorosas da perca do sentido da vida, por isso é fundamental a iniciativa de “Um plantão para a vocação” desenvolvido pelo serviço de animação vocacional da diocese. É necessário parar, olhar, acolher, escutar e orientar as pessoas. Esse caminho também deve ser percorrido diante das dificuldades especialmente dos adolescentes em sua relação com as redes sociais, como alerta o psicólogo Romildo Almeida em seu artigo sobre uma série da Netflix, plataforma muito conhecida em nossos lares. A missão de recuperar a esperança através da busca de relações verdadeiras, saudáveis e reais é urgente na sociedade em que vivemos.

A você eu faço um apelo: gaste tempo dando atenção ao outro, e lembre-se você não precisa ser um profissional da psicologia, psiquiatria ou agente de pastoral, basta ser alguém disposto a viver e querer que os outros vivam. E para nós que somos Igreja e de Igreja, recuperar a esperança é percorrer o caminho sinodal de comunhão, participação e missão, afinal “ A Igreja existe para testemunhar ao mundo o acontecimento decisivo da história: a Ressurreição de Jesus. O Ressuscitado traz a paz ao mundo e nos dá o dom do seu Espírito. Cristo vivo é a fonte da verdadeira liberdade, o fundamento da esperança que não engana, a revelação do verdadeiro rosto de Deus e o destino último do homem. Os Evangelhos nos dizem que, para entrar na fé pascal e nos tornarmos testemunhas dela, é necessário reconhecer o próprio vazio interior, as trevas do medo, da dúvida e do pecado. Mas aqueles que, na escuridão, têm a coragem de sair e de pôr-se á procura descobrem, na realidade, que são procurados, chamados pelo nome, perdoados e enviados juntos aos irmãos e às irmãs.” (n.14 do Documento Final do Sínodo dos Bispos).

Desejo a todos uma bela experiência pessoal e comunitária da fé na Semana Santa e Feliz Páscoa com plena renovação da esperança.

Padre Marcos Vinicius Clementino

Jornalista e Diretor Geral

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Cáritas Destaques Diocese Movimentos Diocesanos

Assembleia Extraordinária da Cáritas Diocesana de Guarulhos

Na segunda-feira, 31 de março, a Cáritas da Diocese de Guarulhos, em consonância com seu estatuto social reuniu seus membros para a Assembleia Geral Extraordinária.,

Com o compromisso de transparência e fortalecimento de nossa missão, e após o momento de oração, o Sr. Lucio Luciano (Diretor presidente) deu início a reunião com as apresentações das prestações de contas, relatórios de atividades, balanços contábeis, assuntos deliberativos, orientações estratégicas da organização e as áreas de atuação, bem como apresentação do planejamento para o ano de 2025, objetivando ampliar ainda mais o trabalho deste organismo, que tem como missão o apoio aos mais vulneráveis.

A assembleia contou com a presença do presidente do conselho deliberativo Dom Edmilson Amador Caetano e todos membros do conselho deliberativo, diretoria e conselho fiscal. Além disso, marcaram presença os novos integrantes da equipe: o Sr. Claudiney Patrício (coord. da Pastoral Social do Santuário Nossa Senhora do Bonsucesso), Diácono Marcos Candido, Diácono Calixto e Diácono Silvio.

A Cáritas Diocesana de Guarulhos atua em diversas frentes, incluindo o acompanhamento de famílias em situação de vulnerabilidade, na promoção da segurança alimentar, e apoio a vários projetos de inclusão social, sempre na defesa dos direitos humanos e na construção de um mundo mais justo e solidário.

Dom Edmilson Amador Caetano encerrou a assembleia com momento de oração e agradeceu a participação de todos.

“A Cáritas é uma forma de fazer resplandecer a caridade e a justiça no mundo, à luz do Evangelho e do ensinamento da Igreja”. Papa Francisco.

Confira alguns registros da assembleia:

Assembleia Extraordinária da Cáritas
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Destaques Diocese Movimentos Diocesanos

Peregrinação Jubilar do “Mundo Missionário”

Na tarde de sábado, 29 de março, fiéis representando todas as forças missionárias da Diocese de Guarulhos – COMIDI, COMIPAS, IAM, COMISE, GRUPO DE RUA, MINISTÉRIO DA VISITAÇÃO, VIDA RELIGIOSA E CONSAGRADA- se reuniram no Santuário Bom Jesus da Cabeça, no Cabuçu, um dos locais de peregrinação para o ano santo, para celebrar o “JUBILEU DO MUNDO MISSIONÁRIO” e assim bem celebrar e colher as graças particulares deste ano santo.

A Peregrinação iniciou com a leitura da Bula de Proclamação do Ano Santo e depois subimos cantando o Salmo 83 indo ao encontro do Santuário como Peregrinos de Esperança para a Santa Missa ápice e centro da nossa Fé que foi presidida pelo nosso Bispo Diocesano Dom Edmilson e concelebrada com Padre Guilherme Rodrigo, Assessor Diocesano do COMIDI. Foi um momento renovador de Fé e Compromisso missionário.

Deus seja louvado!

Confira alguns registros da peregrinação:

Peregrinação Jubilar - COMIDI
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Paróquias da Diocese rezam e celebram as 24 Horas para o Senhor

Nos dias 28 e 29 de março, as paróquias de nossa Diocese estiveram reunidas em oração, juntamente com todas as paróquias do Brasil e no Mundo para as 24 Horas para o Senhor, evento que acontece anualmente em diversas dioceses ao redor do mundo e é um chamado especial do Papa Francisco para que os fiéis vivenciem um tempo de encontro com Deus através da oração, da Eucaristia e do Sacramento da Reconciliação.

Durante as “24 Horas para o Senhor”, os fiéis tiveram a oportunidade de participar de momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento, confissões e orações. O Santuário permaneceu aberto durante toda a noite, oferecendo um espaço de acolhimento e encontro com a fé.

A iniciativa “24 horas para o Senhor”, um momento de oração e reconciliação durante o período da Quaresma desejado pelo próprio Papa Francisco, e foi realizada neste ano simultaneamente com o Jubileu dos Missionários da Misericórdia que começou em 28 de março. Uma ocasião, como reitera o Pontífice na Bula de proclamação jubilar, para que todos “reanimem a esperança”. Uma esperança, acrescenta dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, que vem de Deus, já que “Ele sustenta a vida” e “é o primeiro ponto de referência para uma abordagem coerente” sobre “o cenário da misericórdia e do perdão pleno e total” oferecido através da indulgência a “todos aqueles que desejam a conversão do coração”.

De fato, o perdão é o sinal do amor porque nos é oferecido como dom gratuito que nos permite viver uma vida nova, “misericordiosa”, como afirma o Papa Francisco. O Jubileu, assim, é o momento propício para receber a graça da indulgência e as “24 horas para o Senhor” testemunham isso. Para a XII edição da iniciativa neste ano, o lema será «Tu és a minha esperança» (Sl 71,5), escolhido pelo Pontífice.

Confira as fotos de algumas paróquias que vivenciaram as 24 Horas para o Senhor em nossa Diocese:

24 Horas para o Senhor na Diocese
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Dom Edmilson realiza abertura das 24 Horas para o Senhor e comemora 17 anos de Ordenação Episcopal

O Santuário São Judas Tadeu, em Guarulhos, abriu suas portas para as “24 Horas para o Senhor”, um evento de oração, adoração e reconciliação que se estendeu até a noite de sábado. A abertura da jornada foi marcada por uma Missa Solene, presidida por Dom Edmilson Caetano, bispo da Diocese de Guarulhos, que celebrou, nesta sexta-feira, seu 17º aniversário de ordenação episcopal.

A celebração contou com a presença do pároco e reitor do Santuário, Pe. Cleber Leandro, do vigário, Pe. Willian Jr. e do Pe. José Borges, que concelebraram a missa. O seminarista  Victor de Menezes também acompanhou Dom Edmilson, evidenciando a solenidade do momento.

Em sua homilia, Dom Edmilson destacou a importância da misericórdia e do convite à conversão, ressaltando que as “24 Horas para o Senhor” são um tempo propício para fortalecer a fé e buscar a proximidade com Deus.

“Este é um momento de graça, onde podemos nos encontrar com o amor misericordioso de Deus e renovar nossa caminhada de fé”, afirmou o bispo.

O evento, que acontece anualmente em diversas dioceses ao redor do mundo, é um chamado especial do Papa Francisco para que os fiéis vivenciem um tempo de encontro com Deus através da oração, da Eucaristia e do Sacramento da Reconciliação. No Santuário São Judas Tadeu, todas as missas do dia foram dedicadas ao padroeiro, São Judas Tadeu, fortalecendo a devoção ao santo das causas impossíveis.

Durante as “24 Horas para o Senhor”, os fiéis tiveram a oportunidade de participar de momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento, confissões e orações. O Santuário permaneceu aberto durante toda a noite, oferecendo um espaço de acolhimento e encontro com a fé.

A celebração do 17º aniversário de episcopado de Dom Edmilson Caetano acrescentou um significado especial ao evento, reunindo a comunidade em oração e gratidão pelo seu pastoreio.

Confira alguns registros da celebração:

24 Horas para o Senhor e 17 Anos de Episcopado de Dom Edmilson
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Destaques Diocese

Encontro dos Diáconos Permanentes com o Bispo Diocesano

Na noite do dia 26 de março, aconteceu no Centro Diocesano de Pastoral a primeira reunião dos diáconos permanentes em 2025 com a presença do Bispo Diocesano de Guarulhos, Dom Edmilson Amador Caetano, e o Vigário Episcopal para o diaconado permanente, Padre Carlos Vicente de Lima.

O encontro foi um momento de comunhão e partilha, reforçando a missão dos diáconos no serviço à Igreja e ao povo de Deus.

Maria Santíssima, Mãe da Igreja e São Lourenço, rogai por nós!