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Nota de Pesar da Diocese de Guarulhos pelo falecimento do Papa Francisco

Queridos irmãos e irmãs, Paz!

Fomos surpreendidos na manhã desta segunda-feira, 21 de abril, com a ida para o Pai do nosso querido Papa Francisco. Apesar da sua débil saúde, pudemos vê-lo ontem aparecer na benção Urbi et Orbe na Praça de São Pedro.

Tantas coisas podem e devem ser ditas destes 12 anos de Ministério Petrino do Papa Francisco. Um ministério que foi, ao mesmo tempo, crtiticado, perseguido, elogiado. Um Ministério, principalmente, que tem gerado em mim e na Igreja, uma caminhada de conversão pastoral. Diria mesmo que o seu legado, no momento, é incomensurável. No entanto, a nós, como Igreja, ultimamente, nos deixou a missão de implementação das diretrizes deixadas pelo último sínodo dos bispos: comunhão, participação e missão. Seremos fiéis a missão que a Igreja continua a ter nesta nossa geração. Em breve teremos um novo Papa. Não sabemos agora quem será. Contudo, seremos fiéis na comunhão apostólica com o sucessor de Pedro, sempre.

A Diocese de Guarulhos, unida ao Santo Povo de Deus em todo o mundo, manifesta seu profundo pesar pelo falecimento de Sua Santidade, o Papa Francisco, ocorrido na data de hoje, 21 de abril de 2025.

Homem de fé inabalável, pastor incansável e verdadeiro testemunho do Evangelho, o Papa Francisco deixa um legado marcado pela simplicidade, misericórdia e compromisso com os pobres, com a paz e com a Casa Comum. Seu pontificado foi um sinal vivo da presença de Cristo no mundo contemporâneo, desafiando-nos a viver uma Igreja em saída, sinodal e profundamente humana.

Neste momento de dor e saudade, nos unimos em oração pela alma do Santo Padre, confiando-o à misericórdia de Deus Pai, na esperança da ressurreição. Suplicamos ao Senhor que conforte toda a Igreja e conduza o colégio dos cardeais na missão de eleger seu sucessor, segundo a vontade divina.

A Diocese de Guarulhos, sob a proteção da Imaculada Conceição, permanece em oração.

Descanse na paz do Senhor e a Luz perpétua brilhe sobre ele!

“O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo 10,11).

Guarulhos, 21 de abril de 2025.

 

+ Edmilson Amador Caetano, O.Cist.
Bispo diocesano de Guarulhos

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Entrevista do Secretário Geral da CNBB sobre a recepção do Sínodo no Brasil

O Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam) encerrou sua agenda de Encontros Regionais 2025 na Argentina, com um encontro que reuniu mais de 30 representantes das Conferências  episcopais do Cone Sul. O encontro aconteceu de 24 a 28 de março, em Buenos Aires.

O objetivo principal é identificar as necessidades dos episcopados em relação à sua missão, fortalecer a articulação entre as Igrejas locais e compartilhar o Plano Pastoral 2023-2027 do Celam. Além disso, pretende-se acompanhar a implementação dos clamores que surgiram na Assembleia Eclesial e sua integração no caminho sinodal promovido pelo Papa Francisco.

A Igreja no Brasil assumiu com entusiasmo o processo sinodal, empenhando-se em sua implementação em todas as regiões do país. O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, concedeu uma entrevista para a ADN Celam sobre como a terceira etapa do Sínodo continuará na Igreja do Brasil e como os desafios pastorais serão enfrentados neste caminho sinodal. O portal da CNBB publica a entrevista abaixo na íntegra.

Igreja comprometida com o processo sinodal

A partir de sua experiência na equipe de animação sinodal da CNBB, dom Hoepers aponta como tarefa principal a articulação e continuidade do processo sinodal: “A Igreja do Brasil se comprometeu desde o início com o processo sinodal de uma forma bela, com representações das diferentes regiões do Brasil, respondendo em todas as etapas e compartilhando suas alegrias e tristezas. Hoje o Brasil se sente identificado com o que resultou do processo sinodal”.

Um dos maiores desafios é a aplicação das conclusões do Sínodo na ação evangelizadora: “Talvez o maior desafio seja retomar as conclusões do Sínodo e aplicá-las nas orientações para a ação evangelizadora que serão votadas na próxima Assembleia”, disse ele. Para isso, o exercício sinodal será realizado nas comunidades de base, paróquias e conselhos, adaptando-o à realidade de um país tão grande e diverso como o Brasil.

“O tamanho do Brasil é o nosso maior desafio, mas, ao mesmo tempo, vemos que todas as dioceses estão comprometidas. Com a Assembleia Geral, esperamos fortalecer ainda mais esse retorno e nos comprometemos com o processo sinodal e a Assembleia Eclesial”, acrescentou.

Documento Final do Sínodo no Brasil

A atual fase de implementação requer um trabalho conjunto nos níveis diocesano, regional e nacional: “Em todas as áreas queremos exercer este processo sinodal. É a única maneira pela qual o Brasil pode realmente assumir esse compromisso, desde as bases até os grandes organismos e organizações, das comunidades eclesiásticas, dos missionários às instituições, aos conselhos e, digamos, a todos aqueles que estão comprometidos com a Igreja, todos podem assumir o processo sinodal”, explicou.

Neste contexto, destacou que será feito um trabalho sobre a formação permanente e contínua de líderes na animação do processo sinodal “para que possam motivar as regiões e dioceses a se comprometerem com o processo sinodal. A liderança é o pároco, o coordenador pastoral, o catequista. Então, tudo em chave sinodal, para que possamos sentir também que os líderes são os protagonistas, os jovens são os protagonistas desse processo”, disse.

Da mesma forma, um dos pilares do Sínodo é a inclusão de todas as vozes, especialmente das comunidades mais vulneráveis. Dom Ricardo expressou o valor do aprendizado que a Igreja no Brasil obteve ao se aproximar dos povos tradicionais, comunidades indígenas, presos, setores marginalizados e periferias.

Viver em harmonia com a natureza

“A Igreja no Brasil tem a facilidade de chegar a todos os lugares porque temos comunidades em todos os cantos do país. Isso nos permitiu ouvir e aprender com eles. Os povos tradicionais têm dado grandes lições sobre uma ecologia integral. Uma coisa é falar em defesa da natureza, outra coisa é quem tem sabedoria para entender o significado. Então, esse processo sinodal também nos fez chegar a esses grupos vulneráveis, a esses grupos que estavam distantes”, disse ele.

Além disso, ele enfatizou que este processo sinodal tem sido uma oportunidade de conversão e formação tanto para a Igreja quanto para esses grupos historicamente distantes.

Sinodalidade e Pastoral Familiar

Dom Ricardo, que foi presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, destacou a conexão entre sinodalidade e Pastoral Familiar: “Estamos falando de uma catequese desde o ventre materno, aquele pré-matrimônio em que os noivos se preparam para o sacramento, depois do itinerário nupcial de encontros para perseverar na fé; também sobre a questão dos casos especiais, novas uniões e outras situações que a Igreja acolheu”.

A Pastoral Familiar também deve responder a novas realidades e desafios, como casos de novas uniões e outras situações complexas: “Estamos pensando em itinerários para que a família tenha sempre apoio espiritual em todas as etapas: antes do casamento, durante a vida conjugal e na velhice, onde as relações intergeracionais são fortalecidas”, disse ele.

E afirmou que “a família é a base de tudo e, portanto, uma das prioridades da Igreja no Brasil”.

Presença misericordiosa a quem mais precisa

Referindo-se à crise social e à desigualdade, o secretário-geral da CNBB disse que, no Brasil, essa renovação se traduz em um compromisso com os mais vulneráveis, denunciando as estruturas que perpetuam a injustiça e oferecendo espaços de acolhimento e cura.

Dom Ricardo Hoepers expressou que a Igreja deve ser profética, apontando as raízes da desigualdade e da corrupção que afetam a dignidade de milhões de pessoas: “Há um grande sofrimento, há dor, há uma grande exclusão em nosso país. Os problemas sociais continuam a ser estridentes, têm impacto. A desigualdade corrói nossos relacionamentos. A Igreja será sempre profética a este respeito. Primeiro, denunciando a corrupção e tudo o que é a fonte dessa desigualdade. E em segundo lugar, é a casa que acolhe a todos, que cuida de todos”.

Nas comunidades atingidas pela pobreza, violência ou exclusão, a Igreja torna-se um refúgio, um “hospital de campanha” que oferece acompanhamento e esperança. Das periferias às grandes cidades, sua presença se manifesta em cada gesto de solidariedade e serviço aos esquecidos.

“Onde há dor humana, comunitária, social, há a Igreja. Lá, porque talvez não resolvamos tudo e não é nossa intenção resolvê-lo, mas ser a presença misericordiosa de Jesus Cristo para aqueles que foram esquecidos, invisibilizados, deixados de lado. A Igreja quer ser aquela presença que acolhe e dá apoio a todos aqueles que mais precisam e nunca deixar de lutar por uma sociedade mais justa, mais solidária e mais fraterna”, concluiu.

Com informações ADN Celam 
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CNBB divulga nota sobre os ataques à Lei da Ficha Limpa no Congresso Nacional

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio do seu Conselho Permanente, divulgou nesta terça-feira, 18/3, uma nota na qual demonstra perplexidade e indignação diante das propostas de mudanças da Lei da Ficha Limpa no Congresso Nacional.

O Senado pode votar, nesta terça-feira, o projeto de lei que altera a Lei Complementar nº 135 de 2010, mais conhecida como Lei da Ficha Limpa. A proposta, que muda regras da lei de iniciativa popular, já foi aprovada por deputados federais.

A proposta a ser votada determina, entre outras alterações na Lei, que políticos cassados e condenados não poderão se eleger por oito anos contados da condenação, prazo menor do que o previsto atualmente, que é contado a partir do final da pena ou da pena ou mandato.

O que diz a CNBB

A nota da CNBB reafirma que a Lei da Ficha Limpa é “uma das mais importantes conquistas democráticas da sociedade brasileira, um patrimônio do povo e importante conquista da ética na política”

A lei, segundo os membros do Conselho Permanente da CNBB, é fruto da mobilização de milhões de brasileiros e brasileiras convidados à participação por dezenas de organizações sociais e Igrejas, foi aprovada por unanimidade pelas duas Casas Legislativas em 2010. Conhecida em todo o país, representa um marco na luta contra a corrupção. O texto reforço um trecho da Fratelli Tutti, sobre a política: “É necessário uma política melhor, a política colocada ao serviço do verdadeiro bem comum” (Papa Francisco, Fratelli Tutti, n. 154).

Segundo o documento, as mudanças contidas nesses PLPs desfiguram os principais mecanismos de proteção da Lei da Ficha Limpa ao beneficiar especialmente aqueles condenados por crimes graves, cuja inelegibilidade poderá ser reduzida ou mesmo anulada antes do cumprimento total das penas.

“Além disso, as mudanças pretendidas isentam quem praticou os abusos de poder político e econômico, e enfraquecem o combate às práticas corruptas que comprometem a democracia brasileira”, afirma um trecho do documento.

Acesse a nota na íntegra:
Nota da CNBB sobre os ataques à Ficha Limpa

 

O papel da CNBB na aprovação da Lei

A Igreja Católica no Brasil, liderada pela CNBB e pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), desempenhou um papel fundamental na mobilização popular que coletou 90% das 1,6 milhão de assinaturas necessárias para propor a lei de iniciativa popular que resultou na Lei da Ficha Limpa. A lei foi aprovada em maio de 2010 por unanimidade no Senado Federal.

A lei proíbe que políticos condenados em decisões colegiadas de segunda instância possam se candidatar, mesmo que ainda exista possibilidade de recursos. Também torna inelegível por oito anos um candidato que tiver o mandato cassado ou renunciar para evitar a cassação.

Aprovada em 2010, a Lei da Ficha Limpa alterou a legislação de inelegibilidade, criada em 1990, estabelecendo regras mais rígidas para impedir que políticos condenados por crimes, como corrupção e abuso de poder, disputem as eleições. Atualmente, a lei prevê que políticos condenados fiquem inelegíveis por oito anos.

Fonte: Portal CNBB.org.br

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Movimento Laudato Si’ lança curso online gratuito para formação de Animadores Laudato Si’

O Movimento Laudato Si’, uma rede global dedicada à promoção e mobilização dos princípios da Encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado com a nossa Casa Comum, está lançando mais uma edição do programa de Animadores Laudato Si’. O objetivo do curso, que terá início no dia 27 de agosto, é capacitar lideranças locais para cuidar da Criação.

A formação, que será totalmente gratuita e disponível no formato virtual, fornece aos participantes conhecimentos abrangentes sobre a ecologia integral, justiça socioambiental, ecoteologia e espiritualidade ecológica. Além disso, os participantes aprenderão sobre ações práticas que podem ser implementadas em suas comunidades para proteger o meio ambiente e promover um estilo de vida mais sustentável.

Além do processo formativo, os Animadores Laudato Si’ se tornam parte de uma comunidade global comprometida com a promoção da ecologia integral e o cuidado da nossa casa comum. Esta rede global oferece apoio mútuo, compartilhamento de recursos e colaboração em projetos ambientais. Segundo Rabeca Peres, Animadora Laudato Si’ do Rio Grande do Sul, “o curso me proporcionou maior conscientização sobre as causas da crise climática/crise socioambiental. Sinto-me desafiada, cada vez mais no meu cotidiano, a viver uma conversão ecológica, a ouvir o grito dos pobres e da mãe terra, e me comprometer cada vez mais, coletivamente, a agir como discípula de Jesus colaborando pelo cuidado da nossa casa comum. Semeando junto com outros saberes e grupos sementes de justiça e paz para novas e futuras gerações.”

Esse programa é promovido pelo Movimento Laudato Si’, com o apoio do Centro Bíblico Teológico Pastoral para a América Latina e Caribe (CEBITEPAL) do Conselho Episcopal Latinoamericano e Caribenho (CELAM), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, e representa um esforço colaborativo para capacitar lideranças em todo o mundo a agir em prol da justiça socioambiental e da proteção da Criação. As inscrições para o curso já estão abertas e podem ser feitas através da plataforma vivalaudatosi.thinkific.com

Esta é uma oportunidade única para aqueles que desejam se tornar agentes de mudança em suas comunidades e responder ao chamado do Papa Francisco para cuidar do planeta e de todos os seres vivos que nele habitam. Junte-se ao Movimento Laudato Si’ e seja parte da solução para os desafios socioambientais enfrentados pela humanidade hoje.

Confira a Carta de Solicitação de Apoio Oficial do Movimento:

Carta de Solicitação de Apoio

Contatos

Curso de Animadores Laudato Si’: mayra@laudatosimovement.org

Imprensa: leticia@laudatosimovement.org

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Papa Francisco envia mensagem para a Campanha da Fraternidade: “louvo o esforço em propor o tema da ecologia”

O Papa Francisco enviou sua mensagem à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por ocasião da Campanha da Fraternidade 2025. No texto, ele felicita a Conferência dos Bispos pela realização da Campanha, há mais de 60 anos. Francisco também louvou o “esforço em propor o tema da ecologia, junto à desejada conversão pessoal a Cristo”.

“Que todos nós possamos, com o especial auxilio da graça de Deus neste tempo jubilar, mudar nossas convicções e práticas para deixar que a natureza descanse das nossas explorações gananciosas”, disse Francisco.

Confira a mensagem na íntegra abaixo. Para baixar o arquivo, clique aqui.

 

Queridos irmãos e irmãs do Brasil,

Com este dia de jejum, penitência e oração, iniciamos a Quaresma deste Ano Jubilar da Encarnação. Nesta ocasião, desejo manifestar a minha proximidade à Igreja peregrina nessa Nação e felicitar os meus irmãos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil pela iniciativa da Campanha da Fraternidade, que se repete há mais de 60 anos e que neste ano tem como tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e como lema a passagem da Escritura na qual, contemplando a obra da criação, “Deus viu que tudo era muito bom” (cf. Gn 1,31).

Com a Campanha da Fraternidade, os bispos do Brasil convidam todo o povo brasileiro a trilhar, durante a Quaresma, um caminho de conversão baseado na Carta Encíclica Laudato Si’, que publiquei há quase 10 anos, em 24 de maio de 2015, e que senti necessidade de complementar com a Exortação Apostólica Laudate Deum, de 4 de outubro de 2023.

Nestes documentos, quis chamar a atenção de toda a humanidade para a urgência de uma necessária mudança de atitude em nossas relações com o meio ambiente, recordando que a atual «crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior» (Laudato Si’, 217). Neste sentido, o meu predecessor de venerável memória, São João Paulo II, já alertava que era «preciso estimular e apoiar a “conversão ecológica”, que tornou a humanidade mais sensível» (Audiência, 17 de janeiro de 2001) ao tema do cuidado com a Casa Comum.

Por isso, louvo o esforço da Conferência Episcopal em propor mais uma vez como horizonte o tema da ecologia, junto à desejada conversão pessoal de cada fiel a Cristo. Que todos nós possamos, com o especial auxilio da graça de Deus neste tempo jubilar, mudar nossas convicções e práticas para deixar que a natureza descanse das nossas explorações gananciosas.

O tema da Campanha da Fraternidade deste ano expressa também a disponibilidade da Igreja no Brasil em dar a sua contribuição para que, durante a COP 30 do próximo mês de novembro, que se realizará em Belém do Pará, no coração da querida Amazônia, as nações e os organismos internacionais possam comprometer-se efetivamente com práticas que ajudem na superação da crise climática e na preservação da obra maravilhosa da Criação, que Deus nos confiou e que temos a responsabilidade de transmitir às futuras gerações.

Desejo que esse itinerário quaresmal dê muitos frutos e nos encha a todos de Esperança, da qual somos peregrinos neste Jubileu. Faço votos que a Campanha da Fraternidade seja novamente um poderoso auxílio para as pessoas e comunidades desse amado País no seu processo de conversão ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e de compromisso concreto com a Ecologia Integral.

Confiando estes votos aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida, concedo de bom grado a Bênção Apostólica a todos os filhos e filhas da querida nação brasileira, de modo especial àqueles que se empenham no cuidado com a Casa Comum, pedindo que continuem a rezar por mim.

Roma, São João de Latrão, 11 de fevereiro de 2025, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes.

 

Franciscus

Fonte: Portal CNBB.org.br

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Tempo de oração pela saúde do Papa Francisco

“Testemunha dos sofrimentos de Cristo” (1Pd 5, 1).

Queridos irmãos no episcopado,
A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tendo ouvido o Conselho Episcopal de Pastoral (CONSEP), reunido em Brasília, une-se às preces do povo de Deus em fervorosas orações e propõe aos bispos do Brasil um tempo de oração, nos próximos dias, pela plena recuperação de saúde do Papa Francisco.

Sugerimos que as comunidades espalhadas pelo Brasil sejam incentivadas a viverem este tempo de oração, sobretudo, nas Celebrações da Eucaristia e da Palavra, com uma intenção especial pela saúde do Papa.

A Comissão Episcopal de Liturgia da CNBB, sugere o acréscimo de uma intenção nas Orações dos Fiéis em todas as celebrações, conforme proposta indicada:

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Pastoral Familiar da Diocese participa da XIII Assembleia do Regional Sul 1 da CNBB

Nos dias 14, 15 e 16 de fevereiro, em São Pedro, interior de São Paulo, aconteceu a XIII Assembleia do Regional Sul1 da Pastoral familiar.

Estiveram entre os membros o assessor, Pe. Jonas, o casal coordenador, Eduardo e Andrea, o casal vice, Lauro e Cíntia. Foram dias de aprendizado e crescimento para o trabalho pastoral com as famílias. Estiveram presentes norteando os temas, Dom Rogério Augusto, bispo auxiliar da arquidiocese São Paulo e bispo referencial para comissão episcopal Vida e família, e o padre Rodolfo, assessor nacional da comissão vida e família da CNBB.

Confira algumas fotos da Participação da Pastoral na assembleia:

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Catequista da Diocese de Guarulhos é instituída no Ministério de Leitor pelo Papa Francisco

No último domingo, dia 26, a Basílica de São Pedro, no Vaticano, foi palco de um momento histórico e emocionante. Durante a celebração presidida pelo Papa Francisco, 40 leigos de 11 nacionalidades foram instituídos no Ministério de Leitor, entre eles a catequista Maria Cristina da Silva, leiga da Diocese de Guarulhos.

A instituição aconteceu no rito realizado logo após a proclamação do Evangelho. Diante do Santo Padre, os novos leitores assumiram publicamente a missão de proclamar e testemunhar a Palavra de Deus, um serviço essencial para a Igreja.

Maria Cristina, membro da Paróquia São Paulo Apóstolo, em Guarulhos, expressou a alegria e o compromisso ao receber esta importante missão.

“Estou me sentindo muito feliz e fortalecida para continuar a missão de proclamar, testemunhar e ensinar a Palavra. Hoje, diante dos desafios que o mundo apresenta, fazer ecoar a Palavra é essencial para não perdermos a esperança de uma nova realidade configurada em Cristo”, afirmou.

Além de Maria Cristina, outros três brasileiros também foram instituídos no Ministério de Leitor: Marcelo Mito, da Arquidiocese de Porto Alegre (RS); Lucimara Trevizan, da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG); e Venilde Duarte da Silva, da Diocese de Bonfim (BA).

Em sua mensagem aos fiéis, Maria Cristina destacou a importância da missão de anunciar a Palavra de Deus com alegria e fé. “Quero dizer aos meus irmãos da Paróquia São Paulo Apóstolo, da Diocese de Guarulhos, da Sub-Região São Paulo e do Regional Sul 1, que somos peregrinos de esperança. Anunciar e testemunhar a Palavra com fé e alegria é a nossa missão, é ser cristão. E como diz meu padroeiro: ‘Ai de mim se eu não anunciar a Palavra’ (1Cor 9,16). Deixo meu abraço a todos na pessoa do meu pároco, Pe. Marcos Alves”, concluiu.

Este momento reflete o apelo do Papa Francisco por uma Igreja cada vez mais missionária e comprometida com a evangelização, destacando o protagonismo dos leigos na vida eclesial. Que a Palavra continue ecoando nos corações e transformando vidas.

Fotos arquivo pessoal de Maria Cristina

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Brasileiros contam suas expectativas para receber do Papa o ministério do Leitorado no Domingo da Palavra

O próximo domingo, 26 de janeiro, marca a celebração doVI Domingo da Palavra de Deus, dia instituído pelo Santo Padre para recordar a importância das Sagradas Escrituras. O lema desta edição é um versículo do Salmo 119: “Espero na tua Palavra”.

O Papa irá presidir a celebração da missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, às 9h30 do horário italiano, 5h30 do horário de Brasília. Ao final da liturgia, será entregue o Evangelho de Lucas aos presentes com a intenção, que já se tornou uma tradição, de divulgar a Palavra de Deus de forma tangível. Cada um deles, de acordo com o rito, receberá também um exemplar da Bíblia Nova Vulgata.

Durante a celebração, o Papa irá conferir o ministério do Leitorado a 40 fiéis leigos, homens e mulheres, de diferentes nações. 4 deles são brasileiros escolhidos pela CNBB. O portal da CNBB conversou com eles para saber como estão se preparando para este momento e quais as suas expectativas para o encontro com o Santo Padre.

“Mergulhar no imenso amor de Deus”

Há 39 anos servindo a Igreja como catequista na diocese de Guarulhos, a Maria Cristina da Silva está animada com a viagem que vai lhe permitir receber do Santo Padre o ministério do Leitorado. “Saber que posso configurar minha vida a Cristo e mergulhar no imenso amor de Deus, mesmo diante das contradições que o mundo apresenta, me motiva na minha missão”, disse.

Ela atua na comunidade Santa Dulce dos Pobres-Chatuba, como coordenadora da Comissão Bíblico-Catequética da Sub-Região de São Paulo, participa da Comissão de mesmo nome no regional Sul 1 da CNBB e é coordenadora diocesana da catequese na diocese de Guarulhos. No 16 de de janeiro, o bispo de Guarulhos, dom Edimilson Amador Caetano, realizou uma missa na paróquia São Paulo Apóstolo, em Guarulhos, para enviá-la à  Santa Sé.

“A Palavra não é minha”

O Marcelo Meireles Mito, de 49 anos, nasceu em Porto Alegre.  É Licenciado e Bacharel em Filosofia, pós-graduado em Liturgia, vive sua vida religiosa na paróquia Santo Inácio de Loyola, no bairro Humaitá em Porto Alegre. É catequista desde os 16 anos e atualmente catequista de adultos e de Batismo.

O catequista gaúcho acredita que é uma Graça de Deus a oportunidade de receber o Ministério de Leitor diretamente do Papa Francisco. “Vivo este momento em pleno espírito de humildade e serviço. A escolha não é para mim motivo de honra ou merecimento, mas é Graça, e Graça é de graça”, disse.

Marcelo fez sua caminhada eclesial sempre ligado ao serviço da liturgia e da catequese e ressalta que representa com alegria os leigos brasileiros e, ainda, que no exercício do Ministério de Leitor que irá receber, buscará cumprir sempre com a missão do anúncio da Palavra de Deus:

“Procuro lembrar meu coração sempre que a Palavra não é minha, não estou me anunciando, mas estou portando a Palavra Dele e é por Ele que estou a serviço. Sem dúvida é uma grande alegria poder representar os leigos do meu país”, disse.

“A Palavra me envolveu e dela sou aprendiz”

A Lucimara Trevizan, 57 anos, da arquidiocese de Belo Horizonte (MG), é coordenadora da Comissão Bíblico-Catequética do regional Leste 2 da CNBB e atua como assistente episcopal para a pastoral em Belo Horizonte. Também trabalha no Centro Loyola, um centro de fé e cultura da Companhia de Jesus.

“Estou muito feliz com esse ministério, sobretudo porque o receberei das mãos do Papa Francisco, a quem admiro com paixão. Quando soube por dom Walmor que fui indicada pela CNBB para receber este ministério, o que pensei foi que minha vida inteira foi sempre acompanhada pela Palavra. Ela me envolveu e dela sou aprendiz. Então é com muita humildade que me faço ainda mais servidora da Palavra de Deus”, disse.

“Me sinto abençoada”

Maria Venilde no centro na foto.

A Venilde Duarte da Silva, de 53 anos, participa da paróquia São João Batista no município de Jaguarari na diocese de Bonfim (BA).

“Como leiga que serve na paróquia e diocese receber o ministério irá me fortalecer. Receber o ministério das mãos do Papa Francisco é um momento ímpar na minha vida. Estar diante dele, é um sonho que sempre almejei, mas não imaginava que seria desta maneira. Me sinto abençoada por Deus ter me escolhido”, disse.

O que é o ministério do Leitorado

O ministério do Leitorado é uma ordem na Igreja Católica que permite a uma pessoa ler a Palavra de Deus na missa e em outros atos litúrgicos, sendo um ministério auxiliar na liturgia da palavra. É instituído para fazer as leituras da Sagrada Escritura, exceto o Evangelho.

O Papa Francisco instituiu o ministério em janeiro 2021, através do Motu Proprio Spiritus Domini. O texto não representa apenas uma simples alteração no cânone 230 §1 do Código de Direito Canónico, mas garante o espaço para uma maior participação de leigos e leigas nos ministérios da Igreja.

“Os leigos que tiverem a idade e as aptidões determinadas com decreto pela Conferência Episcopal, podem ser assumidos estavelmente, mediante o rito litúrgico estabelecido, nos ministérios de leitores e de acólitos”, diz um trecho do documento.

A partir desta alteração, desde 2022 o Papa Francisco celebra na Basílica de São Pedro, no Domingo da Palavra de Deus, a Instituição dos Ministérios de Leitores, Catequistas e Acólitos, com leigos e leigas de todos os lugares do mundo. Em 2025, o rito ganha um significado ainda mais especial, já que acontece durante o Ano Jubilar e coincide com o Jubileu do Mundo das Comunicações (de 24 a 26 de janeiro).

Fonte: Willian Bonfim

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Papa Cria 21 novos Cardeais e os exorta a serem testemunhas da fraternidade e artesãos da comunhão

Emocionado e de joelho, dom Jaime Spengler, o arcebispo de Porto Alegre (RS), presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Episcopal Latino-americano e Caribenho (Celam), foi o nono cardeal a receber das mãos do Papa Francisco neste sábado, 7 de dezembro, o barrete cardinalício, o anel e a atribuição do título da Igreja de São Gregório Magno, na Via Magliana Nova, no Consistório Ordinário Público.

A cerimônia marcou a entrada de 21 novos membros no Colégio Cardinalício, que são os colaboradores mais próximos do Papa e os responsáveis pela eleição de um novo bispo de Roma no caso de um Conclave. O mais idoso, aos 99 anos, a receber o título de cardeal foi o arcebispo Angelo Arcebi, prelado da Soberana Ordem Militar de Malta e decano dos núncios apostólicos na Santa Marta.

“Na interioridade do homem habita Cristo”

Em sua reflexão, durante a cerimônia, o Papa Francisco exortou os purpurados a pensarem para onde estão indo o seu coração hoje? E exortou os cardeais a voltarem o seu coração ao senhor e ao seu próprio coração, onde se encontra a imagem de Deus. “Na interioridade do homem habita Cristo. É necessário retornar ao coração para voltar ao mesmo caminho de Jesus. É disto que precisamos”, disse o Santo Padre.

Aos que receberam o cardinalato, o Sumo Pontífice pediu o cuidado de caminhar na estrada de Jesus. “Voltes para Ele e O coloque no centro de tudo. Não vamos nos concentrar no que é acessório. Não deixemos nos orientar pelas superficialidades frente ao que realmente importa. Jesus é centro de gravidade de todo nosso serviço e o ponto cardeal da nossa vida”, disse.

O Santo Padre pediu também aos cardeais para cultivarem a paixão do encontro ao invés de se isolarem dos acontecimentos e dores do mundo. “Desejamos que todos se sintam à vontade na família eclesial, sem exclusivismos ou isolamentos nocivos que prejudicam a caridade na unidade. O Senhor os chama a ser testemunhas da fraternidade, artesãos da comunhão e construtores da unidade”, reforçou.

O Papa convidou os cardeais a seguirem os caminhos de Jesus que veio curar a dor do mundo, quebrar o pecado da escravidão e encontrou-se com o rosto das pessoas marcadas pelo sofrimento, levantou os caídos, curou os doentes, enxugou as lágrimas dos que choram e curou os de coração atribulado. E chamou os purpurados à aventura da estrada, ao encontro com o outro e o cuidado aos mais frágeis. “Ao longo da estrada a Igreja começou. Ao longo das estradas do mundo, a Igreja continua. Caminhar na estrada de Jesus significa ser construtor de comunhão e da unidade”.

Rito da criação de novos cardeais

O Consistório tem um rito próprio. O Papa Bento XVI, em um de seus consistórios realizados, disse que o rito “exprime o valor supremo da fidelidade”. Destacam-se na cerimônia a imposição do barrete cardinalício, uma peça do vestiário litúrgico na cor vermelha usa sobre a cabeça dos cardeais; a entrega do anel e a atribuição do título ou da diaconia.