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Santa Missa Diocesana de Nossa Senhora de La Salette – Mães que oram pelos filhos

No dia 19 de setembro, em nossa diocese tivemos a Santa Missa em honra a Nossa Senhora de La Salette, padroeira do Movimento das Mães que Oram pelos Filhos, foi celebrada na Paróquia Santa Luzia do Alvorada, onde há 6 anos atrás era iniciado o movimento das Mães que Oram pelos Filhos, sendo grupo fundador do movimento em nossa diocese.

Nosso agradecimento ao Padre Márcio Arielton quem presidiu a Santa Missa para nós, e pela acolhida de todos os grupos de nossa diocese em vossa paróquia e na pessoa do Padre Rodrigo Burim que esteve presente conosco concelebrando agradecemos a todos os padres que acolhem o Movimento em suas paróquias. Aos diáconos presentes nosso agradecimento e nossas orações pela missão.

A cada coordenadora que se fez presente junto com seus grupos, Deus abençoe o sim de cada Mãe que compõem o movimento em nossa diocese.

Que a Bela Senhora possa sempre interceder pela vida de cada um!
E você Mãe, Dinda, Avó, Tia e Madrinha que ainda não conhece o movimento, venha unir-se a nós nessa linda missão de “Restaurar as famílias pelo poder da Oração de intercessão.”

Quero de joelhos ver meus filhos de pé, Deus me sustenta e aumenta a minha fé.

Segue abaixo as Paróquias que já têm o movimento e os dias e horários dos nossos encontros, te esperamos.

Confira as fotos da Santa Missa:

Missa Diocesana das Mães que oram pelos Filhos
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I Encontro Diocesano de Educadores

No dia 15 de setembro, aconteceu no CDP, Centro Diocesano de Pastoral, o Primeiro Encontro Diocesano de Educadores realizado pela Pastoral da Educação contando com a presença de vários educadores da nossa Diocese. O encontro foi presidido pelo diácono permanente, Daniel Lopes, assessor Diocesano da Pastoral.

Foi uma noite de acolhimento, apresentação da Pastoral da Educação e escuta dos profissionais de educação de nossa Diocese, com momentos de reflexão em que nossa Igreja mostrou sua proximidade aos desafios presentes nas diversas áreas do universo educativo e escolar.

A igreja tem uma imensa gratidão ao trabalho tão valioso de nossos Educadores, não só nas demandas de aprendizagens, mas, sobretudo, porque no exercício de suas funções, são os Educadores que acolhem, escutam, evangelizam e salvam vidas.

Confira algumas fotos do encontro:

I Encontro Diocesano de Educadores
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Romaria Diocesana 2023 de Guarulhos em Aparecida: Unidade, Comunhão e Testemunho de Fé

No dia 16 de setembro de 2023, a Diocese de Guarulhos fez sua peregrinação até o Santuário Nacional de Nossa Senhora em Aparecida-SP, em uma expressiva Romaria Diocesana. Este encontro espiritual, realizado em um dos locais mais emblemáticos da fé brasileira, reuniu milhares de fiéis e nossos abnegados padres, todos impulsionados pela devoção à Mãe Aparecida.

Durante a Santa Missa no Santuário, a homilia de nosso Bispo Dom Edmilson foi o ponto alto. Suas palavras tocaram profundamente todos os presentes. Ele destacou a importância de São Cornélio e São Cipriano de Cartago, recordando-nos da essencialidade da unidade e da comunhão na igreja.

Com convicção, Dom Edmilson proclamou: “A celebração desses Mártires hoje é um chamado à nossa igreja particular para viver a comunhão e a unidade”. Citando São Paulo, lembrou-nos da missão divina de Cristo: “Ele veio ao mundo para salvar os pecadores e eu sou o primeiro”.

Entre suas reflexões, a que ecoou intensamente foi: “A boca fala daquilo que o coração está cheio”. Com isso, exortou-nos a encher nossos corações de amor e bondade. Ressaltou a necessidade de edificar nossa vida sobre a rocha que é Cristo, firmando nossos valores no Evangelho, apesar das complexidades do mundo atual.

Ao concluirmos nossa Romaria em Aparecida, levamos não apenas as mensagens inspiradoras de Dom Edmilson, mas também o sentimento de gratidão e unidade experimentados naquele dia sagrado.

E, por fim, queremos estender nossos mais calorosos parabéns a todos os fiéis, padres e organizadores que tornaram esse evento possível. A união e a fé demonstradas são testemunhos da força e da vitalidade da nossa Diocese de Guarulhos. Continuemos a caminhar juntos, iluminados pela graça e proteção de Nossa Senhora Aparecida!

 

Confira as fotos da celebração e de algumas paróquias em particular:

9ª Romaria Diocesana de Guarulhos
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Retiro Diocesano dos Ministros Extraordinários da Eucaristia

No dia 7 de setembro de 2023, os Ministros Extraordinários da Sagrada Eucaristia participaram do Retiro Diocesano, que iniciou na Igreja Nossa Senhora do Rosário com Adoração ao Santíssimo , em seguida saíram em procissão pelas ruas do centro, até a Catedral N. Senhora da Conceição.

Na catedral ,deu-se a continuação da Adoração com a bênção do Santíssimo, logo depois, Padre Leonardo da Silva vigário da Catedral, conduziu uma reflexão ,em seguida Dom Edmilson falou sobre a importância de assumir a vocação em sua integridade; o valor social do nosso ministério, quando nos doamos àqueles que não podem comungar nas missas e a necessidade de entrega à missão, tal como em Emaús (escuta, anúncio e envio) com comprometimento.

Para encerrar o retiro, tivemos a celebração da Santa Missa presidida pelo Pe. Antonio Bosco, pároco da catedral e concelebrada pelo Pe. Lucas Kauan, vigário da Paróquia Santa Luzia e pelos diáconos: Jair, Cláudio, Cesar, Edson.

 

Fotos e artigo: Pascom Catedral

Retiro Diocesano dos Ministros da Eucaristia
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Missa de Abertura da Escola da Palavra – Forania Bonsucesso

Aconteceu na Quarta-Feira, 06/09 Missa de Abertura da Escola da Palavra 2023 da Forania Bonsucesso, na Paróquia Santo Alberto Magno e Nossa Senhora  das Graças.
Padre Bruno presidiu a Missa  e co-celebracão com o Diácono Claudinei Dias.
Este ano iremos nos aprofundar com Evangelho de São João,  o Discípulo Amado.
 
“E o verso se fez carne e Habitou entre nós”.
(João 1,14)
 
Nossas aulas acontecerão em 2 polos:  Paróquia Santo Alberto Magno às Quintas-Feiras e na Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora Aparecida, as Quartas-feiras, no Jd. Pres. Dutra.
 
Que Deus nos ajude, e o Espírito Santo nos fortaleça.
Missa de Abertura da Escola da Palavra - Forania Bonsucesso
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Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré

A vocação religiosa é vivenciada por homens e mulheres que dizem “sim” a Deus e entregam suas vidas no amor e para o amor, seguindo Cristo e servindo-o no outro, consagrando-se ao seu projeto.  A consagração acontece por meio da realização dos votos de pobreza, obediência e castidade em uma Congregação Religiosa.

Toda Congregação religiosa tem um Carisma específico, que é um dom de Deus para a realização de uma missão, uma espiritualidade que lhe sustenta e uma história que evidencia a fidelidade de Deus.

Irmãs Operárias no Brasil

Nós, Irmãs Operárias, nascemos na região norte da Itália em 1900, logo após a publicação em 1891, no pontificado de Leão XIII, da encíclica “Rerum Novarum” (Das Coisas Novas), considerada o documento fundador da doutrina social da Igreja. Nascemos da preocupação de um padre diocesano, Santo Arcângelo Tadini, com todas as transformações da revolução industrial no mundo do trabalho na vida das famílias, sobretudo das jovens e das mulheres da sua Paróquia que começavam a entrar para as fábricas de tecelagem para trabalharem em um ambiente hostil, de muita exploração e degradação moral que as afastavam da vida cristã.

Tadini desejou que aquelas jovens tivessem como colegas de trabalho Irmãs Religiosas que as ajudassem a fazer brilhar a sua humanidade e a fazer emergir a presença de Jesus trabalhador em Nazaré. Irmãs que falassem da boa nova de um Deus próximo, que se fez carne, entrou na história, assumiu condição humana e deu nova vida a tudo e vocaciona todos para a santidade.

Na Igreja, como Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré, somos chamadas a evangelizar o mundo do trabalho. Entramos no mistério de Nazaré e aprendemos a ler toda a vida à sua luz, para anunciar o sentido do trabalho e da vida comum. Voltamos sempre a Nazaré para caminhar na história com fidelidade criativa!

Nossa atuação se dá em três dimensões: Partilha do trabalho assalariado como operárias, serviço aos trabalhadores e o apostolado na Igreja local. Queremos imitar Jesus em Nazaré que durante 30 anos “Trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana” (GS 22).

A nossa história no Brasil começa nos meados de 1985 e é manifestação da fidelidade Divina, e testemunho de que a leitura orante da Palavra é um meio eficaz para discernir a vontade de Deus na nossa vida e queremos contar lembrando um texto da Palavra de Deus que está em 1RS 17,7-16:

7 Algum tempo depois, o córrego secou, porque não tinha chovido na região. 8 Então Javé dirigiu a palavra a Elias: 9 «Levante-se, vá para Sarepta, que pertence à região de Sidônia, e fique morando aí. Porque eu ordenei a uma viúva que dê comida para você». 10 Elias se levantou e foi para Sarepta. Chegando à porta da cidade, encontrou uma viúva que estava recolhendo lenha. Elias a chamou e disse: «Por favor! Traga-me um pouco de água no seu balde para eu beber». 11 Quando a mulher já estava indo buscar água, Elias gritou para ela: «Traga-me também um pedaço de pão». 12 Ela respondeu: «Pela vida de Javé, o seu Deus, não tenho nenhum pão feito; tenho apenas um pouco de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra. Estou ajuntando uns gravetos para preparar esse resto para mim e meu filho. Depois, vamos comer e ficar esperando a morte». 13 Mas Elias lhe disse: «Não tenha medo! Vá e faça o que está dizendo. Mas primeiro prepare um pãozinho com o que você tem e traga para mim. Só depois você prepara um pão para você e seu filho. 14 Pois assim diz Javé, Deus de Israel: A vasilha de farinha não ficará vazia e a jarra de azeite não se esgotará, até o dia em que Javé mandar chuva sobre a terra». 15 A mulher foi fazer o que Elias tinha mandado. E comeram, tanto ele como também ela e o filho, durante muito tempo. 16 A vasilha de farinha não se esvaziou e a jarra de azeite não se esgotou, como Javé tinha anunciado por meio de Elias.

Irmãs Operárias de Guarulhos

Padre Berardo Graz, que é padre da diocese de Guarulhos, é Italiano e tinha uma tia Religiosa na nossa Congregação, Irmã Valeriana Graz, ele vivia escrevendo a ela dizendo que o Brasil era lugar de missão para as Irmãs Operárias e fez com que o Bispo da época, Dom João Bergese, escrevesse uma carta, para Madre Geral das Irmãs Operárias, solicitando a presença da Congregação no Brasil. Mas eram tempos de seca vocacional,  na Itália tinham mais de 10 anos sem nenhuma nova vocação para nossa família e a Madre Geral convocou o Conselho Geral para escrever uma carta agradecendo o convite do Bispo, mas recusando a vinda, eram poucas irmãs já na Itália seria impossível enviar alguém para o Brasil . Mas, na liturgia daquele dia do conselho, tinha esta leitura da viúva de Sarepta e as irmãs reunidas em oração perceberam um sinal de Deus, sobretudo nesta parte da leitura da Palavra, “a vasilha de farinha não se esvaziou e a jarra de azeite não se esgotou”, entenderam que era preciso dar tudo o que tinham e confiar na fidelidade de Deus. E em 1987 as três primeiras Irmãs Italianas: Liliana, Serafina e Clara chegaram ao Brasil na Diocese de Guarulhos e se instalaram no território da Paróquia Santo Alberto Magno e desde então todos os anos temos novas vocações na Itália, no Burundi na África e também aqui no Brasil.

Irmãs Operárias em Missão pelo Mundo

Por esta história sempre cantamos com muita gratidão: aquele que vos chamou, aquele que vos chamou É fiel, é fiel. Fiel é aquele que vos chamou.

 

Ir. Adriana Costa, IOP Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré

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Jubileu de Ouro – 50 anos de presença do Instituto Secular Missionárias Diocesanas de Jesus Sacerdote

(outubro de 1973 – outubro 2023)

Neste tempo da graça do Senhor, nós as Missionárias Diocesanas de Jesus Sacerdote, estamos celebrando os 50 anos de presença do Instituto no Brasil – Jubileu de ouro, e também os 40 anos de presença na Diocese de Guarulhos.

Louvamos e bendizemos a Deus por tanto amor que tem nos dado, e pela vida de cada uma das missionárias diocesanas que no decorrer destes 50 anos doaram e ainda doam suas vidas, vivendo a consagração secular, sendo luz no mundo e testemunhando Jesus Sacerdote, nas atividades pastorais, na vida profissional e na sociedade.

Queremos fazer memória das primeiras missionárias que vieram da Itália: Pina, Pinuccia e Nete, e logo após, sob a providência divina, Maria Lingua  e Vittorina, para, assim, continuarem o grande sonho de nosso fundador, padre Stefano Gerbaudo, de vivermos a santidade no cotidiano da vida, no lugar onde o Senhor nos designou, sonho este que se perpetua até os dias de hoje. Também fazemos memória e rendemos graças pela vida doada de nossas irmãs que já estão na morada eterna: Doracy, Angela, Maria Helena e Maria das Graças Mendes.

Louvado seja Deus por todos aqueles que caminham conosco e contribuem com a nossa missão de consagradas seculares.

Padre Stefano Gerbaudo, servo de Deus, intercedei a Deus por nós!

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A vocação precede a existência

Perdoe-me a complexidade da sentença do título do artigo com o seu teor tanto quanto filosófico – e, de fato, ela é uma paráfrase da máxima da filosofia existencialista. Ao dizer que a vocação precede a existência é – baseando-se nas palavras de Santa Teresinha do Menino Jesus – compreender que, uma vez que “nada acontece que Deus não tenha previsto desde toda a eternidade”, o assumir a vocação é uma resposta ao apelo de Deus prenunciado desde as origens.

É só pensarmos que, considerando que a vocação é um chamado – não sendo uma disposição própria do homem, mas uma iniciativa de quem o convida –, ela é um projeto único e bem-aventurado que o Onipresente quis desde toda a eternidade, como recordado nas palavras de exortação de Deus ao chamado do profeta Jeremias: “antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações” (Jr 1,5).

Ao dizer que a vocação é precedente à nossa existência é dizer, literalmente, que Deus anseia pela nossa santidade e salvação antes mesmo de passarmos a existir. Torna-se belo pensarmos que você, na sua vocação assumida, é uma resposta a um desejo eterno de Deus, na correspondência ao apelo existencial do Criador “para nos fazer participantes da sua santidade” (Hb 12,10). Como consequência, ao aceitarmos a nossa vocação, correspondemos ao apelo do Eterno e de nossa própria existência.

 

Sem. Edson Vitor – 4º ano de Teologia

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Quando e quem pode receber o Sacramento da Unção dos Enfermos

Continuamos a falar sobre o sacramento da Unção dos Enfermos. E como já afirmamos este sacramento é celebrado pela Igreja na situação de doença grave ou de perigo de morte de um fiel. A Santa Mãe Igreja, sempre sensível e cheia de compaixão diante da experiência de sofrimento de seus filhos, administra esse sacramento com o objetivo de fazer com que o fiel doente ou em perigo de morte possa se unir livremente à Paixão do Senhor e participar de sua Ressurreição, sendo salvo de seus pecados e recebendo a força do Espírito Santo.

Mas, quais as circunstâncias que este sacramento pode ser administrado? Quais são as condições para que um fiel possa receber o sacramento da Unção dos enfermos de forma válida e lícita?

A Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia deixa muito claro que a Unção dos enfermos “não é sacramento só dos que estão no fim da vida. É já certamente tempo oportuno para a receber quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte” (n. 73). O cânon 1004 do Código de Direito Canônico complementa essa mesma ideia adicionando a necessidade do fiel “ter atingido o uso da razão”.

Com isso, já podemos concluir várias condições para receber o Sacramento da Unção dos Enfermos: em primeiro lugar, a pessoa deve ser batizada (o termo ‘fiel’ supõe o Batismo); em segundo lugar, o fiel deve ter atingido o uso da razão que, conforme o cânon 97, pode ser presumido quando a pessoa já tiver completado 7 anos de idade; em terceiro lugar, o fiel deve estar em perigo de morte, por motivo de uma doença grave ou velhice. “Para avaliar a gravidade da doença, basta que se tenha dela um juízo prudente ou provável, consultando-se o médico, se for o caso, para remover, com sua opinião, qualquer dúvida” (Ritual da Unção dos Enfermos, n. 8).

A Igreja também permite que esse sacramento seja administrado antes de uma operação cirúrgica, sempre que uma doença grave seja a causa de tal operação (cf. Ritual, n. 10), assim como às pessoas de idade cujas forças estão claramente debilitadas, mesmo quando não se trate de grave enfermidade (cf. Ritual, n. 11).

Pode surgir a pergunta sobre o que fazer quando a pessoa está inconsciente, sem capacidade de pedir, ela mesma, a Unção. Diante desse cenário possível, a Igreja nos ensina que se deve administrar esse sacramento “aos doentes que, ao menos implicitamente, o pediram quando estavam no uso de suas faculdades”. Sabemos, pela fé, que o sacramento dado nessas circunstâncias é tão eficaz como quando é dado a uma pessoa totalmente consciente.

Finalmente, vale a pena ressaltar que a Igreja recomenda muito, na medida do possível, que o doente, ou aquele que está em perigo de morte, se confesse antes de receber o sacramento da Unção dos Enfermos. Quando possível, o ideal é que se siga o que se chama o rito contínuo, que contempla a administração da Confissão Sacramental, seguida pela Unção dos Enfermos e, finalmente, a Sagrada Eucaristia.

 

Pe. Fernando Gonçalves – Comissão Diocesana de Liturgia

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Profetas: Começo e evolução do profetismo

A palavra “profeta” (NABI, em hebraico) hoje tem muitos sentidos. Muitos caracterizam os prfetas como previsores de futuro (precognitivos, videntes, como em 1Sm 9, 9). Podemos encontra-los em grupos de “homens em transe” (1Sm 10, 5s; 19, 24; 10, 10; Dt 13, 2 – 4; 1Rs 17, 17s; 2Rs 2, 19 – 22; Nm 22, 2 – 6), como intérpretes de sonhos (Cf Dt 13, 2 – 4) ou simples consultores de Deus (1Sm 8, 6 – 7). Às vezes, eles aparecem como conselheiros de reis (conf. Khalil Gibran), integrados a uma corte, como os prpfetas Natã e Isaías (veja 1Sm 10, 1.24; 16, 12 -13; 2Sm 7, 1 – 7; 24, 11 – 19; 1Rs 1, 34; 11, 29 – 31; 22, 5).

No profetismo clássico da Bíblia, eles aparecem como defensores dos pobres e ferrenhos críticos dos desmandos dos monarcas e são reconhecidos como “homens de Deus”, homens da fé em Deus. Sua fé se fundamenta no Deus libertador do Êxodo (go’el). Alguns profetas formarão grupos proféticos com o objetivo de manter vigilância crítica sobre os abusos dos reis. Durante o Exílio na Babilônia (ver Is 40 – 55 e Ez) serão os consoladores do povo sofrido.

 

O MOVIMENTO PROFÉTICO:

O profetismo também esteve presente em outros povos do Oriente Antigo (Egito, Mesopotâmia, Pérsia, etc). Nos textos proféticos da nossa Bíblia encontramos afinidade entre os escritos de Mari (Mesopotâmia) e profetas de Israel: o profeta era um ser humano que recebia uma missão nos momentos de crise.

A diferença consiste em que os profetas de outros povos se constituíam mensageiros de deuses e os profetas de Israel se dirigiam ao povo e aos reis exigindo conversão interior e exterior, anunciavam a Palavra de Deus e denunciavam as injustiças, arriscando suas vidas. Certos anúncios dos profetas eram feitos com ações simbólicas.

         Temos duas fases do profetismo em Israel no tocante à sua relação com os reis (monarquia):

1º fase: apoio à monarquia (ver 1 Sm 22, 5; 2 Sm 24, 11-19).

2º fase: crítica e combate à monarquia (ver 1Rs 19, 10.14) = fase da independência do Profetismo.

 

SEPARAÇÃO ENTRE PROFETISMO E MONARQUIA

O Deus anunciado pelos profetas era o Deus da Aliança (Iahweh), um Deus que legitimava tudo o que os reis faziam.

Os profetas de Israel estavam a serviço da Aliança entre Deus e o povo. Por isso, era preciso estabelecer uma certa independência ou até oposição aos atos dos reis (Elias, Jeremias, Amós, Oséias, Miquéias, etc). E, quando falam em nome de Deus contra os desmandos dos reis, encontram dificuldades para a missão (perseguições, por exemplo).

 

OS PRIMEIROS PROFETAS:

Samuel: foi um opositor da monarquia (1Sm 8), mas acabou ungindo Saul e Davi como reis de Israel (1Sm 10; 15, 10 – 23) por ordem de Deus.

Natã: sempre presente na corte de Davi (2Sm 7, 2; 12 e 1Rs 1); favorável à dinastia davídica, mas crítico diante dos pecados do rei Davi.

Gad: chamado “vidente”, era mais severo (ver 2Sm 24, 11 – 14. 18 – 19; 1Cr 21, 9 – 13 . 29; 29, 9; 1Sm 22, 5).

Natã e Gad: conselheiros severos do rei Davi (2Sm 7; 12; 24).

 

Já no tempo do rei Saul, os profetas reagem contra os erros dos reis, que prejudicavam o povo (ex.: Samuel). Alguns eram até próximos dos palácios, mas não eram coniventes com tudo o que os reis faziam!

        Após o Cisma de 931 a.C., quanto aos profetas do Norte (Israel), o profetismo floresceu em fidelidade às tradições javistas do tribalismo; os profetas eram “mais conservadores” e exerciam severas intervenções como “homens de Deus”, criando uma distância cada vez maior entre eles e o palácio dos reis e dos templos oficiais do culto nacional (ex.: Elias, Eliseu e Amós).

Já no Reino do Sul (Judá), o profetismo será um pouco mais tardio e estará condicionado às promessas messiânicas a partir de Davi ou da dinastia davídica (Natã e Isaías), mas sempre voltado para a fidelidade à Aliança com Deus (Jeremias, Sofonias, Miqueias, por exemplo).

Padre Éder Aparecido Monteiro