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“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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Padre Salvador realiza projeto na missão em Pemba

Curso de Corte e Costura transforma vidas na missão em Pemba

Aconteceu na manhã de segunda-feira, 22 de janeiro, na sede dos projetos sociais da Missão Nossa Senhora de África, a celebração da conclusão do curso de Corte e Costura, promovido pela Missão. Foram 36 adolescentes que concluíram o curso. A cerimônia, não apenas reconheceu as conquistas individuais, mas também representou um passo significativo para o desenvolvimento de habilidades e um futuro promissor.

A diversidade marcou o evento, a presença de famílias não cristãs e de famílias cristãs católicas, todos unidos pelo aprendizado e pela superação. Autoridades locais, líderes comunitários e representantes da Missão estiveram presentes, compartilhando palavras inspiradoras e oferecendo apoio essencial a esses jovens promissores.

A reflexão sobre a palavra de Deus, baseado no Evangelho segundo João (cf. Jo 8, 31), guiou um momento de meditação preparada pelo Padre Salvador Rodrigues, da chefe do posto de Mazeze, Sra. Daniela, e outras figuras importantes da comunidade. O hino nacional ressoou, simbolizando a união e o orgulho de pertencer a esta comunidade diversificada.

O ponto alto da cerimônia foi a entrega dos certificados, acompanhada da distribuição de cadernos e canetas para cada adolescente, indicando o início de uma nova jornada educacional. Os missionários como também os adolescentes expressaram profunda gratidão ao Regional Sul 1 da CNBB do estado de São Paulo, pelo apoio contínuo ao projeto, que possibilitou a realização deste curso transformador.

Com entusiasmo, ainda foi anunciada a abertura de novas inscrições para jovens que desejam participar do próximo ciclo do projeto. O dia concluiu-se com um gesto simples, mas significativo: oferecer um copo de água, uma expressão que significa um pequeno lanche simbolizando a dedicação da Missão em nutrir não apenas mentes, mas também corações.

Fonte: https://cnbbsul1.org.br/

Fotos: Padre Salvador Rodrigues

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Bênção de envio – Pe. Jair e Célia Soares

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, através dos seus legítimos representantes escolheram o Padre Jair Oliveira Costa como membro da Comissão Episcopal para a Liturgia e a leiga Célia Soares Souza para o Setor do Laicato da Comissão Episcopal para o Laicato.

Dom Edmilson Amador Caetano, bispo de Guarulhos, aproveitou a Solenidade da Imaculada Conceição celebrada na Catedral no dia 08 de dezembro para agradecer o sim dos escolhidos e ressaltar a alegria de como Igreja particular de Guarulhos poder contribuir com a CNBB.

Antes da benção final convidou a todos para orarem pela missão confiada ao Padre Jair e a Celia para que estejam abertos a escutar o Espírito Santo, fazendo a vontade de Deus e assim fortalecer a ação evangelizadora da Igreja no Brasil.

Deus abençoe nossos representantes nesta caminhada.

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COMISSÃO EPISCOPAL PARA O LAICATO DA CNBB CONTA COM TRÊS NOVOS ASSESSORES PARA CEB’S, LAICATO E CEFEP

A Comissão Episcopal para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) conta com três novos assessores cujos nomes foram referendados na reunião do Conselho Permanente da entidade que se reuniu de 21 a 23 de novembro. Para o setor de Comunidades Eclesiais de Base (Ceb’s) a escolhida foi a Marilza José Lopes Schuina. Para o setor do Laicato, Célia Soares Souza e para o Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara o escolhido foi Jardel Neves Lopes.

De acordo com o bispo de Araguaína (TO) e presidente da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, dom Giovane Pereira Melo, para a escolha destes novos assessores foi realizada uma consulta prévia da Comissão do Laicato junto aos organismos que a integram com o pedido de indicação de nomes. Passada a primeira fase, a Comissão entrou em contato com as pessoas indicadas. Após a aceitação por parte dos indicados, os nomes foram encaminhados à Secretaria-Geral da CNBB e aprovados pelos bispos do Conselho Permanente.

Ao mesmo tempo que dás as boas vindas aos novos assessores, dom Giovane também expressa gratidão aos três assessores que estão deixando a comissão, o professor Laudelino Augusto dos S. Azevedo, padre Paulo Adolfo e o professor Celso Carias. “Nos últimos oito anos, eles foram uma presença marcante na Conferência e na Comissão para o Laicato. São pessoas que vivem e dão testemunho da sua fé. Fizeram o percurso com muito amor e sentimento de pertença”, disse.

Assessora para o Setor de Comunidades Eclesiais de Base

Marilza José Lopes Schuina – É licenciada em em Pedagogia pela UFMT e especialização em Avaliação Educacional pela mesma universidade. É especialista em Liturgia pela faculdade de Teologia Nossa Senhora Assunção (SP) e está cursando a pós-graduação em Dimensão Social da Fé com ênfase em Doutrina Social da Igreja pela Universidade Católica de Pernambuco. É professora aposentada da rede municipal de ensino de Cuiabá (MT). Foi da equipe de coordenação de Cuiabá e regional das Comunidades Eclesiais de Base (Ceb’s) nos anos 90. Integrou a Ampliada Nacional das Ceb’s. Presidiu o Conselho Nacional do Laicato por dois mandatos de 2013 a 2019. Participou da V Conferência Geral do Conselho Episcopal da América Latina e Caribe, em 2007.

Assessora para o Setor do Laicato

Célia Soares Souza – Cristã leiga, atualmente trabalha na área administrativa de uma Escola particular em São Paulo e reside em Guarulhos (SP). Tem experiência pastoral e na área de Teologia. Com ênfase em Mariologia, Teologia Bíblica, Pastoral e Dogmática, especialmente na formação de cristãs leigas e leigos. É doutoranda em Teologia pela PUC-SP, mestre em Teologia Sistemática pela mesma universidade. Possui graduação em Teologia pela faculdade de Teologia Nossa Senhora Assunção e Geografia pela PUC-SP. É pós-graduada em Doutrina Social da Igreja pela Faculdade João Paulo II (Fajopa) e em Mariologia pela faculdade Dehoniana e Academia Marial de Aparecida. Participou ativamente por 10 anos na Pastoral da Juventude diocesana e regional. É professora de Mariologia, Sagrada Escritura e Eclesiologia na Escola de Ministérios Padre José Fernando de Brito, na diocese de Guarulhos-SP. Atua como assessora na Escola da Palavra, curso bíblico para agentes de pastorais, na forania Aparecida da Diocese de Guarulhos-SP.  Participa na comunidade de base da paróquia Nossa Senhora Aparecida – Cocaia, a serviço do ministério extraordinário da Palavra e da Comunhão. Atua como coordenadora na Comissão Nacional de Formação do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), na atual gestão da presidência do CNLB regional Sul 1 e no CNLB diocesano de Guarulhos. Atua na Equipe de subsídios para a publicação dos Encontros de Leitura Orante da Palavra de Deus (desde 2015). É autora de quatro livros, entre eles “O perfil mariano da Igreja e a participação da mulher na Igreja”, publicado pela Editora Santuário, 2021.

 

Assessor para o Centro Nacional de Fé e Política

Jardel Neves Lopes – Doutorando em Teologia pelo Programa de Pós graduação em Teologia (PPGT-PUCPR). Mestre em Teologia pelo PPGT-PUCPR (2012). Especialista em Fé e Política pela Escola Nacional de Fé e Política (CEFEP) em parceria com o departamento de teologia da PUCRJ (2017). Especialista em Gestão de Projetos pela Escola de Negócios da PUCPR (2015). Licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)(2008). Atua como secretário-executivo da Campanha contra a violência no Campo (envolve pastorais e movimentos populares) e assessor político do Coletivo de Incidência Política Compartilhada (envolve pastorais, organismos, redes e movimentos de Igreja). Foi Coordenador Nacional da Pastoral Operária (2015-2022). Foi articulador Regional das Pastorais Sociais do Paraná (2013-2023). Atuou como assessor das CEBs, Pastoral do Povo em situação de Rua, Curso de fé e política para Jovens (na extinta Casa da Juventude do Paraná), Escola de Fé e Política da Arquidiocese de Curitiba. Foi assessor referencial arquidiocesano da Pastoral da Juventude da arquidiocese de Curitiba. É membro da Equipe Executiva da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Sociotransformadora (CEPAST-CNBB). É membro do Comitê sobre Trabalho (CEPAST-CNBB). Tem experiência com gestão de projetos (planejamento, execução e avaliação). Realiza assessorias a pastorais, dioceses, regionais e instituições religiosas em temas correlatos à DSI, Pastoral Social, Campanha da Fraternidade, Fé e Política, políticas públicas, planejamento, juventudes, mundo do trabalho e análise de conjuntura.
Fonte: CNBB.org.br
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MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA O VII DIA MUNDIAL DOS POBRES

XXXIII Domingo do Tempo Comum
19 de novembro de 2023
«Nunca afastes de algum pobre o teu olhar» (Tb 4, 7)

1. O Dia Mundial dos Pobres, sinal fecundo da misericórdia do Pai, vem pela sétima vez alentar o caminho das nossas comunidades. Trata-se duma ocorrência que se está a radicar progressivamente na pastoral da Igreja, fazendo-a descobrir cada vez mais o conteúdo central do Evangelho. Empenhamo-nos todos os dias no acolhimento dos pobres, mas não basta; a pobreza permeia as nossas cidades como um rio que engrossa sempre mais até extravasar; e parece submergir-nos, pois o grito dos irmãos e irmãs que pedem ajuda, apoio e solidariedade ergue-se cada vez mais forte. Por isso, no domingo que antecede a festa de Jesus Cristo, Rei do Universo, reunimo-nos ao redor da sua Mesa para voltar a receber d’Ele o dom e o compromisso de viver a
pobreza e servir os pobres.

«Nunca afastes de algum pobre o teu olhar» (Tb 4, 7). Esta recomendação ajuda-nos a compreender a essência do nosso testemunho. Deter-se no Livro de Tobite, um texto pouco conhecido do Antigo Testamento, eloquente e cheio de sabedoria, permitir-nos-á penetrar melhor no conteúdo que o autor sagrado deseja transmitir. Abre-se diante de nós uma cena de vida familiar: um pai, Tobite, despede-se do filho, Tobias, que está prestes a iniciar uma longa viagem. O velho Tobite teme não voltar a ver o filho e, por isso, deixa-lhe o seu «testamento espiritual». Foi deportado para Nínive e agora está cego; é, por conseguinte, duplamente pobre, mas sempre viveu com a certeza que o próprio nome exprime: «O Senhor foi o meu bem». Este homem que sempre confiou no Senhor, deseja, como um bom pai, deixar ao filho não tanto bens materiais, mas sobretudo o testemunho do caminho que há de seguir na vida. Por isso diz-lhe: «Lembra-te sempre, filho, do Senhor, nosso Deus, em todos os teus dias, evita o pecado e observa os seus mandamentos. Pratica a justiça em todos os dias da tua vida e não andes pelos caminhos da injustiça» (Tb 4, 5).

2. Como salta à vista, a recordação, que o velho Tobite pede ao filho para guardar, não se reduz simplesmente a um ato da memória nem a uma oração dirigida a Deus. Faz referência a gestos concretos, que consistem em praticar boas obras e viver com justiça. E a exortação torna-se ainda mais específica: «Dá esmolas, conforme as tuas posses. Nunca afastes de algum pobre oteu olhar, e nunca se afastará de ti o olhar de Deus» (Tb 4, 7).

Muito surpreendem as palavras deste velho sábio. Não esqueçamos, de facto, que Tobite perdeu a vista precisamente depois de ter praticado um ato de misericórdia. Como ele próprio conta, desde a juventude que se dedicou a obras de caridade, «dando muitas esmolas aos meus irmãos, os da minha nação que comigo tinham sido levados cativos para a terra dos assírios, em Nínive (…), fornecendo pão aos esfomeados e vestindo os nus e, se encontrava morto alguém da minha linhagem, atirado para junto dos muros de Nínive, dava-lhe sepultura» (Tb 1, 3.17).

Por causa deste seu testemunho de caridade, viu-se privado de todos os seus bens pelo rei, ficando na pobreza completa. Mas, o Senhor precisava ainda dele! Foi-lhe devolvido o seu lugar de administrador e ele não teve medo de continuar o seu estilo de vida. Ouçamos a sua história, que hoje nos fala também a nós: «Pela festa do Pentecostes, que é a nossa festa das Semanas, mandei preparar um bom almoço e reclinei-me para comer. Mas, ao ver a mesa coberta com tantas comidas finas, disse a Tobias: “Filho, vai procurar, entre os nossos irmãos cativos em Nínive, um pobre que seja de coração fiel, e trá-lo para que participe da nossa refeição. Eu espero por ti, meu filho”» (Tb 2, 1-2). Como seria significativo se, no Dia dos Pobres, esta preocupação de Tobite fosse também a nossa! Ou seja, convidar para partilhar o almoço dominical, depois de ter partilhado a Mesa Eucarística. A Eucaristia celebrada tornar-se-ia realmente critério de comunhão. Aliás, se ao redor do altar do Senhor temos consciência de sermos todos irmãos e irmãs, quanto mais visível se tornaria esta fraternidade, compartilhando a refeição festiva com quem carece do necessário!

Tobias fez como o pai lhe dissera, mas voltou com a notícia de que um pobre fora morto e deixado no meio da praça. Sem hesitar, o velho Tobite levantou-se da mesa e foi enterrar aquele homem. Voltando cansado para casa, adormeceu no pátio; caíram-lhe nos olhos excrementos de pássaros, e ficou cego (cf. Tb 2, 1-10). Ironia do destino! Pratica um gesto de caridade e sucedelhe uma desgraça… Apetece-nos pensar assim, mas a fé ensina-nos a ir mais a fundo. A cegueira de Tobite tornar-se-á a sua força para reconhecer ainda melhor tantas formas de pobreza ao seu redor. E, mais tarde, o Senhor providenciará a devolver ao velho pai a vista e a alegria de rever o filho Tobias. Quando chegou este momento, «Tobite lançou-se-lhe ao pescoço e, chorando, disse: “Vejo-te, filho, tu que és a luz dos meus olhos!” E continuou: “Bendito seja Deus e bendito o seu grande nome! Benditos os seus santos anjos! Que seu nome esteja sobre nós e benditos sejam todos os seus anjos, pelos séculos sem fim! Ele puniu me, mas eis que volto a ver Tobias, o meu filho”» (Tb 11, 13-14).

3. Podemos questionar-nos: Donde tira Tobite a coragem e a força interior que lhe permitem servir a Deus no meio dum povo pagão e amar o próximo até ao ponto de pôr em risco a própria vida? Estamos diante dum exemplo extraordinário: Tobite é um marido fiel e um pai carinhoso; foi deportado para longe da sua terra e sofre injustamente; é perseguido pelo rei e pelos vizinhos de casa… Apesar de ânimo tão bom, é posto à prova. Como muitas vezes nos ensina a Sagrada Escritura, Deus não poupa as provações a quem pratica o bem. E porquê? Não o faz para nos humilhar, mas para tornar firme a nossa fé n’Ele. Tobite, no período da provação, descobre a própria pobreza, que o torna capaz de reconhecer os pobres. É fiel à Lei de Deus e observa os mandamentos, mas para ele isto não basta. A solicitude operosa para com os pobres torna-se-lhe possível, porque experimentou a pobreza na própria pele. Por isso, as palavras que dirige ao filho Tobias constituem a sua verdadeira herança:

«Nunca afastes de algum pobre o teu olhar» (Tb 4, 7). Enfim, quando nos deparamos com um pobre, não podemos virar o olhar para o lado oposto, porque impediríamos a nós próprios de encontrar o rosto do Senhor Jesus. E notemos bem aquela expressão «de algum pobre», de todo o pobre. Cada um deles é nosso próximo. Não importa a cor da pele, a condição social, a proveniência… Se sou pobre, posso reconhecer de verdade quem é o irmão que precisa de mim. Somos chamados a ir ao encontro de todo o pobre e de todo o tipo de pobreza, sacudindo de nós mesmos a indiferença e a naturalidade com que defendemos um bem-estar ilusório.

4. Vivemos um momento histórico que não favorece a atenção aos mais pobres. O volume sonoro do apelo ao bem-estar é cada vez mais alto, enquanto se põe o silenciador relativamente às vozes de quem vive na pobreza. Tende-se a ignorar tudo o que não se enquadre nos modelos de vida pensados sobretudo para as gerações mais jovens, que são as mais frágeis perante a mudança cultural em curso. Coloca-se entre parênteses aquilo que é desagradável e causa sofrimento, enquanto se exaltam as qualidades físicas como se fossem a meta principal a alcançar. A realidade virtual sobrepõe-se à vida real, e acontece cada vez mais facilmente confundirem-se os dois mundos. Os pobres tornam-se imagens que até podem comover por alguns momentos, mas quando os encontramos em carne e osso pela estrada, sobrevêm o fastídio e a marginalização. A pressa, companheira diária da vida, impede de parar, socorrer e cuidar do outro. A parábola do bom samaritano (cf. Lc 10, 25-37) não é história do passado;
desafia o presente de cada um de nós. Delegar a outros é fácil; oferecer dinheiro para que outros pratiquem a caridade é um gesto generoso; envolver-se pessoalmente é a vocação de todo o cristão.

5. Damos graças ao Senhor porque há tantos homens e mulheres que vivem a dedicação aos pobres e excluídos e a partilha com eles; pessoas de todas as idades e condições sociais que praticam a hospitalidade e se empenham junto daqueles que se encontram em situações de marginalização e sofrimento. Não são super-homens, mas «vizinhos de casa» que encontramos cada dia e que, no silêncio, se fazem pobres com os pobres. Não se limitam a dar qualquer coisa: escutam, dialogam, procuram compreender a situação e as suas causas, para dar conselhos adequados e indicações justas. Estão atentos tanto à necessidade material como à espiritual, ou seja, à promoção integral da pessoa. O Reino de Deus torna-se presente e visível neste serviço generoso e gratuito; é realmente como a semente que caiu na boa terra da vida destas pessoas, e dá fruto (cf. Lc 8, 4-15). A gratidão a tantos voluntários deve fazer-se oração para que o seu testemunho possa ser fecundo.

6. No 60º aniversário da Encíclica Pacem in terris, é urgente retomar as palavras do Santo Papa João XXIII quando escrevia: «O ser humano tem direito à existência, à integridade física, aos recursos correspondentes a um digno padrão de vida: tais são especialmente a nutrição, o vestuário, a moradia, o repouso, a assistência sanitária, os serviços sociais indispensáveis. Segue-se daí, que a pessoa tem também o direito de ser amparada em caso de doença, de invalidez, de viuvez, de velhice, de desemprego forçado, e em qualquer outro caso de privação dos meios de sustento por circunstâncias independentes da sua vontade» (n. 11).

Quanto trabalho temos ainda pela frente para tornar realidade estas palavras, inclusive através dum sério e eficaz empenho político e legislativo! Não obstante os limites e por vezes as lacunas da política para ver e servir o bem comum, possa desenvolver-se a solidariedade e a subsidiariedade de muitos cidadãos que acreditam no valor do empenho voluntário de dedicação aos pobres. Isto, naturalmente sem  deixar de estimular e fazer pressão para que as instituições públicas cumpram do melhor modo possível o seu dever. Mas não adianta ficar passivamente à espera de receber tudo «do alto». E, quem vive em condição de pobreza, seja também envolvido e apoiado num processo de mudança e responsabilização.

7. Mais uma vez, infelizmente, temos de constatar novas formas de pobreza que se vêm juntar às outras descritas já anteriormente. Penso de modo particular nas populações que vivem em cenários de guerra, especialmente nas crianças privadas dum presente sereno e dum futuro digno. Ninguém poderá jamais habituar-se a esta situação; mantenhamos viva toda a tentativa para que a paz se afirme como dom do Senhor Ressuscitado e fruto do empenho pela justiça e o diálogo.

Não posso esquecer as especulações, em vários setores, que levam a um aumento dramático dos preços, deixando muitas famílias numa indigência ainda maior. Os salários esgotam-se rapidamente, forçando a privações que atentam contra a dignidade de cada pessoa. Se, numa família, se tem de escolher entre o alimento para se nutrir e os remédios para se curar, então deve fazer-se ouvir a voz de quem clama pelo direito a ambos os bens, em nome da dignidade da pessoa humana.

Além disso, como não assinalar a desordem ética que marca o mundo do trabalho? O tratamento desumano reservado a muitos trabalhadores e trabalhadoras; a remuneração não equivalente ao trabalho realizado; o flagelo da precariedade; as demasiadas vítimas de incidentes, devidos muitas vezes à mentalidade que privilegia o lucro imediato em detrimento da segurança… Voltam à mente as palavras de São João Paulo II: «O primeiro fundamento do valor do trabalho é o próprio homem. (…) O homem está destinado e é chamado ao trabalho, contudo antes de mais nada o trabalho é “para o homem”, e não o homem “para o trabalho”» (Enc. Laborem exercens, 6).

8. Este elenco, já em si mesmo dramático, dá conta apenas de modo parcial das situações de pobreza que fazem parte da nossa vida diária. Não posso deixar de fora, em particular, uma forma de mal-estar que aparece cada dia mais evidente e que atinge o mundo juvenil. Quantas vidas frustradas e até suicídios de jovens, iludidos por uma cultura que os leva a sentirem-se «inacabados» e «falidos». Ajudemo-los a reagir a estas instigações nocivas, para que cada um possa encontrar a estrada que deve seguir para adquirir uma identidade forte e generosa.

É fácil cair na retórica, quando se fala dos pobres. Tentação insidiosa é também parar nas estatísticas e nos números. Os pobres são pessoas, têm rosto, uma história, coração e alma. São irmãos e irmãs com os seus valores e defeitos, como todos, e é importante estabelecer uma relação pessoal com cada um deles.

O Livro de Tobias ensina-nos a ser concretos no nosso agir com e pelos pobres. É uma questão de justiça que nos obriga a todos a procurar-nos e encontrar-nos reciprocamente, favorecendo a harmonia necessária para que uma comunidade se possa identificar como tal. Portanto, interessar-se pelos pobres não se esgota em esmolas apressadas; pede para restabelecer as justas relações interpessoais que foram afetadas pela pobreza. Assim «não afastar o olhar do pobre» leva a obter os benefícios da misericórdia, da caridade que dá sentido e valor a toda a vida cristã.

9. Que a nossa solicitude pelos pobres seja sempre marcada pelo realismo evangélico. A partilha deve corresponder às necessidades concretas do outro, e não ao meu supérfluo de que me quero libertar. Também aqui é preciso discernimento, sob a guia do Espírito Santo, para distinguir as verdadeiras exigências dos irmãos do que constitui as nossas aspirações. Aquilo de que seguramente têm urgente necessidade é da nossa humanidade, do nosso coração aberto ao amor. Não esqueçamos: «Somos chamados a descobrir Cristo neles: não só a emprestar-lhes a nossa voz nas suas causas, mas também a ser seus amigos, a escutá-los, a compreendê-los e a acolher a misteriosa sabedoria que Deus nos quer comunicar através deles» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 198). A fé ensina-nos que todo o pobre é filho de Deus e que, nele ou nela, está presente Cristo: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40).

10. Este ano completam-se 150 anos do nascimento de Santa Teresa do Menino Jesus. Numa página da sua História de uma alma, deixou escrito: «Compreendo agora que a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se escandalizar com as suas fraquezas, em edificar-se com os mais pequenos atos de virtude que se lhes vir praticar; mas compreendi, sobretudo, que a caridade não deve ficar encerrada no fundo do coração: “Ninguém, disse Jesus, acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas coloca-a sobre o candelabro para alumiar todos os que estão em casa”. Creio que essa luz representa a caridade, que deve iluminar e alegrar, não só os que são mais queridos, mas todos aqueles que estão na casa, sem excetuar ninguém» (Manuscrito C, 12rº: História de uma alma, Avessadas 2005, 255-256).

Nesta casa que é o mundo, todos têm direito de ser iluminados pela caridade, ninguém pode ser privado dela. Possa a tenacidade do amor de Santa Teresinha inspirar os nossos corações neste Dia Mundial, ajudar-nos a «nunca afastar de algum pobre o olhar» e a mantê-lo sempre fixo no rosto humano e divino do Senhor Jesus Cristo.

Roma – São João de Latrão, na Memória de Santo António, Patrono dos pobres, 13 de junho de 2023.

FRANCISCO

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Homilia do papa Francisco na missa de encerramento do Sínodo da Sinodalidade 2023

A seguir, a homilia pronunciada pelo Papa Francisco:

É precisamente um pretexto que leva o doutor da Lei a apresentar-se a Jesus; pretende unicamente pô-Lo à prova. Todavia a dele é uma pergunta importante, uma pergunta sempre atual, surgindo de vez em quando no nosso coração e na vida da Igreja: «Qual é o maior mandamento?» (Mt 22, 36). Mergulhados no rio vivo da Tradição, também nós nos interrogamos: Qual é a coisa mais importante? Qual é o centro propulsor? Qual é a coisa que conta tanto a ponto de ser o princípio inspirador de tudo? E a resposta de Jesus é clara: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo» (Mt 22, 37-39).

Prezados Cardeais, Bispos e sacerdotes, religiosas e religiosos, irmãs e irmãos, ao concluirmos este pedaço de caminho que percorremos, é importante fixar o «princípio e fundamento», do qual uma vez e outra tudo começa: amar. Amar a Deus com toda a vida e amar o próximo como a si mesmo. Não está nas nossas estratégias, nos cálculos humanos, nem nas modas do mundo, mas no amor a Deus e ao próximo: é aqui que está o coração de tudo. Mas como traduzir tal impulso de amor? Proponho-vos dois verbos, dois movimentos do coração, sobre os quais quero refletir convosco: adorar e servir. Ama-se a Deus com a adoração e o serviço.

O primeiro verbo: adorar. Amar é adorar. A adoração é a primeira resposta que podemos oferecer ao amor gratuito, ao amor surpreendente de Deus. A maravilha própria da adoração é essencial na Igreja, sobretudo neste tempo em que perdemos o hábito da adoração. De fato, adorar significa reconhecer na fé que só Deus é Senhor e que, da ternura do seu amor, dependem as nossas vidas, o caminho da Igreja, as sortes da história. Ele é o sentido do nosso viver.

Ao adorá-Lo, redescobrimo-nos livres. Por isso, na Sagrada Escritura, o amor ao Senhor aparece frequentemente associado à luta contra toda a idolatria. Quem adora a Deus rejeita os ídolos, pois, enquanto Deus liberta, os ídolos tornam-nos escravos. Enganam-nos e nunca realizam o que prometem, porque são «obra das mãos dos homens» (Sal 115, 4). A  Escritura é severa contra a idolatria, porque os ídolos são obra do homem e, por este, manipulados, ao passo que Deus é sempre o Vivente, que está aqui e no além, «que não é feito como eu O penso, que não depende de quanto eu espero d’Ele e pode, por conseguinte, transtornar as minhas expectativas, precisamente porque está vivo. E a prova de que nem sempre temos a ideia certa de Deus é o fato de às vezes ficarmos decepcionados: eu esperava isto, imaginava que Deus Se comportasse assim, mas enganei-me. Deste modo trilhamos de novo o caminho da idolatria, querendo que o Senhor atue segundo a imagem que nós fizemos d’Ele» (C. M. Martini, Os grandes da Bíblia. Exercícios Espirituais com o Antigo Testamento, Florença 2022, 826-827). Isto é um risco que sempre podemos correr: pensar em «controlar Deus», encerrar o seu amor nos nossos esquemas, quando, pelo contrário, o seu agir é sempre imprevisível, ultrapassa-nos e por isso este agir de Deus suscita maravilha e exige adoração. Como é importante este maravilhar-se!

Sempre devemos lutar contra as idolatrias: sejam as mundanas, que muitas vezes derivam da vanglória pessoal, como a ânsia do sucesso, a autoafirmação a todo custo, a ganância do dinheiro (o diabo entra pelos bolsos, não o esqueçamos!), o encanto do carreirismo; sejam as disfarçadas de espiritualidade, como a minha espiritualidade, as minhas ideias religiosas, a minha habilidade pastoral… Vigiemos para não acontecer colocarmo-nos no centro a nós em vez d’Ele. Mas voltamos à adoração… Que esta seja uma atividade central para nós, pastores: dediquemos diariamente um tempo à intimidade com Jesus, Bom Pastor, diante do sacrário. Adorar. Que a Igreja seja adoradora! Adore-se o Senhor em cada diocese, em cada paróquia, em cada comunidade! Porque só assim nos voltaremos para Jesus, e não para nós mesmos; porque só através do silêncio adorador é que a Palavra de Deus habitará as nossas palavras; porque só diante d’Ele seremos purificados, transformados e renovados pelo fogo do seu Espírito. Irmãos e irmãs, adoremos ao Senhor Jesus!

O segundo verbo: servir. Amar é servir. No mandamento maior, Cristo liga Deus e o próximo, para que não apareçam jamais separados. Não existe experiência religiosa autêntica que seja surda ao grito do mundo; falo duma verdadeira experiência religiosa. Não há amor a Deus sem envolvimento no cuidado do próximo, caso contrário corre-se o risco do farisaísmo. Talvez tenhamos de verdade muitas e belas ideias para reformar a Igreja, mas lembremo-nos: adorar a Deus e amar os irmãos com o seu amor, esta é a grande e perene reforma. Ser Igreja adoradora e Igreja do serviço, que lava os pés à humanidade ferida, acompanha o caminho dos mais frágeis, dos débeis e dos descartados, sai com ternura ao encontro dos mais pobres. Assim no-lo ordena Deus, como ouvimos na primeira Leitura.

Irmãos e irmãs, penso naqueles que são vítimas das atrocidades da guerra; nas tribulações dos migrantes, no sofrimento escondido de quem se encontra sozinho e em condições de pobreza; em quem é esmagado pelos fardos da vida; em quem já não tem mais lágrimas, em quem não tem voz. E penso nas vezes sem conta em que, por trás de lindas palavras e eloquentes promessas, se favorecem formas de exploração, ou então nada se faz para as evitar. É um pecado grave explorar os mais frágeis, pecado grave que corrói a fraternidade e destrói a sociedade. Nós, discípulos de Jesus, queremos levar ao mundo outro fermento, o do Evangelho: Deus no primeiro lugar e, juntamente com Ele, aqueles para quem vão as suas predileções, ou seja, os pobres e os mais frágeis.

É esta, irmãos e irmãs, a Igreja que somos chamados a sonhar: uma Igreja serva de todos, serva dos últimos. Uma Igreja que acolhe, serve, ama, perdoa, sem nunca exigir antes um atestado de «boa conduta». Uma Igreja com as portas abertas, que seja porto de misericórdia. «O homem misericordioso – disse Crisóstomo – é um porto para os necessitados: o porto que acolhe e liberta do perigo todos os náufragos; sejam eles malfeitores, bons ou o que quer que sejam (…), o porto abriga-os dentro da sua enseada. Assim também tu, quando vires por terra um homem que sofreu o naufrágio da pobreza, não julgues, não peças contas da sua conduta, mas livra-o da desgraça» (Discursos sobre o pobre Lázaro, II, 5).

Irmãos e irmãs, assim se conclui a Assembleia Sinodal. Nesta «conversação do Espírito», pudemos experimentar a terna presença do Senhor e descobrir a beleza da fraternidade. Ouvimo-nos reciprocamente e sobretudo, na rica variedade das nossas histórias e sensibilidades, pusemo-nos à escuta do Espírito Santo. Hoje não vemos o fruto completo deste processo, mas podemos com clarividência olhar o horizonte que se abre diante de nós: o Senhor guiar-nos-á e ajudar-nos-á a ser Igreja mais sinodal e mais missionária, que adora a Deus e serve as mulheres e os homens do nosso tempo, saindo para levar a todos a alegria consoladora do Evangelho.

Irmãos e irmãs, por tudo o que fizestes no Sínodo e continuais a fazer, digo-vos obrigado! Obrigado pelo caminho que fizemos juntos, pela escuta e pelo diálogo. E, a par do agradecimento, quero formular um voto para todos nós: o voto de que possamos crescer na adoração a Deus e no serviço ao próximo. Adorar e servir. Que o Senhor nos acompanhe. Avante, com alegria!

Papa Francisco

FONTE: https://www.acidigital.com/noticia/56583

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Carta da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos ao Povo de Deus

Queridas irmãs e irmãos,

ao chegar ao fim dos trabalhos da primeira sessão da XVIa Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, queremos, com todos vós, dar graças a Deus pela bela e rica experiência que tivemos. Vivemos este tempo abençoado em profunda comunhão com todos vós. Fomos sustentados pelas vossas orações, trazendo connosco as vossas expectativas, os vossos questionamentos, e também os vossos receios.
Já passaram dois anos desde que, a pedido do Papa Francisco, iniciámos um longo processo de escuta e discernimento, aberto a todo o povo de Deus, sem excluir ninguém, para “caminhar juntos”, sob a guia do Espírito Santo, discípulos missionários no seguimento de Jesus Cristo.

A sessão que nos reuniu em Roma desde 30 de setembro foi um passo importante neste processo. Em muitos aspectos, foi uma experiência sem precedentes. Pela primeira vez, a convite do Papa Francisco, homens e mulheres foram convidados, em virtude do seu batismo, a sentarem-se à mesma mesa para participarem não só nos debates mas também nas votações desta Assembleia do Sínodo dos Bispos.

Juntos, na complementaridade das nossas vocações, carismas e ministérios, escutámos intensamente a Palavra de Deus e a experiência dos outros. Utilizando o método do diálogo no Espírito, partilhámos humildemente as riquezas e as pobrezas das nossas comunidades em todos os continentes, procurando discernir aquilo que o Espírito Santo quer dizer à Igreja hoje. Assim, experimentámos também a importância de promover intercâmbios mútuos entre a tradição latina e as tradições do Oriente cristão. A participação de delegados fraternos de outras Igrejas e Comunidades eclesiais enriqueceu profundamente os nossos debates.

A nossa assembleia decorreu no contexto de um mundo em crise, cujas feridas e escandalosas desigualdades ressoaram dolorosamente nos nossos corações e conferiram aos nossos trabalhos uma gravidade peculiar, tanto mais que alguns de nós provinham de países onde a guerra deflagra.

Rezámos pelas vítimas da violência assassina, sem esquecer todos aqueles que a miséria e a corrupção atiraram para os perigosos caminhos da migração. Comprometemo-nos a ser solidários e empenhados ao lado das mulheres e dos homens que operam em todo lugar do mundo como artesãos da justiça e da paz.

A convite do Santo Padre, demos um importante espaço ao silêncio para favorecer entre nós a escuta respeitosa e o desejo de comunhão no Espírito. Durante a vigília ecuménica de abertura, experimentámos o quanto a sede de unidade cresce na contemplação silenciosa de Cristo crucificado.

“A cruz é, de facto, a única cátedra d’Aquele que, dando a sua vida pela salvação do mundo, confiou os seus discípulos ao Pai, para que ‘todos sejam um’ (Jo 17,21)”. Firmemente unidos na esperança que a Sua ressurreição nos dá, confiámos-lhe a nossa Casa comum, onde o clamor da terra e o clamor dos pobres ressoam cada vez com mais urgência: “Laudate Deum! “, recordou o Papa Francisco logo no início dos nossos trabalhos.

Dia após dia, sentimos um apelo premente à conversão pastoral e missionária. Com efeito, a vocação da Igreja é anunciar o Evangelho não se centrando em si mesma, mas pondo-se ao serviço do amor infinito com que Deus ama o mundo (cf. Jo 3,16).

Quando lhes perguntaram o que esperam da Igreja por ocasião deste Sínodo, alguns sem-abrigo que vivem perto da Praça de S. Pedro responderam: “Amor! “. Este amor deve permanecer sempre o coração ardente da Igreja, o amor trinitário e eucarístico, como recordou o Papa evocando a mensagem de Santa Teresa do Menino Jesus a 15 de outubro, a meio da nossa assembleia. É a “confiança” que nos dá a audácia e a liberdade interior que experimentámos, não hesitando em exprimir livre e humildemente as nossas convergências e as nossas diferenças, os nossos desejos e as nossas interrogações, livre e humildemente.

E agora? Gostaríamos que os meses que nos separam da segunda sessão, em outubro de 2024, permitam a todos participar concretamente no dinamismo de comunhão missionária indicado pela palavra “sínodo”. Não se trata de uma questão de ideologia, mas de uma experiência enraizada na Tradição Apostólica. Como o Papa reiterou no início deste processo, “Comunhão e missão correm o risco de permanecer termos algo abstractos se não cultivarmos uma práxis eclesial que exprima a concretude da sinodalidade (…), promovendo o envolvimento real de todos e de cada um” (9 de outubro de 2021). Os desafios são muitos, as questões numerosas: o relatório de síntese da primeira sessão esclarecerá os pontos de acordo alcançados, destacará as questões em aberto e indicará a forma de prosseguir os trabalhos.
Para progredir no seu discernimento, a Igreja precisa absolutamente de escutar todos, a começar pelos mais pobres.

Isto exige, de sua parte, um caminho de conversão, que é também um caminho de louvor: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (Lc 10,21)! Trata-se de escutar aqueles que não têm direito à palavra na sociedade ou que se sentem excluídos, mesmo da Igreja.

Escutar as pessoas que são vítimas do racismo em todas as suas formas, especialmente, nalgumas regiões, os povos indígenas cujas culturas foram desprezadas. Acima de tudo, a Igreja do nosso tempo tem o dever de escutar, em espírito de conversão, aqueles que foram vítimas de abusos cometidos por membros do corpo eclesial e de se empenhar concreta e estruturalmente para que isso não volte a acontecer.

A Igreja precisa de escutar os leigos, mulheres e homens, todos chamados à santidade em virtude da sua vocação batismal: o testemunho dos catequistas, que em muitas situações são os primeiros anunciadores do Evangelho; a simplicidade e a vivacidade das crianças, o entusiasmo dos jovens, as suas interrogações e as suas chamadas; os sonhos dos idosos, a sua sabedoria e a sua memória.

A Igreja precisa de colocar-se à escuta das famílias, as suas preocupações educativas, o testemunho cristão que oferecem no mundo de hoje. Precisa de acolher as vozes daqueles que desejam se envolver em ministérios leigos ou em órgãos participativos de discernimento e de tomada de decisões.

Para progredir no discernimento sinodal, a Igreja tem particular necessidade de recolher ainda mais a palavra e a experiência dos ministros ordenados: os sacerdotes, primeiros colaboradores dos bispos, cujo ministério sacramental é indispensável à vida de todo o corpo; os diáconos, que com o seu ministério significam a solicitude de toda a Igreja ao serviço dos mais vulneráveis.

Deve também deixar-se interpelar pela voz profética da vida consagrada, sentinela vigilante dos apelos do Espírito. Precisa ainda de estar atenta a todos aqueles que não partilham a sua fé, mas que procuram a verdade e nos quais o Espírito, que “a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal por um modo só de Deus conhecido” (Gaudium et spes 22, 5), também está presente e actua.

“O mundo em que vivemos, e que somos chamados a amar e a servir mesmo nas suas contradições, exige da Igreja o reforço das sinergias em todos os âmbitos da sua missão. É precisamente o caminho da sinodalidade que Deus espera da Igreja do terceiro milénio” (Papa Francisco, 17 de outubro de 2015).

Não tenhamos medo de responder a este apelo. A Virgem Maria, a primeira no caminho, nos acompanha em nossa peregrinação. Nas alegrias e nas fadigas, ela mostra-nos o seu Filho que nos convida à confiança. É Ele, Jesus, a nossa única esperança!

Cidade do Vaticano, 25 de outubro de 2023

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44ª Assembleia das Igrejas Particulares – CNBB – Regional Sul 1

No período de 20 a 22 de outubro, ocorreu a 44ª Assembleia das Igrejas Particulares, CNBB, Regional Sul 1, em Itaici. O evento contou com a presença de representantes das Dioceses, incluindo Bispos, Padres Coordenadores de Pastoral, Diáconos e Leigos, além de representantes de várias Pastorais e organismos do Regional Sul 1, que engloba todo o Estado de São Paulo.

A Diocese de Guarulhos foi representada pelo Bispo Dom Edmilson Amador Caetano, pelo Padre Marcelo Dias (Coordenador Diocesano de Pastoral), o Padre Frizzo da comissão diocesana em Defesa da Vida e o Diácono Ricardo Valério, além de mais três leigos da pastroal da Juventude, Familiar e Pessoa Idosa.

O tema central da Assembleia foi “Igreja em saída: quais periferias reclamam nossas respostas e quais respostas daremos às periferias?”. O Pe. Carlos Alberto Contieri, SJ, foi responsável pela assessoria do evento. Durante a Assembleia, foram realizadas diversas atividades, como grupos de discussão, momentos de espiritualidade utilizando a Lectio Divina, entre outras.

Confira os pontos principais pontos de cada dia da Assembleia:

ESTAR JUNTOS E CONSTRUIR PROCESSOS

Organizada pelo Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a 44ª AIP teve início com uma celebração que reuniu os participantes na capela central do Mosteiro e, após, em procissão, seguiram até o auditório onde ocorrerão as sessões do tema central.

“Momento rico em nossa caminhada eclesial: que possamos aproveitar bem a nossa Assembleia que nos ajudará a cumprir a ação evangelizadora em nossas arquidioceses e dioceses”, comentou o arcebispo de Ribeirão Preto e vice-presidente do Regional Sul 1, Dom Moacir Silva.

Durante a sessão de abertura, conduzida pelo arcebispo de Sorocaba e presidente do Regional, Dom Júlio Endi Akamine, um vídeo institucional mostrou a realidade eclesial, social e econômica do Estado de São Paulo para favorecer o movimento de saída da Igreja, proposta central da AIP. Em seguida, o bispo auxiliar de São Paulo e secretário da entidade, Dom Carlos Silva, ressaltou que o método sinodal, aplicado na dinâmica da AIP, além de caminhar juntos, enquanto Igreja, quer ajudar os inscritos a “estarem juntos e construir processos”.

ESCUTAR O SENHOR

Uma missa, que rendeu graças aos bispos jubilares, deu início às atividades da AIP na manhã do dia 21. A celebração foi presidida pelo bispo emérito de Jundiaí, Dom Vicente Costa que, no mês passado, comemorou 25 anos de ordenação episcopal.

Durante a manhã, os participantes da AIP seguem com a assessoria do tema central e, em seguida, serão divididos pelas sub-regiões pastorais do Regional Sul 1, a saber, Aparecida, Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto I e II, São Paulo e Sorocaba, para uma dinâmica de “Escutar o Senhor” por meio da leitura orante da Palavra de Deus.

SINERGIA PASTORAL

Repercutindo a reflexão realizada pelo Pe. Carlos Alberto Contiere durante a tarde, Dom Júlio ressaltou a necessidade da
sinergia nas atividades pastorais, de forma que as energias empregadas na evangelização tenham melhor resultado e colaborem para a
edificação do Reino: “O Pe. Carlos nos chamou a atenção, hoje a tarde, para um aspecto que não devemos ignorar: a sinergia. Fazemos muito trabalho, mas será que esse trabalho é articulado, é feito em comunhão com a Igreja, é realizado em colaboração com todos?”

Dom Julio motivou os bispos presidentes das Comissões e suas equipes a encararem suas respectivas atividades e desafios como uma maneira que, trabalhando juntos, alcancem a sinergia necessária: “Essa organização de nove comissões episcopais é uma possibilidade de promover a sinergia do nosso trabalho pastoral em nosso Regional.

Esta colaboração, esta comunhão no trabalho, possibilita também que possamos nos beneficiar de todo o trabalho que é realizado aqui no nosso Regional, de tal modo que o trabalho de um vem em benefício de todos”.

30 ANOS DE MISSÃO

A contextualização histórica da ação missionária do Regional Sul 1, especialmente no Continente Africano e na Amazônia, foi realizada pelo bispo diocesano de Mogi das Cruzes, Dom Pedro Luiz Stringhini. O religioso recordou o início das ações, na região amazônica, em 1994, a partir da atuação de Dom Eduardo Koaik. Hoje, quase 30 anos depois, quatro padres seguem em missão. A fala de Dom Stringhini foi permeada pelos testemunhos dos presbíteros enviados para aquela região.

CAMPANHAS

Abrindo a apresentação das Campanhas, Dom Júlio Endi Akamine, arcebispo de Sorocaba e presidente do Regional Sul 1, enfatizou a necessidade de fortalecer as Campanhas, de modo especial, a Campanha da Evangelização, pois é aquela que permite sustentar as atividades das Comissões Episcopais: “Ontem tivemos a apresentação das novas equipes das Comissões Episcopais, que são sustentadas por esses recursos, por esta única campanha, que é a Campanha da Evangelização. Em nosso Regional, a partilha dos recursos é um pouco diferente, conforme já foi explicado, tivemos a decisão de não tirar nenhum centavo do gesto concreto da Campanha da Fraternidade, destinado integralmente para os projetos sociais, de ação socio-transformadora”.

Ficou definido que a Juventude será a referência das nossas ações para o próximo ano sendo necessário o esforço de todos para aprimorar o trabalho relacionado a esse tema nas diferentes realidades.

Confira as fotos da Assembleia:

44ª Assembleia das Igrejas Particulares - CNBB Sul 1
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CNBB sobre a tramitação da ADPF 442

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota, na quinta-feira, 14 de setembro, sobre o pedido de inclusão em pauta da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 no Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação pleiteia a possibilidade de descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. No texto, os bispos reafirmam o posicionamento contrário ao pedido feito na ADPF: “jamais aceitaremos quaisquer iniciativas que pretendam apoiar e promover o aborto”.

“Jamais um direito pode ser exigido às custas de outro ser humano, mesmo estando apenas em formação. O fundamento dos direitos humanos é que o ser humano nunca seja tomado como meio, mas sempre como fim”, reforçam os bispos. Na nota, também recordam a posição “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, diz um trecho do documento.

Outro destaque é o entendimento que os pedidos da ADPF 442 “foram conduzidos como pauta antidemocrática pois, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal (STF) uma função que não lhe cabe, que é legislar diante de uma suposta e inexistente omissão do Congresso Nacional”.

A Presidência da CNBB salienta que “se até hoje o aborto não foi aprovado como querem os autores da ADPF não é por omissão do Parlamento, senão por absoluta ausência de interesse do Povo Brasileiro, de quem todo poder emana, conforme parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal”.

NOTA DA CNBB
VIDA: DIREITO INVIOLÁVEL

“Propus a vida e a morte; escolhe, pois a vida” (Dt 30,19).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de sua Presidência, reafirma sua posição em favor da vida desde a concepção.

Diante do pedido de inclusão em pauta da ADPF 442 (2017), no Supremo Tribunal Federal (STF), que pleiteia a possibilidade de aborto legal até a 12ª semana de gestação, reafirmamos que “o aborto constitui a eliminação de uma vida humana, trata-se, pois, de uma ação intrinsecamente má e, portanto, não pode ser legitimada como um bem ou um direito” (Vida: Dom e Compromisso II: fé cristã e aborto, Edições CNBB, 2021, n.96).

Jamais um direito pode ser exigido às custas de outro ser humano, mesmo estando apenas em formação. O fundamento dos direitos humanos é que o ser humano nunca seja tomado como meio, mas sempre como fim. “Ninguém nunca poderá reivindicar o direito de escolher o que mais convém por meio de uma ação direta que elimine uma vida humana, pois nenhuma pessoa tem o direito de escolha sobre a vida dos outros” (Vida: Dom e Compromisso II, n. 97).

“A decisão deliberada de privar um ser humano inocente da sua vida é sempre má, do ponto de vista moral, e nunca pode ser lícita nem como fim, nem como meio para um fim bom” (Evangelium Vitae, n. 57).

Como já nos manifestamos em 2017, por meio de Nota “Pela vida, contra o aborto”, reiteramos nossa posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural. Entendemos que os pedidos da ADPF 442 foram conduzidos como pauta antidemocrática pois, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal (STF) uma função que não lhe cabe, que é legislar diante de uma suposta e inexistente omissão do Congresso Nacional, pois se até hoje o aborto não foi aprovado como querem os autores da ADPF não é por omissão do Parlamento, senão por absoluta ausência de interesse do Povo Brasileiro, de quem todo poder emana, conforme parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal.

De qualquer forma, jamais aceitaremos quaisquer iniciativas que pretendam apoiar e promover o aborto.

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, ajude-nos na missão de escolher a vida, como dom de Deus e compromisso de toda humanidade.

Brasília- DF, 13 de setembro de 2023

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre – RS
Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros da Silva
Arcebispo de Goiânia – GO
1º Vice- Presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo de Olinda e Recife – PE
2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB

 

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Encontro de Padres Assessores Eclesiásticos da Pastoral da Criança no Regional Sul 1 fortalece vínculos e troca de experiências

PASTORAL DA CRIANÇA
 
No dia 15 de agosto, a sede do Regional Sul 1 da Pastoral da Criança, situada em São Paulo, foi o cenário de um encontro de profundo significado. Cerca de 20 Assessores Eclesiásticos, representando diversas arqui/dioceses, uniram-se para compartilhar vivências, atualizar conhecimentos e fortificar os laços que entrelaçam essa relevante rede de apoio à infância.
 
A abrangência da atuação da Pastoral da Criança, estendendo-se por várias regiões do estado de São Paulo e também do Brasil, é crucial para promover o bem-estar e o desenvolvimento saudável das crianças e suas famílias. Nesse contexto, os Padres Assessores Eclesiásticos têm uma função vital, fornecendo orientação espiritual, apoio moral e engajamento comunitário.
 
O encontro transcorreu entre momentos de profunda reflexão, diálogo e compartilhamento. Os participantes aproveitaram a ocasião para trocar experiências sobre os desafios e conquistas que vivenciam em suas respectivas localidades. Além disso, foram abordados temas pertinentes, tais como a relevância da integração entre a fé e a promoção do bem-estar infantil.
 
Destacando-se ainda nesse momento de partilha a presença de Dom Carlos Silva, bispo referencial para a Pastoral da Criança e secretário do Regional Sul 1. Em suas palavras, ele motivou não apenas o trabalho dos padres, mas também o engajamento dos agentes da pastoral. Também contamos com o apoio do Padre Erly Guillen para a realização deste encontro, assessor eclesiástico da Pastoral da Criança e da coordenadora estadual Maria Helena Barsanelli.
 
A valorização desse tipo de encontro alinha-se perfeitamente com a missão da Pastoral da Criança de edificar redes de apoio sólidas e sustentáveis em prol das crianças e suas famílias. A troca de saberes e a construção de laços mais estreitos entre os Padres Assessores Eclesiásticos fortalecem a base na qual essa nobre missão se sustenta.
 
O Assessor da pastoral da criança de nossa Diocese, Padre Ricardo Monteiro esteve presente no encontro.
 
Fotos: Comunicação Regional Sul 1
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“Fortalecendo Laços Familiares”: Tema Central da Semana Nacional da Família 2023

A Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) selecionou o lema “Família, fonte de vocações” para guiar a Semana Nacional da Família de 2023, que ocorrerá de 13 a 19 de agosto. Este tema coincide com o enfoque do 13º Simpósio Nacional das Famílias e está em harmonia com o 3º Ano Vocacional no Brasil, uma celebração que se estenderá até novembro deste ano com o objetivo de incentivar a reflexão, a oração e a promoção das vocações em todo o país. Nesse contexto, o subsídio “Hora da Família” é oferecido como suporte para direcionar as atividades da semana.

O Padre Crispim Guimarães, Secretário Executivo da CNPF, enfatiza a importância de cultivar as vocações nas famílias: “Cada família deve proporcionar a seus membros a oportunidade de descobrir o chamado que Deus, em Seu amor infinito, depositou profundamente em seus corações, sendo essa a única fonte de uma vida verdadeiramente plena. Aqueles que não reconhecem suas vocações jamais conhecerão a alegria e realização plenas de seus corações”.

O lema escolhido também remete ao Ano Vocacional, trazendo à mente a passagem bíblica do Evangelho de São Lucas: “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33).

Padre Crispim destaca que o tema do ano anterior, “Amor familiar, vocação e caminho de santidade”, serviu como introdução ao que está sendo proposto para a experiência vivida agora pela Pastoral Familiar, comunidades, grupos de movimentos e famílias.

“É fundamental que as famílias se preocupem com as carreiras profissionais de seus membros, mas antes disso, é vital que se concentrem na vontade de Deus para cada indivíduo na família. Oferecer um ambiente onde especialmente as crianças e jovens possam discernir o chamado de Deus, seja para o Matrimônio, o Sacerdócio, a vida religiosa, entre outros, é algo que Deus realiza, e ninguém tem o direito de intervir nesse processo, apenas de facilitar sua descoberta”, destaca.

Ao longo da Semana Nacional da Família, uma variedade de atividades será realizada em todo o país, adaptadas à criatividade pastoral e à realidade de grupos, famílias, comunidades e dioceses. A Pastoral Familiar disponibiliza o subsídio especial “Hora da Família”, contendo roteiros de encontros para cada dia da semana, além de sugestões para a celebração do Dia dos Pais.

 

Fonte: Portal cnbbsul1.org.br