SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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"O Senhor fez em mim maravilhas." (Lc 1,49)

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Encontro Diocesano da CEBs

Aconteceu no último dia 27 de Maio na Capela São José (Bom Clima) o encontro diocesano da CEBs, uma tarde marcada por partilha e questionamentos sobre os direitos e a participação na vida social e política de cada pessoa nas diversas camadas da sociedade, além de um momento de espiritualidade fazendo memoria a grandes acontecimentos na sociedade brasileira e mundial de pessoas que se tornaram verdadeiros mártires, doando sua própria vida em defesa dos direitos das classes menos favorecidas.

O encontro contou com a participação da equipe diocesana da CEBs, padre Tarcísio assessor das Pastorais Sociais, padre Valdocir representante da Pastoral Afro, além de representantes das diversas paróquias que atuam em defesa de uma sociedade mais justa e menos excludente.

Contextualização histórica das CEBs, tomando como princípio as primeiras comunidades apostólicas e como fora se perdendo esse jeito de ser Igreja no decorrer dos tempos. Assim, o Concilio Vaticano II, com a preocupação de buscar novos meios para a Evangelização respeitando as Culturas de todos os povos no seu jeito de ser e agir, as Igrejas latino-americanas, principalmente a brasileira, conseguiram atender a esse apelo conciliar e a CEBs se tornou um modelo admirado por toda Igreja.

CEBs “Um jeito novo e eficaz de ser Igreja”:

Comunidade é aquela que põe tudo em comum, partilha, busca o melhor não para sí, más para todos, ou seja, o bem comum.

Eclesial é aquela que está unida à Igreja de Cristo, que celebra junto, buscando a glorificação de Deus e a salvação e santificação dos homens.

Base é aquilo que surge a partir do povo, das classes mais excluídas da sociedade, é a Palavra de Deus sendo semeada de baixo para cima na fé e esperança.

A CEBs em seu campo de missão atua na sociedade como “fermento, sal e luz no mundo”, quebrando as barreiras da sociedade, indo ao encontro do outro, valorizando a cultura de cada povo, buscando integrar todos na comunhão fraterna e no convívio com Deus, de maneira que as pessoas se tornem livres, dinâmicas e conscientes de seus direitos e deveres como cidadão e como membros da Igreja.

Falou-se dos intereclesiais, o que são e qual sua importância na Igreja brasileira, onde pessoas de todo Brasil se encontram para a luz da Palavra de Deus e de suas experiencias pessoais e locais, vivendo a união, a organização e a conscientização que nos ajudam a vencer o preconceito racial e a discriminação de tantas classes que aos olhos da sociedade não apresenta nenhum valor.

Ao final do encontro foram apresentados os dois delegados que representarão a Diocese de Guarulhos no intereclesial desse ano que acontecerá nos dias 18 à 22 de julho em Rondonópolis – MT. A senhora Fatima Aparecida dos Anjos da Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Santos Dumont) e o Diácono Jenivaldo, contamos com a oração de todos para que tenhamos um encontro produtivo e abençoado.

 

Diác. Jenivaldo Pereira de SouzaAssessor diocesano da CEBs

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Diocese de Guarulhos celebra Solenidade de Corpus Christi em suas paróquias

Na quinta-feira, 08 de junho, 60 dias após a Quinta-Feira Santa, ou seja após a Instituição da Eucaristia, celebramos a Solenidade de Corpus Christi.
 
A Diocese de Guarulhos, em comunhão com todas as paróquias promoveram celebrações e a festa tradicional do Corpo e Sangue de Cristo, onde foram renovados, em algumas paróquias, os votos dos ministros da Eucaristia, data propícia para tal feito.
 
A principal celebração oficial da Diocese, aconteceu na Catedral Imaculada Conceição, onde o Bispo, Dom Edmilson presidiu a Santa Missa às 15h juntamente com o Pároco da Catedral, Pe. Antonio Bosco e os vigários, Pe. Leonardo e Pe. Joaquim.
 
De acordo com o bispo, é preciso compreender a importância da Eucaristia na vida dos cristãos. Ele disse que as procissões servem para mostrar aos demais que “Deus está conosco”.

“Quem come e bebe o corpo e o sangue de Cristo deve viver igual a Ele. Não se trata de comungar e viver a vida como eu quero. Se o mundo passa fome de pão – com 33 milhões de pessoas apenas no Brasil – é porque, apesar de comermos a carne do Filho de Deus e bebermos seu sangue, não vivemos como Ele”, disse.

Dom Edmilson explicou que Deus quer a felicidade de todo ser humano e, pela Eucaristia, é possível alcançar esse objetivo.

Corpus Christi, é a oportunidade para celebrar um dos sacramentos que fundamenta a fé católica, a Eucaristia.
 
 
Confira algumas fotos das celebrações pela Diocese:
Corpus Christi 2023
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Dom Edmilson ordena nove novos Diáconos para a Diocese de Guarulhos

Em 3 de junho, na Paróquia São Judas Tadeu no Jardim Alice, testemunhamos um evento muito significativo — a Missa de Ordenação Diaconal, presidida por Dom Edmilson Amador Caetano. Nessa ocasião especial, nove homens foram ordenados diáconos, sendo sete permanentes e dois transitórios: Augusto César Vieira dos Santos, Bruno Santana Aguiar, Ediciel Francisco, Edson Souza, Everton Francisco Serqueira, José Celio Higino dos Santos, Ricardo Valério da Silva, Silvio Santos Melo e Ronaldo Carlos de Morais.

A homilia proferida por Dom Edmilson iluminou os principais conceitos que caracterizam a vocação diaconal: o dom da vocação, a missão e o serviço, todos enraizados nas Sagradas Escrituras.

Primeiro, como mencionado pelo bispo, a vocação é um dom de Deus. No livro do Profeta Isaías, lemos: “O espírito do Senhor DEUS está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas notícias aos pobres.” (Isaías 61:1). Da mesma forma, os diáconos não atuam por si, mas movidos pelo Espírito Santo, são escolhidos e enviados para uma missão na comunidade.

A segunda ideia apresentada por Dom Edmilson refere-se à missão específica dos diáconos, o serviço. Este conceito está arraigado nas palavras de Jesus Cristo em Marcos 10:45: “Pois nem mesmo o Filho do Homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” A Igreja, em sua essência, é chamada a ser uma igreja servidora, uma igreja samaritana, seguindo o exemplo de Jesus.

O serviço aqui, como sublinhou o bispo, não é meramente assistencial. A igreja não é uma ONG. O serviço dos diáconos é aquele que restaura a dignidade humana em todas as suas dimensões. Neste sentido, a vocação diaconal é intrinsecamente socio-transformadora, dando vida à dimensão da palavra e da liturgia.

Por fim, vale ressaltar que a ordenação diaconal, um sacramento da Igreja, configura aquele que a recebe à imagem de Cristo, que serve e dá a sua vida. Não é um papel que coloca o diácono no topo, mas sim um chamado para servir a todo o povo de Deus e à missão da igreja.

Esses novos diáconos, agora ordenados, estão sendo chamados a viver esse serviço em suas vidas e ministérios. Eles devem inspirar-se no exemplo de Cristo e na força do Espírito Santo para cumprir suas missões, servindo ao povo de Deus e trabalhando pela transformação da sociedade. Que eles abracem este chamado com fé e amor e sejam verdadeiros embaixadores de Cristo e do Evangelho.

Com essa ordenação diaconal, a igreja é enriquecida com novos servos, que estão dispostos a doar suas vidas ao serviço do próximo e a promover a paz e a harmonia em suas comunidades. O diácono, seguindo as palavras de Dom Edmilson, “não faz isso por si mesmo, mas pela força do espírito”.

A vocação diaconal também traz consigo a responsabilidade da liturgia e da palavra, elementos inseparáveis da missão de transformar a sociedade. Os diáconos, como ministros da palavra, devem ser canais de comunicação entre Deus e seu povo, e através da liturgia, devem fortalecer a fé dos fiéis e alimentá-los com a Eucaristia, o maior sinal do amor de Cristo pela humanidade.

Referindo-se à homilia de São Paulo VI na canonização dos mártires de Uganda, podemos entender que a vocação diaconal, assim como a vocação dos mártires, exige coragem e compromisso. A Igreja de hoje, como na época dos primeiros mártires, necessita de testemunhas, que estejam dispostas a dar suas vidas por amor à fé.

Através da vocação diaconal, os novos diáconos estão sendo chamados a manifestar esse testemunho em suas vidas e ministérios. Neste Ano Vocacional, eles se tornam exemplos vivos de como a vocação é uma graça concedida pelo Espírito Santo, que nos chama não apenas para a santidade, mas também para o serviço.

Em seus novos papéis, os diáconos são encorajados a mostrar a face servidora e samaritana da Igreja, cuidando do povo de Deus e trabalhando para transformar a sociedade, seguindo os passos de Jesus Cristo, que “veio para servir e dar a vida em resgate por muitos”.

Que esses novos diáconos encontrem a força e a inspiração para viver essa vocação em todas as suas dimensões, tanto na liturgia e na palavra, quanto na ação social e transformadora. Que eles sejam fiéis a esse chamado e contribuam para a construção do Reino de Deus aqui na terra. E que toda a comunidade da Diocese de Guarulhos os apoie em oração e ação, reconhecendo o valor de seu serviço diaconal e colaborando em sua missão.

 

Confira as fotos da Ordenação:

Ordenação Diaconal 2023
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Congregação das Missionárias de Santo Antônio Maria Claret

A Congregação das Missionárias de Santo Antônio Maria Claret, é um dos oito ramos da Família Claretiana. Foi fundada por Dom Geraldo Fernandes Bijos, primeiro bispo e arcebispo de Londrina/Pr e a Serva de Deus Madre Leônia Mílito, missionária italiana, atualmente em processo de beatificação. A sede da fundação foi em Londrina, aos 19/03/1958, festa de São José e nasceu como uma pequena semente lançada em terreno fértil com a vigorosa energia de Deus que produz bons frutos para o Reino. Atualmente a Congregação está presente em 17 países nos cinco continentes.

O ESPÍRITO CARISMÁTICO: Seguir Jesus Missionário do Pai e Redentor da humanidade, abraçando as obras de misericórdia corporais e espirituais, colaborando na salvação das pessoas de todo o mundo por todos os meios possíveis pelo anúncio do Evangelho e o serviço da caridade aos mais pobres.

ESPIRITUALIDADE: Eucarística e Cordimariana. A missionária Claretiana deve nutrir-se de oração e viver em íntima união com Jesus Cristo. (M. Leônia). Dos pés de Jesus saí para cuidar dos pobres, depois de cuidar dos pobres, voltai para retemperardes o vosso espírito aos pés de Jesus no Santíssimo Sacramento do altar. (D. Geraldo)

OS PROTETORES ESPECIAIS: O Imaculado Coração de Maria, como Mãe, Mestra e Rainha. Santo Antônio Maria Claret, que dá seu nome à Congregação; São José a quem é atribuída a graça especial da fundação e Santa Terezinha do Menino Jesus, patrona mundial das missões.

O LEMA BONDADE E ALEGRIA: Com a bondade no coração e o sorriso nos lábios, vencereis qualquer dificuldade e luta que nunca faltam no caminho do Senhor. (M. Leônia) Desde o início da Congregação, eu venho pregando a necessidade da alegria e da bondade. (D. Geraldo)

IDENTIDADE DAS MISSIONÁRIAS: “A Missionária Claretiana vive em simplicidade evangélica, caridade verdadeira, humildade profunda e generosa disponibilidade. Numa atitude de conversão pessoal e comunitária, deixa-se guiar pelo Espírito Santo e procura crescer cada dia no amor de Deus e do próximo sobretudo dos mais pobres. Busca a vida oculta e centrada no amor. Tudo faz por amor. Faz o bem a todos, sem discriminação. Vive em profundidade a espiritualidade eucarística e mariana; a dimensão do espírito missionário universal; a total disponibilidade e serviço à Igreja em cada época, atenta aos sinais dos tempos, em comunhão com seus pastores, sentindo com a Igreja, sendo filha da Igreja. Compartilha a vida em comum, os bens, o trabalho, na pobreza evangélica” (Constituição, 14)

RAMOS CARISMÁTICOS: A Congregação conta com o Instituto Claretiano de Leigos Missionários e a Fraternidade Eclesial Claretiana que atuam na força do mesmo Carisma.

O Carisma dado a uma Congregação Religiosa é dom do Espírito Santo e não pode fechar-se sobre os membros que efetivamente assumem a radicalidade da proposta. Todas as pessoas que de alguma forma aproximam-se da Congregação das Missionárias de Santo Antônio Maria Claret, ou Missionárias Claretianas, seja pela busca de espiritualidade ou por participar na missão, são igualmente portadoras deste Carisma e merecem especial atenção para que ele desabroche e produza os frutos de que o Reino precisa.

Os Fundadores, Dom Geraldo Fernandes e Madre Leônia Milito, foram audazes e santos em seu proceder, assumindo firmar as bases deste Carisma na Igreja e deixaram em seus escritos um extenso legado de incentivo para a abertura ao mundo missionário.

A Congregação das Missionárias de Santo Antonio Maria Claret, como dom de Deus, tem sua origem na vida de duas pessoas: Maria Mílito e Geraldo Fernandes Bijos.

Maria Mílito nasceu em Sapri, Salerno, Itália, a 23 de junho de 1913, sendo seus pais: Gabriel Mílito e Maria Grissi. Faleceu no município de Cambé, Paraná, Brasil, em acidente automobilístico, no dia 22 de julho de 1980.

Geraldo Fernandes Bijos nasceu em Contagem, Minas Gerais, Brasil, no dia 01 de fevereiro de 1913, sendo seus pais: Vigilato Fernandes Bijos e Maria José Moreira Fernandes. Faleceu em São Paulo, Brasil, a 29 de março de 1982, em consequência de uma intervenção cirúrgica cardíaca.

Estas duas pessoas, nascidas em lugares diferentes, com história pessoal diferente, mas com ideias semelhantes, guiadas pela Providência, encontraram-se em 1956, tornando-se, a partir de então, os instrumentos do Espírito Santo para fundar a Congregação das Missionárias de santo Antônio Maria Claret.

Conheça e faça parte desta Família também!

 

Ir. HermíniaMissionárias Claretianas

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É necessário “permanecer com Ele”

No encontro cativante no caminho de Emaús, os discípulos rogam ao Ressuscitado: “permanece conosco!” (Lc 24,). A permanência com o Senhor é o ponto fundamental da experiência com Jesus e fonte substancial de toda a vocação. O próprio Jesus pede aos discípulos para “permanecesse com ele” (Jo 15,4a), prometendo que “ele permaneceria em vós” (cf. Jo 15,4b).

Para bem ilustrar essa intimidade, Jesus se utiliza da figura autorreferencial da videira e, para os discípulos, a dos ramos que devem estar ligados a ele – uma vez unidos a Cristo, o fiel há de dar frutos. Incontestavelmente, tal analogia deve fazer-se aos vocacionados: quem ouve o chamado de Deus, deve estar ligado a Ele e, por consequência, dar resultas.

Com efeito, essa pessoalidade traz um apelo mútuo: Jesus apela aos discípulos que permaneça com Ele e os discípulos assim o pedem também – a exemplo dos discípulos de Emaús. É próprio dos que mantêm o mínimo de intimidade é a permanência, a solidez da comunhão dos interesses.

O desejo de Jesus é que os seus, os seus vocacionados, estejam ligados ao seu amor, ao seu mandamento e na escuta da sua Palavra. Consequentemente, os discípulos, aqueles que respondem a vocação, querem ter a permanência de seu Senhor, seja pela oração, pela Palavra e pelos sacramentos, pois sabem que, sem Jesus, “nada podem fazer” (Jo 15,5c).

 

Sem. Edson Vitor – 4º ano de Teologia

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Sacramento da Penitência e da Reconciliação (Final)

Um dos destaques da nossa última Assembleia Diocesana foi a valorização do sacramento da Penitência: “Priorizar o sacramento da Penitência junto a Pastoral da Escuta.” (n.3 – Pilar do Pão). Por isso, desde março estamos repartindo com o leitor um pouco do que o Catecismo da Igreja Católica traz sobre o importante assunto.

O sacerdote que celebra o sacramento da penitência realiza o ministério do bom Pastor que procura a ovelha perdida, o bom Samaritano que cura as feridas; o Pai que espera pelo filho arrependido e o acolhe no seu retorno; mas também do justo juiz que não faz discriminação de pessoas e cujo juízo é, simultaneamente, justo e misericordioso. Em outras palavras, o sacerdote é sinal e instrumento do amor misericordioso de Deus para com o pecador arrependido. ( cfr. Catec. n. 1465)

O confessor é ministro, isto é,  servidor do perdão de Deus. Por isso deve unir-se à intenção e à caridade de Cristo .

A Igreja declara que todo o sacerdote que ouve confissões está obrigado a guardar segredo absoluto sobre os pecados que os seus penitentes lhe confessaram; se quebrar esse sigilo, incorrerá em penas muito severas. Este segredo, que não tem exceções, é chamado «sigilo (selo) sacramental», porque aquilo que o penitente manifestou ao sacerdote fica «selado» pelo sacramento. O penitente, embora não sujeito ao sigilo sacramental, deve evitar dizer a outrem o que ouviu do sacerdote durante a confissão, por discrição e respeito.

Quais os efeitos deste sacramento?

A Penitência nos restitui a graça de Deus e nos une a Ele numa amizade perfeita. A isso se chama reconciliação com Deus. Por essa razão é preciso pedir a graça do arrependimento sincero.

A penitência também nos  reconcilia com a Igreja. O sacramento da conversão restaura a comunhão fraterna que foi abalada ou até mesmo rompida pelo pecado.  A Igreja sofre com o pecado de seus membros, mas também é beneficiada com sua penitência e conversão. Há uma troca entre os bens espirituais entre todos os membros da Igreja, quer os membros da Igreja peregrina, quer os que já estão na imortalidade.

Somente pelo caminho da conversão é que podemos entrar no Reino de onde o pecado grave nos exclui. Convertendo-se a Cristo pela penitência e pela fé, o pecador passa da morte à vida. Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e tenha a vida. (Cfr Ez 33,11).

As palavras da fórmula de absolvição que o sacerdote concede ao penitente resumem o significado do sacramento:

Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de Seu Filho, reconciliou o mundo Consigo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo“.

O penitente perdoado reconcilia-se consigo mesmo no mais profundo do seu ser, onde recupera a própria verdade interior: reconcilia-se com os irmãos, que de algum modo ofendeu e magoou: reconcilia-se com a Igreja; reconcilia-se com toda a criação.

Por tudo isso, não podemos ter medo do sacramento da penitência, e de modo algum podemos assustar as  pessoas, e sobretudo as crianças, ameaçando-as com a suposta severidade da penitência, mas sim devemos encorajar os cristãos a desejarem o sacramento da reconciliação, como remédio espiritual que cura, salva, liberta, fortalece e pacifica.

 

Padre Antonio Bosco da Silva

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Salomão: (+ ou – 970 – 931 a.C.; texto: 1Rs 3-11)

Continuação…

Retomando nosso estudo sobre Salomão, vejamos as características gerais do seu reinado:

– As preocupações principais eram criar um exército permanente, fixar uma capital política e religiosa, Jerusalém, e selecionar uma elite a serviço do rei;

– Acumulação: poder, terras, privilégios e luxo na corte (1Rs 5, 2 – 3; 7, 1 – 8; 10, 14 – 23)

– Tributação abusiva: o luxo da corte, a estrutura do Estado e as guerras exigiam muito dinheiro;

– Exploração sobre os agricultores e a corveia (1Rs 5, 27 – 32; 12, 4): isso vai criar a resistência dos trabalhadores;

– União com princesas estrangeiras e adoção de cultos estranhos à fé do povo (1Rs 11, 1 – 8);

– Concentração de riquezas nas mãos do rei e dos seus auxiliares;

– Uso da religião para manipular o povo (ver 1Rs 8, 1 – 13; 6 – 7)

Mais uma vez, o povo elevou seu clamor, como na escravidão do Egito. O rei se distanciava cada vez mais do povo e da periferia (Am 6, 1 – 6). A elite vai criando ideologias para oprimir ainda mais o povo, como ocorre na literatura sapiencial, por exemplo, na qual a pobreza é considerada fruto da preguiça e, portanto, uma maldição, e a riqueza, uma bênção de Deus (ver Pr 10, 4; 10, 15; 13, 18).

O resultado disso tudo era a discriminação ao pobre e desprezo ao seu clamor (Ecl 9, 13 – 16; Eclo 13, 3 – 4). Na época de Salomão, portanto, houve um retrocesso: a volta à escravidão semelhante à escravidão vivida no Egito!

 

Salomão morreu em 931 a.C.; após sua morte, houve um cisma político e surgiram dois reinos:

– no NORTE – Reino de Israel, composto pelas DEZ tribos, que se rebelaram contra Roboão, filho sucessor de Salomão (1Rs 12, 10 – 12);

– no SUL – Reino de Judá, composto pelas tribos de Judá e Benjamim, fiéis a Roboão (descendente de Davi, filho de Salomão).

 

As causas dessa divisão do Reino de Salomão foram:

  1. Impostos abusivos:

– taxas do santuário: aspecto sagrado, desde Moisés – dois tipos:

– obrigatórias: dízimo anual e tributo anual por pessoa;

– eventuais (casos especiais): taxa pelo pecado e resgates de pessoas ou bens consagrados a Deus (comutação) Ver Lv 4; 5, 15 – 16; 27, 30 – 33; Dt 14, 22 – 29.

– impostos “do rei”: meios de se apossar dos bens de seus súditos – diversas formas de exploração; Samuel já prevenira o povo desse risco: 1Sm 8, 11 – 17; Tipos:

– dízimo do rei – ver 1 Rs 10, 15; 21;Am 7, 1;

– impostos por vassalagem – ver 2Rs 15, 19 – 20; 23, 33 – 35 = casos de Manaém e Joacaz;

outros impostos: tributo territorial, tributo por pessoa e pedágios (Esd 4, 13).

  1. Violência e opressão:

– política de Salomão: cruel e opressora (corveia = trabalhos forçados);

– manipulação religiosa;

– surgimento de dois inimigos: Síria (Aram) e Edom;

– tributos para manter um exército forte e bem equipado (1Rs 11, 14 – 25);

– riqueza do rei ao lado da miséria do povo do Norte.

  1. Influências do paganismo:

– Casamentos de Salomão – número exagerado de esposas = gastos excessivos na corte;

– Inserção da IDOLATRIA no Templo de Jerusalém (deuses);

– Pactos comerciais e políticos com outros países.

  1. Escravidão: o povo do Norte tornou-se mercadoria de barganha política e econômica (1Rs 5, 20 – 25; 9, 10 – 14) e colocado como escravo do rei (1Rs 5, 27; 11, 26).

         Dois fatos marcaram o fim da era de Salomão:

1º- A rebelião contra Roboão, apoiada pelo profeta Aías, de Silo (1Rs 11, 29 – 32.37 – 38; 12, 4 – 11). O povo foi suplicar a Roboão o alívio às imposições de seu pai Salomão, mas Roboão não ouviu os clamores do povo.

2º – Jeroboão: tornou-se rei das tribos do Norte, uma espécie de “Davi do Norte”; porém, a dinastia de Jeroboão não cumpriu o ideal que Aías propôs (1Rs 11, 37 – 38), porque Jeroboão estava afeito à idolatria.

 

Pe. Éder Aparecido Monteiro

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Imagem Peregrina do Terço dos Homens percorre a Forania Fátima

Em Novembro de 2022 a Diocese de Guarulhos foi escolhida para receber a Imagem peregrina do Terço dos Homens da Rede Século XXI, em Valinhos / SP.

O primeiro grupo a acolher a imagem foi a Paróquia Santa Luzia – Alvorada, seguindo às paróquias: Santo Antonio – Pimentas; São Judas Tadeu – Alice; Sagrado Coração de Jesus; São Francisco – Nações; Nsa. Sra. de Fátima – Aracília; São Francisco – Uirapuru. Encerrando a peregrinação na Paróquia Santa Rita – Jd. Cumbica, na celebração do 7o aniversário do grupo. A imagem peregrina visitou os grupos dos homens do Terço das respectivas paróquias, além dos grupos de oração, enfermos e demais pastorais.

Os párocos e vigários acolheram a imagem nas Santas Missas realizando a benção de envio, em suas homilias ressaltaram o espírito de oração que a presença da Mãe Aparecida proporcionou aos homens e familiares. A peregrinação da Mãe Aparecida, realiza uma integração entre os grupos diocesanos, trás a presença de Deus, proporcionando momentos de oração, e leva não somente a Deus, mas a tantos outros, a nossa experiência de Oração.

No mês de Junho a Imagem estará nas foranias Bonsucesso e Aparecida.

Salve Maria!

“Com o Terço nas mãos, joelhos no chão e Deus no coração”! 

Pe. Johnny BernardoAssessor Diocesano do Terço dos Homens

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Os perigos da Inteligência Artificial

Até aonde a tecnologia pode evoluir sem ferir nossa liberdade?

   Em 1940, em plena segunda guerra mundial, o matemático britânico Alan Turing construiu uma máquina eletromecânica, que decifrou os códigos dos navios de guerra da Alemanha. Essa invenção não só ajudou os aliados a derrotarem os nazistas, como também criou as bases teóricas da computação que permitiram o surgimento da Inteligência Artificial “A.I”. Em novembro de 2022 foi criado o ChatGPT, uma ferramenta de pesquisa e produção de conteúdos que é derivada direto dessa inteligência e o seu uso está sendo muito discutido atualmente. Quais as consequências positivas ou negativas que o uso da A.I. provocará na sociedade?

Inteligência Artificial é o conjunto de ciências, teorias e técnicas que visa imitar as habilidades cognitivas de um ser humano. A Revolução Industrial, no início do século, facilitou a vida das pessoas, mas teve um alto custo representado pela degradação do meio ambiente e o surgimento de doenças. Desta vez, estamos vivendo uma nova revolução tecnológica que pode trazer mais eficiência na execução de tarefas, mas ao mesmo tempo, muitos perigos. Programas inteligentes como o ChatGPT, podem assumir o lugar das pessoas e influenciar decisões mudando o rumo da sociedade.

O ChatGPT seria capaz de elaborar artigos científicos e até de escrever livros. Nas artes, poderia compor peças teatrais, roteiros de filmes e músicas. Mas o maior perigo está no campo social: softwares inteligentes poderiam criar informações falsas e manipular imagens trazendo risco à privacidade dos indivíduos. A foto do Papa Francisco vestindo um casaco branco, publicada por inúmeros sites, é um exemplo claro desse perigo. Não é à toa que na Itália o ChatGPT está proibido e outros países da Europa estão criando leis para seu uso.

Por trás das questões éticas que envolvem o desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial, está um mercado avaliado em centenas de bilhões de dólares. Curiosamente, os maiores líderes desse setor escreveram um documento com mais de 1000 assinaturas solicitando uma pausa de seis meses no desenvolvimento dessa nova tecnologia. O documento alerta para “riscos profundos para a sociedade e para a humanidade”.

Resumindo, se até os maiores interessados estão preocupados com as consequências dessa nova tecnologia, deveríamos nos preocupar mais ainda. Afinal, nenhum progresso vale a pena se perdermos a condição sagrada de sermos pessoas livres e conscientes, capazes de fazer nossas escolhas. Que a Inteligência Artificial, ainda que mais avançada, esteja sob o domínio da inteligência humana, para que possamos honrar e dignificar nossa identidade de filhos de Deus.

 

Romildo R. Almeida – Psicólogo clínico

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Corpus Christi: Memorial da ceia do Senhor

Neste mês de junho celebramos a Solenidade de Corpus Christi. Ao longo dos séculos, por vários fatores, foi-se concretizando na Igreja a necessidade de celebrar de modo especial o Sacramento da Eucaristia numa solenidade, colocando em relevo a presença real do Senhor no Santíssimo Sacramento do Altar. Esta solenidade não ofusca de modo algum a Instituição da Eucaristia que já celebramos na quinta-feira santa e muito menos a solenidade com que celebramos, de modo especial no domingo, a Páscoa semanal.

A relevância que se dá à presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar, coloca em relevo que o MEMORIAL DA CEIA DO SENHOR não é somente uma recordação ou significação, mas a realização da promessa do Senhor que está conosco todos os dias e a real atualização do mistério pascal em nossa existência cristã e no mundo. Não pode ser uma presença passageira ou meramente significante. Se fosse somente assim, na realidade, seria insignificante. A solene procissão litúrgica que fazemos nesta solenidade quer ser expressão da nossa fé nesta presença real e efetiva.

Estamos vivendo na Igreja no Brasil neste ano o III Ano Vocacional. A Eucaristia está no centro e no ápice da nossa vocação cristã.  A Eucaristia faz a Igreja. Ela coroa toda a Iniciação Cristã e é necessária em toda a caminhada cristã em qualquer vocação que somos chamados a viver na Igreja e no mundo. Participar da Eucaristia é manifestar concretamente que nossa vocação é graça e missão. A Celebração Eucarística é ponto de chegada e ponto de partida para a missão da Igreja. Ela marca a nossa identidade vocacional no ficar com Cristo e estar com Ele para uma vivência autêntica da fé cristã na pureza da verdade desta fé, sem sincretismos que ofuscam a identidade cristã.

Podemos dizer que a Eucaristia é o que temos de mais sagrado. As exigências para a plena participação na Eucaristia não são simplesmente legalismos “puritanos”, mas consciência do quão grandioso é aproximar-se do banquete do Senhor.

Subjetivamente não podemos julgar a consciência dos que se aproximam para comungar o Corpo e Sangue do Senhor. Objetivamente, diante de circunstâncias públicas e concretas, podemos dizer às pessoas que não podem ser admitidas à comunhão eucarística. Por outro lado, não é atitude respeitosa e caridosa retirar as pessoas, como que à força, da mesa da comunhão quando somos sabedores das circunstâncias públicas e concretas que não permitem que comunguem. O diálogo fraterno e a instrução, num momento individual ou formativo, é o melhor caminho.

Na Tradição antiga da Igreja os pecadores públicos (apostasia, adultério, homicídio) não eram admitidos à Celebração da Eucaristia, sem a devida penitência e reconciliação. Nem mesmo os simpatizantes da fé cristã ou catecúmenos eram admitidos à Liturgia Eucarística, pois há necessidade de plena comunhão com Cristo e a Igreja para participar da Ceia do Senhor. É o que de mais sagrado temos.

Atualmente as portas das nossas comunidades estão abertas a todos que querem acorrer à Celebração da Eucaristia. Todos são bem-vindos e acolhidos. Esta receptividade, no entanto, não deve ser identificada como permissão de plena participação. Apesar de ser necessário dar grande valor ao ecumenismo e ao diálogo interreligioso, não significa admissão à Ceia Eucarística. Isso não  é descriminação e nem coibição à liberdade religiosa. Como todos, temos o direito de viver e expressar a nossa fé sem deixarmo-nos levar por sincretismos. Devemos respeitar a vivência e as expressões religiosas dos outros em seus ambientes próprios, assim como temos o direito ao mesmo em nossos ambientes.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.Bispo diocesano