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“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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"A Esperança não decepciona" (Rm 5,5)

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As primeiras palavras do Papa Leão XIV após ser apresentado a todo o mundo

Após o anúncio do “Habemus Papam” pelo protociácono, cardeal Dominique Mamberti, o Papa Leão XIV foi apresentado ao mundo inteiro a partir da Sacada Central da Basílica de São Pedro às 19h22, no horário de Roma, 14h22, no horário de Brasília. Dali, dirigiu suas primeiras palavras – em italiano e espanhol – às cerca de 100 mil pessoas presentes na Praça São Pedro e Via da Conciliação, e a todos que o seguiam pelos meios de comunicação. Ao final, concedeu a Indulgência Plenária.

Leia na íntegra as primeiras palavras do novo pontífice:

“A paz esteja com todos vocês!

Caríssimos irmãos e irmãs, esta é a primeira saudação de Cristo Ressuscitado, o Bom Pastor que deu a vida pelo rebanho de Deus. Eu também gostaria que esta saudação de paz entrasse em seus corações, chegasse às suas famílias, a todas as pessoas, onde quer que estejam, a todos os povos, a toda a terra. A paz esteja com vocês!

Esta é a paz de Cristo Ressuscitado, uma paz desarmada e uma paz desarmante, humilde e perseverante. Ela vem de Deus, Deus que nos ama a todos incondicionalmente. Ainda conservamos em nossos ouvidos aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do Papa Francisco que abençoava Roma!

O Papa que abençoava Roma concedia a sua bênção ao mundo, ao mundo inteiro, naquela manhã do dia de Páscoa. Permitam-me prosseguir com essa mesma bênção: Deus nos ama, Deus ama a todos vocês, e o mal não prevalecerá! Estamos todos nas mãos de Deus. Portanto, sem medo, unidos de mãos dadas com Deus e entre nós, sigamos em frente. Somos discípulos de Cristo. Cristo nos precede. O mundo precisa de sua luz. A humanidade precisa dele como ponte para ser alcançada por Deus e seu amor. Ajudai-nos também vós, e depois uns aos outros, a construir pontes, com o diálogo, com o encontro, unindo-nos a todos para sermos um só povo, sempre em paz. Obrigado, Papa Francisco!

Quero também agradecer a todos os meus irmãos cardeais que me escolheram para ser o Sucessor de Pedro e caminhar junto com vocês, como Igreja unida, sempre buscando a paz, a justiça, buscando sempre trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho, para sermos missionários.

Sou filho de Santo Agostinho, um agostiniano, que disse: “com vocês sou cristão e para vocês bispo”. Nesse sentido, podemos todos caminhar juntos rumo àquela pátria que Deus nos preparou.

À Igreja de Roma, uma saudação especial! [Aplausos] Devemos buscar juntos como ser uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes, dialoga, sempre aberta para receber como esta praça com os braços abertos. A todos, a todos aqueles que precisam da nossa caridade, da nossa presença, do diálogo e do amor.

(em espanhol)

Y si me permiten también, una palabra, un saludo a todos aquellos y en modo particular a mi querida diócesis de Chiclayo, en el Perú, donde un pueblo fiel ha acompañado a su obispo, ha compartido su fe y ha dado tanto, tanto para seguir siendo Iglesia fiel de Jesucristo.

[Tradução: E se também me permitem, uma palavra, uma saudação a todos aqueles, e em particular à minha querida Diocese de Chiclayo, no Peru, onde um povo fiel acompanhou seu bispo, compartilhou sua fé e deu muito, muito para continuar sendo Igreja fiel de Jesus Cristo.]

A todos vocês, irmãos e irmãs de Roma, da Itália, do mundo inteiro, queremos ser uma Igreja sinodal, uma Igreja que caminha, uma Igreja que sempre busca a paz, que sempre busca a caridade, que sempre busca estar próxima, especialmente daqueles que sofrem.

Hoje é o dia da Súplica a Nossa Senhora de Pompeia. Nossa Mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar próxima, ajudar-nos com sua intercessão e seu amor.

Por isso, gostaria de rezar junto com vocês. Rezemos juntos por esta nova missão, por toda a Igreja, pela paz no mundo e peçamos esta graça especial a Maria, nossa Mãe.”

 

 

Por Vatican News | Foto: Vatican Media

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Dom Edmilson celebra Santa Missa em intenção do conclave na Catedral

Na manhã desta terça-feira, 7 de maio de 2025, foi celebrada, na Catedral, a Santa Missa em intenção do conclave, momento solene de oração pelo discernimento e escolha do novo sucessor de São Pedro. A celebração foi presidida por Dom Edmilson Amador Caetano, bispo diocesano, e concelebrada pelo Pe. Guilherme Rodrigo, vigário da Catedral, e pelo Pe. Leonardo Henrique, vigário da Paróquia São Francisco de Assis, no Gopoúva.

Durante a homilia, Dom Edmilson conduziu os fiéis à reflexão profunda sobre a missão de Jesus Cristo e o papel da Igreja em anunciar a salvação:

A fala do Bispo Dom Edmilson, durante a homilia da missa de hoje, começa com uma oração tradicional cristã, exaltando Jesus Cristo e sua missão de salvação. O bispo expressa seu encontro pessoal com Jesus como forma de conexão com Deus Pai e reafirma que Jesus nunca desiste de salvar a humanidade, oferecendo a vida eterna a todos que o aceitam, mesmo em meio ao pecado e à rejeição.

Dom Edmilson também relembra a perseguição à Igreja primitiva após a morte de Estêvão, que forçou muitos cristãos a deixarem Jerusalém. Cita Filipe, que foi à Samaria para anunciar o Evangelho, mostrando como Deus transforma o sofrimento em oportunidade de missão. Há ainda referência ao apóstolo Paulo e à maneira como Deus se revela mesmo nas situações difíceis da vida.

Ao final da homilia, o bispo faz um apelo aos fiéis para que se unam em oração e fortaleçam o compromisso com a missão evangelizadora da Igreja. Ele destaca a importância do conclave, o tempo de discernimento na escolha de um novo Papa, como uma ocasião decisiva para renovar o anúncio do Evangelho e reafirmar o chamado à salvação para todos os povos. Dom Edmilson convida todos a pedirem que o Espírito Santo conduza esse processo com sabedoria, fé e coragem apostólica.

Unidos em oração, pedimos ao Senhor que inspire e guie cada passo do conclave, e que a Igreja continue fiel à sua missão de ser sinal de salvação no mundo.

Confira alguns registros da celebração:

Santa Missa em intenção pelo Conclave
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Mensagem para o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2025

Na mensagem, o Santo Padre ressaltou a necessidade de “desarmar a comunicação”, pois a sua real função é gerar esperança e não “medo e desespero, preconceitos e rancores”.

Outro ponto apontado foi a necessidade de atenção para a “dispersão programada da atenção” que, segundo o Papa Francisco, gera um cenário preocupante de distorção da realidade baseada somente em interesses coletivos e individuais de minorias que querem ser predominantes.

A mensagem representa para nós, pasconeiros e pasconeiras, comunicadores católicos, o combustível para seguir a nossa missão de levar sempre a esperança nas comunicações, no qual não são apenas mensagens sem sentido mas conteúdos que representam a nossa referência de esperança: o rosto do Cristo Ressuscitado.

Confira na íntegra:

Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações (cf. 1 Pd 3,15-16)

Queridos irmãos e irmãs!

Neste nosso tempo marcado pela desinformação e pela polarização, no qual alguns centros de poder controlam uma grande massa de dados e de informações sem precedentes, dirijo-me a vós consciente do quanto, hoje mais do que nunca, é necessário o vosso trabalho de jornalistas e comunicadores. Precisamos do vosso compromisso corajoso em colocar no centro da comunicação a responsabilidade pessoal e coletiva para com o próximo.

Ao pensar no Jubileu que estamos a celebrar como um período de graça em tempos tão conturbados, com esta Mensagem gostaria de vos convidar a ser comunicadores de esperança, começando pela renovação do vosso trabalho e missão segundo o espírito do Evangelho.

Desarmar a comunicação

Hoje em dia, com demasiada frequência, a comunicação não gera esperança, mas sim medo e desespero, preconceitos e rancores, fanatismo e até ódio. Muitas vezes, simplifica a realidade para suscitar reações instintivas; usa a palavra como uma espada; recorre mesmo a informações falsas ou habilmente distorcidas para enviar mensagens destinadas a exaltar os ânimos, a provocar e a ferir. Já várias vezes insisti na necessidade de “desarmar” a comunicação, de a purificar da agressividade. Nunca dá bom resultado reduzir a realidade a slogans. Desde os talk shows televisivos até às guerras verbais nas redes sociais, todos constatamos o risco de prevalecer o paradigma da competição, da contraposição, da vontade de dominar e possuir, da manipulação da opinião pública.

Há ainda um outro fenómeno preocupante: poderíamos designá-lo como a “dispersão programada da atenção” através de sistemas digitais que, ao traçarem o nosso perfil de acordo com as lógicas do mercado, alteram a nossa perceção da realidade. Acontece portanto que assistimos, muitas vezes impotentes, a uma espécie de atomização dos interesses, o que acaba por minar os fundamentos do nosso ser comunidade, a capacidade de trabalhar em conjunto por um bem comum, de nos ouvirmos uns aos outros, de compreendermos as razões do outro. Parece que, para a afirmação de si próprio, seja indispensável identificar um “inimigo” a quem atacar verbalmente. E quando o outro se torna um “inimigo”, quando o seu rosto e a sua dignidade são obscurecidos de modo a escarnecê-lo e ridicularizá-lo, perde-se igualmente a possibilidade de gerar esperança. Como nos ensinou D. Tonino Bello, todos os conflitos «encontram a sua raiz no desvanecer dos rostos» [1]. Não podemos render-nos a esta lógica.

Na verdade, ter esperança não é de todo fácil. Georges Bernanos dizia que «só têm esperança aqueles que ousaram desesperar das ilusões e mentiras nas quais encontravam segurança e que falsamente confundiam com esperança. […] A esperança é um risco que é preciso correr. É o risco dos riscos» [2]. A esperança é uma virtude escondida, pertinaz e paciente. No entanto, para os cristãos, a esperança não é uma escolha, mas uma condição imprescindível. Como recordava Bento XVI na Encíclica Spe salvi, a esperança não é um otimismo passivo, antes pelo contrário, é uma virtude “performativa”, capaz de mudar a vida: «Quem tem esperança, vive diversamente; foi-lhe dada uma vida nova» (n. 2).

Dar com mansidão a razão da nossa esperança

Na Primeira Carta de São Pedro (cf. 3, 15-16), encontramos uma síntese admirável na qual se relacionam a esperança com o testemunho e a comunicação cristã: «no íntimo do vosso coração, confessai Cristo como Senhor, sempre dispostos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la peça; com mansidão e respeito». Gostaria de me deter em três mensagens que podemos extrair destas palavras.

«No íntimo do vosso coração, confessai Cristo como Senhor». A esperança dos cristãos tem um rosto: o rosto do Senhor ressuscitado. A sua promessa de estar sempre connosco através do dom do Espírito Santo permite-nos esperar contra toda a esperança e ver, mesmo quando tudo parece perdido, as escondidas migalhas de bem.

A segunda mensagem pede-nos para estarmos dispostos a dar razão da nossa esperança. É interessante notar que o Apóstolo convida a dar conta da esperança «a todo aquele que vo-la peça». Os cristãos não são, antes de mais, aqueles que “falam” de Deus, mas aqueles que fazem ressoar a beleza do seu amor, uma maneira nova de viver cada pequena coisa. É o amor vivido que suscita a pergunta e exige uma resposta: porque é que viveis assim? Porque é que sois assim?

Por fim, na expressão de São Pedro encontramos uma terceira mensagem: a resposta a este pedido deve ser dada “com mansidão e respeito”. A comunicação dos cristãos – e eu diria até a comunicação em geral – deve ser feita com mansidão, com proximidade: eis o estilo dos companheiros de viagem, na peugada do maior Comunicador de todos os tempos, Jesus de Nazaré, que ao longo do caminho dialogava com os dois discípulos de Emaús, fazendo-lhes arder os corações através do modo como interpretava os acontecimentos à luz das Escrituras.

Por isso, sonho com uma comunicação que saiba fazer de nós companheiros de viagem de tantos irmãos e irmãs nossos para, em tempos tão conturbados, reacender neles a esperança. Uma comunicação que seja capaz de falar ao coração, de suscitar não reações impetuosas de fechamento e raiva, mas atitudes de abertura e amizade; capaz de apostar na beleza e na esperança mesmo nas situações aparentemente mais desesperadas; de gerar empenho, empatia, interesse pelos outros. Uma comunicação que nos ajude a «reconhecer a dignidade de cada ser humano e a cuidar juntos da nossa casa comum» (Carta enc. Dilexit nos, 217).

Sonho com uma comunicação que não venda ilusões ou medos, mas seja capaz de dar razões para ter esperança. Martin Luther King disse: «Se eu puder ajudar alguém enquanto caminho, se eu puder alegrar alguém com uma palavra ou uma canção… então a minha vida não terá sido vivida em vão» [3]. Para isso, precisamos de nos curar da “doença” do protagonismo e da autorreferencialidade, evitar o risco de falarmos de nós mesmos: o bom comunicador faz com que quem ouve, lê ou vê se torne participante, esteja próximo, possa encontrar o melhor de si e entrar com estas atitudes nas histórias contadas. Comunicar deste modo ajuda a tornarmo-nos “peregrinos de esperança”, como diz o lema do Jubileu.

Esperar juntos

A esperança é sempre um projeto comunitário. Pensemos, por um momento, na grandeza da mensagem deste ano de graça: estamos todos – realmente todos! – convidados a recomeçar, a deixar que Deus nos reerga, nos abrace e inunde de misericórdia. E entrelaçadas com tudo isto estão a dimensão pessoal e a dimensão comunitária. É em conjunto que nos pomos a caminho, peregrinamos com tantos irmãos e irmãs, e, juntos, atravessamos a Porta Santa.

O Jubileu tem muitas implicações sociais. Pensemos, por exemplo, na mensagem de misericórdia e esperança para quem vive nas prisões, ou no apelo à proximidade e à ternura para com os que sofrem e estão à margem. O Jubileu recorda-nos que todos os que se tornam construtores da paz «serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9). E, deste modo, abre-nos à esperança, aponta-nos a necessidade de uma comunicação atenta, amável, refletida, capaz de indicar caminhos de diálogo. Encorajo-vos, portanto, a descobrir e a contar tantas histórias de bem escondidas por detrás das notícias; a imitar aqueles exploradores de ouro que, incansavelmente, peneiram a areia em busca duma pequeníssima pepita. É importante encontrar estas sementes de esperança e dá-las a conhecer. Ajuda o mundo a ser um pouco menos surdo ao grito dos últimos, um pouco menos indiferente, um pouco menos fechado. Que saibais sempre encontrar as centelhas de bem que nos permitem ter esperança. Este tipo de comunicação pode ajudar a tecer a comunhão, a fazer-nos sentir menos sós, a redescobrir a importância de caminhar juntos.

Não esqueçais o coração

Queridos irmãos e irmãs, perante as vertiginosas conquistas da técnica, convido-vos a cuidar do coração, ou seja, da vossa vida interior. O que é que isto significa? Deixo-vos algumas pistas.

Sede mansos e nunca esqueçais o rosto do outro; falai ao coração das mulheres e dos homens ao serviço de quem desempenhais o vosso trabalho.

Não permitais que as reações instintivas guiem a vossa comunicação. Semeai sempre esperança, mesmo quando é difícil, quando custa, quando parece não dar frutos.

Procurai praticar uma comunicação que saiba curar as feridas da nossa humanidade.

Dai espaço à confiança do coração que, como uma flor frágil mas resistente, não sucumbe no meio das intempéries da vida, mas brota e cresce nos lugares mais inesperados: na esperança das mães que rezam todos os dias para rever os seus filhos regressar das trincheiras de um conflito; na esperança dos pais que emigram, entre inúmeros riscos e peripécias, à procura de um futuro melhor; na esperança das crianças que, mesmo no meio dos escombros das guerras e nas ruas pobres das favelas, conseguem brincar, sorrir e acreditar na vida.

Sede testemunhas e promotores de uma comunicação não hostil, que difunda uma cultura do cuidado, construa pontes e atravesse os muros visíveis e invisíveis do nosso tempo.

Contai histórias imbuídas de esperança, tomando a peito o nosso destino comum e escrevendo juntos a história do nosso futuro.

Tudo isto podeis e podemos fazê-lo com a graça de Deus, que o Jubileu nos ajuda a receber em abundância. Por isto, rezo por cada um de vós e pelo vosso trabalho, e vos abençoo.

Roma, São João de Latrão, na Memória de São Francisco de Sales, 24 de janeiro de 2025.

Francisco

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Conclave para eleger o novo Papa começa em 7 de maio

“Extra omnes”. A histórica fórmula em latim que marca o início do fechamento à chave da Capela Sistina será pronunciada pelo mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias na próxima quarta-feira, 7 de maio. Esse é o dia de início do Conclave. A data foi definida na manhã de segunda-feira (28/04) pelos cerca de 180 cardeais presentes (pouco mais de 100 eleitores) reunidos na quinta Congregação Geral no Vaticano.

“Extra omnes”, portanto. “Fora todos” aqueles que não são admitidos na reunião dos cardeais convocados para eleger o próximo Pontífice da Igreja universal. Os purpurados eleitores, com menos de 80 anos de idade, ficarão isolados do resto do mundo dentro da Capela Sistina até a fumaça branca e o “Habemus Papam”, a outra famosa fórmula latina pronunciada da Loggia delle Benedizioni pelo cardeal protodiácono para anunciar ao mundo a escolha do novo Papa.

Não há previsão de conclusão, naturalmente, e entre os próprios cardeais eleitores há aqueles que esperam um Conclave curto, considerando também o Jubileu em andamento, e aqueles que, ao contrário, preveem tempos mais longos para permitir que os cardeais “se conheçam melhor”, tendo Francisco, em seus 10 Consistórios, agregado ao Colégio Cardinalício purpurados de todos os cantos do globo.

As normas da Universi Dominici Gregis

O cronograma para o início do Conclave é estabelecido pelas normas da constituição apostólica de João Paulo II, Universi Dominici Gregis, atualizada por Bento XVI com o Motu Proprio de 11 de junho de 2007 e com a mais recente de 22 de fevereiro de 2013. De acordo com a Constituição, o Conclave – do latim cum clave, que significa fechado à chave – começa entre o 15º e o 20º dia após a morte do Papa, depois dos Novendiali, os 9 dias de celebrações em sufrágio do Pontífice falecido. Mais detalhadamente, a partir do momento em que a Sé Apostólica é legitimamente vacante, os cardeais eleitores presentes devem esperar 15 dias completos pelos ausentes, até um máximo de 20 dias, se houver motivos sérios. O Motu Proprio Normas nonnullas, além disso, dá ao Colégio de Cardeais a faculdade de antecipar o início do Conclave se todos os eleitores estiverem presentes.

Cardeais das partes mais distantes do mundo ainda são esperados em Roma nestes dias. Na Cidade Eterna, eles serão hospedados na Casa Santa Marta, a Domus do Vaticano onde Francisco decidiu morar, renunciando ao apartamento papal.

A missa “pro eligendo Pontifice” e a procissão para a Sistina

Na manhã da quarta-feira, 7 de maio, todos concelebrarão a solene missa “pro eligendo Pontifice”, a celebração eucarística presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, que convidará os irmãos a se dirigirem à Sistina à tarde com estas palavras: “toda a Igreja, unida a nós na oração, invoca constantemente a graça do Espírito Santo, para que seja eleito por nós um digno Pastor de todo o rebanho de Cristo”.

Dali, então, a evocativa procissão até a Capela Sistina, dentro da qual os cardeais entoarão o hino Veni, creator Spiritus e farão o juramento. Será necessária uma maioria qualificada de dois terços para eleger o Papa. Haverá quatro votações por dia, duas pela manhã e duas à tarde, e após a 33ª ou 34ª votação, no entanto, haverá um segundo turno direto e obrigatório entre os dois cardeais que receberam mais votos na última votação. Mesmo nesse caso, no entanto, sempre será necessária uma maioria de dois terços. Os dois cardeais restantes não poderão participar ativamente da votação. Se os votos para um candidato atingirem dois terços dos eleitores, a eleição do Papa será canonicamente válida.

A eleição do novo Papa

Nesse momento, o último da ordem dos Cardeais diáconos convoca o mestre das Celebrações Litúrgicas e o secretário do Colégio Cardinalício. Ao recém-eleito será questionado: Acceptasne electionem de te canonice factam in Summum Pontificem? (Aceita a sua eleição canônica como Sumo Pontífice?) e, em caso afirmativo, será perguntado: Quo nomine vis vocari? (Como quer ser chamado?), pergunta à qual responderá com seu nome pontifício. Após a aceitação, as cédulas são queimadas, de modo que a clássica fumaça branca poderá ser vista da Praça São Pedro. No final do Conclave, o novo Pontífice se retira para a “Sala das Lágrimas”, ou seja, a sacristia da Capela Sistina, onde vestirá pela primeira vez os paramentos papais – preparados em três tamanhos – com os quais se apresentará à multidão de fiéis na Praça São Pedro.

Após a oração pelo novo Pontífice e a homenagem dos cardeais, o Te Deum é entoado, marcando o fim do Conclave. Em seguida, o anúncio da eleição, o Habemus papam e a aparição do Papa que dará a solene bênção Urbi et Orbi.

Salvatore Cernuzio – Vatican News

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Peregrinação Jubilar da Pastoral da Criança

Com fé, alegria e espírito de missão, a Pastoral da Criança participou da Peregrinação Jubilar na Diocese de Guarulhos, realizada no domingo, dia 4 de maio.

A concentração aconteceu na Igreja do Rosário, de onde seguimos em caminhada rumo à Catedral para a celebração da Santa Missa, que foi presidida pelo Pe. Ricardo Teixeira, assessor diocesano da Pastoral da Criança.

Foi um momento de profunda espiritualidade, comunhão e renovação do nosso compromisso com a vida e com as famílias que acompanhamos.

Agradecemos a todos que estiveram presentes nesta caminhada de fé, esperança e amor!

Confira alguns registros da peregrinação:

Peregrinação Jubilar Pastoral da Criança
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Cenáculo e Santa Missa com o Movimento Sacerdotal Mariano

No dia 02 de maio aconteceu na Catedral Imaculada Conceição o Cenáculo e Santa Missa com membros Movimento Sacerdotal Mariano que irão em peregrinação para Roma conduzidos por Otávio Piva. Juntamente com o Grupo haviam dois Padres do Mato Grosso Pe. André Pereira e Pe. Tiago Almeida. Participou também do Encontro o Pe. Bruno Conti, Assessor Diocesano do Movimento Sacerdotal Mariano e Soni Regina, Coordenadora Diocesana.

Salve Maria

Confira alguns registros da celebração:

Cenáculo e Santa Missa com membros Movimento Sacerdotal Mariano
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Missa em Sufrágio pela Alma do Papa Francisco

Na segunda-feira, 21 de abril de 2025, foi celebrada a Missa da Oitava da Páscoa em sufrágio da alma do Papa Francisco, presidida pelo Bispo Dom Edimilson na Catedral de Nossa Senhora da Conceição dos Guarulhos. A celebração reuniu sacerdotes de diversas paróquias da diocese e foi marcada também pela bênção do novo sacrário da Catedral, feita pelo próprio bispo.

Durante a homilia, Dom Edimilson destacou a humildade do Papa Francisco, que frequentemente pedia orações e se manteve presente até o fim, inclusive na Bênção Urbi et Orbi da Páscoa, mesmo com sua saúde fragilizada.

Foi recordada a importância da conversão pastoral e do anúncio da ressurreição de Cristo, elementos centrais no pontificado de Francisco. O Evangelho do dia convidava os fiéis a voltarem ao “primeiro amor”, ao encontro com o Cristo ressuscitado, e a manterem viva a memória do amor de Deus, como caminho contra a mentira e o esquecimento espiritual.

Também foi lembrado que, no último ano, o Papa reformulou o rito do funeral papal, tornando-o mais simples, para destacar mais o Cristo redentor do que o redimido, revelando sua profunda simplicidade e espiritualidade.

Apesar da tristeza pela partida do Papa Francisco, a celebração foi marcada pela esperança na vida nova e no anúncio contínuo da ressurreição de Jesus Cristo, juntamente com a bênção do novo sacrário da Catedral, na ocasião oportuna.

Confira alguns registros da celebração:

Missa Sufrágio da Alma do Papa Francisco
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Nota de Pesar da Diocese de Guarulhos pelo falecimento do Papa Francisco

Queridos irmãos e irmãs, Paz!

Fomos surpreendidos na manhã desta segunda-feira, 21 de abril, com a ida para o Pai do nosso querido Papa Francisco. Apesar da sua débil saúde, pudemos vê-lo ontem aparecer na benção Urbi et Orbe na Praça de São Pedro.

Tantas coisas podem e devem ser ditas destes 12 anos de Ministério Petrino do Papa Francisco. Um ministério que foi, ao mesmo tempo, crtiticado, perseguido, elogiado. Um Ministério, principalmente, que tem gerado em mim e na Igreja, uma caminhada de conversão pastoral. Diria mesmo que o seu legado, no momento, é incomensurável. No entanto, a nós, como Igreja, ultimamente, nos deixou a missão de implementação das diretrizes deixadas pelo último sínodo dos bispos: comunhão, participação e missão. Seremos fiéis a missão que a Igreja continua a ter nesta nossa geração. Em breve teremos um novo Papa. Não sabemos agora quem será. Contudo, seremos fiéis na comunhão apostólica com o sucessor de Pedro, sempre.

A Diocese de Guarulhos, unida ao Santo Povo de Deus em todo o mundo, manifesta seu profundo pesar pelo falecimento de Sua Santidade, o Papa Francisco, ocorrido na data de hoje, 21 de abril de 2025.

Homem de fé inabalável, pastor incansável e verdadeiro testemunho do Evangelho, o Papa Francisco deixa um legado marcado pela simplicidade, misericórdia e compromisso com os pobres, com a paz e com a Casa Comum. Seu pontificado foi um sinal vivo da presença de Cristo no mundo contemporâneo, desafiando-nos a viver uma Igreja em saída, sinodal e profundamente humana.

Neste momento de dor e saudade, nos unimos em oração pela alma do Santo Padre, confiando-o à misericórdia de Deus Pai, na esperança da ressurreição. Suplicamos ao Senhor que conforte toda a Igreja e conduza o colégio dos cardeais na missão de eleger seu sucessor, segundo a vontade divina.

A Diocese de Guarulhos, sob a proteção da Imaculada Conceição, permanece em oração.

Descanse na paz do Senhor e a Luz perpétua brilhe sobre ele!

“O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo 10,11).

Guarulhos, 21 de abril de 2025.

 

+ Edmilson Amador Caetano, O.Cist.
Bispo diocesano de Guarulhos

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A Semana Santa 2025 em nossa Diocese

A Diocese de Guarulhos celebrou com muita devoção e fé a Semana Santa, que teve início com o Domingo de Ramos, 13 de abril, e se estendeu entre os dias 14 e 20 de abril

Durante a semana as paróquias da Diocese realizaram várias celebrações em que a memória da paixão de Cristo fosse relembrada de forma solene em cada comunidade, cada um na sua forma liturgicamente correta de celebrar.

Missa do Santo Crisma - 17/04

Na Quinta-feira Santa, a Diocese Guarulhos realizou a Missa do Crisma. Nesta celebração, os padres renovaram suas promessas sacerdotais e o bispo, Dom Edmilson, abençoou os óleos que são usados nos sacramentos do batismo, da confirmação e da unção dos enfermos. A Missa do Crisma é um momento importante de comunhão entre os padres e o bispo, além de ser uma oportunidade para que os fiéis possam agradecer e rezar pelos sacerdotes que os acompanham em sua caminhada de fé. A presença dos padres e de muitos fiéis na Missa do Crisma é uma demonstração da unidade e da comunhão da nossa diocese.

Missa do Santo Crisma 2025

Missa da Ceia do Senhor - 17/04

A noite as paróquias realizaram a celebração da Santa Ceia, que marca a instituição da Eucaristia na Santa Igreja, acompanhada com o rito do lava-pés, tradicional momento em que Jesus lava os pés dos discípulos que se tornam parte da Igreja de Cristo, relembrado na maioria das celebrações, por leigos participantes das comunidades.

Missas da Ceia do Senhor 2025 - Paróquias

Celebrações da Paixão de Cristo - 18/04

Na Sexta-feira Santa, a Igreja observou um dia de luto e reflexão, recordando a paixão e morte de Jesus. Durante essa data, ocorreu a Adoração da Cruz, um momento em que os fiéis veneram a cruz como símbolo da entrega e do sacrifício de Jesus por toda a humanidade. Nesse momento de profunda contemplação, os fiéis se aproximam da cruz e fazem suas orações e súplicas, reconhecendo a importância desse sacrifício para a salvação da humanidade. A celebração da Sexta-feira Santa é um momento de profunda meditação e devoção, em que os fiéis são convidados a se unirem ao sofrimento de Jesus e a refletirem sobre o significado da redenção e do sacrifício.

Celebrações da Paixão de Cristo 2025 - Paróquias

Sábado Santo - Vigília Pascal - 19/04

O Sábado Santo foi um dia de espera e contemplação, aguardando a ressurreição de Jesus. Houve a Vigília Pascal, uma celebração que marca o início da celebração da Páscoa e a alegria pela ressurreição de Cristo.

Missas da Vigília Pascal 2025 - Paróquias

Sábado Santo - Vigília Pascal - 19/04

Por fim, no Domingo de Páscoa, as igrejas estavam enfeitadas com flores e luzes, simbolizando a vitória de Jesus sobre a morte. Foi um dia de grande alegria e celebração, com missas especiais em honra ao Ressuscitado.

Missas da Páscoa da Ressurreição de Cristo 2025 - Paróquias

A Diocese de Guarulhos, através de suas paróquias e comunidades, cumpriu com fervor e devoção os ritos e celebrações da Semana Santa, reforçando a fé e a esperança em Cristo, e agradece a todos que se doaram para a realização destas atividades tão importantes.

Cristo Ressuscitou, verdadeiramente, Aleluia!

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Mensagem de Páscoa 2025 – Dom Edmilson Amador Caetano

“No primeiro dia da semana elas foram ao túmulo levando aromas…”

                 O túmulo é o símbolo da morte, símbolo do fim de todos os entraves da vida e símbolo de todas as coisas que não conseguimos vencer com as nossas forças.  Cada um pode aqui elencar os seus próprios fracassos e pecados que são comparáveis ao túmulo.

Além disso, podemos nos sentir imóveis, conformados e decepcionados com a falta de vivência dos valores do Reino na sociedade e vemos tantas conquistas desbaratadas por poderes mortíferos e a incapacidade de ter voz de anúncio do Reino, quando tantas vozes tentam sufocar a nossa fé. Tantos anos de trabalho evangelizador em Guarulhos e não vemos aparentemente fruto abundante.

As mulheres vão ao túmulo para um ritual costumeiro. Algo que pode transparecer como conformismo diante da morte que não pode ser vencida. São muitos os sofrimentos de morte em nossas vidas e vamos arcados com eles ao túmulo, como que nos conformando com as várias realidades para as quais nos sentimos inertes.

“Encontraram a pedra removida…não encontraram o corpo do Senhor Jesus.”

                A grande pedra removida e o túmulo vazio são sinais de que algo forte aconteceu.  Constatar primeiramente que a realidade de morte e fracasso pode ter novos desdobramentos é uma grande possibilidade de ir além. A primeira constatação que nos faz o anúncio pascal é que o “depósito da morte” está vazio. A morte não está ali dominando.

Quando vemos em nossas comunidades pessoas restauradas pelo amor misericordioso de Deus; jovens e adultos buscando a Palavra e serem iniciados na fé cristã; crianças animadas na catequese; uma Pastoral Familiar, com todas as suas expressões, que trazem a alegria do Evangelho da Família; jovens interessados no discernimento vocacional etc. Sentimos que, apesar do túmulo, a morte não está aí dominando.

“Cheias de medo, inclinaram o rosto para o chão…Ele não está aqui; ressuscitou…Lembrai-vos de como vos falou…É preciso que o Filho do homem seja entregue às mãos dos pecadores, seja crucificado, e ressuscite ao terceiro dia.”

Quando o improvável acontece, temos medo. Inclinamos o rosto para o chão, como reverência ao mistério ou assentimento à verdade dos fatos que não somos capazes de explicar. As palavras de Jesus, acolhidas verdadeiramente, vão nos esclarecendo e dando sentido até mesmo aos nossos momentos de fracasso e aparente derrota. Somente Jesus Cristo dá sentido à vida. Somente Jesus Cristo revela ao homem a grandeza do ser humano. Somente o anúncio da ressurreição, o anúncio do ressuscitado, nos faz caminhar por cima da morte. Somente este anúncio faz-nos passar da morte para a vida. Faz-nos fazer Páscoa.

“Elas lembraram-se das palavras de Jesus…anunciaram tudo isso aos onze, bem como a todos os outros.

É este anúncio reverberado em nós que que nos arranca ao medo e nos faz enxergar que para além dos poderes mortíferos, existe a vida que impera. Não há voz alguma que tente sufocar a nossa fé que possa imobilizar-nos. Assim, na força do ressuscitado, vamos adiante com todos os desafios e projetos de uma Igreja Sinodal que intensifica sua vida na comunhão, participação e missão.

“As outras mulheres que estavam com elas disseram-no também aos apóstolos; essas palavras, porém, lhes pareceram desvario, e não lhes deram crédito.”

Neste ano, no qual na Vigília Pascal, proclamamos este trecho do evangelho segundo Lucas, onde as mulheres são apresentadas como primeiras anunciadoras da ressurreição, mostrando-nos todo um processo que vai da decepção e do medo à força extraordinária do anúncio, apesar da incredulidade dos apóstolos. Quero recordar a importância da expressão de fé da alma feminina apresentada nas Escrituras, desde o Antigo Testamento aos relatos da ressurreição, passando pela atuação das mesmas na Igreja nascente até o Documento Final do Sínodo de 2024. Num dos trechos deste documento está dito:

“As mulheres constituem maioria daqueles que frequentam as igrejas e são, constantemente, as primeiras testemunhas da fé nas famílias. São ativas na vida das pequenas comunidades cristãs e nas paróquias; …contribuem para a investigação teológica e estão presentes em posições de responsabilidade nas instituições ligadas à Igreja…Há mulheres que exercem cargos de autoridade ou são responsáveis pela comunidade.”  (Documento Final 60).

Vejamos com olhar pascal as mulheres das nossas comunidades. A presença delas e seu testemunho de fé no ressuscitado faz-se presente nas nossas paróquias e comunidades, na vida consagrada, nas novas comunidades e nas diversas pastorais. Graças ao testemunho de fé de tantas mulheres o simbolismo do túmulo vai se redefinindo.

“Pedro…correu ao túmulo…viu apenas os lençóis…voltou para casa, muito surpreso com o que acontecera.”

Celebramos a Páscoa de 2025, ano jubilar da Esperança. Ao terminarmos as celebrações voltamos às nossas casas. Como estamos voltando? Transformados pela ressurreição e fortes para o anúncio, como as mulheres? Apenas surpresos como Pedro, indagando sobre os acontecimentos? Será que voltamos somente satisfeitos por termos cumprido o preceito, após as penitências da Quaresma e prontos para voltar ao modo antigo de vida, isto é, longe da comunidade, longe dos compromissos de vida cristã? Voltar como as mulheres seria o ideal. Voltar como Pedro seria um bom começo. Já a terceira possibilidade nos faria voltar para diante do túmulo com todo o seu antigo simbolismo.

FELIZ PÁSCOA!

O SENHOR RESSUSCITOU VERDADEIRAMENTE, ALELUIA!

+ Edmilson Amador Caetano, O. Cist.

Bispo diocesano de Guarulhos