SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

SÃO PAULO - BRASIL

"O Senhor fez em mim maravilhas." (Lc 1,49)

Categorias
Artigos Voz do Pastor

“O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje”.

O Senhor Jesus ao ensinar-nos a rezar com a oração do Pai Nosso, nos dá a oportunidade de fazer com que de nossos lábios saia a prece que nos convém, ou seja, a prece que é conforme a vontade Deus. Afinal, o cristão reza para fazer a vontade de Deus e para estar na vontade de Deus.

A oração do Pai Nosso não é individualista e intimista. É “nosso” Pai. Estamos unidos por esta paternidade. Não podemos dizer “Pai Nosso” desvinculados uns dos outros. Cada petição do Pai Nosso possui uma dimensão comunitária e fraterna. Tem a dimensão do “nós”. Em cada petição não pode ser realizado algo que privilegie a mim em detrimento do outro.

Deste modo, a petição “o pão nosso de cada dia dai-nos hoje”. Só pode ser feita em dimensão comunitária. Eu não posso pedir o pão somente para mim, sem olhar para o outro que também necessita. Esta petição é compromisso de olhar para o outro.

Jesus quando vê os discípulos preocupados com o pão somente para si, querendo dispensar a multidão, ordena-lhes: “Dai-lhes vós mesmos de comer.” (cf. Mt 14,16)

Alguns podem objetar também como os discípulos, que nem há mesmo comida para todos… Esta atitude individualista foi a dos hebreus no deserto quando recolheram o maná pela primeira vez. Ao invés de recolherem, conforme a ordem que Deus deu a Moisés, o necessário para cada dia, cada um se apressava em recolher o máximo que pudesse para si. Qual foi o resultado? Podridão e mau cheiro tomaram conta do acampamento…(cf. Ex 16,1-20)

Não falta alimento no Brasil e no mundo. Falta a vivência do “nós”. Há má distribuição. Há desperdício. Não falta terra para produzir alimentos no Brasil, há, sim, grandes latifúndios improdutivos nas mãos de poucos, que não abrem sequer a possibilidade para a produção agrícola. Há, sim, a grande exploração do agronegócio, visando cada vez mais a exportação (ganhar em dólares), onde o que importa é o lucro e não a alimentação. Há a mentalidade do acumular para “mim” em detrimento do produzir para “nós”. Aqui também cabe a parábola contada por Jesus  do homem que só pensou em acumular para si, mas não se preocupou em ser rico para Deus. (cf. Lc 12,13-21).

A petição da oração do Senhor “o pão nosso de cada dia, dai-nos hoje” coloca em realce além do “nosso”, para que não sejamos individualistas e egoístas,  a especificação “de cada dia”, para não incorrermos na tentação do acumular  e termos  a sensação falsa de segurança, mediante o juntar para si, sem olhar para o outro.

Pedir o “o pão nosso de cada dia”, é pedir o essencial para a existência humana. Esta petição possui também sua dimensão espiritual e mística. O pão de que necessitamos cada dia, até mesmo para não cairmos no individualismo e egoísmo, é o Cristo no seu mistério pascal. Precisamos de Cristo, nosso pão, cada dia, para não nos fecharmos em nós mesmos e aprendermos a amar na dimensão da cruz de Nosso Senhor. Ser para o outro. O mesmo Senhor que ensinou a pedir o pão de cada dia, é o mesmo Senhor que exigiu que quem o quisesse seguir tomasse sua cruz cada dia. (cf. Lc 9,23)

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist.

Bispo diocesano

Categorias
Artigos Voz do Pastor

Sagrada Família: Exemplo de Amor

A vida em família está enraizada no matrimônio: a primeira vocação que aparece na Bíblia doada ao ser humano. Deus que é amor, cria o ser humano à sua imagem e, para que o ser humano viva a sua vocação de ser imagem do Deus que é amor, comunhão perfeita de pessoas (Pai, Filho, Espírito Santo), cria o ser humano homem e mulher, para que sendo um para o outro no amor e na comunhão, sejam verdadeiramente imagem de Deus. Esta maravilhosa vocação é danificada nas origens pelo pecado. No entanto, Deus não desiste da sua obra e na plenitude dos tempos, em Jesus Cristo, sua obra é restaurada. Em Jesus Cristo a família torna-se boa notícia (evangelho), pois é lugar onde se gera para o amor, educa-se para o amor e no dia a dia se combate para que o amor seja sempre vitorioso.

Nossa época está marcada pelo individualismo e subjetivismo e isso influencia profundamente a vida familiar. É preciso que os cristãos entendam e vivenciem a vocação matrimonial/familiar como um dom a este mundo e um verdadeiro evangelho.

Estamos encerrando o Ano Diocesano da Família, que tem como lema: “Família: lugar da Palavra, da oração e do partir o pão”. Alguns eventos diocesanos nos ajudaram a refletir sobre o evangelho da família: a abertura deste ano em 08 de dezembro de 2021 que abriu para as paróquias a possibilidade de tantos eventos paroquiais; a Semana Diocesana de formação, no mês de julho, que procurou expor o ensinamento da Igreja sobre o Matrimônio e a família; a Semana Nacional da Família, em agosto, que proporcionou momentos de encontro e reflexão nas paróquias; o Congresso Diocesano da Família, nos dias 30 de setembro e 01 de outubro, que tocou em alguns problemas específicos de Pastoral Familiar. Neste mês de dezembro, a Novena do Natal, “Em família acolhemos o Verbo de Deus na oração partilhando o pão”, permite-nos abrir os nossos lares como locais privilegiados para a vivência do Mistério da Encarnação. No próximo dia 30 de dezembro, festa da Sagrada Família, celebraremos a Eucaristia, encerrando este ano, colocando no Mistério Pascal todos os projetos que Deus suscitou em nossos corações. Este último momento do Ano Diocesano da Família, será na Paróquia NS de Fátima, do Jardim Tranquilidade, às 20h.

Não podemos perder de vista que o projeto de Deus para o matrimônio e a família está enraizado no Sacramento do Matrimônio. A vivência deste Sacramento na sociedade e na Igreja pelos casais cristãos, unidos pelos laços do Sacramento do Matrimônio, é e sempre será um anúncio alegre primordial do “evangelho da família.”

Não esqueçamos, porém, que tantas feridas ocorridas e que ocorrem no seio das famílias, geram tantas formas de situações familiares que não correspondem objetivamente a este projeto de Deus. Algumas situações são, humanamente falando, irremediáveis. Estarão estas situações excluídas do amor de Deus? Serão indignos, os que vivem nesta situação, de se chamarem família? Pior ainda: estarão excluídos do anúncio do Evangelho? De modo algum. A Exortação pós-sinodal Amoris Laetitia, do Papa Francisco, nos chama a toda uma ação pastoral: “Acompanhar, discernir, e integrar a fragilidade”, tal como é o título do capítulo oitavo da Exortação, que deve ser traduzido em nossa pastoral familiar como proximidade, discernimento, misericórdia, integração. Ninguém está excluído do amor de Deus. Apesar dos pesares, do peso e da dor, ninguém está excluído de deixar-se guiar pela palavra e pela alegria do Evangelho. Todos podem viver e testemunhar, mesmo em situações especiais, o Evangelho da família.

A família constitui-se como protagonista da ação pastoral através do anúncio explícito do Evangelho e da herança de múltiplas formas de testemunho: a solidariedade para com os pobres, a abertura à diversidade de pessoas, a preservação da criação, a solidariedade moral e material para com as demais famílias, principalmente para com as mais necessitadas, o esforço pela promoção do bem comum, também  mediante a transformação das estruturas sociais injustas, a partir do espaço no qual ela vive, pondo em prática as obras de misericórdia corporais e espirituais.”  (AL 290)

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist.

Bispo diocesano de Guarulhos

Categorias
Artigos Voz do Pastor

Celebrar, Encantar, Avançar

Achei interessante o tema da Assembleia Ordinária do CNLB Sul 1 que acontece neste primeiro final de semana de novembro: “Celebrar, Encantar, Avançar”.

Neste momento em que escrevo, não aconteceram ainda as eleições do 2º. Turno para o nosso País e Estado. Que fique bem claro! Independentemente do resultado das urnas, é preciso “celebrar, encantar, avançar.”

“Celebrar” faz parte de dois pilares das Comunidades Eclesiais Missionárias: Palavra e pão. Celebrar é atualizar em nossas vidas o mistério pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo (de modo especialíssimo na Celebração Eucarística). Nunca poderíamos avançar sem celebrar. Pela Palavra e os Sacramentos somos gestados na fé. A nossa fé vence o mundo. Ao mesmo tempo que o “mundo” (mundanismo) precisa ser vencido, precisamos com a nossa fé ser presença no coração do mundo. Estamos a serviço da salvação do mundo. É na missão que a Igreja precisa “avançar” para águas mais profundas (cf. Lc 5,4).

Fica difícil avançar sem se “encantar” ou se “reencantar”.

Em nossa diocese – que bom! – temos tido, em geral, boa participação em nossas celebrações. Infelizmente, a resposta ativa do que é celebrado, tem ficado a desejar na obra da evangelização. Alguns dos nossos agentes de pastoral estão desencantados. Outros estão se confundindo nas polarizações políticas e partidárias. Outros, ainda, abertamente declararam que não estão mais disponíveis para os serviços pastorais que estavam realizando antes da pandemia. Desta forma os pilares da caridade e da missionariedade ficam rachados. A Comunidade Eclesial Missionária não pode assim se sustentar.

Para “encantar”, é necessário primeiramente a conversão pessoal no seguimento de Jesus Cristo. Este seguimento de Jesus só pode ser realizado em comunidade. Foi assim desde os tempos apostólicos. A Igreja é por natureza missionária. O discípulo de Jesus é discípulo missionário. A conversão pessoal verdadeira faz brotar o desejo de anunciar aos outros a obra salvadora de Jesus. Nossas pastorais e movimentos precisam se “reencantar” com o ardor missionário. Temos falado tanto em ser Igreja em saída e agora estamos precisando também ser “Igreja em entrada”. Sem entrada não há saída. Recobremos no Senhor a nossa força missionária!

Nunca irei me cansar de dizer que o anúncio do Evangelho possui uma dimensão sociotransformadora. Aqui está o pilar da caridade, que se concretiza na prática das nossas Pastorais Sociais e Defesa da vida, da concepção até a morte natural. Não é trabalho assistencialista e muito menos uma ONG. É vivência do Evangelho. O resultado das eleições pode ter desanimado a alguns, animado a outros, mas a necessidade de vivenciar os valores do Reino de Deus em nossa sociedade para que possa se tornar mais justa, fraterna e solidária não depende das urnas, depende do testemunho dos discípulos de Jesus. Quem não está “encantado” com o Evangelho pode acabar refém do mundanismo. Quem não está “encantado” com o mistério pascal de Jesus Cristo pode acabar se deixando instrumentalizar e deixar que instrumentalizem a nossa própria fé.

Em novembro temos os encontros sobre a vocação laical. Desejo que os grupos de rua e reflexão possam ir trabalhando com este material colocado aqui na Folha Diocesana. Na solenidade de Cristo Rei será aberto o 3º Ano Vocacional no Brasil. Que possamos redescobrir a nossa vocação cristã e o serviço ao qual o Senhor nos chama para vivenciá-la. Ainda no mês de novembro, antes do início do Advento, teremos a abertura nas foranias da Novena do Natal de 2022, sobre a família. Este é um ótimo momento missionário para as nossas comunidades retomarem a esperança e a alegria do Evangelho.

Sejamos construtores da paz!

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist. – Bispo diocesano

Categorias
Artigos Voz do Pastor

As Comunidades Eclesiais Missionárias

Em nossa diocese estamos vivendo o pós Assembleia Diocesana de Pastoral, que aconteceu no mês de março. Estamos levando mais tempo que no passado para traçar ações concretas. O motivo é que se optou por incrementar o nosso modo “sinodal” de ser Igreja. Foi dado mais tempo para a escuta.  Após a Assembleia foram ouvidos os coordenadores diocesanos das Pastorais e Movimentos. Tivemos também a escuta do Conselho Diocesano de Pastoral. Entre os meses de agosto e setembro foi o momento de o bispo ouvir os Conselhos Forâneos de Pastoral. Este grande tempo de escuta para aplicação das prioridades escolhidas na XI Assembleia Diocesana de Pastoral, está chegando a seu término.

Entretanto, uma das coisas que mais clamam em nossa pastoral, é a vivência do pilar da missionariedade através das “pequenas” Comunidades Eclesiais Missionárias (CEM), que necessitamos restaurar na diocese e, ao mesmo tempo, neste retomar, mesmo em tempos de pandemia, precisamos deixar explícito que somos uma Igreja em saída. Na escuta das foranias percebe-se que há um anseio de ir ao encontro das pessoas. O mundo cada vez mais urbano, onde angústia o individualismo e a solidão, é uma porta para o Evangelho. Temos realmente que nos preocupar com a existência de tantas pessoas que vivem sem força – e situação agravada pela pandemia – encontram-se deprimidos, precisando de uma restauração pelo anúncio do Evangelho. Quanta coisa boa pudemos experimentar durante o tempo mais rígido da pandemia através das novas tecnologias de comunicação. No entanto, não somos e nunca seremos uma Igreja virtual. Somos a Igreja do encontro e da comunhão.

Uma das ações concretas vamos começar a realizar neste mês de outubro, mês das missões. No dia 08/10 iremos ter uma formação diocesana do Ministério da Visitação, que é uma forma de expressarmos o ser “Igreja em saída”. Um Ministério que deverá em primeiro lugar tocar o coração das pessoas com o anúncio explícito de Jesus Cristo, como Senhor e Salvador. Um anúncio que leve as pessoas, a partir de suas próprias casas, a um encontro pessoal com Jesus Cristo. Aqui, são competentes, os irmãos e irmãs que experimentaram e experimentam, a partir das CEM, esta vivência. Irmãos e irmãs sustentados pelos pilares da Palavra e do Pão.  Não é um modo técnico de fazer. É algo que brota do âmago da missionariedade inscrita no coração de cada discípulo de Jesus.

Em segundo lugar, é preciso também deixar claro e de maneira inequívoca, que o seguimento de Jesus, o discipulado, não se faz individualmente e de maneira solitária. O seguimento de Jesus só é possível em comunidade, na CASA. Ligado a este segundo lugar, vem o terceiro lugar: a missionariedade da Igreja só será forte e perseverante continuidade, com o multiplicar-se das Comunidades Eclesiais Missionárias pelo território da nossa diocese. Portanto, o Ministério da Visitação, tem esta finalidade: Anunciar – Realizar Comunhão – Congregar – Enviar para Anunciar.

Estas CEM devem possuir as mais variadas expressões, conforme o Espírito Santo de Deus vai nos concedendo ser. Podem nascer a partir dos Grupos de rua. Podem multiplicar-se com a já consagrada ação das CEBs.  Podem ser oriundas da diversidade e experiência de Jesus Cristo, a partir dos mais variados Movimentos. Podem nascer a partir dos mais variados espaços celebrativos que possamos ter em nossas paróquias.  Não há como limitar a “criatividade” do Espírito Santo. Nem queiramos limitar a ação do Espírito.

As CEM não podem ser um “gueto proselitista e espiritualista”, pelo contrário, devem estar abertas a todas as realidades circundantes. Toda vivência eclesial deve também abrir-se para a dimensão sociotransformadora do Evangelho. Esta dimensão, sabemos, é expressa pela sustentação do pilar da caridade.

 

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist.Bispo diocesano

Categorias
Artigos Voz do Pastor

Setembro, mês da Palavra e da Oração

Quero muito mais lembrar e informar nesta minha coluna, este mês.

Primeiramente cabe lembrar que o mês de setembro é o mês da Bíblia e como não reforçar o convite para que os irmãos e irmãs participem dos encontros da Escola da Palavra que estão acontecendo em cada forania.

Nesta edição da Folha Diocesana está sendo publicado o resultado da fase diocesana do Sínodo dos bispos 2023. Poderíamos ter uma visão mais ampla se mais pessoas tivessem participado da “ESCUTA”. Apenas cerca de 2.000 pessoas participaram. Da minha parte, como bispo, concluo que é bom escutar para encontrar melhores caminhos de evangelização. Mesmo se o que escutamos não nos agrada, e nem mesmo está de acordo com a verdade da fé e moral da Igreja, é bom saber ouvir o outro. Muitas vezes, eu mesmo, me sinto afoito em realizar coisas e depois acabo vendo que as decisões não foram apropriadas para a realidade. É um caminho mais longo, mas é sinodal.

A propósito, entre agosto (já começamos) estarei presente em cada forania, presidindo os Conselhos Forâneos de Pastoral, ouvindo, para ir concretizando as atividades que serão decorrentes das decisões da Assembleia Diocesana de Pastoral que realizamos no mês de março.

Neste mês de setembro teremos em nossas paróquias e comunidades, conforme organizado por cada comunidade, os encontros para estudo e reflexão da CARTILHA DE ORIENTAÇÃO POLÍTICA 2022, produzida pelo Regional Sul 2 da CNBB. Serão momentos de reflexão e informações importantes que ajudarão a participar de maneira ativa e consciente neste momento democrático importantíssimo para o nosso País.

A cartilha é composta por três capítulos. No primeiro capítulo, “A Igreja Católica e a Política”, serão tratados assuntos a partir da Doutrina Social da Igreja, envolvendo até mesmo os documentos mais recentes do Magistério como a “Laudato Sì” e a “Fratelli Tutti” do Papa Francisco. Assinalo como importante a distinção que é feita entre Frente Parlamentar Católica e Bancada Católica.  O segundo capítulo, “as eleições Gerais 2002”, informa e reflete sobre a definição de democracia e as funções de cada cargo político para os quais votaremos.  São importantes as informações das mudanças das normas para as eleições 2022. Não se poderia também deixar de falar sobre as “fake News” e a necessidade de acompanhar os candidatos antes e depois das eleições. O terceiro capítulo, “Política em favor da vida integral”, reflete sobre a necessidade de se ter a visão sobre a “vida integral” no cenário atual: fraternidade e solidariedade na pandemia; fragilidades na sociedade com a pandemia; o aumento significativo dos que estão passando fome em nosso País; a ecologia integral que não pode estar ausente de nenhuma conjuntura; um olhar especial para a juventude.

Na segunda quinzena de setembro, os bispos do Regional Sul 1 da CNBB, (Estado de São Paulo) realizarão a chamada “Visita ad limina Apostolorum”. Trata-se de um antigo costume dos bispos do mundo inteiro, periodicamente, fazerem uma peregrinação ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo, em Roma. Teremos celebrações nas Basílicas Patriarcais romanas (S. João do Latrão – a catedral do Papa, Santa Maria Maior, São Paulo Fora dos muros – onde está sepultado o Apóstolo Paulo e São Pedro, no Vaticano, onde está sepultado o Apóstolo Pedro). Nesta peregrinação, os bispos, após terem enviado à Santa Sé, um longo relatório sobre a realidade de suas dioceses nos mais variados aspectos, terão encontros com os Prefeitos dos vários Dicastérios da Cúria Romana.  Esta visita traduz a colegialidade episcopal, na qual se manifesta a caminhada sinodal da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. Evidentemente, tudo isso se torna bem mais visível, na audiência que os bispos terão, com a cabeça do Colégio episcopal, o sucessor de Pedro, o primeiro dos apóstolos e bispo de Roma, o Papa. Rezem também por este momento eclesial.

 

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist. – Bispo Diocesano