SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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"O Senhor fez em mim maravilhas." (Lc 1,49)

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Artigos Editorial

Renovar e Alimentar a Esperança é Missão da Igreja

Caríssimos irmãos e irmãs, o tempo passa rápido e já é tempo de desejar boas festas e um ano repleto de esperança! Nesta última edição de 2024, a palavra Esperança ganha pleno destaque, motivado é claro pela abertura do ano jubilar, que tenho certeza marcará todas as edições da Revista Diocesana do próximo ano de 2025. Após o período de reflexão sobre a oração do Pai-Nosso, a esperança do nosso pastor diocesano é que agora estejamos mais conscientes da importância de saber rezar e viver essa oração cristã, transmitindo os ensinamentos adquiridos aos outros, evitando que fique apenas nas páginas digitais.

No artigo do enfoque pastoral, somos motivados pelo agradecimento do coordenador diocesano de pastoral a renovarmos a disponibilidade de servirmos com entusiasmo e alegria, mesmo em meio a tantos desafios, afinal: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçamos ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita.” (Lc 10, 2) Que possamos tomar posse da saudação deste nosso animador diocesano que mais uma vez termina o artigo dizendo: Coragem! Essa saudação também serve para os que foram ordenados sacerdotes, pois como disse Dom Edmilson na homilia da ordenação, após celebrarem as primícias do ministério sacerdotal, mergulharão no ministério total do serviço ao Povo de Deus. A ordenação é o sinal da esperança renovada pela Igreja, de poder atender melhor a cada fiel nas diversas realidades da Diocese de Guarulhos. O povo de Deus também renova sua esperança realizando a novena de Natal, como afirma o bispo na carta de apresentação: “Toda ela foi preparada na temática da Esperança. O Mistério da Encarnação, celebrado e atualizado em nossas vidas nas celebrações do Natal é um evento palpável que nos motiva e impulsiona a vivermos na esperança. Todos que vivenciarem esta novena experimentarão quão profunda e fiel são as promessas de Deus para conosco.”

A esperança também é alimentada ao longo da história através da liturgia celebrada e vivida, e a música faz parte da missão da liturgia de sustentar a esperança, por isso o livro Louvai elaborado com tanta dedicação ao longo do tempo contribuí com este sustentar da esperança em cada letra musical, por isso precisa ser valorizado em nossas celebrações litúrgicas. Como nem toda realidade é apenas luz, cabe ao psicólogo Romildo fazer um alerta quanto a Ditadura da Felicidade proposta pela sociedade tomada pelas festas de fim de ano, recordando que a existência de trevas reais em meio a tantas luzes artificiais e que precisam ser diagnosticas e eliminadas com a presença da valorização da realidade e a presença da verdadeira luz interna. E pra você esse alerta faz sentido? A felicidade têm sido uma realidade em sua vida?

Que alegria poder partilhar tantas reflexões sobre a Esperança com você nesta edição e acreditar que juntos podemos chegar ao coração das pessoas através deste meio de comunicação. Gratidão por cada colaborador e colaboradora ao longo deste ano e por acreditarem neste novo formato com o novo título, mas com a mesma finalidade que é a de evangelizar. Esperamos contar com sua apreciação, opinião e compartilhamento no próximo ano, afinal somos todos peregrinos de Esperança.

Padre Marcos Vinicius Clementino

Jornalista e Diretor Geral

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Ouvir os clamores através das provocações Eclesiais e Sociais do Mundo

Caríssimos irmãos e irmãs, somos provocados nesta edição a refletirmos sobre as nossas atitudes no mundo diante das diversas realidades e necessidades. É urgente a revisão de vida pessoal eclesial a partir dos alertas do Espírito Santo.

A provocação vem através da Mensagem do Papa Francisco para o VIII Dia Mundial dos Pobres, que ressalta a urgência de ouvirmos o clamor dos pobres. O mesmo mensageiro que é o Papa Francisco nos provoca na homilia de encerramento do Sínodo dos Bispos diante da Cátedra de Pedro, demostrando a continuidade da história e as diversas formas de agir conforme os sinais dos tempos no mundo. Podemos afirmar diante destas provocações que: Ouvir o clamor do pobre é fortalecer a proposta de que não precisamos de uma sentada e desistente, mas de uma Igreja que acolhe o grito do mundo e suja as mãos para servir ao Senhor. Concretamente na Diocese de Guarulhos é urgente escutar o clamor das pastorais sociais pelo aumento dos agentes de pastorais, por mais apoio financeiro e por mais abertura de diálogo entre Igreja e os poderes executivo e legislativo do município de Guarulhos.

Outra provocação nasce do artigo Voz do Pastor escrito por Dom Edmilson, sobre a necessidade da prática da oração que o Senhor nos ensinou, de modo especial este mês sobre o trecho Santificado seja o vosso nome. Não basta apenas conhecer a bela oração, mas torná-la concreta na vida pessoal e comunitária. Para responder as provocações é necessário citar e valorizar os bons exemplos motivando a tantos outros como fez o Papa Francisco ao nomear Dom Jaime para ser cardeal da Igreja no Brasil, quanto carinho e reconhecimento do santo padre para com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, enquanto tantos influenciados digitais e na Igreja negam e propagam a desvalorização da CNBB, o sucessor de Pedro reconhece o belo trabalho de ação evangelizadora realizado nesta maravilhosa terra de Santa Cruz.

Outro lindo exemplo é a presença do Padre Salvador em terras brasileiras de modo específico em Mato Grosso, nos ensinando de fato que a missão é uma grande escola. Na formação permanente do clero, também houve provocação para que os padres possam sempre melhor conhecer a Sagrada Escritura e preparar as pregações conhecendo e adaptando suas palavras ao público que o escuta como os Ricos, Pobres, Alegres, Tristes, Pacíficos, Iracundos, Sábios, Simples, Audazes, Tímidos, Pacientes, Impacientes, Sadios, Enfermos, Governantes, Subordinados, Intemperantes, Sóbrios, Humildes e Soberbos. Muito bom poder ser uma Igreja atenta aos sinais dos tempos e aos fiéis de cada tempo na história. Além das questões eclesiais somos provocados a saber envelhecer com os ensinamentos do psicólogo Romildo. Saber ouvir o clamor dos idosos para que vivam bem e clamar aos jovens para que se cuidem afim de também envelhecerem bem. Enfim, espero que todas essas provocações sejam motivos de reflexão e motive nossa participação nos tríduos e cerimônia de ordenação sacerdotal; na abertura da novena de natal nas Foranias; na participem da Festa da Imaculada Conceição, padroeira Diocesana e na Campanha para a Evangelização 2024.

Boa leitura e não esqueça de ler, curtir e compartilhar!

 

Padre Marcos Vinicius Clementino

Jornalista e Diretor Geral

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O convite está feito, basta aceitar com alegria!

Caríssimos missionários e missionárias, bem-vindos e bem-vindas! A edição de outubro destaca a mensagem do Papa Francisco para o mês das missões 2024 com o tema: “Com a força do Espírito, testemunhas de Cristo” e o lema: “Ide, convidai a todos para o banquete.” É fundamental que possamos ler com atenção e propagar o conteúdo desta mensagem entre os diversos grupos da Igreja e sem esquecer os que participamos fora da Igreja como a família, amizade e outras realidades sociais.

Com o lema: “Ide, convidai a todos para o banquete”, nesta edição encontramos propostas concretas deste convite, como a compreensão e valorização da oração do Pai-Nosso que estais nos céus para bem rezar e viver o conteúdo desta oração ensinada pelo próprio Jesus Cristo. Através da Liturgia somos convidados a colocar os dons a serviço, e isso não pode ser do modo que eu quero, mas conforme a orientação litúrgica da Santa Igreja, como por exemplo o dom do uso dos instrumentos de percussão, um dom que exercido de maneira adequada na Igreja, enriquece a missão da equipe de canto na liturgia. Quanto ao uso da tecnologia, especificamente o celular, é missão rever como este uso tem instrumentalizado nossas crianças e compromete o futuro das relações humanas, por isso é urgente a restrição deste uso.

A missão de evangelização ganha reforço com a ordenação de novos diáconos permanentes que juntamente com os membros da sua família fortalece as atividades diocesanas e paroquiais, assim como uma das principais atividades do ano que é a Romaria Diocesana ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, expressão da unidade e força de mobilização da Igreja Católica em Guarulhos. Neste mês não podemos esquecer de ressaltar a presença missionária da Virgem Maria nas terras deste Brasil, com o título popular de Nossa Senhora Aparecida, “a estrela da evangelização” a quem pedimos como nos ensinou o Papa Francisco: “ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão, do serviço, da fé ardente e generosa, da justiça e do amor aos pobres, para que a alegria do Evangelho chegue até os confins da terra e nenhuma periferia fique privada da sua luz.” ( Documento de Aparecida,288 )
Por fim, que possamos em todas as paróquias assumir a novena e a coleta missionária em comunhão com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que através do Secretário Geral Dom Ricardos Hoepers afirma: a vivência do mês missionário é um convite do próprio Cristo a cada um de nós. “Cristo nos convida para seu banquete! São os sinais do Reino de Deus no meio de nós!

O mês missionário nos convida a partilharmos o que temos na mesa de nossas comunidades testemunhando como será o banquete no céu.”

Desejo excelente leitura e não esqueça de curtir e compartilhar nossa Revista Diocesana.

 

Padre Marcos Vinicius Clementino

 Jornalista e Diretor Geral

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A Palavra de Deus exige Reflexão e Ação

Caríssimos irmãos e irmãs, a edição de setembro é marcada por reflexões a partir da fonte primária de conduta cristã que é a Sagrada Escritura, como cantamos: “Na bíblia está a Palavra de Deus semeada no meio do povo, que cresceu, cresceu e nos transformou, ensinando-nos viver um mundo novo. Deus é bom, nos ensina a viver, nos revela o caminho a seguir, só no amor partilhamos seus dons, sua presença iremos sentir. Somos povo, o povo de Deus e formamos o Reino de irmãos e a Palavra que é vida nos guia e alimenta a nossa missão.” Trata-se de uma letra simples, mas que expressa o real sentido da Palavra de Deus semeada em nossos corações.

Dom Edmilson, em seu artigo nos recorda que na Bíblia aprendemos a chamar a Deus de Pai Nosso a partir da oração sacerdotal em João 17 e outros textos como Hebreus, Mateus e Filipenses. A Conferência Episcopal dos Bispos no Brasil convida os diversos grupos a renovarem sua esperança através da reflexão sobre o livro do Profeta Ezequiel. E no artigo enfoque pastoral, padre Marcelo recorda-nos que diante da Palavra de Deus, devemos dizer como Maria Santíssima: “Faça-se em mim segundo a Tua Palavra.” A reflexão deve despertar práticas concretas na vida pessoal e consequentemente na sociedade, como a defesa do projeto da Ficha Limpa; o combate aos jogos de apostas que compromete a saúde mental e a divulgação da Campanha Setembro Amarelo no combate ao suicídio.

Na ação evangelizadora nos comprometemos com a transformação do presente em vista do futuro, gritando com a juventude: Viva a Vida! O céu não pode esperar! Um evento realizado com uma excelente participação da juventude provinda das diversas realidades paroquiais, movimentos, pastorais, organismos e comunidades.

Enfim, que possamos aceitar o convite do Papa Francisco: “Voltemos às nascentes para oferecer ao mundo aquela água viva que ele não encontra; e, enquanto a sociedade e as redes sociais acentuam a violência das palavras, concentremo-nos na mansidão da Palavra que salva.” Além disso, o Papa apresenta algumas interrogações que vale a pena refletir: “Que lugar reservo para a Palavra de Deus na casa onde moro? Lá haverá livros, jornais, televisões, telefones, mas… onde está a Bíblia? No meu quarto, tenho ao alcance da mão o Evangelho? Leio-o cada dia para encontrar nele o rumo da vida? Carrego na bolsa um pequeno exemplar do Evangelho para lê-lo? Muitas vezes dei de conselho que se trouxesse sempre conosco o Evangelho: no bolso, na carteira, no celular. Se Cristo me é mais querido do que qualquer outra realidade, como posso deixá-Lo em casa e não trazer comigo a sua Palavra? E a última pergunta: Já li, na íntegra, pelo menos um dos quatro Evangelhos? O Evangelho é o livro da vida, é simples e breve, mas muitos crentes nunca leram um do começo ao fim.”

Desejo a todos um excelente mês da Palavra de Deus e não esqueça de compartilhar está edição em seus grupos de relacionamento.

Padre Marcos Vinicius Clementino

Jornalista e Diretor Geral

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A Igreja celebra a Sinfonia Vocacional

Caríssimo irmão e irmã, a Igreja convida-nos a celebrar e refletir em agosto, o mês vocacional, com diversos momentos e subsídios. Uma das propostas como subsídio vem da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB que foi “inspirada no convite do Papa Francisco para sermos, enquanto Igreja, uma Sinfonia Vocacional, que evoca movimento e leveza, a música e a dança, inspirados pelo próprio Cristo.

Outra proposta provem do subsídio Hora da Família, com o lema: Família e Amizade, organizado pela Comissão Episcopal para a Vida e Família: “A inspiração para promover o debate sobre a amizade na família está ligada ao tema da campanha da fraternidade deste ano. Acreditamos que é na família que construímos os melhores amigos e também onde aprendemos os valores básicos da vivência social”, explica Dom Bruno Elizeu Versari, presidente da Comissão.

A equipe de Animação Vocacional da Diocese de Guarulhos, realizará o 19º Viva a Vida como oportunidade de fortalecer o chamado divino de santidade a exemplo do jovem Carlo Acutis como afirma o papa Francisco: “não se acomodou numa imobilidade confortável, mas colheu as necessidades do seu tempo, porque viu o rosto de Cristo nos mais frágeis. O seu testemunho mostra aos jovens de hoje que a verdadeira felicidade se encontra pondo Deus em primeiro lugar e servindo-O nos irmãos, especialmente nos últimos. Um aplauso ao novo jovem beato da geração atual!”.

Que possamos rezar para que este lindo momento promovido pelo serviço de animação vocacional possa ser uma oportunidade de partilhar e promover os carismas na vida de cada jovem, despertando conforme a vontade de Deus a vocação específica. Ainda na linha vocacional, Dom Edmilson, na editoria voz do pastor, ressalta a importância de ouvir a voz do Pai da verdade e negar o chamado do pai da mentira, para que a vocação seja de fato uma realização da vontade de Deus em nossa vida e resposta plena ao chamado de Deus.

O psicólogo Romildo ressalta o prejuízo da ausência da figura paterna na afetividade dos meninos, que significa uma negação da vocação à paternidade como chamado de Deus ao homem para ser pai em sua totalidade. É um alerta para que os homens não escutem a voz do pai da mentira, tornando-se um pai de mentira ou parcial. Ouvindo o chamado do Pai da verdade, os seminaristas realizaram a semana missionária como peregrinos da Esperança e os agentes da pastoral da comunicação que estiveram na cidade de Aparecida participando ativamente do 8º Encontro Nacional de Comunicação e assumiram o compromisso de serem comunicadores da paz, da fraternidade e da esperança em suas comunidades, paróquias e diocese, como afirmou Dom Valdir no encerramento deste belíssimo evento.

Enfim, é com alegria que celebramos o mês vocacional e renovamos o nosso sim ao chamado de Deus.

Aproveito para parabenizar sua vocação específica e desejar excelente leitura. Não esqueça de compartilhar essa revista diocesana com familiares, amigos e diversos grupos.

“Pedi, pois, ao Senhor da Messe” ( Mt 9,38)

 

Padre Marcos Vinicius Clementino

Jornalista e Diretor Geral

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A Palavra de Deus atrai a Deus e envia aos outros

Queridos leitores e leitoras, o destaque desta edição é a Semana Diocesana de Formação, que tem como foco o estudo sobre: A Palavra de Deus na vida e missão da Igreja. Para bem motivar a participação de todos os fiéis recordo a homilia do Papa Francisco na missa do III Domingo do Tempo Comum na Basílica de São Pedro no dia 21 de janeiro de 2024: “Da Palavra de Deus, irradia a força do Espírito Santo. Assim a Palavra atrai a Deus e envia aos outros. Atrai a Deus e envia aos outros: tal é o seu dinamismo. Não nos deixa fechados em nós mesmos, mas alarga o coração, faz inverter o rumo, altera os nossos hábitos, abre novos cenários, desvenda inesperados horizontes. A Palavra de Deus pretende operar isto em cada um de nós. Tal como aconteceu com os primeiros discípulos que, acolhendo as palavras de Jesus, deixam as redes e embarcam numa maravilhosa aventura, assim também nas margens da nossa vida, ao pé dos barcos de familiares e das redes do trabalho, a Palavra suscita a chamada de Jesus. Chama para, com Ele, nos fazermos ao largo ao encontro dos outros. Sim, a Palavra suscita a missão, faz-nos mensageiros e testemunhas de Deus num mundo cheio de palavras, mas sedento daquela Palavra com maiúscula que muitas vezes ignora. A Igreja vive deste dinamismo: é chamada por Cristo, atraída por Ele, e é enviada ao mundo para dar testemunho d’Ele. Este é o dinamismo na Igreja.

Não podemos prescindir da Palavra de Deus, da sua força suave que – como num diálogo – toca o coração, imprime-se na alma, renova-a com a paz de Jesus, que nos desinquieta em prol dos outros. Se olharmos para os amigos de Deus, para as testemunhas do Evangelho na história, para os santos, vemos que, para todos, foi decisiva a Palavra. Pensemos no primeiro monge, Santo Antão, que, tocado durante a Missa por um trecho do Evangelho, deixou tudo por amor do Senhor; pensemos em Santo Agostinho, que deu uma reviravolta na vida quando uma palavra divina lhe curou o coração; pensemos em Santa Teresinha do Menino Jesus, que descobriu a sua vocação lendo as Cartas de São Paulo. E penso no Santo cujo nome adotei, Francisco de Assis, que, em oração, lê no Evangelho que Jesus envia os discípulos a pregar e exclama: «Isto eu quero, isto peço, isto anseio fazer de todo o coração!» (Tomás de Celano, Vida primeira IX, 22). São vidas transformadas pela Palavra de vida, pela Palavra do Senhor.

Mas pergunto-me: Porque é que não acontece o mesmo a muitos de nós? Muitas vezes escutamos a Palavra de Deus e entra por um ouvido e sai pelo outro, porquê? Decerto porque, como nos mostram estas testemunhas, é preciso não ser «surdo» à Palavra. Este é o nosso risco: arrastados por mil palavras, passa-nos por cima também a Palavra de Deus: ouvimo-la, mas não a escutamos; escutamo-la, mas não a guardamos; guardamo-la, mas não nos deixamos provocar à mudança de vida. Sobretudo lemo-la, mas não a rezamos; ora «a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada de oração, para que seja possível o diálogo entre Deus e o homem» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. Dei Verbum, 25). Não esqueçamos as duas dimensões fundamentais da oração cristã: a escuta da Palavra e a adoração do Senhor. Demos espaço à Palavra de Jesus, à Palavra de Jesus rezada, e sucederá conosco como aos primeiros discípulos.

Irmãos e irmãs, que o Domingo da Palavra de Deus nos ajude a regressar com alegria às nascentes da fé, que brota da escuta de Jesus, Verbo do Deus vivo. Que, por entre as palavras que se dizem e leem continuamente sobre a Igreja, nos ajude a redescobrir a Palavra de vida que ressoa na Igreja! Caso contrário, acabamos por falar mais de nós que d’Ele; e muitas vezes, no centro, ficam os nossos pensamentos e os nossos problemas, em vez de Cristo com a sua Palavra. Voltemos às nascentes para oferecer ao mundo aquela água viva que ele não encontra; e, enquanto a sociedade e as redes sociais acentuam a violência das palavras, concentremo-nos na mansidão da Palavra de Deus que salva, que é mansa, que não faz rumor, que penetra no coração.” (Papa Francisco )

Quer a participação na semana de estudos, nos ajude a partir da Palavra de Deus, a ter os olhos fixos no Senhor Jesus; a despertar nas equipes de animação litúrgica a necessidade da formação de lideranças capazes de ensaiar, ensinar e tomar a assembleia sujeito da ação celebrativa; o zelo pela Igreja como estrutura física; a busca de uma vida saudável com força para combater os vícios e alimente nos que foram ordenados diáconos o ardor e alegria de serem por excelência os proclamadores da Palavra de Deus.

Boa leitura e muita paz!

 

Pe. Marcos Vinicius Clementino

Jornalista e Diretor Geral

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“Jesus, fazei o nosso Coração semelhante ao Vosso”

Queridos irmãos e irmãs, o tema de capa deste mês é o Sagrado Coração de Jesus, por isso é importante saber que: “a devoção ao Sagrado Coração de Jesus é muito antiga.

Alguns estudiosos indicam que ela surgiu com São João Evangelista, em dois momentos distintos: ao recostar-se no peito do Cristo durante a última ceia (cf. Jo 13,23) e ao testemunhar a lança perfurando o coração de seu Mestre na cruz, do qual jorrou sangue e água (cf. Jo 19,34). Contudo, essa espiritualidade se difundiu especialmente no século XVII, com Santa Margarida Maria Alacoque. À monja do Mosteiro da Visitação, na França, Jesus apareceu três vezes entre 1673 e 1675. Em uma destas ocasiões, disse à religiosa: “Vede Margarida, o coração que tanto amou o mundo e que recebe tanto desprezo”. Então, Santa Margarida Maria Alacoque se dedicou a propagar essa devoção, para reparar os pecados cometidos contra o Sagrado Coração de Jesus. A data foi instituída, em 1856, pelo Papa Pio IX, quase duzentos anos após as aparições. A Solenidade se dá sempre na segunda sexta-feira após Corpus Christi.

O Sagrado Coração de Jesus é retratado de acordo com a visão mística que a santa francesa teve. Nela, ela vislumbrou Jesus com Seu coração para fora do peito, com a chaga aberta pela lança, dilatado, coroado por espinhos e queimando de amor. Também há o ícone da cruz, que representa o sacrifício de Cristo pela humanidade.” Uma das saudações mais preciosas desta devoção é: Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso. Ter o coração semelhante ao de Jesus é celebrar o jubileu de 2025 com o título A esperança não decepciona, como mensagem papal e motivada por Dom Edmilson.

É colocar-se a serviço do irmão com alegria e amor na vida em comunidade na Igreja e fora dela também, seja colaborando nas diversas formas celebrativas e pastorais, seja com o gesto maravilhoso de um país que se une, através da compaixão, para ajudar a população do Rio Grande do Sul. É utilizar os recursos da tecnologia e seus avanços com Sabedoria, pois afirma o Papa Francisco em sua mensagem para o 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2024: “O coração, entendido biblicamente como sede da liberdade e das decisões mais importantes da vida, é símbolo de integridade e de unidade, mas evoca também os afetos, os desejos, os sonhos, e sobretudo é o lugar interior do encontro com Deus. Por isso a sabedoria do coração é a virtude que nos permite combinar o todo com as partes, as decisões com as suas consequências, as grandezas com as fragilidades, o passado com o futuro, o eu com o nós.

Esta sabedoria do coração deixa-se encontrar por quem a busca e deixa-se ver a quem a ama; antecipa-se a quem a deseja e vai à procura de quem é digno dela (cf. Sab 6,12-16). Está com quem aceita conselho (cf. Pr 13,10), com quem tem um coração dócil, um coração que escuta (cf. 1 Re 3,9).

É um dom do Espírito Santo, que permite ver as coisas com os olhos de Deus, compreender as interligações, as situações, os acontecimentos e descobrir o seu sentido. Sem esta sabedoria, a existência torna-se insípida, pois é precisamente a sabedoria que dá gosto à vida.”

Peçamos ao Senhor, nesta solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que sejamos seus instrumentos para testemunhar ao mundo que somos peregrinos de Esperança com um coração semelhante ao de Jesus.

Desejo excelente leitura a todos e não esqueça de curtir, comentar e compartilhar.

 

Pe. Marcos Vinicius Clementino

Jornalista e Diretor Geral

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Buscar a sabedoria do Coração

Queridos irmãos e irmãs, a Virgem Maria, Mãe de Jesus “conservava a lembrança de todos os fatos em seu coração” (cf. Lc 2,51), tornando-se modelo perfeito de busca da verdadeira sabedoria do coração. Essa busca da sabedoria, o Papa Francisco, ressalta como fundamental em sua mensagem para o 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais, diante dos enormes desafios propostos pelo avanço da tecnologia, declarando que: “Neste tempo que corre o risco de ser rico em técnica e pobre em humanidade, a nossa reflexão só pode partir do coração humano. Somente dotando-nos dum olhar espiritual, apenas recuperando uma sabedoria do coração é que poderemos ler e interpretar a novidade do nosso tempo e descobrir o caminho para uma comunicação plenamente humana.

O coração, entendido biblicamente como sede da liberdade e das decisões mais importantes da vida, é símbolo de integridade e de unidade, mas evoca também os afetos, os desejos, os sonhos, e sobretudo é o lugar interior do encontro com Deus. Por isso a sabedoria do coração é a virtude que nos permite combinar o todo com as partes, as decisões com as suas consequências, as grandezas com as fragilidades, o passado com o futuro, o eu com o nós. Esta sabedoria do coração deixa-se encontrar por quem a busca e deixa-se ver a quem a ama; antecipa-se a quem a deseja e vai à procura de quem é digno dela (cf. Sab 6,12-16). Está com quem aceita conselho (cf. Pr 13,10), com quem tem um coração dócil, um coração que escuta (cf. 1 Re 3,9). É um dom do Espírito Santo, que permite ver as coisas com os olhos de Deus, compreender as interligações, as situações, os acontecimentos e descobrir o seu sentido. Sem esta sabedoria, a existência torna-se insípida, pois é precisamente a sabedoria que dá gosto à vida.”

Outros apelos concretos desta busca da sabedoria do coração encontram-se nesta edição como no artigo de Dom Edmilson, sobre acolher de coração aberto a dinâmica da oração; na advertência do psicólogo Romildo sobre as mães adotivas na missão de salvar uma criança, que seja verdadeiramente de coração, e na adesão ao dízimo, como ressalta o Padre Ítalo: ser dizimista é abrir o coração.

Parabenizamos, de todo coração, aos seminaristas aprovados para a ordenação diaconal e desejamos que sejam diáconos conforme o coração de Deus. Que pela intercessão de Nossa Senhora, mãe da Igreja, possamos acolher de coração as mensagens da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ao povo brasileiro e aos cristãos católicos.

A todas as mães nossas orações e fraterno abraço.

Boa leitura!

 

Pe. Marcos Vinicius Clementino

Jornalista e Diretor Geral

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Revista Diocesana, um novo formato com a mesma Missão!

Caras irmãs, caros irmãos, é com alegria que a Coordenação Diocesana de Pastoral apresenta a primeira edição da Revista Diocesana, trata-se de um novo formato de comunicação da Diocese de Guarulhos em lugar da tradicional Folha Diocesana. A edição será mensal e disponibilizada nas diversas redes sociais; quanto as editorias não houve grandes alterações, apenas uma adequação ao formato digital para favorecer a leitura on-line. Solicitamos que todos ao acessar também possam compartilhar com os membros da família, amigos e grupos sociais, tornando-se assim um missionário da comunicação diocesana para o mundo, afinal como disse Jesus: “O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados. Não tenhais medo…” (Mt 10,27).

Para favorecer a melhor relação com você foi criado um novo e-mail: revistadiocesana@diocesedeguarulhos.org.br, esperando que você participe das edições enviando um breve comentário sobre os artigos e até quem sabe a solicitação de matérias que possam ser contempladas nas diversas edições. Atenção: o seu comentário e sugestão poderá ser publicado nas próximas edições, por isso não esqueça de se identificar com nome completo e autorizar a publicação, seja você também um colaborador(a) e propagador(a) de cada edição, fazendo valer o convite da Campanha da Fraternidade: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8), capazes de serem autores e não simples receptores, afinal com o avanço da tecnologia que é “técnica, processos, métodos e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da atividade humana; no contexto da comunicação, estão ligadas ao desenvolvimento das ferramentas que possibilitam transmitir, armazenar e disseminar a circulação de informação”,  a comunicação se torna cada vez mais circular como é possível ler no Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil: “A comunicação da Igreja é uma ação desenvolvida por todo o corpo eclesial, em comunhão e sinodalidade. A missão na Igreja, também em nível comunicacional, está intimamente ligada à comunhão, e essa vida de comunhão dá à Igreja o rosto da sinodalidade, isto é, uma Igreja da escuta recíproca, onde cada um tem algo a aprender (…) cada um à escuta dos outros; e todos à escuta do Espírito Santo, o Espírito da verdade. Nas ações de comunicação da Igreja no Brasil, esses sujeitos são os fiéis leigos e leigas, os fiéis de vida consagrada e os fiéis ordenados.” (Documento da CNBB 99).

Nesta edição tratamos dos diversos aspectos da Campanha da Fraternidade através das mensagens do Papa Francisco à Igreja no Brasil; da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; do coordenador diocesano de pastoral, o padre Marcelo Dias e da equipe diocesana da CF que realizou com sucesso o lançamento da Campanha nas Foranias. Confira também a motivação e esclarecimento de Dom Edmilson sobre o Ano da Oração, além da sua agenda episcopal de ação evangelizadora. Por falar em agenda, você também pode se organizar para melhor participar das diversas ações da Igreja, através da Agenda Diocesana atualizada nesta edição. Enfim, em nome da Coordenação Diocesana de Pastoral, peço a Deus que abençoe este novo projeto e a Virgem Maria, Senhora da Comunicação, que interceda pela elaboração de cada edição para que estejamos sempre atentos a ouvir o Espírito Santo.  Desejo excelente leitura e um ano abençoado de 2024!

Confira abaixo a Nova Edição: