Diocese de Guarulhos

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Mães adotivas

A missão de salvar uma criança.

Maio é o mês em que se comemora o Dia das Mães, por esse motivo é o mês ideal para tratar de um assunto muito importante que é a adoção de crianças. Ser mãe adotiva é um ato sublime de amor, porém requer muita responsabilidade.         Geralmente o casal que não conseguiu gerar um filho, recorre à adoção como um meio de satisfazer não só um instinto básico da natureza humana, mas também por necessidade de dar sentido à relação, através da experiência de serem pais. Às vezes na ansiedade de realizar tal desejo, muitos casais não suportam esperar pelas longas filas no processo legal de adoções e recorrem a um meio conhecido como “adoção à brasileira”.

Nesse modelo a família biológica entrega a criança a um indivíduo estranho, que provavelmente registrará a criança como filho legítimo. Péssima ideia, pois isso é crime, passível de condenação de até dois anos de detenção. A adoção à brasileira gera sentimentos contraditórios, pois ao mesmo tempo em que os novos pais se enchem de felicidade pela chegada do novo bebê, são também tomados por um medo terrível de que a família biológica venha, um dia, reclamar na justiça o direito à criança, seja por arrependimento ou por interesses financeiros.

Considerando essa possibilidade, os pais adotivos passam a tomar algumas medidas para evitar qualquer tipo de contato com a família doadora, subtraindo da criança, sua história e seu passado e, na verdade, não estão protegendo o bebê e sim a si mesmos. A criança que cresce num ambiente desses, terá dificuldades de ajustar-se afetiva e socialmente tornando-se um indivíduo com grande potencial problemático no futuro. Timidez, insegurança e ansiedade são algumas das características da criança adotada, podendo gerar diversos problemas como: depressão, problemas escolares, dificuldade de adaptação social, entre outros.

Antes de adotar uma criança, há que se ter em mente que ela não é a solução para um problema, ela não vai preencher lacunas afetivas e sentimentais, nem recompensar perdas do passado. Esperar isso, seria inverter os papéis imaginando que a criança adotada venha a ser solução para resolver conflitos pessoais. O ideal seria que os pais adotivos buscassem orientação psicológica para refletir sobre suas verdadeiras necessidades, numa atitude destemida de confronto entre desejo e realidade.

Em suma, a decisão de adotar deveria ser um processo maduro e consciente baseado no desejo de doar-se a alguém, fazendo aquilo que Jesus nos ensinou, isto é lançar-se, sem medo e sem nenhuma expectativa de recompensa, assim como fez Maria, exemplo maior de maternidade.  Esta seria uma verdadeira atitude de amor ao próximo.

 

Romildo R. Almeida

Psicólogo clínico

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