A Campanha da Fraternidade nasceu por iniciativa de Dom Eugênio de Araújo Sales, em Nísia Floresta, Arquidiocese de Natal, RN, como expressão da caridade e da solidariedade em favor da dignidade da pessoa humana, dos filhos e filhas de Deus.
Assumida pelas Igrejas Particulares da Igreja no Brasil, a Campanha da Fraternidade tornou-se expressão de comunhão, conversão e partilha. Comunhão na busca de construir uma verdadeira fraternidade; conversão na tentativa de deixar-se transformar pela vida fecundada pelo Evangelho; partilha como visibilização do Reino de Deus que recorda a ação da fé, o esforço do amor, a constância na esperança em Cristo Jesus (Cf. 1Ts 1,3).
Fonte: CNBB
O Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2024 é a reflexão fundamental que sustenta o caminho da CF. Ele propõe despertar, de acordo com o tema “Fraternidade e Amizade Social” e o lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8), a beleza da fraternidade humana aberta a todos, para além dos nossos gostos, afetos e preferências, em um caminho de verdadeira penitência e conversão.
O cartaz, criado pelos jovens de Brasília (DF) Samuel Sales e Wanderley Santana, apresenta o cenário da comunidade como uma casa, espaço onde acolhe-se os irmãos e irmãs para a partilha do alimento e da vida.
A mesa, ao redor da qual todos se encontram – indígenas, negros, brancos, homens, mulheres, gestante, crianças, jovens, cadeirante, adultos e idosos – remete ao sacramento da amizade de Deus com a humanidade.
O símbolo maior da comunidade é a celebração da fé ao redor de uma mesa, com pão, vinho e fraternidade. Os alimentos na mesa, típicos da dieta mediterrânica, recordam as refeições de Jesus. As janelas apontam uma casa aberta aos desafios do mundo e da realidade.
No meio da cena está o Papa Francisco, com sua bengala. Esta imagem expressa aquele que assume suas limitações e propõe ao mundo a amizade social por meio de sua Encíclica Fratelli Tutti. Ele mostra que é um caminho necessário para garantir a boa convivência e a subsistência de todos os seres humanos.
O Santo Padre usa a cruz de dom Helder Câmara, que participou da fundação da CNBB em 1952, no Rio de Janeiro, sendo o primeiro secretário-geral da Conferência. Esta imagem recorda as semelhanças entre estes dois grandes homens de fé, que tanto colaboraram e colaboram com a história da CNBB e da Igreja no Brasil e no Mundo.
O cartaz convida também ao gesto concreto da Campanha da Fraternidade: a doação à Coleta Nacional da Solidariedade que acontecerá no dia 24 de março de 2024, Domingo de Ramos e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. A coleta fortalece os Fundos Diocesanos e Nacional de Solidariedade, que colaboram com centenas de projetos sociais por todo o Brasil, sempre ligados ao tema da CF de cada ano.
A cruz de dom Helder é também uma recordação para marcar os 60 anos da Campanha da Fraternidade, celebrada nacionalmente pela primeira vez em 1964. A Campanha da Fraternidade foi criada por dom Eugênio Sales, na época Arcebispo da arquidiocese de Natal (RN). E teve com dom Helder, então secretário-geral da CNBB, o grande esforço pastoral em torná-la nacional, sendo assumida por toda Igreja no Brasil.
Deus Pai, vós criastes todos os seres humanos com a mesma dignidade. Vós os resgatastes pela vida, morte e ressurreição do vosso filho Jesus Cristo e os tornastes filhos e filhas santificados no Espírito!
Ajudai-nos, nesta Quaresma, a compreender o valor da amizade social e a viver a beleza da fraternidade humana aberta a todos, para além dos nossos gostos, afetos e preferências num caminho de verdadeira penitência e conversão.
Inspirai-nos um renovado compromisso batismal com a construção de um mundo novo, de diálogo, justiça, igualdade e paz! Conforme a Boa-Nova do Evangelho!
Ensinai-nos a construir uma sociedade solidária sem exclusão, indiferença, violência e guerras! E que Maria, vossa serva e nossa mãe, nos eduque para fazermos vossa santa vontade! Amém.
1. Conduzidos a este deserto, (cf. Mc 1,13) Deus nos chama à libertação (cf. Ex 3,8; 20,2) da indiferença e divisão: “Onde está tua irmã, teu irmão?” (cf. Gn 4,9) Eis a hora! O Reino está perto, crê na Palavra e na conversão. (Mc 1,15)
REFRÃO: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8) é Palavra de Cristo, o Senhor; pois a fraternidade humana deve ser conversão e valor. Seja este um tempo propício (cf. 2Cor 6,2) para abrir-nos, enfim, ao amor!
2. A Quaresma nos chama a assumir um amor que supera barreiras, (FT, n. 1) desejando abraçar e acolher, (FT, n. 3) se estendendo além das fronteiras, (FT, n. 99) rompendo as cadeias que isolam, construindo relações verdadeiras. (FT, n. 62)
3. Misericórdia, pecamos, Senhor, (Sl 50,3) sem no outro um irmão enxergar. Mas queremos vencer os conflitos, pela cultura do encontro lutar. (FT, n. 30) Em unidade na pluralidade, um só Corpo queremos formar! (cf. 1Cor 12,12-31)
4. O Senhor nos propõe Aliança (Gn 9,8-15) e nos trata com terno carinho. (Sl 102,4) Superemos divisões, extremismos; ninguém vive o chamado sozinho. (FT, n. 32) Só assim plantaremos a paz: “Corações ardentes e pés a caminho”. (cf. Lc 24,32-33)
5. “Alarga o espaço da tenda” (cf. Is 54,2) e promove a amizade social, (cf. EG, n. 228) vence as sombras dum mundo fechado, construindo Igreja sinodal. Convertidos, renovados veremos novo céu, nova terra, afinal. (Ap 21,1-7)
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