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“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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"A Esperança não decepciona" (Rm 5,5)

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Artigos Liturgia

O preceito dominical (Parte I)

O católico é obrigado a participar das missas aos domingos?

Instituído para amparo da vida cristã, o domingo adquire, naturalmente, também um valor de testemunho e anúncio. Dia de oração, de comunhão e alegria, ele repercute sobre a sociedade, irradiando sobre ela energias de vida e motivos de esperança. O domingo é o anúncio de que o tempo, habitado por Aquele que é o Ressuscitado e o Senhor da história, não é o túmulo das nossas ilusões, mas o berço de um futuro sempre novo, a oportunidade que nos é dada de transformar os momentos fugazes desta vida em sementes de eternidade. O domingo é convite a olhar para diante, é o dia em que a comunidade cristã eleva para Cristo o seu grito: ‘Maranatha: Vinde, Senhor!’ (1Cor 16,22). Com esse grito de esperança e expectativa, ela se faz companheira e sustentáculo da esperança dos homens. E domingo a domingo, iluminada por Cristo, caminha para o domingo sem fim da Jerusalém celeste, quando estiver completa em todas as suas feições a mística Cidade de Deus, que ‘não necessita de Sol nem de Lua para a iluminar, porque é iluminada pela glória de Deus, e a sua luz é o Cordeiro’” (Ap 21,23) (São João Paulo II, Dies Domini, n. 84).

A participação da Santa Missa aos domingos é um compromisso de particular importância em nossa experiência de fé. O Catecismo da Igreja Católica ensina-nos que a celebração da Eucaristia dominical, do Dia do Senhor, está no coração da vida da Igreja. “O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito”. (Catecismo da Igreja Católica, n. 2177)

No entanto, antes de ser uma obrigação para nós católicos, a participação da Santa Missa aos domingos é uma exigência que está inscrita na essência da vida cristã. Por isso, na Igreja nascente, não havia o preceito dominical, já que os fiéis tinham a assembleia dominical como o ponto mais alto e importante da vida espiritual.

Na Igreja antiga a participação da missa dominical era uma obrigação de consciência, que tem sua razão der ser na necessidade interior que os cristãos dos primeiros séculos sentiam tão intensamente, assim a Igreja Católica nunca deixou de afirmar, embora, no início, não julgou ser necessário prescrevê-la.

Mas, com o tempo, devido à tibieza ou à negligência de alguns, a Igreja teve de explicitar aos fiéis o dever da participação na Missa aos domingos. Na maior parte das vezes, fez isso sob a forma de exortação, mas, às vezes, também recorreu a disposições canônicas concretas.

O primeiro e o mais importante mandamento da Igreja determina que somos obrigados a participar da Santa Missa aos domingos e nas solenidades de preceito: “No domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis têm obrigação de participar na Missa” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2180). Cumprimos esse preceito se participarmos da Santa Missa celebrada em rito católico, no próprio dia festivo ou na tarde do dia anterior.

 

Pe. Fernando Gonçalves – Comissão Diocesana de Liturgia

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Artigos Vocação e Seminário

Vocação e Seminário

“Que alegria quando ouvi que me disseram: ‘Vamos à Casa do Senhor!’” (Sl 121/122,1).

Aproveitamos o espaço aqui disponibilizado para um grande convite a todos da Diocese: é de grande alegria para nós, do Seminário Imaculada Conceição, a presença dos fiéis em nossa Casa de Formação para a participação da Santa Missa!

Todas as quintas-feiras às 19h30 o Seminário abre as suas portas para receber os fiéis das paróquias para celebrarmos juntos o Santo Sacrifício de Cristo. “A Eucaristia, presença salvífica de Jesus na comunidade dos fiéis e seu alimento espiritual, é o que de mais precioso pode ter a Igreja no seu caminho ao longo da história” expressa São João Paulo II na Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia. De fato, não pode existir uma vida espiritual sem a participação na Eucaristia – é ela que motiva e impulsiona a comunidade na vida da missão e da santidade.

O Papa Francisco, recentemente na Carta Apostólica Desiderio desideravi, relembra que “não poderíamos ter outra possibilidade de um verdadeiro encontro com Jesus senão na comunidade que celebra”. Por isso, reiteramos o convite do Seminário: venha participar de nossas Santas Missas às quintas-feiras às 19h30 – se chegar mais cedo, às 18h30, temos Adoração ao Santíssimo Sacramento. Aproveite venha também no primeiro sábado de cada mês, às 9h, para a Santa Missa dos Amigos do Seminário. É uma alegria termos a sua presença conosco na Casa do Senhor no Coração da Diocese.

 

Sem. Edson Vitor – 3º ano de Teologia

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Artigos Vida Presbiteral

O Sacerdócio Consagrados pelo Reino – VI

Continuamos nossa caminhada na fascinante aventura de descoberta da vocação até a sua concretização segundo a vontade de Deus. No mês anterior falamos sobre o primeiro grau da ordem e nesta edição falaremos sobre o segundo grau da ordem: “Ordo presbyterorum”.  Mas porque este sacramento recebe o nome de Sacramento da Ordem? Talvez, no mês anterior, já devíamos ter falado sobre isto mas, se não aconteceu, é porque teria que ser neste mês mesmo. Então vamos lá.

A segunda parte do Catecismo da Igreja Católica, se não leu ainda, fazemos um apelo para lê-lo, nos coloca diante da celebração do mistério cristão e nos apresenta os sete sacramentos da Igreja. O artigo 6 nos apresenta o sacramento da ordem. “Ordem na antiguidade designava um corpo constituído”. Ordenação é a integração em uma ordem. A ordem dos presbíteros.

Mas de onde nasceu o sacerdócio católico? Sabemos que no Antigo Testamento havia uma tribo responsável pelo oferecimento do sacrifício e serviço litúrgico.  Sabemos também que o povo do Senhor é um povo sacerdotal. Mas, o sacerdócio hierárquico católico nasceu em uma quinta-feira, a Quinta-feira Santa. Era noite, Jesus se reuniu com seus apóstolos, o Eterno Sacerdote quis ali instituir o sacerdócio para perpetuar sua presença. “E tomando o pão, deu graças, o partiu e o distribuiu dizendo: – Isto é o meu corpo, que é entregue por vós. Fazei isto em minha memória”(Lc 22,19). São quatro relatos que testemunham este acontecimento. Os três relatos sinóticos e a Carta aos Coríntios. Nela os gestos e as palavras de Jesus  revelam o núcleo sacramental.

Jesus não tomou o pão e disse comam, mas Ele disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo… não disse: bebam, mas disse: Tomai, bebei, este é o cálice do meu sangue… aqui estava instituído o sacramento de sua presença perpétua, mas e quem faria? Quem ofereceria o sacrifício? Ele instituiu o sacerdócio dizendo: Fazei isto em memória de mim. Aqui estava apresentado o núcleo do sacerdócio. Sim, ali na última ceia, Jesus ordena os apóstolos. E inaugura um novo sacerdócio. Não mais como no Antigo Testamento.

Eis como o ritual de ordenação reza: “Senhor, Pai santo, […] já na Antiga Aliança se desenvolveram funções sagradas que eram sinais do sacramento novo. A Moisés e a Aarão, que pusestes à frente do povo para o conduzirem e santificarem, associastes como seus colaboradores outros homens também escolhidos por Vós. No deserto, comunicastes o espírito de Moisés a setenta homens prudentes, com o auxílio dos quais ele governou mais facilmente o vosso povo. Do mesmo modo, as graças abundantes concedidas a Aarão. Vós as transmitistes a seus filhos, a fim de não faltarem sacerdotes, segundo a Lei, para oferecer os sacrifícios do templo, sombra dos bens futuros…”. Mas, para que o sacerdócio ministerial? “O sacerdócio ministerial está a serviço do sacerdócio comum, ordena-se ao desenvolvimento da graça batismal de todos os cristãos. É um dos meios pelos quais Cristo não cessa de construir e guiar a sua igreja. E é por isso que é transmitido por um sacramento próprio, o Sacramento da Ordem.”(CIC 1547).

Pela santa ordenação, o presbítero é configurado a Cristo cabeça e age como “In Persona Christi”. Sabemos, porém, que o sacerdote é um homem sujeito às fraquezas humanas. Deus o escolheu dentre os homens e não dentre os anjos. “Mas trazemos este tesouro em vaso de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus” (2 Cor 4,7). E o sacramento fica prejudicado quando o sacerdote não é santo? Quando não age segundo as exigências do seu ministério, do seu estado de vida? O Catecismo lembra que, mesmo que o sacerdote não tenha uma vida exemplar, o sacramento por ele celebrado tem sua validade e eficácia.

Sabemos que, assim como o sacramento do batismo, o sacramento da ordem confere um caráter indelével. Quem o recebe, o recebe uma vez para sempre. Feito ministro de Cristo “para servir de instrumento em favor da sua Igreja. Pela ordenação recebe-se a capacidade de agir como representante de Cristo, cabeça da Igreja

Que grande graça é ser chamado a este ministério. Trata-se de uma eleição mesma de Deus. Não sabemos os critérios dos quais Ele se utiliza para o chamado. O certo é que, é uma vocação! E os que são chamados devem estar conscientes de que sua vida não mais lhes pertence. A vida deve ser também sacrificada junto ao Grande Sacrifício do altar.  Um sacerdote deve ser hóstia também imolada. Sua vida, como incenso oferecido na Santa Missa, se queima para perfumar a vida dos fiéis. Em síntese, o padre é feito tudo para todos. tornei-me tudo para todos, para de alguma forma salvar a muitos.(1 Cor 9,22)

Em sua paróquia tem um sacerdote? Louve e agradeça a Deus. Ele não é o melhor sacerdote do mundo? Seja compreensível e reze para que seja santo. Os sacerdotes carecem de orações, carecem de pessoas que se interessem por suas vidas e por suas dores. Carecem de amigos que lhe ofereçam ombros para chorar suas dores. Ofereça orações e colabore também com seu padre em sua paróquia.

Senhor, enviai muitas e santas vocações sacerdotais para nossa Igreja. Sacerdotes segundo o Teu coração.

 

Padre Cristiano Sousa – Representante dos Presbíteros

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Artigos Enfoque Pastoral

Testemunhos Missionários da Diocese de Guarulhos

Queridos irmãos e irmãs, missionários e missionárias, “sereis minhas testemunhas”, esse é o convite do mês das missões 2022, com base no texto bíblico de Atos dos Apóstolos. É fundamental recordar que todos que receberam o batismo são convidados ao compromisso missionário como Igreja nas diversas realidades do mundo, pois a Igreja é missão. O principal objetivo da Folha Diocesana é manifestar em cada edição as ações evangelizadoras da Igreja como estado permanente de missão através da comunicação. Nesta edição de modo especial destacamos a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões que se detém em três expressões-chave que resumem os três fundamentos da vida missionária dos discípulos: “Sereis minhas testemunhas”; “até os confins do mundo”; e “recebereis a força do Espírito Santo”. O ano jubilar missionário e a motivação para a Coleta Missionária como força do projeto de Igrejas irmãs como sinal da manifestação de unidade da Igreja e testemunho da prática do bem comum. A diversidade e riqueza missionária é notável nesta edição que você lê, curte e compartilha, vejamos alguns destaques:

A realização dos Conselhos Pastorais nas Foranias conduzida pelo bispo para ouvir as comunidades e refletir sobre o resultado da Assembleia Diocesana.  A visita Ad Limina dos bispos do regional Sul 1 ao Papa Francisco que demonstra através dos registros fotográfico e artigos, a força de uma Igreja simples e acolhedora capaz de revigorar a missão episcopal, mesmo diante dos enormes desafios presentes em cada realidade arquidiocesana e diocesana. A proximidade, simplicidade e acolhida do Papa Francisco, marca o encontro com os bispos e renova o convite para que sejam “evangelizadores que contraem o cheiro de ovelha e estas escutem sua voz”.

Um outro ato de alegria missionária foi a cerimônia de mais sete ordenações de diáconos permanentes que unidos aos já ordenados, marca a história da Diocese de Guarulhos e a força da Igreja povo de Deus, unida na diversidade dos ministérios, assim denominada no Concílio Vaticano II: “Para apascentar e aumentar sempre o povo de Deus, Cristo Senhor instituiu na sua Igreja vários ministérios, que tendem ao bem de todo o Corpo.” ( LG 273) Essa dimensão foi ressaltada com ênfase, como um desabafo, por Dom Edmilson Amador Caetano logo após a saudação inicial, como resposta as críticas negativas de alguns, em relação a necessidade da ordenação diaconal permanente. Que o clero, comunidades, pastorais, movimentos e organismos, acolham com humildade os diáconos permanentes, as esposas e familiares e valorizem esse dom para fortalecer a ação evangelizadora no mundo.

A evangelização da juventude também é destaque através da realização do Viva-a-Vida com excelente organização e participação. Enfim, desejo a todos que o mês missionário revigore o ânimo missionário e que juntos possamos alcançar o que rezamos na Oração do Criador escrita na carta encíclica Fratelli Tutti

“…infundi nos nossos corações um espírito de irmãos. Inspirai-nos o sonho de um novo encontro, de diálogo, de justiça e de paz. Estimulai-nos o sonho de um novo encontro, de diálogo, de justiça e de paz. Estimulai-nos a criar sociedades mais sadias e um mundo mais digno, sem fome, sem pobreza, sem violência, sem guerras. Que o nosso coração se abra a todos os povos e nações da terra, para reconhecer o bem e a beleza que semeastes em cada um deles, para estabelecer laços de unidade, de projetos comuns, de esperanças compartilhadas.”

 

Pe. Marcos Vinicius ClementinoJornalista e Diretor Geral

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Artigos Voz do Pastor

As Comunidades Eclesiais Missionárias

Em nossa diocese estamos vivendo o pós Assembleia Diocesana de Pastoral, que aconteceu no mês de março. Estamos levando mais tempo que no passado para traçar ações concretas. O motivo é que se optou por incrementar o nosso modo “sinodal” de ser Igreja. Foi dado mais tempo para a escuta.  Após a Assembleia foram ouvidos os coordenadores diocesanos das Pastorais e Movimentos. Tivemos também a escuta do Conselho Diocesano de Pastoral. Entre os meses de agosto e setembro foi o momento de o bispo ouvir os Conselhos Forâneos de Pastoral. Este grande tempo de escuta para aplicação das prioridades escolhidas na XI Assembleia Diocesana de Pastoral, está chegando a seu término.

Entretanto, uma das coisas que mais clamam em nossa pastoral, é a vivência do pilar da missionariedade através das “pequenas” Comunidades Eclesiais Missionárias (CEM), que necessitamos restaurar na diocese e, ao mesmo tempo, neste retomar, mesmo em tempos de pandemia, precisamos deixar explícito que somos uma Igreja em saída. Na escuta das foranias percebe-se que há um anseio de ir ao encontro das pessoas. O mundo cada vez mais urbano, onde angústia o individualismo e a solidão, é uma porta para o Evangelho. Temos realmente que nos preocupar com a existência de tantas pessoas que vivem sem força – e situação agravada pela pandemia – encontram-se deprimidos, precisando de uma restauração pelo anúncio do Evangelho. Quanta coisa boa pudemos experimentar durante o tempo mais rígido da pandemia através das novas tecnologias de comunicação. No entanto, não somos e nunca seremos uma Igreja virtual. Somos a Igreja do encontro e da comunhão.

Uma das ações concretas vamos começar a realizar neste mês de outubro, mês das missões. No dia 08/10 iremos ter uma formação diocesana do Ministério da Visitação, que é uma forma de expressarmos o ser “Igreja em saída”. Um Ministério que deverá em primeiro lugar tocar o coração das pessoas com o anúncio explícito de Jesus Cristo, como Senhor e Salvador. Um anúncio que leve as pessoas, a partir de suas próprias casas, a um encontro pessoal com Jesus Cristo. Aqui, são competentes, os irmãos e irmãs que experimentaram e experimentam, a partir das CEM, esta vivência. Irmãos e irmãs sustentados pelos pilares da Palavra e do Pão.  Não é um modo técnico de fazer. É algo que brota do âmago da missionariedade inscrita no coração de cada discípulo de Jesus.

Em segundo lugar, é preciso também deixar claro e de maneira inequívoca, que o seguimento de Jesus, o discipulado, não se faz individualmente e de maneira solitária. O seguimento de Jesus só é possível em comunidade, na CASA. Ligado a este segundo lugar, vem o terceiro lugar: a missionariedade da Igreja só será forte e perseverante continuidade, com o multiplicar-se das Comunidades Eclesiais Missionárias pelo território da nossa diocese. Portanto, o Ministério da Visitação, tem esta finalidade: Anunciar – Realizar Comunhão – Congregar – Enviar para Anunciar.

Estas CEM devem possuir as mais variadas expressões, conforme o Espírito Santo de Deus vai nos concedendo ser. Podem nascer a partir dos Grupos de rua. Podem multiplicar-se com a já consagrada ação das CEBs.  Podem ser oriundas da diversidade e experiência de Jesus Cristo, a partir dos mais variados Movimentos. Podem nascer a partir dos mais variados espaços celebrativos que possamos ter em nossas paróquias.  Não há como limitar a “criatividade” do Espírito Santo. Nem queiramos limitar a ação do Espírito.

As CEM não podem ser um “gueto proselitista e espiritualista”, pelo contrário, devem estar abertas a todas as realidades circundantes. Toda vivência eclesial deve também abrir-se para a dimensão sociotransformadora do Evangelho. Esta dimensão, sabemos, é expressa pela sustentação do pilar da caridade.

 

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O.Cist.Bispo diocesano

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Destaques Diocese

Missa na UniNove de Guarulhos

Na quinta-feira dia 13 de outubro, foi celebrada a primeira Missa no campus II – UNINOVE, para os estudantes da faculdade de medicina. Trata-se de um pedido dos próprios alunos que, entusiasmados, e inspirados pela sede da oração e pela importância da espiritualidade em âmbito médico, viabilizaram a realização da Missa.

A Celebração foi presidida pelo Pe. Leonardo Henrique , vigário da Catedral, que fará o serviço de capelania no local, com a celebração da Missa semanal e atendimento dos alunos.

Fotos: Pascom Catedral

Confira as fotos da primeira Missa na Universidade:

Missa na UniNove de Guarulhos
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Artigos Movimentos Diocesanos

Movimento Sacerdotal Mariano

Com imensa alegria, louvamos sempre a bondade de Deus, que nos apresenta sempre caminhos de possibilidades, de modo, que possamos nos envolver mais profundamente na experiência do seu amor- misericórdia, que nos permite sempre de novo e de modo mais eficaz, configurar-nos, a Jesus Cristo, seu Amado Filho.

Origem: A 08 de Maio de 1972, O Pe. Stefano gobbi participa numa peregrinação a Fátima e encontra-se rezando na Capelinha das Aparições por alguns sacerdotes, que além de traírem pessoalmente à sua vocação, tentam formar associações rebeldes à Autoridade da Igreja.

Uma força interior o impele a ter confiança no amor de Maria. Nossa Senhora, servindo-se dele, como de um humilde e pobre instrumento, reunirá todos os sacerdotes que aceitarem o convite para se consagrarem ao seu Coração Imaculado, para permanecerem fortemente unidos ao Papa e à Igreja a Ele unida e para conduzirem os fiéis ao refugio seguro do seu coração materno.

O Pe. Gobbi pediu interiormente a Nossa Senhora um pequeno sinal de confirmação, que Ela lhe deu pontualmente antes do final daquele mesmo mês, em Nazaré, na Basílica da Anunciação. A origem do Movimento sacerdotal mariano remonta a esta inspiração simples e interior que o Pe. Gobbi teve em Fátima, durante a oração. Mas, o que é que se devia fazer, depois, concretamente!

Em Outubro daquele mesmo ano, tentou-se dar um tímido encaminhamento, através de um encontro de Oração e de amizade entre três sacerdotes na Paróquia de Gera Lario ( diocese de Como- Itália); a noticia deste Movimento foi dada em alguns jornais e revistas católicas.

Em Março de 1973, os sacerdotes inscritos no Movimento eram cerca de quarenta. Em Setembro do mesmo ano, teve lugar o primeiro encontro nacional. A partir de 1974, começaram os primeiros cenáculos de Oração e de fraternidade entre sacerdotes e fiéis; estes se difundiram progressivamente na Europa e por toda a parte do mundo.  O Movimento Sacerdotal Mariano conseguiu expandir-se de maneira silenciosa e extraordinária.

O Movimento sacerdotal Mariano, é uma pequena semente plantada por Nossa Senhora no jardim da Igreja. Em breve se tornou uma grande árvore, que estendeu os seus ramos por toda a parte do mundo. É uma obra de amor que o Coração Imaculado de Maria faz surgir hoje na Igreja, para ajudar todos os seus filhos a viverem, com confiança e esperança filial, os momentos dolorosos da purificação.

Nestes tempos de graves perigos, a Mãe de Deus e da Igreja atua sem descanso e sem hesitação para ajudar, sobretudo, os sacerdotes, que são os filhos da sua materna predileção. Nesta obra, são usados, naturalmente, alguns instrumentos; de modo particular, foi escolhido o Pe. Steffano; porque ! numa pagina do livro, é dada esta explicação: “ eu te escolhi por seres o instrumento menos apto. Assim, ninguém dirá que é obra tua. O Movimento Sacerdotal Mariano deve ser apenas Obra Minha. Através da tua fraqueza, Eu manifestarei a minha força; através do teu nada, Eu manifestarei o meu poder”. (16 de Julho de 1973).

Pertence ao espírito do Movimento todo aquele que, inscrito ou não, se consagra ao Coração Imaculado de Maria e, procurando viver coerentemente e agindo em obediência e para o bem da Igreja, ajuda também os fiéis a viverem a sua entrega a Nossa Senhora.

(Fonte; livro azul: “Aos sacerdotes, Filhos prediletos de Nossa Senhora; 28 edições)

Pe. Salvador M. Rodrigues

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Artigos Direito e Família Cristã

Famílias coerentes e articuladas para os tempos de Hoje

O livro de Josué, escolhido pela CNBB para nos acompanhar durante o mês da Bíblia é muito significativo e ao mesmo tempo atual quando pensamos nos desafios das famílias católicas do nosso tempo, e, sobretudo, na resposta que Deus espera de cada uma delas. Trata, sobretudo, de um povo eleito que, após percorrer um caminho de libertação da escravidão do Egito e purificação no deserto, vai entrar na posse da “terra da promessa” que, naquele momento, encontrava-se repleta de cultos pagãos.

Nos tempos atuais, vivemos em uma realidade na qual, cada vez mais, impera a indiferença a Deus e a perseguição à verdadeira religião. A vivência e profissão de uma autêntica fé cristã é capaz de incomodar seriamente aqueles que vivem imersos em uma vida pagã e, por isso, em vários lugares do mundo, instala-se uma perseguição aos cristãos, as vezes mais velada, outras mais declarada, muitas vezes por meio de práticas ou até de leis imorais, que vão contra a Lei de Deus.

A posição de Josué, diante de uma realidade repleta de ídolos, não tão distante da nossa, deve ser para nós exemplo e força, pois foi ele quem firmemente declarou: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js. 24,15). É preciso, pois, impormos coerência à nossa forma de viver, adequando-a ao modelo deixado por Nosso Senhor Jesus, no Evangelho, sem medo, pois como diz e lema bíblico escolhido pela CNBB “o Senhor teu Deus estará contigo por onde quer que vás”.

Para que nossa família leve uma vida autenticamente cristã e seja luz em mundo de trevas, é necessária uma vida: a) de oração, que busque em Deus força e luz para a caminhada; b) de estudos, que possibilite formar a nossa consciência nos verdadeiros valores do Reino; c) de ação, que nos torne integralmente coerentes com a fé que professamos em Jesus.

Quero destacar como, no campo da ação, no mundo moderno, é importante que nos organizemos em associações de famílias constituídas com o objetivo de defender os nossos valores junto aos poderes constituídos e à sociedade em geral. Essa forma de nos organizarmos nos disponibiliza diversas ferramentas, que podem fortalecer em muito a defesa de valores como a família natural, o direito dos pais de educar os seus filhos com base em seus princípios, a vida humana desde a concepção até a morte natural, entre outros.

O Papa João Paulo II, em sua Encíclica Evagelium Vitae, nos anima a nos unirmos para o exercício de nossa missão de leigos neste mundo, quando ensina que “servir o Evangelho da vida implica que as famílias, nomeadamente tomando parte em apropriadas associações, se empenhem por que as leis e as instituições do Estado não lesem de modo algum o direito à vida, desde a sua concepção até à morte natural, mas o defendam e promovam”.

Dentre as entidades que atuam nesse campo em nossa cidade, o IDVF – Instituto de Defesa da Vida e da Família (www.idvf.org.br), associação sem fins lucrativos, iniciada pelo incansável Padre Berardo Graz e dirigida por leigos católicos, a qual tenho a missão de atualmente presidir, tem por objetivo justamente fortalecer a defesa da causa da família e da vida.

O IDVF está à disposição de nossos diocesanos, e, assim, já tem atuado em diversas instâncias, a exemplo do Supremo Tribunal Federal, nas ações judiciais que pretendem descriminalizar o aborto e implementar a “ideologia de gênero” nas escolas de todo o país, entre outras. Também atuou junto ao Poder Executivo, obtendo do Governo Federal, juntamente com outras associações, a revogação da Portaria que impedia que os médicos comunicassem a ocorrência de estupro à polícia quando da realização de aborto, para apuração do crime de estupro.

Que nesse mês dedicado à Palavra De Deus sejamos inspirados pelo modelo de Josué a levar a nossa família a uma autêntica vida cristã, sem temer os desafios do nosso tempo; ao contrário, respondendo a eles com oração, estudos e uma ação coerente com os valores do Reino e articulada entre nossas famílias, para defesa de nossa fé.

 

Marcos Antônio Favaro – Procurador Jurídico, Pós-Graduado
em Teologia, Mestre em Direito na PUC-SP

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Artigos Falando da Vida

Qual o Sentido da Vida?

Por que o Suicídio entre Jovens está aumentando no Brasil?

“Minha vida não tem muito sentido, sinto que não faço nada certo, fico a maior parte do tempo fechado dentro do meu quarto e não tenho amigos. Às vezes sinto que é melhor se eu não existisse; não sei se vale a pena continuar vivendo assim.” O relato acima é imaginário, mas certamente representa o sentimento real de muitos jovens que sofrem de Depressão e estão no grupo de risco daqueles que podem cometer suicídio. Desde 2015 a campanha Setembro amarelo se dedica a conscientizar as pessoas através de debates e eventos sobre esse importante tema.

Segundo a OMS, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade de 15 a 29 anos. De maneira geral, a ideia de deixar de existir está associada ao desenvolvimento de estratégias para lidar com problemas e é comum num jovem em formação, mas o perigo começa quando se torna uma ideia compulsiva e o indivíduo vê nessa via, sua única saída. Nesse caso, estamos diante de um sério problema que, se não for devidamente tratado, pode gerar consequências trágicas. Infelizmente, no Brasil houve um aumento de casos, de acordo com pesquisa realizada pela Unifesp, publicada em 2019.

A Psicologia, nas suas diversas abordagens, pode ajudar as pessoas a superarem esse quadro. Normalmente é o pensamento que precisa ser tratado. Muitas vezes o pensamento, apresenta distorções cognitivas que geram sentimentos negativos, por exemplo: “Minha vida não vale a pena porque não consigo me relacionar com ninguém. ” O relacionamento social e afetivo é uma das competências humanas, mas não pode representar o sentido da vida. A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) é uma abordagem que pode promover uma melhora na relação do indivíduo consigo mesmo, através da análise do pensamento.

A causa do sofrimento psicológico está ligada à falta de sentido. De onde vim? Para onde vou? Para que estou vivendo? – são perguntas que todos fazemos; o vazio existencial produz pensamentos autodestrutivos e precisa ser preenchido com motivações verdadeiras. Mas o melhor conselho é: seja paciente consigo mesmo, considere os pensamentos como eventos mentais, não como realidade. Evite ficar ruminando sobre acontecimentos do passado; viva apenas o momento presente. Ao invés de esperar que a vida tenha sentido, procure dar sentido à vida fazendo algo de útil não só para você, mas para toda a comunidade. A vida é dom de Deus e precisa ser honrada.

 

Romildo R.Almeida – Psicólogo clínico

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Artigos Movimentos Diocesanos

Escola da Palavra – É tempo de semear!

A Escola da Palavra é uma das prioridades, no eixo-bíblico catequético, para a Diocese de Guarulhos. A ação foi inspirada desde o Projeto de Ação Missionária Permanente (PAMP) da Igreja no Regional Sul 1 da CNBB, estado de São Paulo, no ano de 2004.

Este Projeto apresentou na época que “existem necessidades religiosas que não estão recebendo respostas adequadas por parte da ação evangelizadora e pastoral, mais ainda nas periferias, onde a diminuição do número de católicos é acentuada. Percebeu-se que nas últimas décadas: a) O universo simbólico unitário da cristandade cedeu lugar a interpretações pluralistas, no âmbito pessoal, profissional, político, educacional, moral, social, cultural e religioso. b) Cresce na população a ideia de que todas as religiões são iguais, porque todas buscam a Deus. c) O desenvolvimento da tecnologia, da economia, da cultura e das ideias, pautado pelo secularismo, acaba por negar a ação de Deus na história e considerar alienados os que creem nele”.

O Projeto PAMP verificou ainda que homens e mulheres parecem necessitar de uma religiosidade que conduza suas vidas de forma individualista, mais do que de explicações racionais, e que temos uma cultura fragmentada e carente de sonhos que desafia nossa maneira de evangelizar e espera uma resposta dos bispos, padres, consagrados e leigos engajados.

Isso significa que é urgente assumir a responsabilidade de apresentar aos fiéis a plenitude do Evangelho e as razões de nossa esperança em Jesus Cristo, “com suavidade e respeito” (1Pd 3,15)”.

Assim sendo, uma das propostas bem concretas foi a de “organizar a ESCOLA DA PALAVRA para agentes de pastoral, com ênfase na formação para a missão, com os objetivos de capacitar e habilitar os cristãos leigos e leigas da Palavra e desenvolver habilidades de comunicar a Palavra de Deus”.

Muitas pessoas fogem da Bíblia, e embora tenham alguma curiosidade por ela, acham-na um livro difícil e estranho. No entanto, o conhecimento da Sagrada Escritura conduz ao conhecimento de Jesus. Nas várias experiências da Escola da Palavra, realizadas nas paróquias e foranias da Diocese de Guarulhos, busca-se “saber falar ao coração das pessoas, superando toda as formas de intelectualismo”, conforme nos alertam os bispos do Brasil.

Na Escola da Palavra buscamos vivenciar um caminho de espiritualidade bíblica, centrada na pessoa de Jesus Cristo, que une fé e vida.

Embora falte motivação para uma maior inserção e participação nas Escolas da Palavra, acreditamos que “uma Igreja particular (diocese) terá maior unidade quanto mais contar com as Escrituras para falar de Jesus Cristo, a Palavra que se fez carne”, inclusive porque “antes de mais nada, é preciso sempre ter presente que os interlocutores de uma Animação Bíblica da Pastoral são sujeitos e não somente destinatários”.

De fato, não recebemos a Palavra para guardá-la para nós mesmos. Assim nos ensina Jesus: “O que vos digo no escuro, dizei-o à luz do dia; o que vos sussurro ao ouvido, proclamai-o sobre os telhados!” (Mt 10, 27).

Em unidade com a Igreja, estamos em tempo de Animação Bíblico Pastoral (como “escola de interpretação ou conhecimento da Palavra, de comunhão com Jesus na oração com a Palavra, e de evangelização inculturada (…)” conforme documento de Aparecida, n. 248))!

É urgente e necessário investir na formação de cristãos leigos e leigas, protagonistas da evangelização para contribuir na semeadura da Palavra de Deus nas pastorais, movimentos, equipes, grupos de reflexão, nos grupos de juventudes, grupos de famílias e em especial na Escola da Palavra.

A diocese de Guarulhos já ferece diversos espaços para o aprofundamento e conhecimento da Palavra de Deus: nas Semanas bíblicas paroquias, Escolas da fé, Escola da Palavra por forania (para integração entre os agentes das paróquias), Curso de Teologia na Escola de Ministérios, entre outras inciativas.

Você cristão leigo e leiga, participe em alguma destas ações de formação cristã oferecidas pela nossa Igreja. Não fique de fora! É importante e necessário que tenhamos uma boa e consistente formação bíblica, teológica e pastoral, nos atualizando para os novos desafios da mudança de época.

Os tempos mudam e urge o nosso compromisso com a Palavra de Deus para que, com o nosso testemunho, possamos” ser sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13), Igreja em “saída” rumo às periferias geográficas e existências, levando a Alegria do Evangelho, conforme o convite do Papa Francisco.

Que o Espírito do Senhor Jesus, fonte perene de vida e missão da Igreja, ilumine todas as pessoas que se colocam a serviço do Reino de Deus, especialmente as pessoas que se dedicam na Escola da Palavra em todas as Foranias da Diocese de Guarulhos. É tempo de semear a Palavra de Deus!

 

Celia Soares de SousaCristã leiga e teóloga