Idealizada há exatos 15 anos, a Conferência Episcopal de Aparecida realizou um novo impulso pastoral em toda Igreja na América Latina e no Caribe. Desde a compreensão mais profunda de que somos discípulos e missionários até a configuração de uma comunidade eclesial que ultrapassa a vivência de uma pastoral de manutenção, Aparecida muito nos ensinou e ensina sobre o ser cristão em nossas ações pastorais ainda nos dias de hoje.
Se nos atentarmos, o Documento de Aparecida – a publicação em síntese das reflexões da Conferência –, no seu parágrafo 18, nos diz que, no respeito à vocação dos batizados, “conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher”. Nessa reflexão, podemos inferir que a alegria do cristão, daquele que é discípulo de Jesus, é anunciar e viver a Boa Nova.
Em uma sociedade de rápidos compartilhamentos, em que transmitimos e retransmitimos tantas informações, devemos perguntar como está o anúncio de Jesus Cristo na realidade em que estou inserido. Em consonância com Aparecida, a resposta a tal inquietação deve ser a de que, se todos somos chamados a sermos discípulos da verdade de Jesus, a alegria de ser cristão é uma consequência pelas profissões de fé e de caridade que prático própria da vocação a pertença a Cristo: seja no presencial ou no virtual, o nosso agir deve corresponder aos ensinamentos de Jesus e de sua Igreja.
Recordando, à exemplo, o tema do Viva a Vida 2022, “vocação é anunciar o amor”, e refletindo as inspirações de Aparecida, pode-se compreender que, uma vez respondido o chamado de Deus, os vocacionados são aqueles que vivem as mesmas qualidades do Senhor onde quer que estejam, seja ela as virtudes da misericórdia, da caridade, da fé, da humildade, da esperança ou das demais outras.
Dentro das incertezas que um novo ano possa apresentar, almejemos aqui o que é certo, respondendo o apelo de que, nos próximos meses, possamos viver a nossa vocação, anunciando o Amor com alegria àqueles que mais necessitam.
Feliz Ano Novo!
Sem. Edson Vitor
3º ano de Teologia