Diocese de Guarulhos

SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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Os sacerdotes ainda são necessários?

Uma das verdades do mundo atual é que tudo é transitório. Há quem fale da liquidez de nossa sociedade. Sim, assim como a água que escorre entre os dedos,  tudo é água escorrida, pensam muitos. É certo que há coisas transitórias e até mesmo efêmeras, mas é certo também que há realidades essenciais e perenes. Não podemos entrar na loucura do mundo pós-moderno que relativiza tudo, inclusive a verdade!

Para nós, cristãos, a Verdade tem um rosto e um nome: Jesus de Nazaré! A Verdade inegociável determina nosso modo de ser e de agir. É comum em nossa sociedade se dizer que esta é a sua verdade. E que a verdade é de acordo com a pessoa ou com a circunstância, o que é mais grave ainda. A Verdade é independente de tudo.

Em meio a esta liquidez propagada aos ventos, somos chamados a dizer do que cremos. É lógico, o desafio se apresenta com maior intensidade. Como falar de eternidade, de céu, de vocação? Nos aventuramos alicerçados na Palavra e no Magistério da Igreja para falar que o sacerdócio não se liquifez e escorreu por entre os dedos. O sacerdócio continua como verdade inegociável na Igreja. Sim, a vocação do padre não foi abolida e nem é irrelevante. Ao contrário, o magistério da Igreja sempre reafirma a necessidade do sacerdócio. Ele foi instituído por Cristo e, como tal, permanece como essencial à Igreja.

O Diretório para o ministério e a vida dos presbíteros diz que: “O sacerdócio ministerial encontra a sua razão de ser nesta união vital e operacional da Igreja com Cristo. Com efeito, mediante tal ministério, o Senhor continua a exercer no seu Povo aquela atividade que só a Ele pertence enquanto Cabeça do seu Corpo. Portanto, o sacerdócio ministerial torna tangível a ação própria de Cristo Cabeça, e testemunha que Cristo não se afastou da sua Igreja, mas continua a vivificá-la com o seu sacerdócio perene. Por este motivo, a Igreja considera o sacerdócio ministerial como um dom que lhe foi concedido no ministério de alguns dos seus fiéis.”

Não barganhemos a verdade. No sacerdote Cristo Cabeça continua a sua obra salvífica. Não estamos, com isto, menosprezando a ação dos que, pelo batismo, exercem o sacerdócio real. Paremos de antagonizar as coisas. Uma das tentações do demônio é dividir a Igreja de Cristo, colocando os fiéis contra seus pastores, relativizando a Verdade revelada. Há muitos que, trilhando um caminho contrário ao magistério, acreditam que a Igreja pode viver sem o sacerdócio hierárquico. Não trilhemos este caminho. Reconheçamos a grandeza do sacerdócio, rezemos por nossos padres e peçamos ao Senhor da messe ainda mais operários.

Sim, esta é a resposta ao questionamento primeiro. Os sacerdotes ainda são e serão necessários. A grandeza e a dignidade sacerdotal são parte da Verdade revelada por Jesus. Cristo continua a exercer sua atividade salvífica como Cabeça da Igreja através dos sacerdotes.

 

Padre Cristiano Sousa – Representante dos Presbíteros

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SALOMÃO

(+ ou – 970 – 931 a.C.; texto: 1Rs 3-11) Salomão recebeu dois nomes: Salomão, dado por seu pai, Davi (2Sm 12, 24) e Jededias