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Será que eu tenho TDAH?

Por que tantas pessoas acham que têm um Transtorno?

Em meio a tantas informações na Internet a respeito de saúde mental, principalmente de TDAH, é bem provável que a maioria dos leitores cheguem a uma conclusão precipitada a respeito do tema. O mesmo ocorre com outras queixas na área da Psicologia como Depressão, Ansiedade, Bipolaridade e até o Transtorno do Espectro Autista. Basta ler sobre os sintomas, responder a um questionário e chegamos à conclusão que temos tal Transtorno. Afinal, como saber se é um caso real que precisa de um tratamento clínico ou trata-se apenas de características normais da nossa personalidade?

A principal diferença está no nível de sofrimento que o distúrbio causa em nossa vida. Os Transtornos de personalidade são disfunções que envolvem padrões persistentes e generalizados no modo de pensar, perceber e reagir. Eles causam sofrimento significativo à pessoa e prejudicam sua capacidade funcional. O TDAH, por exemplo, (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), começa na infância e pode acompanhar o indivíduo em toda a sua trajetória de vida, comprometendo sua carreira profissional e relacionamentos sócio afetivos. É caracterizado por perda de foco, inquietação, impaciência, oscilações de humor, etc.

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o TDAH atinge entre 5% a 8% da população mundial e o seu diagnóstico não é simples. Infelizmente, não existe um exame técnico incontestável para a identificação de quaisquer transtornos mentais; os diagnósticos são feitos através da descrição do paciente e da aplicação de testes psicológicos cujos resultados não são conclusivos. O grande número de pessoas que, ultimamente, afirmam ter TDAH, Autismo ou outros Transtornos, pode ser devido às campanhas como janeiro branco e setembro amarelo que trazem conscientização e informações sobre saúde mental.

Por outro lado, a vida agitada que levamos com trânsito caótico, insegurança, preocupações, leva a nossa mente a funcionar no modo automático a fim de se adaptar ao excesso de demandas. A perda de foco, procrastinação e inquietação, são muito mais consequências dessa mente sobrecarregada, do que TDAH ou outros Transtornos. Remédios não vão devolver o foco, é preciso tomar consciência da natureza da nossa mente e reduzir o stress da vida moderna. Eu mesmo, tentando encontrar uma conclusão para esse artigo, me deparei com a dificuldade de manter o foco e fiquei improdutivo por longo tempo. Então, percebi que era hora de parar e relaxar. É exatamente isso que precisamos fazer, dar uma parada, respirar e tomar consciência de que somos seres humanos, não máquinas.

 

Romildo R. Almeida

Psicólogo clínico

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