SÃO PAULO - BRASIL

“O Senhor fez em mim maravilhas.” (Lc 1,49)

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"O Senhor fez em mim maravilhas." (Lc 1,49)

‘‘Santificado seja vosso nome’’

Nas reflexões anteriores foram colocadas as disposições essenciais para podermos dizer “Pai Nosso que estais nos céus”. As petições do Pai Nosso estão intimamente relacionadas com estas disposições.

            “Santificado seja o vosso nome”.  Pedir que o nome de Deus seja santificado é o mesmo que pedir que isso aconteça através de nós. Pedimos também que ele seja santificado em todos os homens. Aqui está implícito o amor ao inimigo.

            “Venha a nós o vosso Reino. Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.” Pedir que venha o Reino é o mesmo que pedir que a vontade de Deus seja feita. O Pai Nosso possui também uma dimensão escatológica. O Reino já está no meio de nós, mas não chegou à plenitude. É preciso vivenciar os valores do Reino proclamado por Jesus, até “vermos a Deus tal como Ele é” (cf. 1 Jo 3,12). Para conquistar o Reino é preciso “fazer-se violência”: “Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sore violência os violentos se apoderam dele.” (Mt 11,12) O que é “fazer-se violência?”: negar-se a si mesmo, tomar sua cruz; ser pobre em espírito; pedir também por aqueles que não creem ; que o nosso corpo não esteja a serviço da iniquidade; não servir a Deus e ao dinheiro; combater a soberba que faz com que nos erijamos em deus de nós mesmos…

            “O pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Pedir o pão cotidiano é um gesto de humildade e pobreza, pois buscamos o necessário para o nosso sustento. Expressa confiança na Providência e ao mesmo tempo uma renúncia ao “deus” deste mundo que é o dinheiro. Quando Deus dá o maná ao seu povo no deserto, ordena que recolham o necessário para cada dia. Quando, por ganância, recolhem mais que o necessário, o maná apodrece (cf. Ex 16,1-20). Convém reportar aqui um precioso ensinamento do Catecismo da Igreja Católica: “De cada dia”. Esta palavra, ‘epiousios’ (em grego), não é usada em nenhum outro lugar no Novo Testamento…Tomada em sentido qualitativo, significa o necessário à vida, e, em sentido mais amplo, todo bem suficiente para a subsistência. Literalmente (supersubstancial), designa diretamente o Pão da vida, o Corpo de Cristo. ‘remédio de imortalidade’, sem o qual não temos Vida em nós… “A Eucaristia é o nosso pão cotidiano. A virtude própria deste alimento divino é uma força de união que nos vincula ao Corpo do Salvador e nos faz seus membros, a fim de que nos transformemos naquilo que recebemos… Este pão cotidiano está ainda nas leituras que ouvis cada dia na Igreja, nos hinos que são cantados e que vós cantais. Tudo isso é necessário à nossa peregrinação. O Pai do céu nos exorta a pedir, como filhos do céu, o Pão do céu. Cristo é ele mesmo o pão que, semeado na virgem, levedado na carne, amassado na paixão, cozido no forno do sepulcro, colocado em reserva na Igreja, levado aos altares, proporciona cada dia aos fiéis um alimento celeste.” (CIC 2837).

Deste modo o próprio Cristo é o alimento que precisamos para segui-Lo, cada dia. Afinal, Ele exige: “se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo e tome sua cruz, cada dia…” (Lc 9,23)

Na próxima reflexão, já proximamente antecedendo a abertura do Ano Santo, refletiremos sobre as últimas petições do Pai Nosso.

 

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist.

Bispo diocesano

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