A Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos Brasil (CNBB) reuniu a equipe de Reflexão que envolve seus três setores, entre os dias 15 e 17 de março, na Casa Dom Luciano, em Brasília (DF). Além do presidente, participaram da reunião os bispos que também integram a comissão: dom José Benedito e dom Dorival Barreto. Os assessores da Comissão, também participaram da reunião: Raquel Schneider, do Setor Espaço Litúrgico; padre Jair Oliveira Costa, do Setor Música Litúrgica; frei Luís Felipe Marques, do Setor Pastoral Litúrgica.
Na programação, cada assessor teve a oportunidade de se reunir com alguns membros das equipes de reflexão. Essa reunião articulou projetos futuros, refletiu sobre a realidade litúrgica da Igreja no Brasil, atualizou informações sobre as demandas de cada setor e recordou a necessidade do trabalho em equipe.
A pauta principal da reunião, segundo o bispo de Bonfim (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, dom Hernaldo Pinto (à direita na foto), foi construir uma visão de conjunto sobre os assuntos de liturgia que serão apresentados na 61ª Assembleia da CNBB, de 10 a 19 de abril.
“Foi um bonito momento de comunhão, partilha e participação na da Comissão à serviço da missão da Conferência”, ressaltou o presidente da Comissão.
Dom Hernaldo salientou ainda que o encontro dos três Setores da Comissão é “importante para repropor a Liturgia no âmbito do inteiro edifício eclesial como pedra angular”. No Brasil, de acordo com ele, o momento é oportuno para fazê-lo, uma vez que experimenta-se um retorno do interesse pelos ritos e as preces por meio dos quais a comunidade discipular toma parte no Mistério da Páscoa de Cristo.
Missal Romano e formação litúrgica
Segundo o frei Felipe, a articulação da equipe de reflexão serviu para “ressaltar o significado da publicação do Missal Romano e a urgência da formação litúrgica, de acordo com as premissas da Carta Apostólica do Papa Francisco, Desiderio Desideravi”.
No âmbito da Pastoral Litúrgica, a Comissão avaliou os projetos de continuidade com os anos anteriores, como por exemplo, os roteiros homiléticos; avaliou a recepção da Terceira Edição Típica da Missal Romano; organizou mais um subsídio de formação litúrgica em comunidade e projetou a necessidade de um “Livro de Preces” para as celebrações, inspirados em outras comissões episcopais.
O assessor do Setor Música Litúrgica encaminhou a revisão do Hinário I (Advento e Natal); apontou as lacunas existentes no hinário dos períodos quaresmais, principalmente nos anos B e C; avaliou e revisou o processo de participação no hino da CF; e, avaliou o primeiro livro com as melodias no estilo gregoriano das partituras do missal, em via de publicação pelas Edições CNBB, consequentemente, pensou no amplo repertório criado dentro das constantes melódicas da música brasileira, preparado pelas equipes anteriores.
A equipe de reflexão do Setor Espaço Litúrgico, em conjunto com a assessora da Comissão Raquel Schneider, trabalhou no desenvolvimento do texto com orientações para as Comissões de Arte Sacra, na preparação de um programa contínuo de formação através das mídias digitais; na organização do II Encontro da Pastoral do Artista Sacro e no planejamento do XV Encontro Nacional de Arquitetura e Arte Sacra (ENAAS), que acontecerá em junho de 2025. A alegria do encontro, os momentos celebrativos e de convivência e o ambiente fraterno, cheio de entusiasmo e esperança na missão, marcaram esse final de semana.
Frei Felipe conclui que o encontro foi muito sereno, facilitando o diálogo e a escuta de todos os participantes e a projeção futura da comissão. As celebrações ocorreram num clima de ativa e consciente participação no mistério celebrado. As próximas reuniões ocorrerão em junho e em setembro, na modalidade virtual, contemplando todos os membros que não puderam participar no encontro desse final de semana.
Fonte: CNBB.org.br